No ano em que comemora 15 anos de estrada, o ministério de louvor da Igreja Batista da Lagoinha (IBL), Diante do Trono, tem se tornado alvo do preconceito dos próprios evangélicos, segundo sua líder, Ana Paula Valadão.
A impressão da cantora e pastora foi passada à TV Uol numa entrevista especial sobre a data comemorativa. Ana Paula afirmou que no começo do planejamento para lançar o ministério, ela vivia uma crise de fé, mas vê isso como um fator diferencial.
“Eu acho que é importante a gente passar por crises ao longo da vida, porque nelas a gente se pergunta muita coisa. Ou a gente vai ter as coisas abaladas e destruídas, ou elas vai ficar ainda mais fortes”, conceitua.
O maestro Sérgio Gomes, convidado pelo pastor Márcio Valadão para comandar a primeira gravação das músicas do DT, afirma que foi enviado aos Estados Unidos pelo líder da IBL ao lado de Ana Paula, para aprender o processo de gravação ao vivo e assim, aplicar no projeto do ministério.
“Quando a gente reuniu o grupo de músicos com a ideia de fazer a gravação de um CD ao vivo, nós reproduzimos o que aconteceu nos Estados Unidos. Ou seja, a Ana cantou a canção pra eles, e todo mundo achou a canção maravilhosa, que é realmente”, disse Gomes, referindo-se à música “Diante do Trono”.
Entre os cantores que integraram a primeira formação do DT, estão Helena Tannure, Nívea Soares e André Valadão. “Um dia a Ana me ligou e disse: ‘Nívea, eu gostaria que você fosse uma das vocalistas. Você aceita participar?’ Foi um prazer muito grande, um presente de Deus pra mim”, declara Nívea Soares.
“O Diante do Trono ia gravar o primeiro CD quando eles me chamaram pra fazer parte. Mas eu tinha acabado de ter meu segundo filho, os ensaios eram meio atribulados, acabava tarde, então eu não pude atender a esse primeiro convite. Antes do lançamento desse primeiro trabalho, então com meu bebê um pouquinho maior, eu pude passar a integrar o grupo”, relata Helena Tannure, que assim como Nívea, não integra mais o ministério.
Mariana Valadão, que passou a integrar o grupo anos depois, também deu seu depoimento: “Desde o primeiro, a gente como família, participa de tudo, não é? Nos ensaios, eu sempre ia, participava. Mas a partir do terceiro CD, que foi ‘Águas Purificadoras’, gravado também aqui em Belo Horizonte, [eu passei a fazer parte]”.
“Quebra de paradigmas”
Ana Paula Valadão disse que o contrato com a Som Livre, gravadora secular – da qual o grupo estaria tentando se desvincular – foi uma quebra de paradigma que possibilitou a expansão do alcance do Diante do Trono.
Segundo ela, todos os cuidados para que não houvessem interferências da gravadora no trabalho do DT foram tomados: “O nosso jeito de ser tem que parecer intocado. Se vão vender o nosso produto, vão vender exatamente o que nós colocarmos ali. Ninguém vai escolher o meu repertório, entendeu? Então existem limites. Ninguém vai dizer o que eu devo vestir, como eu devo falar, e graças a Deus, a minha experiência com pessoas não evangélicas tem sido muito boa”, comemora.
O fato de o DT aceitar os convites da mídia secular para se apresentar em programas de TV, por exemplo, tem sido um imã de críticas dos próprios irmãos na fé para o grupo, de acordo com Ana Paula: “Hoje a gente enfrenta o preconceito do lado de cá, dos próprios evangélicos, que muitas vezes não entendem essa abertura da mídia, essa conquista que o meio evangélico está tendo junto aos meios de comunicação”, diz, antes de ironizar: “Uma vez eu vi uma pessoa dizendo que você sempre vê cachorros latindo pra lua, mas você nunca vê a lua respondendo (risos)”.
Para André Valadão, as opiniões contrárias vem de quem não entende o momento da música cristã no Brasil: “A crítica a esse transbordar da música dentro da igreja existiu no começo. Hoje ela já mudou. E é literalmente um transbordar, como se não coubesse só dentro do copo, vai pra fora”.
A líder do DT afirma crer que a abertura da mídia não pode ser vista apenas como uma forma dos veículos de comunicação conseguirem audiência, mas também como uma oportunidade: “Do lado do computador, da televisão, do rádio, tem alguém que nunca entraria numa igreja evangélica e que está ouvindo nossa mensagem”.
Assista a íntegra da entrevista à TV Uol:
Nota do Púlpito cristão, que concordo: A questão do preconceito que a Ana Paula falou pode até ter algum sentido, pois quem recebe a pancada vinda do outro lado, de fato sabe aonde doeu à pedrada.
Contudo a Ana só esquece de lembrar que grande parte das críticas que ela e o ministério DT recebam não foram em relação ao fato da parceria com a Som Livre ou a abertura da mídia secular. O trem começou a cambalear nos trilhos quando a mesma se envolveu numa série de esquisitices em seus eventos e apresentações. Abaixo constam alguns dos que ela protagonizou, boa parte deles com um requinte de heresia.
“A Bota de couro de Piton”
“Ungir os mares em um Cruzeiro Gospel”
“O tal Exu Boiadeiro com o seu tripé”
“A bizarra imitação do Leão”
“A visão dos Piolhos debaixo do banco da igreja”
“As loucuras das batalhas espirituais dos Congressos DT das mulheres”.
“A irrelevante participação no Programa do Hulk, quando ao invés de pregar o Evangelho, disse: ‘tem lugar pra todo mundo’”
Dizer que recebe críticas por tais despautérios ela não diz. No mínimo ainda acha que todo crente é burro e não pensa.
Comentário de Wáldson: Os evangélicos de hoje não são mais como aqueles de 20 anos atrás. A grande massa ainda precisa examinar mais as Escrituras, porém elas tem uma consciência cidadã tão aguçada que as suas críticas ultrapassam os limites da religião.
Sem tirar o mérito da qualidade das músicas do Diante do Trono (DT), que eu também ouço(bem pouco), as atitudes de alguns membros que exploram a sua “fama” para às vezes, querer fazer das suas estripulias uma verdade, chega a ser indecente. É só não querer inventar... A Palavra de Deus não precisa de enxertos, adendos, muito menos de aberrações, como por exemplo: imitar animal no palco. Não vejo as críticas como preconceito, mas como forma de cuidado por aqueles que conhecem a Palavra de Deus e velam para que ela seja pregada, tanto na forma mais comum (pregação) como na forma de louvor, mas de forma genuína.
Quanto às alianças com a Rede Globo, Som Livre, e etc., só posso lamentar.
A Fé vem pelo ouvir e o ouvir a Palavra de Deus. Ela não vem pelo ouvir músicas, muito pelo contrário, a música traz a fé da emoção, uma fé sem raiz que quando a musica termina, a fé termina junto. A fé verdadeira somente a Palavra de Deus nos traz pois ela enraíza, nos preenche, nos leva a refletirmos na nossa vida e nos nossos erros e consequentemente a repensa-los e corrigi-los. Devemos gostar dos louvores, mas entender que a primazia é a Palavra.
Uma observação: O Uol disse que o 'DT' é hoje o "maior Grupo de Musica Gospel em apenas 15 anos". Mas o site errou feio: O "OFICINA G3"(que eu não gosto, mas tenho que ser verdadeiro), TEM MAIS DE 20 ANOS E É O MAIOR GRUPO GOSPEL DO BRASIL, E CONSIDERADO UNS DOS MELHORES DO MUNDO LA FORA TAMBÉM. Além disso, existem outros grupos de 'gospel music', no Brasil, tão relevantes, antigos e numerosos quanto o DT, a exemplo o Renascer Prase, Voz da Verdade e Logos, por exemplo.
Outrossim, não nos esqueçamos do pioneiríssimo 'Vencedores por Cristo'(VPC).E que o crescimento da música cristã no Brasil é devido ao 'Vencedores Por Cristo', que está ativo desde 1968. Este sim, o VPC, que mudou a trajetória e inovou a música cristã no Brasil com inclusão de muitos instrumentos que eram proibidos nas igrejas da época, segue cantando seus louvores, bíblicos e cristocêntricos, sem usarem 'muletas' para atrair o publico.
Abraços.
Vivam vencendo!!!
Seu irmão menor.
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