13 fevereiro 2013

Vaticano decreta o fim do limbo para não-batizados
 
 
 
O papa Bento XVI, decretou, em 2007, o fim do limbo. Por sorte, e por ter mais o que fazer, só fiquei sabendo disso agora.
O “limbo” era o “local destinado às crianças que morriam, ou eram mortas, sem que fossem batizadas pela Igreja Católica”. A palavra significa “borda”. O limbo, segundo meu amigo e filósofo Paulo Pinga, é uma espécie de freezer, “um local muito ruim, que não tem nada pra fazer, um branco total, mas pintado de preto”; propício a que os pais das crianças ficassem com receio de não batizá-las e até pudessem fazer umas doações para a Igreja, quem sabe?
Problema maior é que as tais crianças mortas precocemente, além de morrer cedo, quando não batizadas, segundo essa papaiada e padraiada, iriam para o tal do limbo por culpa dos pais, já que um bebê não consegue, por conta própria, ligar para a sacristia e marcar o seu batismo, pegar um táxi e ficar lendo a Bíblia num domingo. E os coitados dos abortados então? Além de não nascerem, depois iriam morar no limbo!
E o mais interessante, que eu nunca poderia ter idéia, é que todo esse sofrimento poderia acabar, de um minuto para outro, com um decreto desse papa alemão! Não é demais!? A igreja obrigar todo mundo a ficar nesse limbo!? A sofrer esse tempo todo!? Quando poderia soltar esse decreto lá na Idade Média, ou até antes!? E “salvar” essa criançada inocente!
E olhem só o que ficou sem resolver: o que foi feito do pessoal que já estava no limbo? Já que quem escapou foi só quem seria limbado no futuro!? E se só foram livradas as crianças sem batismo, o que será dos adultos sem batismo? E o pessoal que viveu antes de Jesus Cristo?
E mais uma coisa! Já que esses negócios se resolvem por decreto, não dá pra acabar com o inferno também? Deixem lá só o céu e o purgatório (esse também logo deverá ser extinto por decreto papal, já que a exemplo do tal limbo, não aparece na Bíblia).
 
Matéria do Portal G1:
 
 
A Igreja Católica Romana enterrou definitivamente o conceito de limbo, o lugar para onde os bebês que não tivessem sido batizados iriam quando morressem, de acordo com séculos de tradição e ensinamentos.


Foto: Reuters
 
O Papa Bento XVI beija criança na Praça de São Pedro, no Vaticano (Foto: Dario Pignatelli/Reuters)
Num documento muito esperado, a Comissão Teológica Internacional da Igreja disse que o limbo reflete uma "visão excessivamente restritiva da salvação", segundo o Serviço de Notícias Católico, que obteve a cópia do texto nesta sexta-feira (20).

Havia anos que se esperava a extinção definitiva do conceito de limbo, e o documento, chamado "A esperança de salvação para bebês que morrem sem ser batizados", foi encarado como algo definitivo, já que o limbo jamais fez oficialmente parte da doutrina religiosa da igreja.

O papa Bento XVI autorizou a publicação do documento.

Segundo a reportagem do serviço de notícias, o texto, de 41 páginas, diz que os teólogos que assessoravam o papa na questão concluíram que, como Deus é piedoso, ele "quer que todos os seres humanos sejam salvos".

O texto diz que a graça tem preferência sobre o pecado, e a exclusão de bebês inocentes do Céu não parecia refletir o amor especial que Cristo tinha pelas crianças, afirmou o Serviço de Notícias Católico, de propriedade da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos.

No limite
 
O limbo, que vem da palavra em latim para "borda", "limite", era considerado por teólogos medievais um estado, ou lugar, reservado aos mortos não-batizados, incluindo gente de bem que havia vivido antes da chegada de Cristo.
 
"Nossa conclusão é que os vários fatores que analisamos fornecem uma base teológica e litúrgica séria para esperar que os bebês não-batizados que morrerem serão salvos", diz o documento.
A partir de agora, pela resolução do Vaticano, as crianças que morreram e vierem a morrer antes de serem batizadas poderão ser salvas. O mesmo vale para as pessoas que viveram antes do surgimento da Igreja Católica, que, pela religião, poderão ir ao Céu dependendo do "desejo de Deus" de salvá-los.

Os ensinamentos da Igreja Católica dizem que o batismo elimina o pecado original, que marcou todas as almas com a expulsão de Adão e Eva do Paraíso. O catecismo oficial da Igreja, lançado em 1992 depois de décadas de elaboração, já não usava o conceito de limbo.
Pelo novo texto, "Deus pode dar a graça do batismo sem que tenha havido o sacramento".

Na Divina Comédia, Dante Alighieri colocou os pagãos virtuosos e os grandes filósofos clássicos, como Platão e Sócrates, nascidos antes do surgimento da Igreja Católica, no limbo.

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