Oh, Pátria Amada Idolatrada, salve, salve o seu pudor!
Esse povo sofrido já passou de heróico à tolerante das injustiças nacionais.
Se o brilho desse sol já não é de liberdade; se o penhor dessa igualdade já não está mais ostentado, como pode-se falar em vergonha e dignidade?
O nosso braço, cansado de trabalhar, já não é tão forte como um dia já foi.
A liberdade não é encontrada em teu seio, oh Pátria Amada!
Hoje, sem dúvidas, viver no Brasil é bravatear a própria morte.
Oh, Pátria Amada Idolatrada, salve, salve sua utopia!
Além de um sonho intenso, buscamos um raio vívido e de amor e de esperança, a terra só carece.
Se fores buscar no teu céu o ar para viver, verás nem tão risonha nem tão límpida, uma nuvem negra. A imagem do real, que não resplandece, só causa transtornos e desespero ao povo brasileiro que não suporta tanta dor, mas se acostuma.
Gigante já não és pela tua natureza.
E o que é ser belo, forte e impávido colosso?
Será reconstruir a riqueza que é dos outros ou afundar nossa cultura no poço?
Dentre outras mil, és mais uma Brasil, Pátria cansada!
Dos filhos deste solo desejavas ser mãe gentil, mas a ganância e o egoísmo, não lhe permitiu.
Oh, Pátria Amada, Idolatrada, salve, salve a liberdade!
E, levante o Brasil deste berço, não esplêndido, mas lânguido.
Desperte-o para o som do mar e a escuridão desse céu raso.
Fulguras ó Brasil, submisso das Américas, iluminado pelo sol dos países do primeiro mundo.
Do que a terra mais garrida, tem teu povo mendigando um prato de comida.
Os teus campos necessitam mais flores, nos teus bosques espessas estão as vidas e nossa vida, necessita mais amores.
Oh, Pátria Amada Idolatrada, salve, salve sua justiça!
Por favor não se resuma a um símbolo que ostenta estrelas pobres.
E diga para não abusar do verde-louro desta flâmula.
Não siga o padrão de: dependência no futuro e guerras no passado!
Mas se usas para justiça armas fortes, verás que os filhos teus não suportam a luta e temem quem com eles fala forte: é tudo ou nada!
Dentre outras mil, és mais uma Brasil, Pátria cansada!
Dos filhos deste solo, desejavas ser mãe gentil, mas a desordem e a injustiça, não lhe permitiu.
Hellen Taynan
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