18 janeiro 2016

JESUS DE FATO EXISTIU? O QUE A HISTÓRIA TEM PARA NOS DIZER? - PARTE 05



Imperador Trajano

O mais interessante nesta carta de Plínio é que ela não ficou sem resposta. Em resposta à carta de Plínio, o imperador romano Trajano (53 – 117 d.C.) deu as seguintes orientações para punir os cristãos:


"Nenhuma pesquisa deve ser feita por essas pessoas, quando são denunciados e culpados devem ser punidos, com a restrição, porém, que quando o partido nega-se a ser um cristão, e deve dar provas de que ele não é (que é adorando nossos deuses), ele será absolvido no chão de arrependimento, embora ele possa ter anteriormente efectuadas suspeita" (Plínio, o Jovem, L, 10:97)


Essa correspondência também nos mostra a antiga perseguição aos cristãos, que escapariam da punição somente “quando nega-se a ser um cristão” e dava provas de que ele adorava os deuses romanos. Como tal condição era extremamente contrária a prática cristã, seguia-se que muitos cristãos eram mortos e perseguidos por amor a Cristo, já no primeiro século.

Todos esses documentos apresentados até agora são mais do que suficientes para fazer silenciar todas as satânicas insinuações de que Jesus Cristo nunca existiu. Que mito, que fantasma, que figura lendária seria capaz de levar milhares de pessoas a morrerem por não negarem o seu nome? Os judeus ou cristãos daquela época teriam criado uma lenda, a fim de morrerem por ela? De modo algum!

A resposta do imperador Romano a carta de Plínio também é encontrada no livro “Documentos da Igreja Cristã” (p.30):

    

“No exame de denúncias contra feitos cristãos, querido Plínio, tomaste o caminho acertado. Não cabe formular regra dura e inflexível, de aplicação universal. Não se pesquise. Mas se surgirem outras denúncias que procedam, aplique-se o castigo, com essa ressalva de que se alguém negar ser cristão e, mediante a adoração dos deuses, demonstrar não o ser atualmente, deve ser perdoado em recompensa de sua emenda, por muito que o acusem suspeitas relativas ao passado. Não merecem atenção panfletos anônimos em causa alguma; além do dever de evitarem-se antecedentes iníquos, panfletos anônimos não condizem absolutamente com os nossos tempos”

    

Se Cristo não tivesse sido uma pessoa real, histórica, estas duas cartas não existiriam hoje, pois não haveria cristãos no mundo para motivá-las!


Suetônio
 
Caio Suetónio Tranquilo, ou simplesmente Suetônio, foi um grande escritor latino que nasceu em 69 da era cristã, em Roma.Suetônio era o historiador romano oficial da corte de Adriano escritor dos anais da Casa Imperial (69-122 d.C.). Ele também faz referencia a Cristo e aos seus seguidores. Na “Vida dos Doze Césares”, publicada nos anos 119-122, diz que o imperador Cláudio expulsou os judeus de Roma por causa de “um certo Cresto [Cristo]”:

“Judacos, impulsore Cresto, assidue tumultuantes Roma expulit”. Quer dizer: - “O Imperador Cláudio expulsou de Roma os Judeus que viviam em contínuas desavenças por causa de um certo Cresto”

“Cresto” é uma variante de “Cristo”. Outra possível explicação consiste em um erro ortográfico comum daqueles dias. Também em outro texto, Suetônio cita a perseguição aos cristãos de sua época, que eram destinados ao suplício:

“Os cristãos, espécie de gente dada a uma superstição nova e perigosa, foram destinados ao suplício” (Suetônio, Vida dos doze Césares, n. 25, p. 256-257)

E escreve novamente na “Vida dos doze Césares”:

"Nero infligiu castigo aos cristãos, um grupo de pessoas dadas a uma superstição nova e maléfica"

Tal ocasião se deu exatamente no reinado do imperador Romano Nero, que sucedeu a Cláudio. Tanto Suetônio, como Tácito, como outros historiadores, já mencionam a perseguição aos seguidores de Cristo em suas épocas, isto é, no primeiro século AD. Isso confirma os escritos bíblicos sobre a perseguição sofrida pelos cristãos já no primeiro século, e mostra-nos uma surpreendente semelhança com os relatos bíblicos sobre tais fatos:

ESCRITOS DE SUETÔNIO (NÃO-CRISTÃO) – 69-122 d.C
SAGRADA ESCRITURA
“O Imperador Cláudio expulsou de Roma os Judeus que viviam em contínuas desavenças por causa de um certo Cresto [Cristo]” (“Vida dos Doze Césares”)
“E, achando um certo judeu por nome Áqüila, natural do Ponto, que havia pouco tinha vindo da Itália, e Priscila, sua mulher (pois Cláudio tinha mandado que todos os judeus saíssem de Roma), ajuntou-se com eles” (Atos dos Apóstolos, cap.18, v.2)
“Os cristãos, espécie de gente dada a uma superstição nova e perigosa, foram destinados ao suplício” (Suetônio, Vida dos doze Césares, n. 25)
Se alguém leva em cativeiro, em cativeiro irá; se alguém matar à espada, necessário é que à espada seja morto. Aqui está a paciência e a fé dos santos” (Apocalipse, cap.13, v.10)

Continuaremos amanhã...

Abraços.

Viva vencendo, sem se deixar levar pelo mal dos ímpios!!!

Seu irmão menor.


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