01 agosto 2014

OS 'SINS' E OS 'NÃO ' NUMA VISITA A UM ENFERMO: NO HOSPITAL EM CASA



OS NÃOS:

·      Ao entrar, não pergunte: "E aí? Tudo bem?"  

·      Não se insulte com as palavras ou atitudes do paciente.

·      Não demonstre estar chocado com a aparência dele ou dela.
  
·      Não acorde o paciente, a menos que a enfermagem lhe dê a devida autorização.

·      Não minimize o problema e não dê uma de "expert" naquilo pelo qual sofre o paciente.

·      Não pressuponha nada.

·      Não diga, “Eu sei ‘exa-ta-men-te’ o que você está sentido!”

·      Não se atreva a oferecer "explicações espirituais" sobre o que se passa com o enfermo.

·      Não diga coisas como: "Que prova, heim!", "Você está muito pálido!", "Você está com olheiras bem demarcadas!", "Minha nossa... sua palidez aumentou de ontem pra hoje!", "Meu Deus, como você está mal!", "Deus sabe o que faz!", "Agradeça a Deus por sua doença!", "Em nome de Jesus, você vai sair daqui hoje mesmo!"

·      Não dê uma de coreógrafo-de-papagaio-babaca, performando com o paciente asneiras do modismo evangélico atual, do tipo "Repete comigo: 'Blá, blá, blá... Blá, blá, blá'...!", "Diz pro que está ao seu lado: 'Blá, blá, blá'...!", "Declare: 'Blá, blá, blá'...!", ou "Reivindique: 'Blá, blá, blá... Blá, blá, blá'...!"

·      Não diga que a sua titia (aquela que já bateu as botas)  teve o mesmo problema e que sofreu pra caramba!

·      Não ofereça falso otimismo, nem participe de criticismo sobre o médico ou o tratamento.
 
·      Não faça cara de "bobo alegre", nem de "chorão de velório" ao se aproximar da cama do adoecido.

·      Não faça piadas de doentes, nem de outros assuntos relacionados ou não a doenças.  Enfim, não faça piada alguma!
 
·    Não toque nos equipamentos, nem sente na cama do paciente.

·    Não dê ao paciente notícias desagradáveis, muito menos quando se tratar dos problemas que ele ou ela está enfrentando.

·  Não cochiche, nem tampe os lábios quando estiver falando com os familiares ou com a equipe médica.
 
·   Não quebre as regras definidas pelo hospital (cada hospital tem as suas próprias!), nem viole questões de confidencialidade.
 
·   Não realize atos religiosos sem a devida autorização e/ou solicitação do “conjunto”, i.e., do hospital, do médico, da família e, se possível, do próprio paciente, tais como: batismo, profissão de fé, casamento, "quebra de maldição" (se é que nisso você acredita), ou bênção.
 
·  Não dê uma de esposa do Aderbal, nem faça de Deus o próprio Aderbal, dizendo coisas que Deus jamais disse e estragando a amizade do paciente com Aquele que você projetou como sendo o seu Aderbal-Cósmico.
 
·  Não dê uma de tagarela divino, e aprenda que, em certas circunstâncias hospitalares, bem como em muitas outras, o silêncio é mais importante do que palavras verbalizadas.

· Não se aborde nem aja como se fosse a ambulante-densidade-convergente dos poderes e dos saberes divinos sobre o que se passa com o doente.

·   Não leia textos bíblicos do tipo: "No ano em que morreu o rei Uzias...", ou "Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos."

· Ah!  Faça um favor a você mesmo e, mais que tudo, ao paciente: Não pregue, não faça sermão, não transforme em estudo bíblico uma visita que pretende e precisa ser apenas isso -- uma visita graciosa, inspiradora, de fé e de esperança!

·  Não ajude o paciente a sair da cama, nem dê água ou comida sem a devida autorização ou aprovação da enfermagem.

·  Não se ofereça para colocar ou retirar o "papagaio" de hospital.

·  Não espirre no quarto do paciente, e, se não der pra controlar, projete seu espirro para entre o braço e o peito, e retire-se temporariamente.

· Não faça visitas hospitalares se você mesmo estiver doente e/ou em estágio de contaminação.  Perca a amizade do paciente, mas não o mate de gripe.

· Não use o banheiro do paciente.

·Não chute o pinico ou o "papagaio" de hospital debaixo da cama ou da mesinha de canto.

· Não se retire como que levando consigo todas as esperanças do paciente.

· Não bata a porta.

OS SINS:

·Ligue primeiro para verificar se o paciente pode ser visitado e se está disponível e disposto a receber sua visita.
   
· Observe os sinais, notas, avisos e precauções colocadas na porta do quarto do paciente ou disponíveis no balcão de enfermagem, e obedeça-os!
 
· Discreta, mas audivelmente, bata antes de entrar no quarto, aguarde alguns segundos, não espere que o paciente venha te atender à porta!, e entre sem ser abrupto.
 
·Desinfete as mãos antes de entrar e depois de sair.  Muitos hospitais mantêm anti-bactericidas disponíveis aos visitantes.

· Se possível, sente-se onde você possa manter confortável contato com os olhos do paciente.
 
· Seja alegre na medida certa, e promova uma conversa prazerosa.

· Colha o tom e a substância da sua conversa das sugestões (verbais ou não) dadas pelo paciente.
  
·Ouça atenciosamente, dando ao paciente uma atenção integral, i.e., não dividida com aparelhos, com a aparência dele ou dela e/ou com outras pessoas.

·Faça o paciente saber que ele ou ela pode falar abertamente, se desejar, sobre assuntos delicados.
  
· Peça licença e se retire quando o médico entra no quarto, a menos que sua presença seja requisitada.

·Compartilhe uma breve porção bíblica e pergunte ao paciente se ele ou ela tem um pedido específico para além daquele enfrentamento de saúde, enquanto você se prepara para orar.
 
·Uma oração curta e cheia de significado estará sempre em ordem, mas obedecerá à sensibilidade do momento, se moldará às circunstâncias e se manterá sensível ao Espírito.

·Deixe que as esperanças, a fé e a confiança saiam, mais que tudo, pelos poros das suas próprias atitudes, pelo seu olhar, pelo seu tom de voz, pela sua respiração, pela sua história... não por sua "verborréia" momentânea e ansiosa.

· "Caminhe nos sapatos" do paciente.

· Confie radicalmente no Espírito Santo, seja quando tiver algo relevante para dizer ou quando um longo silêncio se fizer necessário.

Fazendo assim, manteremos a porta da oportunidade aberta e poderemos ganhar a pessoa para Jesus.

Viva vencendo as manias que só prejudicam!!!

Seu irmão menor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário