TEXTO ÁUREO
“Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos,
apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas
de demônios” (1Tm 4.1).
VERDADE PRÁTICA
A apostasia e a infidelidade a Deus são características
marcantes dos tempos do fim
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Timóteo 4.1,2,5-8,12,16
INTRODUÇÃO
Um líder precisa de algumas habilidades que o ajudarão e o capacitarão a guiar melhor o grupo que Deus lhe confiou. Uma dessas habilidades é o discernimento quanto ao que vem ou não de Deus. Embora saibamos por outros textos da Escritura que discernimento é um dom, Paulo ensina a Timóteo que discernimento também pode ser adquirido com as atitudes corretas. Um líder com discernimento pode salvar a vida de um povo.
Em 1 Crônicas 12:32, vemos que homens da tribo de Issacar foram chamados porque eram conhecedores da época e sabiam o que fazer. Ao estudar esta lição, veja como estas duas posturas: conhecer a época e saber o que fazer são ingredientes fundamentais na aquisição de discernimento por parte de um jovem líder.
A dificuldade dos tempos de Timóteo = (l Tm 4:1-3)
Cada época tem seus desafios e dificuldades especiais com relação à proclamação e à prática da verdadeira e genuína mensagem do evangelho. Nesse trecho da carta, Paulo descreve a Timóteo as características do erro doutrinário que encontraria naquela época. Deixando de lado as particularidades, ou seja, as afirmações doutrinárias específicas, tais características servem para analisarmos quaisquer movimentos contrários à Palavra de Deus que venham assolar a igreja ainda nos dias de hoje. Vamos ver quais são essas características.
1. Origem. As falsas doutrinas são inspiradas por demônios, ou seja, têm ingredientes mentirosos misturados a práticas externas que parecem boas e proveitosas para a vida do homem. Apesar de homens que se engajam nesses movimentos ou crenças serem cegos para a verdade, não são inocentes ou inofensivos e tampouco inspirados por nada. Por causa de seu estado que é descrito no verso 2, engolem e espalham as doutrinas mentirosas produzidas pelo inimigo de Deus na mente dos homens.
A palavra para consciência cauterizada (kaustëriazõ) significa queimado com ferro quente, ou seja, sua consciência se tornou insensível e incapaz de perceber a mentira em que estavam se metendo. Paulo já tinha escrito sobre essa verdade em outras cartas. Por exemplo, em Colossenses 2:8, adverte a igreja que não dê ouvidos a doutrinas que queiram escravizá-la aos sistemas mundanos. Só Cristo pode dar a liberdade de uma nova vida aos crentes. Em Efésios 6: 12, o apóstolo alerta que nossa luta não é contra a carne e o sangue, mas contra os principados e potestades deste mundo tenebroso.
O que Paulo está sugerindo não é que conheçamos as doutrinas demoníacas, mas sim que saibamos que o que vem contra o evangelho são armas do inimigo para manter os homens afastados de Deus.
Você conhece alguém enredado por alguma falsa doutrina nos dias de hoje? Você tem se lembrado dessa pessoa em oração? Faça uma agenda com nomes de pessoas nessa situação e ore por elas.
2. Método. Se você ler outras exortações de Paulo a respeito de heresias que assolavam a Igreja de seu tempo, vai perceber que todas elas, ao abordar as pessoas, começavam por criticar práticas exteriores ou sugeriam mudanças nos rituais e práticas de culto. Nesse caso, em particular, temos o que podemos chamar de sementes do Gnosticismo, movimento herético que surgiu no século II d.C.
Veja o caso da Igreja de Colossos. Eles enfrentaram vários movimentos de uma só vez: filosofias vás (Cl 2:8); legalismo, coisas com aparência de sabedoria e religiosidade (Cl 2:20-23).
Na realidade, esse pré-gnosticismo que Timóteo estava enfrentando na igreja de Efeso também havia chegado até Colossos. Estamos chamando de pré-gnosticismo porque o que havia naquela época eram apenas as idéias do que futuramente seria chamado de movimento religioso do gnosticismo. O que eles pregavam? Charles Ryrie, na Bíblia Anotada (Editora Mundo Cristão, p. 1574 ou p. 1232 nova edição), dá-nos algumas características da heresia do gnosticismo.
a. O conhecimento é superior à virtude (saber é melhor do que praticar).
b. O sentido correto das Escrituras é o não- literal e só pode ser compreendido por uma minoria seleta.
c. A presença do mal no mundo desmente o conceito de que Deus é o único Criador.
d. A encarnação é um fenômeno inacreditável. Deus não pode unir-se ao corpo humano.
e. Não há ressurreição do corpo.
É importante registrar que ao longo da história da igreja essas heresias reaparecem. Nenhuma delas ataca abertamente a fé cristã. Geralmente criticam fatos externos, mas que dizem respeito à doutrina perfeita do Deus verdadeiro.
Por exemplo: quando Paulo fala sobre o poder e a atuação ilimitados de Deus, na verdade, está se posicionando contra o que era pregado pelos gnósticos: que Deus não teria contato com a carne (pecaminosa, impura), e, portanto, o próprio homem deveria resolver esse problema.
Fique atento! Procure ter mente crítica quanto ao que ouve. Analise os vários ângulos de uma afirmação, proposta ou idéia. Observe o que há de positivo e de negativo no que está sendo dito. Busque a sabedoria do Senhor para compreender e discernir todo o conteúdo de uma mensagem.
3. Objetivo. De todas as características das falsas doutrinas, essa é a mais fácil de notar. Todas elas querem enganar e destruir. Outros versos e exortações de Paulo sobre falsas doutrinas demonstram isso (1Co 3:18; Ef 5:6; Cl 2:4; 2Ts 2:3). O objetivo é enganar e impedir que as pessoas vivam a verdade de Deus; podendo levar ao desvio do caminho certo ou à apostasia.
Como o líder deve reagir neste tempo = ( I Tm 4:4-10)
Até aqui, estudamos como as falsas doutrinas podem atacar as pessoas. Vamos ver como devemos agir diante delas. Contrastando as afirmações das falsas doutrinas, Paulo diz que Deus é o Criador de tudo. O que o Senhor criou é bom; nada é recusável, se recebido com ações de graças. E pela Palavra e pela oração que as coisas são santificadas (v.4-5).
No verso 6, o apóstolo explica a seu jovem discípulo que o ensino da boa doutrina e da Palavra de Deus é a melhor arma para combater as mentiras do reino das trevas e, ao mesmo tempo, o caminho para praticar a piedade e a vontade de Deus. Nos últimos versículos desse capítulo, encontramos importantes dicas para o trabalho do líder cristão de ensinar a Palavra de Deus com o alvo de transformar os homens.
1. Remédio adequado. Paulo instrui Timóteo (v.6) e faz referência ao que escreveu nos versos anteriores (v. 1-5). Ser bom ministro de Cristo é expor as verdades bíblicas, franca, clara e simplesmente.
2. Alimentação individual. Fica claro que expor a Palavra é uma ação que está intimamente ligada à vida do líder. O tempo do verbo grego usado aqui implica uma constância na atitude de nutrir-se pessoalmente. A Bíblia deixa isso claro para nós (cf Ed 7: 10).
E qual é o conteúdo dessa nutrição? As verdades que Timóteo recebia da Palavra de Deus, através de envolvimento com ela, mas também com o ensino de Paulo. Para nós, hoje, a fonte é a mesma: a Bíblia e pessoas mais experientes na fé.
Veja como o movimento da boa doutrina é diferente. Vem de dentro para fora. O líder cristão plenamente alimentado da Palavra pode viver a piedade que reflete os valores da vida presente e futura abençoada por Deus. Isso é um contraste com as falsas doutrinas que começam seu movimento de fora para dentro.
A busca de purificação interior parte de ações externas, concretas, visíveis. Paulo exorta Timóteo ao exercício espiritual (superior, totalmente proveitoso, presente e futuramente) em contraste com a atividade física. Pode-se ver nas palavras do apóstolo uma crítica às práticas das falsas doutrinas, que buscavam purificação na autodisciplina e resignação. Nossas atitudes devem ser frutos de nossa nutrição pela Palavra de Deus.
Comprometa um tempo no seu dia-a-dia para ler a Bíblia. Crie o hábito de anotar o sermão de seu pastor e releia-o durante a semana. Observe se tem posto em prática o que tem aprendido. Lembre-se de que nutrir-se da Palavra leva naturalmente à prática da piedade. Uma verdadeira vida com Deus e Seus ensinos muda nossa vida e não apenas enche nossa cabeça.
3. Motivação correta. O apóstolo encerra esse trecho levando o jovem líder a pensar que a decisão de viver pela Palavra tem um ingrediente fundamental: colocar a esperança no Senhor, que é vivo, atuante e Salvador (vemos mais uma vez o contraste estabelecido com os espíritos enganadores, mentirosos).
Rejeitando as fabulas profanas. Ao expor a razão do surgimento das falsas doutrinas e mostrar quem está por trás delas, Paulo revela o seu efeito sobre aqueles que nelas crêem. Além destas verdades, também veremos neste tópico, o método para descobrir se uma doutrina é falsa.
Mostrando que elas são ensino de demônios - A Bíblia nos mostra que aigreja está vivendo os seus últimos dias de existência na terra, e que por esta razão, as hostes satânicas investirão pesado contra ela. O objetivo e articulação desse ataque já nos foram revelados: “… nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios” (v.1).
Como atalaias do Reino de Deus, precisamos estar atentos a todo movimento estranho que aparece no meio da igreja. A finalidade não é arrancar o “joio”(Mt 13.24-42), e sim, alertarmos aos filhos do reino quanto à procedência de seus ensinamentos.
Mostrando que elas cauterizam a consciência - Ao se referir à “…hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência” (v.2); é como se Paulo estivesse relembrando a experiência que passou em Éfeso (At 19.1;22-41), cidade onde Timóteo pastoreava. Tais palavras revelam o intento de Satanás: ludibriar os servos de Deus com ensinamentos sortilégios.
Aqueles que vivem indo atrás de supostos proclamadores de uma nova verdade, acabam se tornando escravos de tais ideologias. Como servos de Deus, devemos revelar essas heresias e alertar ao povo quanto ao perigo de se crer nelas ( 2 Pe 2.1-3).
Mostrando que elas contradizem a Palavra de Deus - A Bíblianos mostra que o casamento é uma instituição divina, na qual um homem e uma mulher se unem para constituir uma família (Gn 1.27-28; 2.18-24), mas a aberração que estava havendo em Éfeso, é que alguns estavam “proibindo” o casamento (v.2,3).
Por ser opcional (1Co 7.8,9), a questão não estava no casamento em si, mas no “proibi-lo”; pois isto se constituía em uma contradição à Palavra de Deus. E como se sabe, por mais “inofensiva” que pareça (v. 3 -5), a contradição às Escrituras Sagradas jamais será tolerada por Aquele que a inspirou – Deus (Dt 4.1,2; Pv 30.5,6).
REVESTINDO-SE DA SÃ DOUTRINA
Devido à complexidade do que é proposto neste tópico, estudaremos sobre o processo do revestimento da sã doutrina, ressaltando a sua real finalidade. Para tanto, destacaremos as doutrinas bíblicas apontadas no texto, às quais devemos guardar:
Firmando-se na verdade - Como não há revestimento da sã doutrina,com falsos ensinos imperando; Paulo então declara: “Mas rejeita as fábulas profanas e de velhas…” (7 a). Essas fábulas eram lendas mitológicas que alguns judeus acrescentavam ao Antigo Testamento (Tt 1.14).
Por não suportarem a sã doutrina, há “crentes” que têm dificuldades de largar suas superstições e crer em um Evangelho desprovido de misticismo. A conseqüência disso, é que muitos se desviarão da verdade e se apegarão às fábulas (2Tm 4.3,4). Por esta razão, se você deseja revestir-se da sã doutrina, procure firmar-se na verdade.
Firmando-se na piedade - “… Exercita-te a ti mesmo em piedade.Porque o exercício corporal para pouco aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa…” (7b, 8a). A palavra piedade aqui, não significa pena ou compaixão, e sim, respeito pelo sagrado e espírito de devoção. Isso é o que Paulo esperava de Timóteo concernente ao cuidado da Doutrina.Ao exercitar-se em piedade, o crente jamais se abalará com as zombarias e desrespeito à Palavra de Deus (Sl 119.51) . Tal procedimento não só comprova o seu revestimento com a sã doutrina, como também o livra da ira de Deus (2Cr 36.16).
Firmando-se nas promessas - A fé inabalável do Apóstolo Paulo era caracterizada por sua esperança nas promessas de Deus. Esta fé não só o revestia contra os ensinamentos infiéis e dignos de rejeição, como também o impulsionava a trabalhar na obra de Deus (8b-10). Por estar ciente desse efeito, ele instrui o jovem Timóteo a proceder da mesma forma.Aqueles que não se encontram firmados nas promessas de Deus, vivem titubeando na fé, enquanto que outros já a abandonaram. Para evitar essa tragédia espiritual, revista-se da sã doutrina e siga as instruções de Paulo:
A DILIGENCIA NO MINISTÉRIO
PRATICANDO A SÃ DOUTRINA. Devido ao seu efeito irradiante, a prática da sã doutrina tanto beneficia aquele que a exercita, quanto aos que estão à sua volta (v.15,16). Em virtude disso, para que não definheis em seu ministério, desenvolva com esmero, o que recebestes da parte de Deus.
Sendo exemplo dos fiéis - O cristão que assume a posição de líder espiritual, não deve negligenciar em seu testemunho. Por esta razão, Paulo mostra a Timóteo que a sua forma de relacionar-se com as pessoas, assim como a sua fé e pureza, deveriam servir de exemplo para os fiéis (v 12); esses são os que Deus nos confiou, para que sejamos modelos (1Pe 5.2,3 ARA).
Jamais devemos nos desviar desse foco, pois se o mundo nos observa, esta é uma ótima forma para apregoarmos a sã doutrina, por meio do nosso testemunho. Agindo assim, até o nosso adversário se envergonhará não tendo com quê nos acusar (Tt 2.7,8).
Sendo persistente no compromisso - Todo aquele que pertence ao seleto grupo de crentes, chamados servos de Cristo, assumiu o compromisso de confrontar os homens com a Palavra de Deus (Mt 28.19,20). Daí a razão da ordem: “Persisteem ler, exortar e ensinar…” (v.13). Essa foi a causa do reavivamento ocorrido por volta de 490 anos, antes da edição de 1ª Timóteo (Ne 8.1-18).
Paulo sabia que, somente pelo ensino da Palavra de Deus, é que os erros poderiam ser corrigidos. Assim sendo, aos que assumiram o compromisso de pôr em prática esta verdade, também devem se preparar, para não cometerem erros (Mt 22.29).
Sendo grato pelo dom recebido (v. 14,15) – Ser grato pelo dom recebido é não deixar de utilizá-lo para que o mesmo não adormeça, a ponto de apagar o Espírito de nossas vidas (1Ts 5.19 ARA). Esse é um cuidado que todo servo de Deus precisa ter, pois até mesmo Timóteo, no pleno desempenho do seu ministério, precisou ser alertado quanto a isto (v.14; 2Tm 1.6).
Por maior que sejam tuas atribuições, principalmente na igreja, jamais permita que elas te façam esquecer do dom que O Senhor te deu. Pois a maior prova de gratidão pelo presente recebido é quando o utilizamos, e isso corretamente (Rm 12.6-8).
CONCLUSÃO
A base bíblica desta lição começa ensinando sobre os apóstatas e suas ações, e termina registrando que nosso Deus é vivo e Salvador. Esse contraste evidencia os dois caminhos que o ser humano tem à sua frente: ser piedoso, alimentar-se com a boa doutrina ou apostatar, seguir espíritos enganadores. Entregar-se a Cristo e viver a vida que Ele nos proporciona, pelo Seu sacrifício na cruz, só é possível pela sã doutrina que não apenas apresenta o caminho para os que ainda não crêem, mas mostra aos que crêem como desenvolver a salvação que já receberam com temor e tremor (Fp. 2: l 2).
SUBSÍDIO PARA O PROFESSOR
Surgirão Falsos Ensinos (4.1,2)
Paulo começa este capítulo falando de uma revelação que o Espírito Santo tinha dado a igreja, que nos últimos tempos alguns deixariam a fé em Cristo Jesus por dar ouvidos e obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios.
A intenção deles era usar pessoas fracas, soberbas e hipócritas e que tinham suas mentes fechadas para o verdadeiro evangelho, para que com seus ensinos pudessem diluir o verdadeiro evangelho, ensinando falsos ensinos, que vão contra a palavra de Deus, para que muitos deixem a verdadeira fé em Cristo e sigam falsas crenças.
Éfeso foi atingida pelas contracorrentes de muitas religiões e filosofias do Leste e do Oeste. Como a cidade se localizasse na estrada Pan-asiática, os diversos mestres que por ali passavam achavam-na um lugar conveniente de parada. Como resultado, os efésios ficaram expostos a uma miscelânea de cultos extravagantes e de diferentes doutrinas.
Na sua Epístola aos Efésios, Paulo havia prevenido a igreja do perigo de serem “agitados de um lado para outro, e levados ao redor por todo vento de doutrina” (Efésios 4.14)
Foi esta a razão pela qual Paulo deixou Timóteo em Éfeso. Paulo refere-se ao problema dos efésios como “loquacidade frívola”, “fábulas” e “sabedoria falsa”, e menciona genealogias como se os cristãos de Éfeso estivessem interessados em descobrir suas origens
Através do Judaísmo daquela época, elaboradas interpretações fantasiosas do Antigo Testamento estavam-se espalhando com rapidez. E como os efésios estivessem numa posição que permitia o conhecimento de tudo o que surgia, os cristãos estavam sempre contando novidades e especulando como poderiam encaixar a última novidade em sua teologia eclética.
O apóstolo passa a tratar dos falsos ensinos que vinham infestando a igreja em Éfeso, cuja dificuldade ele alude no capítulo 1. O erro sempre se opõe à verdade do evangelho, conflito ao qual Deus prepara a sua igreja: Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé (1). Paulo está se referindo ao Espírito Santo, que é o espírito de profecia. E impossível determinar que profecia em particular o escritor tinha em mente. Às vezes, o apóstolo era movido pelo Espírito para profetizar. Um dos numerosos exemplos dessa inspiração envolvia esta igreja em Éfeso, onde Timóteo servia: “Porque eu sei isto: que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não perdoarão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si” (At 20.29,30). Este desdobramento, tão claramente previsto poucos anos antes, está próximo; na verdade, já começou.
Esses falsos mestres, não estão longe, estão no meio do rebanho, são cabritos, mas, agem como se ovelhas fossem, ganham a confiança da igreja, e por serem conduzidos por espíritos satânicos, logo armam o seu bote, e começam de uma forma sutil, demoníaca a contaminarem o alimento sólido servido as ovelhas, e se não for pela misericórdia do Deus Jeová, que alerta os pastores, e a liderança local, o rebanho se contamina, enfraquece, para de comer e morre. Se desvia.
II Pedro 2:1 – “Mas houve também entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição”.
Falsos mestres ensinam doutrinas diferentes
A palavra usada por Paulo para “diferente” é “heteros” que significa radicalmente diferente, de outro tipo. Isso significa que estavam ensinando algo completamente estranho à Palavra de Deus
Afastai-vos deles
Romanos 16:17-18: “Rogo-vos, irmãos, que noteis bem aqueles que provocam divisões e escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles, porque esses tais não servem a Cristo nosso Senhor, e, sim, a seu próprio ventre e com suaves palavras e lisonjas enganam os corações dos incautos.”
Espíritos enganadores
Elienai Cabral, comentando sobre o tema diz: “Precisamos entender que existem dois mistérios sobrenaturais propagados por agentes humanos: o de Deus e o do Diabo. O mistério de Deus é propagado pela Igreja e o mistério do Diabo é propagado por “espíritos enganadores” influenciados por demônios. O Espírito Santo vive na Igreja de Cristo para torná-la apta a refutar as sutilezas do Diabo”.
A expressão espíritos enganadores pode ter uma referência dupla, tanto a demônios literalmente como a homens que se tornam agentes de demônios. A Bíblia os identifica como “homens maus e enganadores… enganando e sendo enganados” (2Tm 3.13; 2Jo 7 e 2Pe 2.1). Existem pessoas que se colocam a serviço de Satanás para propagar e disseminar doutrinas falsas e negar as verdades divinas. Essas pessoas tornam-se, indubitavelmente, “espíritos enganadores”.
Entre o falso e o verdadeiro
É Jesus quem dá a primeira dica em Mateus 7.22-23. Ele fala sobre os que se apresentarão diante dele com afirmativas como: “Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade”.
Don Bashan, escritor e pastor já falecido afirma: “Não é coincidência que o alerta de Jesus sobre os falsos profetas venha precedido do alerta sobre o caminho largo e o estreito. Obviamente, porque muitos que pensam que o caminho em que estão seja o caminho da vida, mas estão sendo enganados pelos falsos profetas ou porque que estão sob o ministério dos falsos profetas!”.
Este espírito enganador é um espírito sedutor, que usa a palavra de Deus destorcendo e criando as suas doutrinas, as doutrinas de satanás. Note como este espírito sedutor e enganador tentaram contra o Cristo. Mateus 4:3-11.
Quando será o inicio de tudo isso?
Esta Levedura de erro está em ação hoje. Alguns já se desviaram da fé, seduzidos pelos “estratagemas de Satanás e seus aliados”. Paulo denomina essas forças sobrenaturais de “principados, […] potestades, […] príncipes das trevas deste século, […] hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Ef 6.12). A palavra grega traduzida por espíritos enganadores significa, de fato, “curandeiros ambulantes” ou “vagabundos, errantes” (Simpson), indicando o poder de iludir e enganar. Esses espíritos malignos empregam suas vítimas sucessivamente como agentes dos seus propósitos abomináveis. Prosseguindo na descrição destes agentes do erro, diz o apóstolo: “Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência”. O termo ‘hipocrisia’ fala do esforço consciente e deliberado em enganar, o conhecimento moral de que os ensinos que eles propagam são mentiras. Esses indivíduos estão tão cegos pela incredulidade e são tão endurecidos de coração que a consciência não é mais capaz de exercer suas funções designadas. Ela está cauterizada. Em Efésios 4.19, o apóstolo descreve a pessoa nesta condição moral: “havendo perdido todo o sentimento”.
Asceticismo Sem Sentido (4.3-5)
Paulo define dois detalhes do ensino que ele está denunciando: “Proibindo o casamento e ordenando a abstinência dos manjares que Deus criou para os fiéis e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles com ações de graças”. Esta proibição de casar-se e comer certos alimentos mostra que o erro que ganhara posição segura na igreja em Éfeso era um tipo inicial de gnosticismo. Todas as formas de gnosticismo defendiam em comum a idéia de um dualismo fundamental entre matéria e espírito. Isto significava que tudo que pertencesse ao corpo era intrinsecamente mau. Estes mestres mal orientados promoviam um asceticismo rígido e essencialmente falso. Seus adeptos tinham de evitar o casamento e praticar a abstinência de certos alimentos.
A APOSTASIA E INDIFERENÇA GENERALIZADA
“O Espírito diz claramente que nos últimos tempos alguns apostataram da fé e seguirão espíritos enganadores e doutrinas de demônios. Tais ensinamentos vêm de homens hipócritas e mentirosos, que têm a consciência cauterizada e proíbem o casamento e o consumo de alimentos que Deus criou para serem recebidos com ação de graças pelos que creem e conhecem a verdade.” Tm. 4.1-3.
O termo apostatar-se significa desviar-se ou afastar-se. Esse sinal já está acontecendo nos dias de hoje. Muitas autoridades das igrejas têm distorcido o verdadeiro evangelho, dando lugar ao orgulho, à ganância, posição social e cada vez menos à seriedade do evangelho.
A apostasia e a indiferença espiritual generalizada, bem como o espírito de desobediência e anarquia, fazem parte da preparação final do mundo pelo Diabo, para o reino do Anticristo, também chamado de a Besta.
Assim como Deus preparou todas as coisas para a vinda de Jesus, o Diabo prepara todas as coisas para o reino do Anticristo, quando a igreja sair daqui.
Isso porque esse preparo não pode ser feito de improviso, nem na última hora. Já começou há muito tempo e de diferentes maneiras. Isso podemos observar no espírito de desobediência, rebelião, ateísmo, corrupção, materialismo, baixo nível moral e imoralidade generalizada, e tudo isso está a serviço do maligno executando sua obra destruidora a passos gigantescos.
As bases do direito, da ética e dos bons princípios estão desmoronando-se na sociedade, nos lares, nas organizações civis, militares, comerciais, estudantis, científicas e culturais, em todas as classes sociais, em todos os países, na cidade e no campo. É o contrario do que determina as Escrituras.
Nunca antes presenciamos a angustia das nações como nos dias de hoje (Luc.21.25). Os interesses do mundo estão voltados unicamente para as coisas materiais (Mat. 24.38), dentro de todos os prismas políticos, não há quem busque a Deus (Rom. 3.11), e não se interessam pela pregação do Evangelho (Os. 53.1). Na própria igreja, o amor está desaparecendo (Mat. 24.12), apesar da boa e agradável advertência do Senhor (Mat.24.13; Luc.21.34-36).
Paulo fala que o Espírito lhe disse claramente sobre a apostasia nos últimos dias, fala sobre homens que se entregaram a mentiras, tendo suas mentes cauterizadas entregues a espíritos enganadores, estes espíritos são o próprio homem enquanto humanidade destituída da glória de Deus. Paulo diz ainda que os ensinos dos falsos mestres são doutrinas de demônios, onde influências sobrenaturais malignas direciona o agir deles.
A mente cauterizada se relaciona com o fato de usar ferro em brasa para queimar, marcando escravos ou animais. Entende-se que o contato do ferro em brasas com o corpo, torna o tecido queimado insensível e morto, podendo não mais perceber as diferentes sensações de contato. Assim seria a mente cauterizada, insensível, morta para a verdade libertadora do evangelho.
Fábulas substituindo a sã doutrina
Que é uma fábula? Fábula é um apólogo, e apólogo é uma verdade moral, expressa sob forma de fábula ou alegoria, ou sob o véu da ficção. Fábula é lenda, conto popular, mito. A mitologia contém os deuses fabulosos. O monte Olimpo dos Gregos era o lugar onde viviam os deuses gregos. Fábula é, finalmente, um conto, lenda, ou mito, que não tem existência real. É uma mentira.
Na Igreja nascente proliferavam as fábulas, isto é, lendas ou contos fabulosos que atrapalhavam a edificação da Igreja e do reino de Deus. Na mesma carta a Timóteo, mais à frente, Paulo declara que as tais fábulas, eram profanas. Ora, profanar é violar a santidade do Evangelho. Profanar é violar uma coisa sagrada.
Lendo o texto de I Timóteo 4.1-7, vemos que, neste texto, Paulo revela que as fábulas profanas são doutrinas de demônios, e espíritos enganadores, próprias para os hipócritas. Paulo ainda adverte a Igreja que as fábulas que tanto perturbavam e minavam a Igreja do seu tempo, eram coisas do Velho Testamento. “Este testemunho é verdadeiro. Portanto repreende-os severamente, para que sejam sãos na fé, não dando ouvido às fábulas Judaicas, nem aos mandamentos de homens que se desviam da verdade” (Tt. 1:13-14).
Quando os crentes não são orientados a lerem a Bíblia, nem tampouco a estudarem, quase sempre se portam como meninos espirituais. Daí porque há tanto emocionalismo e modismos nos cultos. Tais pessoas, por não conhecerem a Palavra e não estarem firmados nela, acabam sendo levadas por todo vento de doutrinas e engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente (Ef 4.14).
Pedro, o apóstolo, na sua segunda carta, diz: “Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda do nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas; mas nós mesmos vimos a sua majestade” (II Pd. 1:16). É claro que Pedro, assim como Paulo, fez referência às fábulas judaicas.
EXERCITA-TE A TI MESMO NA PIEDADE
“O cristão deve se exercitar? O que a Bíblia diz sobre a saúde?”
1 Timóteo 4:8 nos informa: “Pois o exercício físico para pouco é proveitoso, mas a piedade para tudo é proveitosa, porque tem a promessa da vida que agora é e da que há de ser”. Note que este versículo não diz que o exercício não tem valor! Ele diz que o exercício tem algum valor, mas mantém as prioridades corretamente ao dizer que a piedade é de maior valor. O apóstolo Paulo também menciona o treinamento físico ao ilustrar a verdade espiritual. 1 Coríntios 9:24-27: “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível. Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar. Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado”. 2 Timóteo 2:5: “Igualmente, o atleta não é coroado se não lutar segundo as normas.” 2 Timóteo 4:7: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé.”
Então, claramente não há nada de errado no fato de um cristão se exercitar. Na verdade, a Bíblia é clara ao dizer que nós devemos cuidar bem dos nossos corpos (1 Coríntios 6:19-20). Efésios 5:29 nos diz: “Porque ninguém jamais odiou a própria carne; antes, a alimenta e dela cuida…” A Bíblia também nos adverte contra a gula (Deuteronômio 21:20; Provérbios 23:2; 2 Pedro 1:5-7; 2 Timóteo 3:1-9; 2 Coríntios 10:5). Ao mesmo tempo, a Bíblia nos adverte contra a vaidade (1 Samuel 16:7; Provérbios 31:30; 1 Pedro 3:3-4). O que a Bíblia diz sobre a saúde? Seja saudável! Como alcançamos este objetivo? Ao fazermos exercícios não muito pesados e comendo moderadamente. Este é o padrão Bíblico para a saúde e para o exercício físico.
No versículo 8 Paulo diz que “o exercício físico para pouco é proveitoso”, mas não diz que para nada é proveitoso. Esse proveito não é pessoal, mas para servir o Senhor. Se tivermos boa saúde, poderemos servir melhor. Quando o Senhor nos envia para a obra, nas cidades, nos lugares, às vezes sofremos muito. Pessoas com saúde fraca não aguentam. Por isso, precisamos exercitar também o lado físico.
UM BOM MINISTRO DE CRISTO JESUS
v.6. Timóteo deveria dar instruções ao rebanho do Senhor, agindo como um “bom ministro de Cristo”. Segundo o Comentário Bíblico Beacon, “a palavra grega traduzida por ministro (diakonos) é a mesma palavra traduzida por ‘diáconos’ em 3.8”. O bom ministro é aquele que serve a Igreja, exortando, ensinando e discipulando suas ovelhas. Pois todo o crente precisa estar firmado na fé e na doutrina cristã (v.6b). O bom ministro zela pela vida espiritual do rebanho do Senhor. O pastor precisa ser um estudioso da Bíblia a fim de “conhecer a sabedoria e a instrução” para entender as palavras da prudência (Pv 1.2). O estudo das Escrituras conduz o pastor e as ovelhas à sabedoria, em todos os aspectos da vida.
O MINISTRO VERDADEIRO – 1. 12 -20
Esta passagem é um forte contraste entre o ministro verdadeiro do evangelho e os falsos mestres. Eles são um testemunho de Paulo que era um verdadeiro ministro.
Ser considerado fiel
O primeiro princípio dos ministros da palavra é ser considerado fiel. Em 1 Timóteo 1:12, Paulo mostra-nos a sua experiência: “Sou grato para com aquele que me fortaleceu,Cristo Jesus,nosso Senhor, que me considerou fiel, designando-me para o ministério”.É bom percebermos que primeiramente Paulo foi considerado fiel pelo Senhor e somente depois foi designado para o ministério. Portanto a base para sermos ministros é sermos fieis.
O ministério da Palavra
A palavra “ministros” é “huperetes” que traduz-se como “remador de baixo” e é uma alusão aos escravos que remavam “em fila” no porão do navio, como no romance “Ben-Hur”. Portanto, Paulo diz que o importante é que os homens vejam os ministros como servos deste tipo. Ora, o “doulos” era um escravo até de elite em comparação aos “huperetes” (v.1).
Mas, Paulo também, considera os obreiros como “oikonomos” (despenseiro), que na verdade era um mordomo que devia prestar contas ao seu senhor. Oikos (casa), nemo (distribuir, determinar), portanto, alguém que controla uma casa distribuindo tarefas e recursos e que deve prestar contas. O ministro é um mordomo (despenseiro) e distribui “os mistérios de Deus”, ou seja, as verdades bíblicas (v.1). A fidelidade do despenseiro está em entregar o que recebeu (Lc 12.42). O despenseiro deverá prestar contas a respeito de suas atitudes para com as pessoas. Todos somos despenseiros (1 Pe 4.10, 5.1-3).
O CUIDADO DO MINISTRO
Há três responsabilidades fundamentais na vida do obreiro do Senhor:
1-O cuidado consigo mesmo; 2- O cuidado com a doutrina;3- O cuidado com o rebanho.
Todas as demais responsabilidades do obreiro derivam destas três.
“Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina: persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem” (1Timóteo 4:16)
“Tem cuidado de ti mesmo”. Consideremos este solene mandamento: “Tem cuidado de ti mesmo”. Seria difícil expressar todo o alcance moral destas palavras. É importante que todo crente as observe, mas principalmente um obreiro do Senhor, pois a este se dirigem em particular. Este, mais do que tudo, necessita de cuidar de si mesmo. Deve cuidar do estado do seu coração, da sua consciência, dos seus afetos, do seu espírito, do seu caráter, da sua linguagem – tudo deve manter-se sob o santo controlo do Espírito e da Palavra de Deus. É necessário que esteja instruído com a verdade e vestido com a couraça da justiça. A sua condição moral e a sua marcha prática devem concordar com a verdade que ministra; de contrário, o inimigo, com certeza, ganhará vantagem sobre ele.
O OBREIRO DEVE TER CUIDADO COM A DOUTRINA – (I Tm 4.16)
“Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina”. (Tt 2.1).
O QUE É DOUTRINA BÍBLICA
A palavra doutrina se origina do grego: “didache”, que significa ensino ou instrução dos apóstolos. Entendemos que a sã doutrina é a revelação do Eterno Deus por meio das sagradas escrituras e representa o alicerce e o sustentáculo da verdadeira fé cristã.
Ainda podemos dizer que a doutrina é um conjunto de princípios que, tendo como base as Sagradas Escrituras, orienta o nosso relacionamento com Deus, com a Igreja e com os nossos semelhantes.
Ao contrário da filosofia, a doutrina cristã não se perde em especulações. Se por um lado, conduz-no a conhecer mais intimamente a Deus; por outro, constrange-nos a ter uma vida santa e irrepreensível.
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“Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina: persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem” (1Timóteo 4:16)
As palavras do texto citado são muito solenes e devem ser examinadas por todos aqueles que têm que apresentar às almas a Palavra de Deus e a doutrina. O inspirado apóstolo dirige estas palavras ao seu amado filho Timóteo, as quais contêm a mais preciosa instrução para cada um dos que são chamados por Deus para ministrar na assembleia ou para pregar o Evangelho. Tomar parte em tal ministério é, seguramente, um santo privilégio; mas ao mesmo tempo, o que o exerce tem uma enorme responsabilidade.
O OBREIRO DEVE TER CUIDADO COM O REBANHO (At 20.28, I Pe 5.2, Jo 21.15-17)
Um homem que governe bem a igreja de Deus. Só o homem que governa bem a si próprio e governa bem a sua casa, terá autoridade para cuidar da igreja de Deus.
A Bíblia compara a igreja com um rebanho de ovelhas. O povo escolhido é formado por ovelhas e Deus é o seu pastor. Jesus declara: “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas” (Jo 10.11).Para esse rebanho Jesus constituiu pastores para cuidá-lo, (Ef. 4:11). O pastor deve saber que ele não é dono do rebanho, mas foi constituído para cuidar do mesmo de acordo com as ordens Bíblicas sem querer dominar-lo veja o que diz em (1 Pedro 5:3). “Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho”.
Nunca li na Bíblia que Jesus tenha constituído mercenários para cuidar de Seu rebanho, porém, mercenários aparecem na área como se fossem pastores. A Palavra de Deus (Ezequiel 34: 2 a 4) “Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza e dize aos pastores: Assim diz o Senhor JEOVÁ: Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não apascentarão os pastores as ovelhas?” Veja o que diz em Jeremias 5.6: “ O meu povo tem sido ovelhas perdidas; seus pastores as fizeram errar e as deixaram desviar para os montes; do monte passaram ao outeiro, esqueceram-se do seu redil.”
Jesus fez um alerta contra o mercenário que vem para matar, roubar e destruir. Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas. O mercenário, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo, abandona as ovelhas e foge. Então, o lobo as arrebata e dispersa. (Jo 10:11 e 12).
Viva vencendo o desvio doutrinário que leva á apostasia!!!
Abraços.
Seu irmão menor.
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