TEXTO ÁUREO:
"Olhai, pois, por vos e por todo o rebanho
sobre que o Espírito Santo vos constitui bispos"...(At.20:28)
VERDADE PRÁTICA:
O pastor precisa cuidar das ovelhas do
Sumo Pastor com o mesmo zelo com que cuida de sua família.
LEITURA BÍBLICA:
I TIMÓTEO 5.17-22 = 6.9-10
INTRODUÇÃO
A presente lição tem o objetivo de apresentar algumas orientações
de Paulo a Timóteo, no que tange ao bom andamento das atividades eclesiásticas.
Paulo trata, em princípio, da forma como o pastor deve se relacionar com as
diferentes classes de pessoas na igreja, traz maior relato bíblico acerca do
cuidado para com as viúvas e apresenta algumas recomendações com respeito aos
líderes. Vejamos:
NORMAS PARA O TRATO COM OS MEMBROS (VV. 1,2)
“Não repreendas asperamente…” (v. 1a). O verbo repreender,
que pode significar um tratamento severo, é substituído pelo verbo admoestar.
Este verbo, por sua vez, denota bondade e inclui as idéias de exortação e
consolo. Fazendo uma relação com os laços familiares, Paulo procura despertar o
líder para um relacionamento em amor com as pessoas em geral.
Os idosos devem ser aconselhados com toda a consideração –
“como a pais” (v. 1a). A Bíblia nos orienta claramente quanto à honra que
devemos aos nossos pais (Ex 20.12; Ef 6.2). O líder deve honrar de igual modo
os anciãos que incorram em falha. A orientação apostólica não era para que
Timóteo compactuasse com um possível erro de uma pessoa idosa, mas, que levasse
em consideração a sua idade avançada, admoestasse-o com todo o carinho e
consideração, como se ele (Timóteo) estivesse diante dos seus próprios pais.
Os jovens devem ser advertidos com cuidado – “como a
irmãos”(v. 1b). Mesmo que o membro a ser advertido fosse um jovem, ainda assim,
Timóteo, que também era jovem, deveria tratá-lo afetuosamente. A relação entre
irmãos permite uma liberdade maior, uma confrontação mais direta e informal,
mas nem por isso, desprovida de amor. O jovem, advertido conforme este
princípio verá na pessoa do líder um alguém em quem possa confiar os segredos
do seu coração. Sem que esta liberdade seja alcançada, dificilmente ele se
abrirá com o seu pastor.
As mulheres jovens devem ser admoestadas respeitosamente –
“como a irmãs” (v. 2). Uma das grandes dificuldades enfrentadas pelo obreiro,
no que tange à santificação, é o necessário relacionamento com as mulheres. O
servo de Deus que não consegue controlar sua atração pelo sexo oposto torna-se
escravo dos impulsos sexuais. A admoestação devida a mulheres jovens deve ser
levada a termo observando-se uma recomendação especial do apóstolo: Elas devem
ser orientadas “em toda a pureza” (v. 2), como se o líder estivesse diante de
sua própria irmã. Por ignorarem esse princípio bíblico, muitos se deixaram
seduzir e terminaram abandonando a família e o ministério. O que é pior, é que
outros, além da família e do ministério, abandonaram também a Cristo.
NORMAS COM RELAÇÃO ÀS VIÚVAS (vv. 13-16)
As viúvas da época dos apóstolos não recebiam proventos por
parte dos governos, o que lhes reservava uma vida de miséria. A igreja, ao que
parece, tinha uma lista oficial de viúvas assistidas (v. 09). Paulo traz
algumas recomendações, na tentativa de aperfeiçoar essa assistência.
Vejamos:O crente tem obrigação individual para com um parente
necessitado – “se alguém não tem cuidado dos seus… negou a fé e é pior do que o
infiel” (v. 8). Até mesmo entre os pagãos, valorizava-se o cuidado para com os
familiares carentes. Não se poderia esperar um comportamento diferente daqueles
que se diziam seguidores de Cristo. Hoje, os crentes que insistem em abandonar
os seus em um estado de penúria estão se comportando pior do que os incrédulos,
uma vez que apresentam um padrão sócio-afetivo bem abaixo do demonstrado por
eles. O ensino bíblico é para que quem tem viúvas, “socorra-as, e não sobrecarregue a igreja, para que se
possam sustentar as que deveras são viúvas” (v. 16).
A igreja deve socorrer viúvas que tenham bom testemunho – “…
tendo testemunho de boas obras…” (v. 10a). Em virtude da grande demanda, nem
todas as viúvas poderiam ser assistidas pela igreja. O texto faz uma alusão
indireta sobre o fato de que a responsabilidade da igreja era, em princípio,
para com os domésticos da fé. E, mesmo as viúvas que professavam a fé, só
deveriam ser assistidas se fossem fiéis ao Evangelho (v. 7). A Bíblia apresenta
o exemplo da viúva Ana, que “não se afastava do templo, servindo a Deus em
jejuns e orações, de noite e de dia” (Lc2.37b). A igreja deveria concentrar sua
assistência às viúvas que, como Ana, primavam pelo bom testemunho pessoal.
A igreja deve ter critérios na seleção das viúvas – “Honra
as viúvas que verdadeiramente são viúvas” (v. 3). Paulo apresentaalguns
critérios na escolha das viúvas a serem auxiliadas: deveriam ser perseverantes
em oração (v. 5), irrepreensíveis (v. 7), ter no mínimo sessenta anos, ter sido
esposa de um só marido (v. 9) e ter praticado boas obras (v. 10). Não significa
que a igreja hoje deva seguir literalmente a todas essas recomendações. Elas
devem ser entendidas à luz do contexto cultural da época. Todavia, o ensino
relevante de Paulo é que a obra assistencial deve ser feita com critério, a fim
de que os recursos limitados da igreja sejam utilizados onde são realmente
necessários.
NORMAS COM RESPEITO AOS LÍDERES (vv. 17-22)
Nestes versículos, Paulo descreve que, assim como o pastor
tem obrigações para com a sua igreja, esta tem obrigações para com o seu pastor.
A igreja deve honrar aqueles que desempenham com zelo a sua missão, enquanto o
pastor deve procurar ser digno desta honra.
Vejamos:Devem ser mantidos pela igreja – “Digno é o obreiro do seu
salário” (v. 18b). Os obreiros que desempenham bem seus ministérios devem ser
honrados pela igreja, principalmente os que se dedicam ao evangelismo e ao
ensino (v. 17). A palavra ‘honra’ significa respeito e deferência, mas, à luz
do versículo dezoito, ‘honra’ é melhor entendido como auxílio financeiro. Se o
obreiro vive em prol do Reino de Deus, é mais do que justo que ele seja
recompensado financeiramente (1Co 9.13,14). Paulo não está inaugurando uma nova
doutrina, mas reivindica um ensinamento já exposto nas Escrituras (Dt 25.4; Mt
10.10).
Devem ser tratados com cuidado quando sofrerem acusações
(v.19). Para que os obreiros não estivessem à mercê de acusações injustas, que
tinham como objetivo desestruturar o corpo de Cristo, Paulo traz à memória um
princípio jurídico hebreu, segundo o qual, somente com um mínimo de duas
testemunhas uma acusação poderia ser levada em consideração (Dt 19.15). Cristo
parece ter ratificado esse procedimento (Mt 18.16). Por outro lado, se o pecado
ficasse evidente, o obreiro não deveria ser poupado em virtude da posição que
ocupava, mas, ser repreendido publicamente para que o temor recaísse sobre
todos (v. 20).
Devem ser exemplos de conduta – “… nem participes dos
pecados alheios; conserva-te a ti mesmo puro” (v. 22b). A rigor, o ministro do
Evangelho é um representante de Deus aqui na terra. Todo o seu comportamento,
gestos e atitudes devem refletir a imagem de Cristo. É para o líder que todos
os olhares se convergem na busca por um modelo de santidade. Portanto, ainda
que a corrupção esteja tão em evidência, que ser honesto esteja tão fora de
moda e que ser exemplo demande tanto sacrifício, que o líder possa dizer como
Paulo: “Sede meus imitadores,como também eu, de Cristo” (1Co 11.1).
CONSELHOS GERAIS
Nestes versículos, o apóstolo retorna à sua polêmica contra
os culpados de corromper a fé na igreja efésia: Se alguém ensina alguma outra
doutrina e se não conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e
com a doutrina que é segundo a piedade, é soberbo e nada sabe, mas delira
acerca de questões e contendas de palavras, das quais nascem invejas, porfias,
blasfêmias, ruins suspeitas (3,4). Esta é acusação tirânica e quase amarga
contra os indivíduos descritos no capítulo 1, os quais estavam se desviando da
posição cristã. Novidades doutrinárias são afastamentos do ensino sadio que a
igreja herdou do seu Senhor — ensino que por si leva à graça transformadora de
Deus.
A caracterização que Paulo faz de tais apóstatas da fé é,
para dizer o mínimo, pitoresca. As opções tradutórias de soberbo e nada sabe
(4) são várias: “prepotente e nada entende” (BAB); “cego, nada entende” (BJ);
“tanto é orgulhoso como tolo” (BV); “tolo convencido” (CH); “ignorante
presunçoso” (NEB); “orgulhoso e nada entende” (NVI); “enfatuado, nada entende”
(RA); “pessoa inchada de orgulho” (J. N. D. Kelly; cf. NTLH). Isto está tão
perto de ser uma crítica violenta como jamais o apóstolo se aproximou.
Paulo passa a mostrar que de tais ensinos e atitudes nascem
invejas, porfias, blasfêmias, ruins suspeitas, contendas de homens corruptos de
entendimento e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho.
Aparta-te dos tais (4,5). Atitudes como estas denunciadas aqui pelo apóstolo
podem gerar uma progênie má, como “ciúmes, brigas, difamações, suspeitas
malignas e discussões sem fim” (NEB; cf. NVI, NTLH). Estas coisas destroem a
unidade e comunhão da igreja, entristecendo o Espírito Santo e aniquilando a
eficácia do evangelho. “Esta é acusação triste, copiosamente exemplificada (meu
Deus!) nos anais da igreja visível, recordando o ditado mordaz de que ‘a
sucessão apostólica de Judas nunca falha”.
As palavras cuidando que a piedade seja causa de ganho (5)
dão a entender que estes traidores da fé contavam em obter lucro monetário com
os falsos ensinos. Parrydes dobra essa ofensa em três itens:
“Subentende-se:
1) que estes mestres confessavam ensinar o evangelho,
2) que, baseado nessa premissa, eles exigiam pagamento pelo
trabalho, e
3) que o pensamento de ganhar dinheiro tinha primazia em
seus motivos”.
Este era o único procedimento que Timóteo tinha de
implementar contra essa invasão de erro na igreja: Aparta-te dos tais (5). Não
devemos tolerar semelhante infidelidade a Cristo. Este é um espírito com o qual
não devemos argumentar ou tentar persuadir. Paulo aconselha ação categórica
contra todos os que têm este temperamento profano.
OS PERIGOS DAS RIQUEZAS, 6.6-10
O Verdadeiro Ganho da Piedade (6.6-8). Ao expor os falsos
mestres, que não só corromperam a fé cristã, mas estipularam um preço para suas
deturpações, o apóstolo é inspirado a dar uma palavra de sabedoria infinita:
Mas é grande ganho a piedade com contentamento (6). A fé cristã é altamente
rentável para quem a aceita com humildade e por inteiro e descobre para si a
satisfação infinita que é viver para Cristo. Servir a Deus e aceitar
alegremente tudo que ele enviar é a vida mais feliz que podemos imaginar. O
contentamento não vem quando todos os nossos desejos e caprichos são
satisfeitos, mas quando restringimos nossos desejos às coisas essenciais.
Não há verdade que fale mais diretamente com a condição de
nossa geração empanturrada do que esta. Quando perguntaram a Epicuro o segredo
do contentamento, ele respondeu: “Não acrescente nada às posses de um homem,
mas leve-o para longe do que ele deseja”. O próprio Paulo confirmou este
segredo quando disse: “Já aprendi a contentar-me com o que tenho” (Fp 4.11). A
palavra grega traduzida por contentamento denota esta independência das
circunstâncias, que é exatamente o que o apóstolo atesta com sua vida.
O versículo 7 é uma declaração bem conhecida, que ocorre em
outra passagens bíblicas (Já 1.21; Ec 5.15) e na literatura antiga: Porque nada
trouxemos para este mundo e manifesto é que nada podemos levar dele. Barrett
comenta com propriedade que “a nudez final da morte mostra e sublinha a nudez
inicial do nascimento”.4 Entre estes dois pontos da história, podemos juntar
muito ou pouco, mas na hora final teremos de deixar tudo. Podemos levar para a
eternidade somente os valores inerentes ao nosso espírito, e só estes constarão
na coluna crédito do livro-razão no dia de nossa prestação de contas final.
O apóstolo agora indica a que ponto tem de ir nosso
“despojamento” para prestarmos serviço total a Cristo: Tendo, porém, sustento e
com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes (8). João Wesley, no sermão
“O Perigo das Riquezas”, faz a pergunta: “O que é ser rico?” e responde: “Tendo
[...] sustento e com que nos cobrirmos’ (lit., coberturas; a palavra grega diz
respeito a alojamento e roupa) ‘estejamos com isso contentes’. ‘Mas os que
querem ser ricos’ [...] [significa aqueles] que terão mais que isso; mais
alimentos e coberturas.
A conclusão óbvia é que tudo que for mais que estes, que, no
sentido do apóstolo, são riquezas; tudo que estiver acima das coisas
necessárias mínimas, ou no máximo das conveniências, para a subsistência da
vida. Quem tem suficiente comida para comer e roupa para vestir, com um lugar
onde pôr a cabeça e com algo para pôr acima [teto] é rico”.5 Este é um padrão
rigoroso, e por ele muitos de nós seríamos considerados ricos. Claro que a vida
é infinitamente mais complexa hoje do que no século XVIII, e a prudência sensata
requer que tenhamos uma visão um pouco mais ampla. Mesmo assim, temos de vigiar
para não tornar o ganho financeiro a preocupação suprema da vida. Nunca devemos
perder de perspectiva o aviso de nosso Senhor contra a “sedução das riquezas”
(Mt 13.22).
O Perigo da Ganância (6.9,10). Nestes versículos, o apóstolo
aprofunda sua exortação: Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em
laço, e em muitas concupiscências (“desejos”, BAB, BJ, CH, NTLH, NVI) loucas e
nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína (9). E verdade que nada
ataca o homem com maior impetuosidade que o desejo de ganho financeiro, assim
que der lugar em sua alma para este demônio da ganância. Os homens são
ludibriados para pontos cada vez mais distantes dos princípios da honestidade e
honra pelo prospecto de lucros fáceis. Quantos na vida pública se acham
impotentes em resistir à tentação de obter vantagens ilícitas em fragorosa
violação de escrúpulos outrora honrados! Paulo não exagerou os perigos que
aguardam os que trilham esse caminho, quando disse que os tais afundarão num
pântano de iniqüidade, acabando em ruína total.
O versículo 10 é igualmente mordaz na apresentação desta
verdade: Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa
cobiça alguns se desviaram da fé e se transpassaram a si mesmos com muitas
dores. O apóstolo quer dizer que o amor do dinheiro é a raiz de males de todos
os tipos. E lógico que nem toda espécie de males tem sua origem no amor do
dinheiro. Não obstante, temos razão em afirmar que o amor do dinheiro é uma das
fontes mais prolíficas do mal. Paulo não foi o primeiro a sentenciar o amor do
dinheiro; este conceito ressoava em grande parte da literatura ética judaica e
gentia do século 1. Mas a exortação do apóstolo elucida a ameaça especial à fé
cristã. Sua análise relembra a advertência de Jesus: “Não podeis servir a Deus
e a Mamom” (Lc 16.13).
O Perigo das Riquezas (6.17). A primeira vista, estes
versículos parecem uma queda súbita da sublimidade à trivialidade. Logo após a
magnífica doxologia de Paulo, ele imediatamente se volta a problemas práticos e
mundanos: Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos,nem ponham a
esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente nos dá
todas as coisas para delas gozarmos (17). Esta descida abrupta do tom
apostólico, esta intrusão aparente de coisas terrenas, não é absolutamente
intrusão. Na verdade, a intrusão são os versículos 11 a 16.
No versículo 10, Paulo estava falando das riquezas mundanas
e seus perigos potenciais. Mas nos versículos 11 a 16 ele divaga de modo
totalmente paulino — e que esplêndida divagação! Agora, no versículo 17, ele
retoma o tema que os parênteses inspirados tinham posto de lado.Quando tratou
este assunto pouco antes neste capítulo, o apóstolo tinha em mente as pessoas
que almejavam riquezas. Aqui ele se dirige aos que já são ricos. Esta é revelação
interessante sobre a situação econômica de pelo menos alguns membros da igreja
em Efeso. Nem todos os cristãos primitivos eram escravos e artesãos humildes.
Havia homens de posse e boa situação financeira entre eles — e há perigo no
aumento das riquezas.
A sobriedade, empenho e prudência que o evangelho introduz
na vida do crente têm de conduzir inevitavelmente ao aumento da prosperidade; e
a prosperidade pode arruinar a fé cristã que é a base dessas novas disciplinas.
Assim, as riquezas tornam-se inimiga da alma. E, como Paulo vê claramente, o
principal perigo são os homens ficarem altivos (“arrogantes”, NVI;
“orgulhosos”, BAB, BJ, NTLH, RA). Há algo relacionado às riquezas que promove
um falso senso de segurança; é difícil ter muitas riquezas sem deixar de
confiar nelas em certa medida. Paulo mostra discernimento ao se referir às
riquezas, chamando-as incerteza das riquezas (ou “instabilidade da riqueza”,
BAB, BJ, RA).
Outra razão para evitarmos o orgulho relacionado às riquezas
é que Deus... nos dá todas as coisas para delas gozarmos (17). Tudo é de Deus,
tanto as riquezas quanto a capacidade de adquiri-las. Na realidade, tudo que o
homem desfruta das satisfações da vida, sejam quais forem as formas em que se
apresentem, vem da generosidade de Deus.
A Verdadeira Mordomia das Riquezas (6.18,19). Que façam o
bem, enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente e sejam comunicáveis
(“generosos em dar e prontos a repartir”, AEC, RA; cf. BAB); que entesourem
para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar a vida
eterna (18,19). Esta é a orientação cristã sobre o uso adequado das riquezas.
Lembramos o conselho triplo de João Wesley dado aos metodistas que estavam
prosperando: “Ganhem tudo que puderem, economizem tudo que puderem e dêem tudo
que puderem”.
O dinheiro nunca compra a salvação; mas o uso adequado e
cristão do dinheiro contribui para a formação do caráter cristão e nos capacita
a agarrar a vida eterna com mais firmeza. Phillips traduz o versículo 19
claramente: “A segurança deles deve ser investida na vida vindoura, a fim de se
certificarem de que terão parte na vida que é real e permanente”.
CONCLUSÃO
Paulo, ao escrever
essas linhas, tinha em mente o perfeito equilíbrio da administração
eclesiástica. Ele mostra que a observação dessas normas, e mesmo a observação
das mínimas coisas, como por exemplo, o devido cuidado para com uma enfermidade
estomacal (v. 20), pode contribuir para o bem estar da obra de Deus. Por esta
razão, o apóstolo faz um apelo veemente a Timóteo: “Conjuro-te, diante de Deus,
e do Senhor Jesus Cristo, e dos anjos eleitos, que, sem prevenção, guardes
estas coisas, nada fazendo por parcialidade” (v. 21).
A carta termina com uma palavra de bênção: A graça seja
contigo. Amém! (21). O pronome grego traduzido por contigo está no plural;
portanto, a tradução correta é: “A graça seja convosco” (AEC, BAB, RA; cf. BJ,
CH, NVI). Ainda que a carta do apóstolo fosse endereçada a Timóteo, é claro que
ele tinha em mente toda a igreja efésia quando escreveu a bênção de despedida.
Subsídio para o Professor
Este capítulo contém as instruções de Paulo para Timóteo a respeito de vários membros da congregação. Ele começa com os membros em geral, aconselhando Timóteo a considerá-los como família, e a exortá-los de acordo (1-2). Uma grande parte então é devotada aos cuidados das viúvas, nos quais algumas podem ser “inscritas”. À que esta frase se refere é incerto, mas pode incluir o sustento da congregação por bastante tempo. Apenas aquelas que são verdadeiras viúvas (como foi definido no versículo 5), e que têm certas qualificações (citadas nos versículos 9-10), devem ser honradas de tal maneira. Viúvas mais jovens, devem casar-se de novo e ter filhos, enquanto viúvas com filhos e netos devem ser sustentadas pela sua própria família em vez de ser um fardo para a igreja (3-6).
O Senhor foi bem claro em Sua Palavra sobre como Ele deseja que Sua igreja na terra seja organizada e administrada. Primeiro, Cristo é o cabeça da igreja e Sua suprema autoridade (Efésios 1:22, 4:15; Colossenses 1:18). Segundo, a igreja local é para ser autônoma, livre de qualquer autoridade ou controle externos, com o direito de se auto-governar e deve possuir liberdade da interferência de qualquer forma de hierarquia de indivíduos ou organizações (Tito 1:5). Terceiro, a igreja é para ser governada por uma liderança espiritual que são os seus ministros.
Lidando com irmãos em geral (5:1-2)
O jovem Timóteo precisava manter o relacionamento certo com cada membro da igreja. Ele não foi deixado em Éfeso para dominá-los, mas para exortá-los em amor (veja 1:3-5). Os membros da “casa de Deus” (veja 3:15), devem ser tratados como “pais”, “mães”, “irmãos” e “irmãs” no Senhor. Os idosos merecem respeito, e a conduta do evangelista entre os da mesma idade deve ser temperada com amor e cautela (5:1-2).
Paulo aconselha a Timóteo como ele e os outros presbíteros deveriam os anciãos.
Aos homens idosos, anciãos, ele deveriam exorta-los ou incentivá-los, como se fossem seus próprios pais, aos moços como a um irmão de sangue, às mulheres idosas como suas próprias mães e com as moças como se fossem suas próprias irmãs. De maneira alguma eles deveriam usar da autoridade que possuíam para corrigir aos irmãos de forma arrogante.
A DOAÇÃO NO NOVO TESTAMENTO – SUSTENTAÇÃO DAS VIÚVAS
5:3-6:2- Paulo agora volta sua atenção para três grupos em que aparentemente tinha surgido problemas na igreja de Éfeso: as viúvas, os anciãos, e escravos.
5:3-16- A preocupação de Paulo para identificar as viúvas carentes e assegurar o seu bom atendimento, o pano de fundo para uma discussão sobre os problemas das viúvas jovens, algumas das quais que são realmente viúvas. O cuidado das viúvas, que frequentemente tinham necessidades materiais, é um tema importante no Antigo Testamento (Dt 24:19 - 21; É. 1:17; Jer. 22:3; Mal. 3:5) e foi uma preocupação especial da igreja primitiva (v. 16, Atos 6:1; Tiago 1: 27).
As viúvas sempre foram um motivo de preocupação não só da igreja em Éfeso, como em várias passagens da bíblia vemos o cuidado especial de Deus em relação às viúvas que não tinham com que se sustentar (Deuteronômio 24: 19 ao 21 e Malaquias 3:5).
Aqueles portanto, que sabendo que uma viúva precisava de ajuda e ao invés de acolhê-la, a abandona, é como um cristão negando sua fé em Cristo Jesus, pois o próprio Jesus nos ensinou a amar o próximo como a nós mesmos (Marcos 12:31). E acaba sendo pior que um descrente, pois não vive o segundo maior mandamento das Escrituras.
Paulo destaca dois tipos de viúvas: as que não tinham família e eram reconhecidas por verdadeiras viúvas e necessitavam da ajuda da igreja e as que tinham família, que por mais que fossem viúvas, tinham sua família para poder ajudá-las em suas necessidades.
Acredito que estas muitas passagens das Escrituras tornam claro o quanto as viúvas, juntamente com os órfãos e os estrangeiros, estão no coração do Senhor. Isto continua no Novo Testamento também: Em Atos 6:1, diz que houve uma murmuração “dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano.” Por ministério se quer dizer a distribuição que foi feita a todos, oriunda do fundo comum que a igreja havia estabelecido e de acordo com as necessidades deles. Ninguém deveria ser desprezado, mas as viúvas muito menos, uma vez que elas eram pessoas por quem era necessário um carinho especial.
Os irmãos que possuíam viúvas em casa deveriam ajudá-las, para que a igreja ficasse com as que realmente precisavam de ajuda(desamparadas), e não tinham quem as ajudava.
É mostrado através da Bíblia que as viúvas têm um local especial no coração de Deus. Aqui estão algumas passagens do Velho Testamento:
Êxodo 22:22-23 “A nenhuma viúva nem órfão afligireis. Se de algum modo os afligires, e eles chamarem a mim, eu certamente ouvirei o seu clamor.”
Deuteronômio 10:17-18 “Pois o Senhor vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e terrível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita recompensas; Que faz justiça ao órfão e à viúva, e ama o estrangeiro, dando-lhe pão e roupa.”
Deuteronômio 26:12-13 “Quando acabares de separar todos os dízimos da tua colheita no ano terceiro, que é o ano dos dízimos, então os dará ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, para que comam dentro das tuas portas, e se fartem; e dirás perante o Senhor teu Deus: Tirei da minha casa as coisas consagradas e as dei também ao levita, e ao estrangeiro, e ao órfão e à viúva, conforme a todos os teus mandamentos que me tens ordenado; não transgredi os teus mandamentos, nem deles me esqueci.”
Como nós também vimos, os dízimos também tinham viúvas como receptoras.
Lamentavelmente, a atenção às viúvas é algo quase que desconhecido em nossos dias.
A HONRA DEVIDA AO PASTOR OU AOS QUE MINISTRAM (5.17-25)
Recompensa adequada pelo serviço fiel (5.17,18)
As palavras "anciãos" e presbíteros, aqui quer dizer "pastores", são tradução da mesma palavra grega. O significado, embora distinto, estão correlacionados. No versículo 1, significa os membros mais idosos da congregação; mas aqui diz respeito aos indivíduos separados para a obra do ministério: “Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina” (17). Há comentaristas que entendem que este versículo antecipa a distinção entre "pastores" que governam e "pastores que ensinam", que é a prática em certas igrejas reformadas. Mas isso é improvável, quando lembramos que Paulo já havia declarado especificamente que todo bispo (ou pastor) tem de ser "apto para ensinar" (3.2).
Paulo sustenta seu conselho com um argumento que lembra 1 Coríntios 9.9: “Porque diz a Escritura: Não ligarás a boca ao boi que debulha. E: Digno é o obreiro do seu salário”.
A primeira destas passagens é um preceito do Antigo Testamento encontrado em Deuteronômio 15.4, e em sua situação original é uma ordenação humanitária. Mas em outro texto Paulo argumenta que tem um significado mais profundo: "Porventura, tem Deus cuidado dos bois? Ou não o diz certamente por nós?" (1 Co 9.9,10). O apóstolo também cita outra passagem para a qual dá importância igual: “Digno é o obreiro do seu salário”. Esta é declaração de nosso Senhor registrada em Lucas 10.7.
O CUIDADO E HONRA PARA COM OS MINISTROS FIÉIS (5:17-19)
Os presbíteros ou pastores que “se afadigam” no seu trabalho com a Palavra de Deus, também merecem “dobrados honorários” pela igreja. Esta honra inclui a possibilidade de um salário (5:17-18), e respeito pelo caráter dele. O trabalho de atender pelo rebanho de Deus (veja Atos 20:28-32), o coloca como alvo dos que estão insatisfeitos. Por isso, a “honra” insiste que uma denúncia contra um presbítero seja aceita somente com testemunho incontestável (5:19).
Paulo continua dizendo a Timóteo como deveria ser o proceder na igreja em relação aos presbíteros. Aqueles que se dedicavam único e exclusivamente a expansão do ministério de Cristo, se aplicando a evangelização e ao ensino da palavra, deveriam ser honrados por seu trabalho, recebendo salário. Ele também usou uma frase dita pelo próprio Jesus (Lucas 10:7), que o trabalhador era digno do seu salário e usou também uma passagem do velho testamento (Deuteronômio 25:4), que 'não amordaces o boi, quando ele pisa o trigo'.
DISCIPLINA JUSTA E IMPARCIAL (5.19-21)
Da remuneração adequada daqueles que servem bem a igreja, Paulo agora se dedica à questão de censurar os remissos. O versículo 19 é muito significativo: 'Não aceites acusação contra presbítero (aqui quer dizer "pastor"), senão com duas ou três testemunhas'. Aqui é citado um dos princípios mais básicos da jurisprudência judaica: "Uma só testemunha contra ninguém se levantará por qualquer iniquidade ou por qualquer pecado, seja qual for o pecado que pecasse; pela boca de duas ou três testemunhas, se estabelecerá o negócio" (Dt 19.15).
Nosso Senhor apela para este princípio legal em Mateus 18.16, e Paulo em 2 Coríntios 13.1. Se a igreja seguisse este princípio rigorosamente, nenhum membro ou ministro jamais se tornariam vítima, de um indivíduo vingativo. Trata-se de um princípio que toda denominação responsável incorpora em seus procedimentos disciplinares.
Por que Paulo evoca a indispensável presença de testemunhas para se acusar um presbítero?
Este é um direito de todo crente, tanto na antiga como na nova Aliança (Nm 35:30; Dt 17:6; Mt 18:16; Jo 5:31; 8:14). Comentando este verso, João Calvino sugere '...que ninguém é mais exposto a calúnias e insultos do que os mestres piedosos. E isso provém não só das dificuldades de seus deveres, os quais são às vezes tão volumosos que, ou vão a pique, ou cambaleiam, ou param hesitantes, ou dão um passo em falso, de maneira que os perversos encontram muitas ocasiões de deparar-se com algum defeito deles; mas também que, mesmo quando executam corretamente todos os seus deveres, e não cometem nem sequer um erro mínimo, jamais conseguem evitar mil e uma críticas'. (...) Satanás faz com que muitas pessoas, sem qualquer investigação, pressurosamente condenam seus pastores, cujo bom nome deveria esforçar-se a defender.
A DURA DISCIPLINA DOS LÍDERES
O Senhor Jesus afirma que a quem maior autoridade é dada, maior será o grau de responsabilidade diante dele. Na parábola do servo vigilante lemos que “àquele, porém, que não soube a vontade do seu senhor e fez cousas dignas de reprovação levará poucos açoites. Mas aquele quem muito foi dado, muito lhe será exigido; e aquele a quem muito se confia, muito mais lhe pedirão” (Lc. 12:48). Os presbíteros ou pastores são capacitados com dons específicos, e recebem o reconhecimento da igreja e são revestidos de autoridade por Cristo para liderarem o rebanho. Por estes motivos, não podem ser relapsos, nem irresponsáveis com os seus deveres cristãos em todas as áreas da sua vida. Eles prestarão contas, de um modo especial. Se fiéis em seu dever, a sua honra será maior, entretanto, também será proporcional o escândalo se houver queda.
A sábia orientação do apóstolo deve ser observada diligentemente. “Quanto aos que vivem no pecado, repreende-os na presença de todos, para que também os demais temam” (1 Tm 5:19-20). Não se deve aceitar qualquer acusação contra um presbítero, a não ser que seja endossado pelo testemunho verbal de duas ou três pessoas, e que sejam fidedignas. William Hendriksen comenta que “não se deve prejudicar desnecessariamente a reputação de um presbítero, e sua obra não deve sofrer uma interrupção desnecessária”. O mesmo poderia ser concluído acerca dos diáconos.
ACUSAÇÃO CONTRA LÍDERES (Muito importante)
"Não aceite acusação contra um presbítero, se não for apoiada por duas ou três testemunhas" (1 Tm 5:19).
Acusações de algum tipo estavam sendo trazidas contra um ou mais líderes, por isso Paulo estabelece alguns devidos parâmetros no processo de exame e (se necessário), disciplina dos líderes. Em primeiro aparece o tópico da avaliação das acusações e da obtenção de evidências.
O começo da instrução enfatiza a proteção dos líderes contra uma equivocada, mal intencionada ou falsa "acusação." Esta é uma linguagem do sistema legal, e o contexto é mais ou menos de uma audiência formal. Isso seria um equivalente de "inocente até que se prove o contrário.”
O versículo apresenta uma frase condicional que estabelece o procedimento correto ("se não for apoiada") ou como em outras traduções ("senão" ou ainda "exceto"); esta é uma citação da legislação mosaica que mostra o significado do procedimento a ser banido, exatamente o que dois textos relacionados de Deuteronômio, proibiram o estabelecimento da culpa com base no depoimento de apenas uma testemunha. Dessa forma, Paulo insiste que a acusação só deveria ser aceita se fosse "apoiada por duas ou três testemunhas." A relevância deste imperativo é a combinação de dois textos de Deuteronômio que em referência à pena de morte, estabelece:
"Pelo depoimento de duas ou três testemunhas tal pessoa poderá ser morta, mas ninguém será morto pelo depoimento de uma única testemunha" (Deuteronômio 17:6). E num contexto mais geral a Palavra insiste: "Uma só testemunha não é suficiente para condenar alguém de algum crime ou delito. Qualquer acusação precisa ser confirmada pelo depoimento de duas ou três testemunhas" (Deuteronômio 19:15).
Ao usar este princípio do Antigo Testamento, Paulo não está ensinando algo novo. O princípio estava profundamente enraizado no ensino da Igreja primitiva, nas palavras de Jesus e em inúmeras alusões à lei de múltiplas testemunhas (e.g., João 8:17) e aparentes aplicações disso em várias situações. Assim, as citações diretas do Antigo Testamento feitas pelo apóstolo, tinham a intenção de autenticar a autoridade destas instruções e fazer com que fosse corretamente compreendida a gravidade da situação envolvida.
Portanto, a Igreja tem a séria responsabilidade de proteger seus líderes, obedecendo ao critério estabelecido neste princípio ensinado por Paulo.
Conselho Financeiro
De onde vêm as bênçãos materiais? A Bíblia diz em Deuteronômio 8:18. “Antes te lembrarás do Senhor teu Deus, porque ele é o que te dá força para adquirires riquezas; a fim de confirmar o seu pacto, que jurou a teus pais, como hoje se vê.”
Pode o dinheiro tomar o lugar de coisas mais importantes? As riquezas podem se tornar o centro da nossa vida e tomar o lugar de Deus. A Bíblia diz em Jeremias 9:23-24. “Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas; mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em entender, e em me conhecer, que eu sou o Senhor, que faço benevolência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor.”
As riquezas podem dar-nos atitudes incorretas sobre as coisas materiais. A Bíblia diz em Lucas 12:15. “E disse ao povo: Acautelai-vos e guardai-vos de toda espécie de cobiça; porque a vida do homem não consiste na abundância das coisas que possui.”
Não é sábio fazer do sucesso financeiro uma prioridade. A Bíblia diz em Mateus 6:24: Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.
1 Timóteo 6:9: "Mas os que querem tornar-se ricos, caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, as quais submergem os homens na ruína e na perdição”.
TEOLOGIA DO DINHEIRO
1 Timóteo 6.3-10, 17-19
Quando lemos o apóstolo Paulo afirmando que "o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males", podemos concluir apressadamente que a Bíblia é contra o dinheiro. Se examinarmos este texto, veremos que o cristão não precisa desenvolver uma dinheirofobia, como se não devesse ganhar, guardar e gastar. Se examinarmos a Bíblia toda, veremos que o dinheiro ocupa um lugar bastante significativo, pela simples razão que ele ocupa um lugar significativo nas nossas vidas.
Foi com o dinheiro que você chegou aqui hoje, pagando a passagem, abastecendo o automóvel ou comprando sapatos e roupas para andar por aí e até aqui. Não temos, nem precisamos ser contra o dinheiro. Nosso problema é outro: fazer do dinheiro, nosso dono.
CARÁTER DOS FALSOS MESTRES (6:3-5)
Os falsos mestres em Éfeso eram facilmente reconhecidos pela maneira que trabalhavam. Eles não procuravam um bom fruto do seu trabalho para todos, mas ensinavam o que não era da verdade, promoveram discussões em vez de entendimento, e visavam seu dinheiro como o único fim de seu trabalho.
6:3-5. “Se alguém ensina alguma doutrina diversa, e não se conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade”.
3. As sãs palavras. Sãs, porque promovem a saúde. Esta expressão é peculiar às Pastorais, enfatizando o desejo de Paulo que seja pregada a sã doutrina. Palavras de nosso Senhor Jesus Cristo. Esta é outra indicação (veja 5:18), que as narrativas do Evangelho escrito eram bem conhecidas e estavam em circulação.
V.4 “é soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de palavras, das quais nascem invejas, porfias, injúrias, suspeitas maliciosas,”
É soberbo. Usado três vezes no N.T., todas as três nas Pastorais (I Tm. 3:6; 6:4; lI Tm. 3:4).
A palavra combina as ideias de convencimento e tolice. A rejeição do testemunho do Evangelho está enraizada no orgulho e é a mais rematada tolice. Nada entende. Esta é a única vez em que Paulo usa esta palavra significando "compreender".
V.5. “disputas de homens corruptos de entendimento, e privados da verdade, cuidando que a piedade é fonte de lucro. Aparta-te dos tais".
O PERIGO DAS RIQUEZAS(6:6-16)
Muitos hoje apelam a Deus em busca de bens materiais. Porém, Paulo exorta que o cristão se contente ao ter as necessidades básicas supridas (6:8; veja Filipenses 4:10-13). A procura da riqueza traz somente tristeza e tropeços na vida de quem quer servir a Deus, pois vem de um coração enraizado no mundo e não no Senhor (6:9-10; veja Colossenses 3:1-2). A adesão ao dinheiro (ou o amor ao dinheiro) tem dois estágios: a tentação e a queda.
Quando caímos em tentação, criamos ciladas para nós mesmos. O dinheiro muda nossos relacionamentos com os outros. É por isto que é a raiz de todos os males: da injustiça, da guerra, da violência e da fome. A paixão pelo dinheiro transforma nossas vidas. A maioria das brigas familiares tem no dinheiro a sua fonte. O dinheiro está na gênese da maiores das crueldades. Quem o adora precisa eliminar aqueles que atrapalham sua adoração.
Que Deus, tenha misericórdia de Seu povo e que use cada Ministro do Evangelho para se portar como convém a um homem de Deus e que a cobiça e a corrupção, nunca o tome.
Abraços.
Viva vencendo com os ensinamentos dessa Lição!!!
Seu irmão menor.
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