OS NÃOS:
· Ao entrar, não pergunte: "E aí? Tudo bem?"
· Não se insulte com as palavras ou atitudes do paciente.
· Não demonstre estar chocado com a aparência dele ou dela.
· Não acorde o paciente, a menos que a enfermagem lhe dê a devida autorização.
· Não minimize o problema e não dê uma de "expert" naquilo pelo qual sofre o paciente.
· Não pressuponha nada.
· Não diga, “Eu sei ‘exa-ta-men-te’ o que você está sentido!”
· Não se atreva a oferecer "explicações espirituais" sobre o que se passa com o enfermo.
· Não diga coisas como: "Que prova, heim!", "Você está muito pálido!", "Você está com olheiras bem demarcadas!", "Minha nossa... sua palidez aumentou de ontem pra hoje!", "Meu Deus, como você está mal!", "Deus sabe o que faz!", "Agradeça a Deus por sua doença!", "Em nome de Jesus, você vai sair daqui hoje mesmo!"
· Não dê uma de coreógrafo-de-papagaio-babaca, performando com o paciente asneiras do modismo evangélico atual, do tipo "Repete comigo: 'Blá, blá, blá... Blá, blá, blá'...!", "Diz pro que está ao seu lado: 'Blá, blá, blá'...!", "Declare: 'Blá, blá, blá'...!", ou "Reivindique: 'Blá, blá, blá... Blá, blá, blá'...!"
· Não diga que a sua titia (aquela que já bateu as botas) teve o mesmo problema e que sofreu pra caramba!
· Não ofereça falso otimismo, nem participe de criticismo sobre o médico ou o tratamento.
· Não faça cara de "bobo alegre", nem de "chorão de velório" ao se aproximar da cama do adoecido.
· Não faça piadas de doentes, nem de outros assuntos relacionados ou não a doenças. Enfim, não faça piada alguma!
· Não toque nos equipamentos, nem sente na cama do paciente.
· Não dê ao paciente notícias desagradáveis, muito menos quando se tratar dos problemas que ele ou ela está enfrentando.
· Não cochiche, nem tampe os lábios quando estiver falando com os familiares ou com a equipe médica.
· Não quebre as regras definidas pelo hospital (cada hospital tem as suas próprias!), nem viole questões de confidencialidade.
· Não realize atos religiosos sem a devida autorização e/ou solicitação do “conjunto”, i.e., do hospital, do médico, da família e, se possível, do próprio paciente, tais como: batismo, profissão de fé, casamento, "quebra de maldição" (se é que nisso você acredita), ou bênção.
· Não dê uma de esposa do Aderbal, nem faça de Deus o próprio Aderbal, dizendo coisas que Deus jamais disse e estragando a amizade do paciente com Aquele que você projetou como sendo o seu Aderbal-Cósmico.
· Não dê uma de tagarela divino, e aprenda que, em certas circunstâncias hospitalares, bem como em muitas outras, o silêncio é mais importante do que palavras verbalizadas.
· Não se aborde nem aja como se fosse a ambulante-densidade-convergente dos poderes e dos saberes divinos sobre o que se passa com o doente.
· Não leia textos bíblicos do tipo: "No ano em que morreu o rei Uzias...", ou "Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos."
· Ah! Faça um favor a você mesmo e, mais que tudo, ao paciente: Não pregue, não faça sermão, não transforme em estudo bíblico uma visita que pretende e precisa ser apenas isso -- uma visita graciosa, inspiradora, de fé e de esperança!
· Não ajude o paciente a sair da cama, nem dê água ou comida sem a devida autorização ou aprovação da enfermagem.
· Não se ofereça para colocar ou retirar o "papagaio" de hospital.
· Não espirre no quarto do paciente, e, se não der pra controlar, projete seu espirro para entre o braço e o peito, e retire-se temporariamente.
· Não faça visitas hospitalares se você mesmo estiver doente e/ou em estágio de contaminação. Perca a amizade do paciente, mas não o mate de gripe.
· Não use o banheiro do paciente.
·Não chute o pinico ou o "papagaio" de hospital debaixo da cama ou da mesinha de canto.
· Não se retire como que levando consigo todas as esperanças do paciente.
· Não bata a porta.
OS SINS:
·Ligue primeiro para verificar se o paciente pode ser visitado e se está disponível e disposto a receber sua visita.
· Observe os sinais, notas, avisos e precauções colocadas na porta do quarto do paciente ou disponíveis no balcão de enfermagem, e obedeça-os!
· Discreta, mas audivelmente, bata antes de entrar no quarto, aguarde alguns segundos, não espere que o paciente venha te atender à porta!, e entre sem ser abrupto.
·Desinfete as mãos antes de entrar e depois de sair. Muitos hospitais mantêm anti-bactericidas disponíveis aos visitantes.
· Se possível, sente-se onde você possa manter confortável contato com os olhos do paciente.
· Seja alegre na medida certa, e promova uma conversa prazerosa.
· Colha o tom e a substância da sua conversa das sugestões (verbais ou não) dadas pelo paciente.
·Ouça atenciosamente, dando ao paciente uma atenção integral, i.e., não dividida com aparelhos, com a aparência dele ou dela e/ou com outras pessoas.
·Faça o paciente saber que ele ou ela pode falar abertamente, se desejar, sobre assuntos delicados.
· Peça licença e se retire quando o médico entra no quarto, a menos que sua presença seja requisitada.
·Compartilhe uma breve porção bíblica e pergunte ao paciente se ele ou ela tem um pedido específico para além daquele enfrentamento de saúde, enquanto você se prepara para orar.
·Uma oração curta e cheia de significado estará sempre em ordem, mas obedecerá à sensibilidade do momento, se moldará às circunstâncias e se manterá sensível ao Espírito.
·Deixe que as esperanças, a fé e a confiança saiam, mais que tudo, pelos poros das suas próprias atitudes, pelo seu olhar, pelo seu tom de voz, pela sua respiração, pela sua história... não por sua "verborréia" momentânea e ansiosa.
· "Caminhe nos sapatos" do paciente.
· Confie radicalmente no Espírito Santo, seja quando tiver algo relevante para dizer ou quando um longo silêncio se fizer necessário.
Fazendo assim, manteremos a porta da oportunidade aberta e poderemos ganhar a pessoa para Jesus.
Viva vencendo as manias que só prejudicam!!!
Seu irmão menor.
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