10 setembro 2017

"EU QUERO IR PARA O INFERNO!" CRENÇAS RELIGIOSAS NOS GIBIS DA 'TURMA DA MÔNICA'

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Folclore, lendas, mitos e crendices sempre permearam o ambiente familiar e social em todo o mundo. Eu mesmo ouvia com meu pai uma radionovela nos anos sessenta que tinha saci-pererê, o Moleque Saci. Seres mitológicos e da crendice popular faziam parte de um tipo de educação de amedrontamento e intimidação. Ainda hoje é comum alguns pais ameaçarem seus filhos com o "velho do saco", a "bruxa", etc... Como o povo desenvolve seus valores culturais no ambiente em que vive, aquilo que é ensinado passa a ter um grande valor de verdade. E muitas vezes a lenda se mistura tanto com a doutrina religiosa oficial, que não é possível separar o que é falso do que é realmente verdadeiro.

As crenças e crendices populares tornaram-se enredo para muitos autores dos gibis americanos escritos na primeira metade do século passado. Por exemplo, o fantasma Gasparzinho(1939), a bruxinha Luísa(1954), e o capeta Brasinha(1957), todos bonzinhos e amigos das crianças. Da mesma forma tantas outras histórias aparentemente inocentes eram e são transmitidas para a criançada, como o famoso Superman(Super-Homem), um ET(extra-terrestre vindo do planeta Krypton) inventado nos quadrinhos americanos em 1938(veio para o Brasil no mesmo ano.), que atua como herói e defensor da humanidade.

Em 1959, Maurício de Sousa, então repórter policial do jornal Folha da Manhã, lançou em quadrinhos a história do cãozinho Bidu e seu dono Franjinha e depois surgiram mais de 200 personagens. Em reconhecimento ao seu sucesso, Maurício de Sousa tornou-se membro da Academia Paulista de Letras em 2011. Também é reconhecido pela UNICEF como educador de crianças e seu trabalho está presente em muitos países. Ele diz que sempre criou personagens baseados em seus amigos de infância e nos próprios filhos(10 ao todo.), como Mônica, sua segunda filha.

Ninguém pode negar que há muito conteúdo religioso e folclórico em seus quadrinhos infantis. Informou que vem de uma mistura religiosa familiar. O pai era espiritualista, a mãe católica "de igreja e missa", a avó era espírita com direito a sessões de "mesa branca" duas vezes por semana, já seu avô frenquentava um ambiente parecido com candomblé onde de vez em quando "baixava entidades", diz ele. Com essa base de crenças e crendices, não é de se admirar que ele reproduziu histórias cheias de valores não cristãos, ou mesmo anticristãos.

"EU QUERO IR PARA O INFERNO"

Acreditando na inocência das histórias infantis em quadrinhos, eu comprei em fins dos anos 80 um gibi da Mônica para minha filha Raquel(6 anos). Enquanto lia, ela mesma achou muito estranha a história do Penadinho(uma alma penada). Dona Morte lhe disse: "Você quer ir para o céu ou para o inferno?" Sua resposta: "Nunca parei para pensar nisso". Então, passou um tempo em cada lugar. Achou o céu legal, mas muito chato. Elogiou bastante o inferno onde desfrutava de uma "sauna grátis" dentro de um caldeirão em chamas sendo espetado pelos tridentes de umas diabinhas com contornos bem sensuais. Lá ele disse: "Isso sim é que é vida!" Ao voltar da experiência disse para a Morte: "Eu quero ir para o inferno!" Em outros gibis, Maurício de Sousa escreveu histórias com títulos e conteúdos bem religiosos opostos aos ensinos bíblicos: Pacto com O Diabo, Reencarnação, A Bruxa da Lua, e outros.

+..DISTRAIR OU DESTRUIR

Ora, a pergunta que deve ser respondida é: o gibi é escrito para distrair ou destruir as crianças? Sim, destruir valores espirituais ensinados às nossas crianças no lar cristão e nas igrejas. Basta ver pela história acima(Penadinho no Inferno) que o objetivo mínimo é bagunçar a cabeça das crianças com relação à doutrina do destino do homem após a morte. Ou mesmo negar as doutrinas bíblicas que tratam desse tema.


Que em cada lar os pais estejam atentos ao que os filhos leem, veem e ouvem. Por isso, é importante que desenvolvam valores espirituais familiares como o culto doméstico diário e gastem tempo em oração com os filhos. Mais do que nunca, devemos salvar as nossas crianças das corrupções desse mundo.


O qual se deu a si mesmo por nossos pecados, para nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de Deus nosso Pai,
Gálatas 1:4

Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo;
Filipenses 2:15

Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados.
Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido,
E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.
2 Timóteo 3:13-15


ALGUMAS PERSONAGENS CRIADAS POR MAURÍCIO DE SOUSA PARA "DISTRAÇÃO" DAS CRIANÇAS.- O texto e as figuras abaixo foram extraídas do site: http://www.monica.com.br

Penadinho: Fantasminha alegre e simpático. Seu nome vem da expressão alma penada”. Mora num cemitério com seus amigos. Entre eles: Zé Vampir, Frank, Lobi, Muminho e Cranicola. Juntos, aprontam muitas confusões entre eles e até com os vivos!

Alminha: Uma fantasminha bonitinha e nada assustadora. É a namorada do Penadinho. Até que a reencarnação os separe.

Zé Vampir: É o vampiro do cemitério do Penadinho. Ele se transforma em morcego, mas não faz vítimas, só trapalhadas. Foi buscar inspiração nos elegantes vampiros do cinema para sua roupinha de festa. De vez em quando, vira um morceguinho e sai por aí assustando todo mundo, fingindo que quer sangue. Mas não leva o apetite às últimas consequências.

Dona Morte: É a morte, como o próprio nome diz. Sempre com seu capuz preto e uma foice na mão, a Dona Morte é um dos personagens mais importantes das histórias do Penadinho. É ela quem se encarrega de trazer os fantasminhas para o cemitério. Persegue os que estão na sua lista de pessoas que devem passar desta vida para outra. Mas, apesar de sua aparência um tanto assustadora, ela é sensível e, muitas vezes, poupa algumas pessoas do seu fim. A Dona Morte não tem uma idade definida. Digamos que seja eterna, afinal, ela existe desde que o primeiro ser vivo surgiu no universo, cuidando para que a vida se renove sempre.

Fonte: Desafio das Seitas- Ano XVI- Nº62(pág.4). 

Você deixaria a tua filha se vestir assim?

E aquele pingente deda

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