18 junho 2014

DEZ FALHAS NA TEORIA DA EVOLUÇÃO

Escrevi o artigo que se segue há vários anos atrás, mas ele foi agora sujeito a duas revisões profundas. Agradeço ao Phil Gaskill por ter trabalhado na última revisão e por ter disponibilizado informação actualizada.
1. A complexidade dos sistemas vivos nunca poderia ser o efeito dum processo aleatório, mas sim consequência dum processo criativo.
Um sistema que é irredutivelmente complexo é aquele onde todos os componentes operam em união e são igualmente essenciais para a execução das tarefas básicas. (A ratoeira é um bom exemplo disto). Não é possível construir esse dado sistema gradualmente – um componente de cada vez – visto que o mesmo não funciona enquanto todas as partes não se encontrarem presentes. Muito sistemas biológicos exibem tal complexidade irredutível (por exemplo, a visão, o sistema de coagulação sanguíneo, etc).
Quando olhamos para um relógio, assumimos imediatamente que houve um autor por trás dele visto que o mesmo é demasiado complexo para ter surgido de forma aleatória. No entanto, as formas de vida são muito mais complexas que os relógios, e o próprio Darwin considerou este facto um dos desafios mais sérios à sua teoria da evolução. A enormidade deste desafio aumentou de forma exponencial desde o tempo de Darwin à medida que os detalhes em torno dos sistemas vivos foram sendo descobertos até se chegar ao nível das células (e para além).
A incrível rede de maquinaria que existe dentro dos seres vivos é tão complexa e tão interdependente que ela nunca poderia ter surgido de forma gradual ou através de acasos aleatórios – essa rede pura e simplesmente teve que ser criada.
2. O conteúdo rico em informação do ADN só pode ser o efeito de Inteligência.
Segundo a ciência da informação, a informação só pode ser produzida pela inteligência. Informação altamente complexa só pode ter uma fonte altamente inteligente. O ADN é, de longe, o método de armazenamento e acesso de informação mais compacto e mais complexo que se conhece. Um espaço físico do tamanho da cabeça dum alfinete cheio de ADN tem mais capacidade informática que um disco com 4 Gigabits, pata além de conter várias cópias de toda a informação necessária para construir e manter a operacionalidade do corpo humano e fazer cópias de si mesmo.
Apesar da estrutura informacional do ADN, os defensores da teoria da evolução acreditam que as forças aleatórias – e não a Inteligência – deram origem a toda a informação presente no ADN. Ironicamente, os cientistas envolvidos no projecto SETI (Search for Extra-Terrestrial Intelligence) pesquisam os céus com telescópios colossais, esperando detectar até os mais simples padrões de sinais de radio que podem ser evidência de vida em outros planetas, ao mesmo tempo que ignoram as evidências claras de inteligência embutida no incrivelmente complexo padrão de ADN presente em todas as formas de vida aqui na Terra.
3. Ao contrário do que defendem os evolucionistas, as mutações não aumentam a informação.
Apesar dos evolucionistas acreditam que as mutações são a força motora que faz a evolução progredir, a ciência claramente demonstra que as mutações são incapazes para se aumentar o conteúdo informático do ADN; as mutações só podem mudar o ADN, apagando, destruindo ou substituindo a informação que já existe.
A larga maioria das mutações são prejudiciais ou não têm qualquer tipo de efeito no organismo, algo claramente demonstrado com as experiências levadas a cabo com a Mosca-da-fruta; depois de 100 anos de experiências, tudo o que foi possível obter foram moscas mortas, moscas normais ou moscas grotescamente deformadas. Mas no final, elas eram moscas-da-fruta.
Mesmo as mutações que podem ser consideradas “benéficas” (tais como a resistência anti-biótica das bactérias ou os besouros sem asas em ilhas ventosas) são o resultado de perda de informação, algo que não pode ser logicamente usado em favor da teoria da evolução visto que esta requer o acrescento de um rol infindável de nova informação.
4. A selecção natural é uma força conservadora e não criativa.
O conceito da selecção natural foi originalmente desenvolvido por teólogos, que olhavam para ela como força de preservação das criaturas distintas. Darwin legou que a selecção natural, se tivesse o tempo suficiente, poderia na verdade criar os novos tipos. No entanto, observações feitas em laboratórios e no meio ambiente confirmam que a selecção naturalnão cria características novas mas apenas altera a relativa abundância de certas características já-existentes.
Darwin observou, por exemplo, que o tamanho médio dos bicos dos tentilhões aumentava durante os anos mais secos, mas mais tarde observou que este tendência era revertida durante os anos menos secos. Isto é muito diferente das mudanças que seriam necessárias para a transformação do bico do tentilhão numa outra estrutura, ou mesmo a transformação do tentilhão num outro tipo de animal. Dito de outra forma, os estudos científicos feitos ao mundo natural demonstram, sem qualquer excepção, que Darwin estava errado.
5. Há uma total ausência de exemplos inquestionáveis (fósseis ou vivos) dos milhões de formas transicionais necessárias para que a teoria da evolução seja verdadeira.
Se a teoria da evolução estivesse certa, nós haveríamos de estar rodeados por um jardim zoológico de formas transicionais que não poderiam ser categorizadas como uma forma de vida particular; mas não é isto que nós vemos. O que a natureza demonstra é a existência de vários tipos de cães, mas todos eles demonstrando serem nada mais que cães. OS fósseis revelam cavalos com tamanhos distintos, mas claramente eles são todos cavalos; nenhum deles está a caminho de se tornar numa forma de vida distinta.
Semelhantemente, o registo fóssil revela uma complexidade enorme de formas de vida a aparecer subitamente, para além de revelar lacunas enormes entre todos os grandes “tipos” de vida. Darwin reconheceu que se a tua teoria fosse verdadeira, deveriam existir milhões de formas transicionais; ele acreditava que essas tais formas seriam, eventualmente, encontradas no registo fóssil, mas mais de 100 anos entretanto passaram, e essas formas transicionais continuam ausentes.
6. Fotografias de “elos perdidos” macaco-para-humano, para além de serem extremamente subjectivas e fundamentadas nas suposições já-formadas dos evolucionistas, são frequentemente artificias.
A série de fotos (ou modelos) que mostram um desenvolvimento progressivo de símios pequenos para o ser humano actual são um insulto para a pesquisa científica, e normalmente baseiam-se em restos fragmentados que podem ser “reconstruídos” de centenas de maneiras distintas. Muitos alegados “homens-macacos”são claramente símios, e a maior parte dos fósseis aclamados como “elos perdidos” são, mais tarde, silenciosamente reclassificados como variedades extintas de primatas não-humanos.
Para além disso, os evolucionistas actuais admitem agora que os outros assim-chamados “homens-macacos” eram totalmente humanos. O pêlo corporal e as expressões faciais estáticas dos alegados “humanos primitivos” nestes modelos não são dados retirados dos fósseis, mas sim das crenças evolucionárias à priori do artista “reconstrutor”. Quase nada se pode detectar acerca do pêlo ou do olhar de alguém tomando como referência alguns ossos fragmentados.
“Os “elos perdidos” continuam perdidos.
7. Os métodos de datação radioactivos que os evolucionistas usam para atribuir milhões e milhares de milhões de anos às rochas fundamentam-se em pressuposições duvidosas que resultam que dados pouco fiáveis.
Os métodos de datação que usam o decaimento radioactivo para determinar a idade da rochas assumem que o quantidade original dos isótopos pai-filha podem ser correctamente estimados, e que nenhum isótopo de moveu para fora ou para dentro da rocha desde a sua formação (sistema fechado), e que as taxas de decaimento radioactivo têm sido constantes. No entanto, a quantidade original dos isótopos “pai-filha” raramente pode ser estimada com um rigor razoável.
Para além disso, é normalmente aceite que os fluídos hidrotermais (água quente rica em minerais) normalmente transportam ambos os isótopos duma rocha para a outra, invalidando a pressuposição dum sistema fechado. De facto, este processo é frequentemente citado como o motivo para se rejeitarem datas que não estão de acordo com a linha temporal evolutiva.
O que não é amplamente sabido é que normalmente os métodos de datação radioactivos dão um número de resultados distintos para a mesma formação e frequentemente par aa mesma rocha. Na práctica, os geólogos escolhem a idade “certa” dentro destes resultados distintos baseando-se na idade que está de acordo com a linha temporal evolutiva. Isto é um exemplo clássico de pensamento circular.
Para além disso, métodos distintos dão resultados distintos – com os isotopos mais pesados normalmente a darem idades mais antigas que os isótopos mais mais leves da mesma rocha. Este padrão não deveria existir se as taxas de decaimento radioactivo sempre foram as mesmas. Acresce-se ainda que os fluxos de lava com idades históricas conhecidas dão idades na ordem dos milhões e mesmo na ordem dos milhares de milhões. Se os métodos de datação podem estar tão erradas em rochas cuja idade nós sabemos, de que forma é que estes métodos podem ser confiados para idades cujas idades nós não sabemos?
8. Estruturas corporais “sem função” não são evidência em favor da teoria da evolução.
Os evolucionistas apontam para os órgãos vestigiais (que, supostamente, são estruturas corporais sem qualquer função conhecida) como evidência em favor da teoria da evolução, no entanto, é impossível provar que um dado órgão não tem função visto que há sempre a possibilidade do uso ser descoberto mais tarde. De facto, mais de 100 órgãos que foram, no passado, classificados pelos evolucionistas de “vestigiais” são hoje reconhecidos como órgãos com uma função biológica relevante.
Os cientistas continuam a descobrir a utilidade de tais órgãos e apenas um pequeno número (dos tais mais de 100) ainda é hoje considerado de “vestigial” ou “sem função”. Está ficar cada vez mais óbvio que a noção de “órgão sem função” não é algo que resulta do mitológico processo evolutivo mas sim da falta de conhecimento científico dos evolucionistas.
É também importante ressalvar que, mesmo que um dado órgão já não faça falta e/ou não tenha uma função biológica (por exemplo, estruturas de visão para peixes que vivem na total escuridão das cavernas sub-aquáticas), isso não serve de evidência em favor da teoria da evolução, mas sim evidência em favor da perda de informação genética (o que é o contrário do progresso evolutivo). Os evolucionistas têm que disponibilizar exemplos do desenvolvimento de órgãos que ainda não estão totalmente funcionais mas que podem ser usados como exemplo dum aumento de complexidade informacional (e funcional) através das gerações. Os evolucionistas nunca foram capazes de disponibilizar um exemplo adequado.
9. Os evolucionistas defendem que a vida teve inicio numa geração espontânea – conceito que é ridicularizado pela biologia.
Quando eu estava no primeiro ano da escola secundária, e um Cristão recentemente convertido, o meu professor de Biologia passou todo o primeiro semestre a revelar como os ignorantes do passado acreditavam que o lixo gerava os ratos, e que a carne crua criava os bichos que lá apareciam (conceito agora refutado chamado de “geração espontânea”). O [criacionista] Louis Pasteur provou que, na natureza, a vida biológica só pode surgir a partir de vida biológica pré-existente (Lei da Biogénese).
Curiosamente, no semestre seguinte estudamos a teoria da evolução onde aprendemos que a primeira célula viva veio a existir após uma combinação estranha de material sem-vida (nunca me disseram de onde veio esse material sem-vida). A “evolução química” mais não é que “geração espontânea” – vida a surgir da material sem vida – o que demonstra como a teoria da evolução assenta sobre uma “ciência” há muito descartada e há muito qualificada de impossível.
Os evolucionistas admitem que as probabilidades do progresso evolutivo são extremamente raras, mas defendem ao mesmo tempo que, com tempo suficiente, aquilo que é aparentemente impossível torna-se possível. Se eu atirar uma moeda ao ar, há 50pct de probabilidades dela me dar caras ou coroas. Fazer com que a moeda me dê coroas cinco vezes seguidas é muito pouco provável mas possível. Se eu atirar a moeda durante o tempo suficiente, eventualmente eu irei obter cinco coroas cinco vezes seguidas.
Se eu atirar a moeda durante anos a fio, é possível que eu obtenha coroas 50 vezes seguidas ou mesmo 100 vezes seguidas. Mas isto prende-se com o facto de obter coroas ser uma possibilidade inerente. Quais são as probabilidades de eu atirar uma moeda e vê-la desenvolver pernas e braços, vê-la sentar numa cadeira e vê-la a ler um jornal? Dados milhares de milhões de anos, as probabilidades disto acontecer nunca iriam aumentar. Longos períodos de tempo tornam o possível provável, mas nunca tornam o impossível possível. Independentemente do tempo que temos à nossa disposição, aquilo que não tem vida nunca passará a ter vida por si só.
10. O método científico só pode testar dados existentes – não pode fazer conclusões sobre as suas origens.
Existem dois tipos de ciência: a operacional lida com o presentes e chega a conclusões baseando-se nas observações repetidas de fenómenos existentes. Por outra lado, a ciênciahistórica lida com o passado, que não é duplicável. As investigações em torno das origens claramente fazem parte do âmbito da ciência histórica, e como tal, não podem chegar a conclusões definitivas.
Uma vez que nenhum homem estava presente para registar o testemunhar o princípio, as conclusões só podem ser feitas com base na interpretação da informação actual disponível. Esta interpretação é largamente influenciada pelas crenças de quem faz a interpretação. Se eu colocar óculos com lentes vermelhas, tudo o que eu observar será avermelhado. Eu aceito o que a Bíblia diz sobre a criação e vejo que as evidências estão de acordo e consistentes com essa crença.
Quando se fala das nossas origens, todas as pessoas que acreditam em algo fazem-no com base na sua fé, quer seja fé em Deus, na Bíblia, em si mesmos, na interpretação evolutiva da ciência moderna, ou na consistência da sua interpretação subjectiva dos dados.
Eu prefiro colocar a minha fé na Palavra de Deus.
Por Randy Alcorn, Jim Darnall

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