Análise bíblica das críticas ao modelo
assembleiano dos Usos e costumes à luz da Bíblia
Esse trabalho deu-se por duas razões: A primeira:
estamos vendo que os valores morais, cristãos e familiares estão sendo destruídos a
todo instante. A sociedade está vindo á banca rota de um forma terrível e isso
acaba atingindo aos cristãos que vão, ao londo do tempo e por descuido,
assimilando a forma dessa sociedade sem Deus e, consequentemente, as igrejas
locais nem parecem mais um ajuntamento de salvos. Tudo pode. Inclusive viver
como se quiser e fazer o que se desejar. Não há limites.
Segundo: As Assembleias de Deus no Brasil mantem normas
que não foram extintas por nenhum Conselho a respeito de bons usos e costumes.
E infelizmente, a AD no Brasil, em algumas localidades nem são sombra do que
foram um dia.
Lembrando o Pr. Josué Brandão, numa de suas pregações
na AD-Curitiba-Pr, quando disse: "...talvez vocês não vão querer me
compreender. Muitos acham que não tem nada a ver. Mas, quando a Assembleia de
Deus guardava suas tradições e vivia mantendo seus costumes, o poder de Deus
era muito maior. Então, o que está acontecendo hoje?.."
Diante dos oponentes á Doutrina bíblica que também tem
sido desprezada na AD brasileira e quanto aos usos e costumes que temos,
resolvi responder pedagogicamente a muitos irmãos, a maioria assembleianos que
vivem á criticar ou zombar da maneira 'antiquada' de se viver.
Quem sabe, você possa aprender um pouco de
historia e de vida nova...
Os judeus vestiam-se
com roupas básicas e longas. Um dos motivos que levavam a este hábito era
a temperatura quente. A vestimenta consistia de dois ou mais pedaços de tecido
sobrepostos, chamava-se túnica.
Era raro ver um judeu nu, exceto se louco. A nudez era
sinal de humilhação (Gênesis 9:22). Até mesmo passagens como João 21:7, exigem
uma análise dos termos empregados: ejpenduvten (lê-se, ependyten). Cingir-se
com a túnica, indicando que Pedro estava com uma peça mínima de roupa,
semelhante a uma sunga. Jesus foi crucificado com esta
sunga, pois os soldados já haviam Lhe tirado a túnica (João 19:23).
Alguns punham um cinto de couro (sadin), para segurar
melhor a túnica Era comum um manto de couro e uma turbante de tecido sobre a
cabeça. Este último protegia do sol inclemente. Na sinagoga ou no serviço
religioso os homens cobriam a cabeça com um véu. Um ditado judaico dizia: “A
glória de Deus é o homem e a glória do homem é sua vestimenta*” *
*Derech Eretz
As
variações ficavam por conta das cores e dos tons que formavam um verdadeiro
mosaico nas ruas. Fazia-se uma abertura em V na túnica para a cabeça e dois
cortes nas laterais para os braços. Elas eram vendidas sem o corte em V para
provar que eram novas. Como matéria-prima para as roupas se usava lã, linho ou
algodão. De acordo com as posses do usuário. Não se misturavam os materiais,
por uma proibição da Lei, exceto, para o sumo- sacerdote. Túnicas de pano de
saco eram utilizadas em eventos fúnebres.
Sapatos em geral. eram de
couro e muito rudimentares. Eram mais comum as sandálias. Andar descalço era
sinal de pobreza
Típica vestimenta de um casal judeu rico
Mulheres: uma camponesa e uma mulher rica
Curiosidades sobre
as roupas: Quando era necessário correr, andar
rápido ou trabalhar, os homens levantavam a barra da túnica e a prendiam no
cinto. A esta atitude se designava cingir os lombos (I Pedro 1:13). As mulheres
costumavam cingir suas túnicas também, mas para levar coisas de um lugar ao
outro. Geralmente, a túnica da mulher ia até os tornozelos, a do homem até ás
canelas(abaixo dos joelhos).
As pessoas costumavam
dormir com suas túnicas, da qual afrouxavam apenas o cinto. A mulher usava um
véu transparente para ocultar seu rosto. Na cerimônia de casamento, o véu era
retirado do rosto da noiva e colocado sobre o ombro do noivo, com a declaração:
'O governo está sobre seus ombros' (Isaías 9:6). Os
mais pobres tinham apenas uma muda de roupa. Rasgá-la era sinal de intenso luto
ou sofrimento.
Curiosidades sobre
as roupas: Determinados adereços, como bordados
e pinturas nas golas das túnicas, indicavam o local de moradia ou o status
social de uma pessoa. Alguns cintos tinham um bolso aonde se guardava dinheiro
ou outros pequenos pertences pessoais, armas e ferramentas. Quando uma pessoa
tinha condições financeiras, usavam um manto sobre a túnica. Os fariseus usavam
mantos com barras azuis, para indicar o cumprimento da Lei. Somente as
prostitutas descobriam o rosto, para atrair os homens com performances com os
cabelos. Não era permitido usar roupas mínimas, portanto, o recurso era o único
disponível.
Outras
curiosidades: Homens e mulheres usavam roupas
distintas. Era proibido que um usasse a roupa do outro. Nas festas de casamento
distribuíam-se roupas para os convidados, seguindo um determinado padrão
proposto pelos noivos. Estar sem estas roupas era sinal de que a pessoa não
fora convidada. (Mateus 22:12).
No Egito Antigo
somente os ricos usavam roupas, geralmente da cor branca e
feitos de linho. Predominavam os adereços para a cabeça, especialmente,
reis
Assíria Na Assíria as
roupas e adereços já estavam disseminadas
Grécia No conceito da polis, instituído
pelos gregos, as roupas exerceram um papel fundamental. Entretanto, escravos e
lutadores em arenas não vestiam roupas
Grécia: No conceito da polis, instituído
pelos gregos, as roupas exerceram um papel fundamental. Entretanto, escravos e
lutadores em arenas não vestiam roupas
Roma: Seguindo a cultura
grega, as roupas romanas eram sinal de prestígio e poder. O recato era prezado.
Um homem, por exemplo, não deveria ver a nudez de sua esposa, a menos que a Lua
o mostrasse
Cabelos em Roma e Grécia
Tanto na Grécia quanto em Roma. as mulheres podiam usar cabelos soltos ou com
penteado estilizado
Roupas de banho em Roma:
Em Roma, nas casas de banho(só para mulheres), as mesmas usavam tangas
semelhantes aos modernos biquínis
Conclusões até aqui
Andar nu ou vestido.
são expressões do comportamento humano em todo o mundo, em qualquer época, em
qualquer povo, mas com motivações diferentes. Boa parte não usava porque não
podia comprá-la. A roupa e seus adereços são sinônimos de recato, intimidade e
status social. Há, em todas as culturas, um esforço para que determinada roupa,
maquiagem ou adereço se harmonize com determinado grupo, mesmo quando há
atualizações no modo de vestir ao longo do tempo. As roupas são predominantes
em sociedades modernas, associadas à vida em cidades e comunidades afins. A
nudez, aonde a sociedade se vestia, era sempre descrita como uma humilhação.
Era o que acontecia a escravos, soldados conquistados e pobres (Isaías 20:4).
A Bíblia associa a nudez
ao pecado, não exatamente ao ato, mas à consciência dele (Gênesis 2:25ss), e à
vergonha (Deuterônomio 28:48; Ezequiel 16:37; Naum 3:5) No ambiente de recato
de Israel (Levítico 18), aonde desvios comportamentais como a homossexualidade,
prostituição e incesto eram punidos com a morte, a nudez era vista como um
desvio grave. É primário imaginar que não havendo sanitários, nem quartos para
proteger a privacidade, eventualmente, episódios de nudez parcial aconteciam.
No Novo Testamento, aprendemos que 'o corpo é templo de Deus e morada de Seu
Espírito' (I Coríntios 3:16), portanto, devemos cuidar dele.
As duas maiores
demonstrações divinas contra a nudez na Bíblia estão na preparação do
sumo-sacerdote (Êxodo 28:42) e nas advertências diretas de João no Apocalipse
(Apocalipse 3:18; 16:15). Não podemos deixar de lembrar que a Bíblia preza pelo
sexo entre casados, aonde uma esposa se desnuda a seu marido (Hebreus 13:4). Na
Bíblia o sexo no casamento é santo!
Por outro lado, 'não
devemos fazer um irmão tropeçar' (Romanos 14:21), tornando-nos instrumentos para
a volúpia e para o desejo.
Dizer que 'cada um deseja
o quer', 'o que é bonito é pra se mostrar' , 'a maldade está nos olhos de quem
vê' e coisas do gênero, somente afasta a nossa responsabilidade.
Nudez na sociedade moderna
Sabemos que o biotipo da
mulher favorece sua exposição que é apreciada pelo homem. Entretanto, o Inimigo
das nossas almas tem potencializado tais tendências, a ponto de massificar a
exposição corporal. Por outro lado, o mercado do corpo cria e aumenta seus
lucros, tanto entre aqueles que vendem produtos para a saúde como para os que
comercializam o sexo. A psicologia explica que o início da adolescência
propicia a exposição da mulher. É um resquício histórico da conquista e do
namoro humano. A sociedade moderna, porém, tem levado o conceito ao extremo, ao
ponto de expor até mesmo mulheres grávidas.
Grande parte das
demonstrações de nudez moderna, são ecos do século XX, aonde as pessoas
contestavam o modelo de vida de então.
O movimento feminista
fincou suas raízes, a partir dos anos 60, com a premissa de que a mulher vence
quando se mostra, ou melhor, é assim que ela mostra ser livre.
O feminismo não contava
que a mulher se tornasse cada vez mais objeto como vemos hoje. Alguém pode
pegar um telefone e pedir uma mulher e uma pizza, não faz diferença!
O ideal feminista não
resolveu, por exemplo, o dilema do corpo desejável. Nele, determinadas mulheres
são omitidas: as gordas, malfeitas, enrugadas, velhas. Enquanto o ideal da
mulher magra e bem torneada é perseguido. Se a intenção era mostrar a mulher,
os rótulos e detalhes deveriam valer menos. Na verdade, vivemos uma sociedade
que privilegia grupos, infelizmente, poucos atentam para este detalhe.
Nudez na igreja
A igreja é um grupo
social, que sofre influências do mundo exterior. Não há como impedir que a moda do vestuário e dos adereços nos impacte de alguma
forma. O que podemos fazer é:
Compreender o ideal
bíblico para o corpo.
Compreender as forças que movem a sociedade
moderna.
Compreender como o Inimigo atua sobre tais força
Ter senso crítico e não agir por sugestão de
terceiros.
Compreender o papel ridículo ao qual muitas pessoas se submetem
buscando um ideal inalcançável.
Necessidade de limites na vida do crente em
Jesus
Há uma contestação
crescente contra o padrão assembleiano. Aqui e ali as pessoas se auto liberam
para vestir o que quiserem. Já há irmãos que possuem um guarda roupas para a
Igreja e outro para as demais atividades, como passear e namorar ou circular
pelas ruas ou se expor no Facebook e outras redes sociais.
A questão a ser colocada é
que em qualquer situação devemos 'ser luz e sal' (Mateus 5:13). No que concerne
ao que vestimos, Jesus poderia nos encontrar tanto na Igreja, quanto no
trabalho ou na rua?
Por outro lado, devemos
ter em mente que as pessoas do mundo sabem exatamente o que esperar do modo de
vestir de um cristão. Exageros nos decotes, delineamento de partes do corpo,
transparências e exibição não condizem com nossa postura. Resistamos à tentação
de parecer com o mundo.
Há vários grupos de
argumentadores:
Os 'bem
intencionados': Este grupo argumenta que Deus não
estaria preocupado com nossa aparência, Ele só quer o coração. São também
chamados de 'açougueiros', dando a Deus partes de nós. A Bíblia ensina 'que
tudo o que somos pertence a Deus, e deve ser dirigido por Ele' (Mateus 22:37).
O ministério de Jesus caracterizou-se por transformações totais no ser
humano.
O exemplo mais soberbo
disso está em Lucas 8:27 em diante. É a história do endemoninhado gadareno. O
contraste entre os versículos 27 e 35 é vibrante.
Outro detalhe importante é
que Jesus mora em nós (João 14:23). Logo a casa deve refletir Seu dono. O
estado deplorável no qual encontramos certas pessoas no mundo, reflete
exatamente quem nelas habita. Por falar em casa, o bem intencionado é semelhante
àquela pessoa que todo ano planeja uma reforma, mas nunca faz nada a respeito,
enquanto a casa deteriora.
Os 'revisionistas': Argumentam
que houve exageros ao longo da história assembleiana. Isto é verdade. Houve um tempo em que os homens tinham que usar chapéu e um guarda-chuva, por onde fosse. Era exagero e isso foi corrigido.
Mas os
exageros não são combatidos com liberação, mas com aprimoramento. Tais pessoas
advogam liberar todos os usos e costumes, ficando a
critério dos membros o que fazer. Poderíamos, então, ter algumas situações
interessantes:
Os revisionistas: A
dificuldade básica seria determinar qual é o limite de quem?
A necessidade de haver limites na Igreja Local(congregação)
- 'Surfista:Quer
sexo livre, liberdade, drogas leves, andar como na natureza'.
- 'Pastora
Lésbica': Casada com outra mulher.
- 'Cantora
gospel': Faz poses sensuais, anda quase nua.
- 'Rainha
de Escola de Samba': Já posou nua,
afirma ser evangélica, dançarina do 'É OTchan';
- 'Cantor
gospel Teen': Tatuou Jesus na perna, nascido e
criado na Igreja, disse crer que Jesus morreu por seus pecados.
- 'Jogador
Famoso gospel': pelas baladas, com
belas garotas, o jogador se diz evangélico da Igreja Batista Peniel.
Dizimista fiel.
Não haveria qualquer
condição de avançar, porque cada um teria um padrão. Os mais elásticos
chegariam a um momento em que diriam: - Ih! Agora exagerou...
Os 'liberais': pensam
ser crentes. Na verdade estão tão desviados de Deus que nenhum padrão bíblico
lhes interessa.
Estão na igreja por razões
que a própria razão desconhece, não estão preocupados com transformação e
santidade, muito menos com vida eterna e salvação.
'Os liberais' é o grupo
que não tem interesse que existam regras. Tudo está certo, a depender de
terminada análise. É difícil argumentar com eles porque não há ponto de
partida. Querem chegar a algum lugar, não informam aonde!
O equilíbrio, o bom senso e o temor a Deus
é a chave para se resolver tudo
Não é desejável que as
roupas e os adereços de hoje sejam iguais aos de 30 ou 50 anos atrás, devemos
estar atualizados com nosso tempo, especialmente no que diz respeito à
durabilidade, conforto e variedade de materiais. Entretanto, é possível ser
alguém em dia com a moda evitando os exageros. A premissa da vida cristã está
em I Coríntios 10:32:"Portais-vos de maneira que não dei escândalos a
judeus, nem aos gregos nem á igreja de Deus".
'Nossa jornada consiste em
não buscarmos a glória do homem, mas a de Deus'. Devemos ser equilibrados em
todas as nossas posturas. Vestir faz parte do rol essencial de coisas que
fazemos na moderna sociedade que vivemos, mas isto deve ser feito de modo
sóbrio, alegre, descontraído e recatado.
Não queremos especificar o
que deve ser usado, queremos apenas uma saudável e positiva reflexão sobre o
que perderemos com a abolição do padrão que temos. Abaixo, por exemplo, veremos
seis exemplos de roupas femininas que se adequam ao padrão assembleiano, sem
prejudicar o conforto e a beleza de nossas irmãs. Mostram que sim é possível(Desconsiderem a última foto. Não agrada um 'modelito' assim)
A Resolução Assembleiana quanto aos Usos e
Costumes e que não foi revogada
1-Uso de traje masculino,
por parte dos membros ou congregados, do sexo feminino.
Uso de cabelos crescidos, pelos membros do
sexo masculino.
2- Corte de cabelos, por
parte das irmãs (membros ou congregados).
3-Uso de pinturas nos
olhos, unhas e outros órgãos da face.
4-Uso de mini-saias e
outras roupas contrárias ao bom testemunho da vida cristã.
5- Sobrancelhas alteradas.
6-Uso de bebidas
alcoólicas.
7- Uso de aparelho de
televisão – convindo abster-se, tendo em vista a má qualidade da maioria dos
seus programas; abstenção essa que justifica, inclusive, por conduzir a
eventuais problemas de saúde.
Resolução de Santo André, 1975. Ratificada em 1989 e Revista em
2007.(Jornal Mensageiro da Paz)
A impossibilidade de se usar bebida
alcoólica para um servo do Senhor
Os judeus da Igreja
Primitiva bebiam vinho não fermentado. Embora, houvessem aqueles que cometiam
seus excessos (I Coríntios 11:21). Os padres não faziam por menos no Período
Medieval. Os reformadores bebiam cerveja e vinho, Lutero e Calvino, por
exemplo. Ainda hoje em algumas festas da Igreja Luterana no Brasil é oferecida
cerveja.
http://www.luteranos.com.br/202/agenda/agenda01.html
O 'Grito' pela abstinência se ecoa nos
tempos modernos
- O
advento da Revolução Industrial (século XVIII), trouxe as pessoas para as
cidades ,que não ofereciam infraestrutura suficiente para atender às
demandas da população que aflui do campo para trabalhar na indústria
nascente, o que inclui a oferta de água potável.
- Bebidas
destiladas e fermentadas passam a substituir a água. Aliado ao ambiente de
pobreza extrema em que viviam os operários propicia os excessos no uso de
bebidas.
- A
embriaguez se torna uma constante, e se transforma num problema social.
- Coube
a John Wesley (1703-1791) se insurgir contra os excessos do álcool entre
os crentes, e foi o primeiro a articular um movimento de proibição do seu
uso. Em seus sermões, Wesley reprovava o uso não-medicinal de bebidas destiladas,
como conhaque e uísque, e dizia que muitos destiladores que vendiam seus
produtos indiscriminadamente não eram nada mais do que “envenenadores e
assassinos amaldiçoados por Deus”. Foi ouvido. Restaria apenas o vinho,
usado na Ceia do Senhor.
Entre 1790 e 1840, surgiu
nos EUA um movimento reformador, chamado Segundo Despertar, que tinha como base
a santificação pessoal. Esse movimento encampou a completa abstinência de
álcool, inclusive na Ceia do Senhor. O que se tornou costume para as igrejas de
confissão reformada.
Com a chegada da
Assembleia de Deus ao Brasil, em 1910, com influência direta do Movimento de
Temperança americano, diversas normas implícitas foram postas em prática no que
concerne ao tema. As quais perduram até nossos dias.
Olhando para a Bíblia,
encontramos o corpo como templo de Deus e morada de Seu Espírito Santo (I
Coríntios 6:16). O que radicalmente se contrapõe à embriaguez e ao torpor
característico do álcool. Outro detalhe importante é que o álcool embota os
sentidos. Uma pessoa fora de si é capaz de atos impensáveis em seu senso comum.
O mais interessante é que nossa sociedade não encara o álcool como uma droga e,
de fato, ele é!
O cigarro teve sempre
maior resistência entre os evangélicos. Não obstante renomados pastores e pregadores como Charles Spurgeon(uma vergonha para quem pregava que os pecadores tinham que se converter), terem feito uso
dele. Uma das razões é porque esteve associado desde o início ao uso de drogas
entorpecentes, como informam as pesquisas sobre os maias e astecas. Por outro
lado, o cigarro é extremamente viciante, assim como o são determinadas drogas.
O vício tem por consequência a dependência, lançando as pessoas na insanidade.
Novamente se destrói o templo de Deus.
Com as informações de que
os efeitos do uso do cigarro matam milhares de pessoas em todo o mundo, além de
fazer milhões de vivos sofrerem precisamos refletir o quão acertada foi a
decisão de não seguirmos as grandes propagandas do século passado.
Especificamente em relação
às drogas é desnecessário dizer que seus efeitos fazem mal não apenas ao corpo,
mas também à alma, à medida que tira as pessoas do mundo real, dissocia das
famílias e destrói os relacionamentos.
Outros vícios:
Mas há inúmeros outros
vícios contrários aos bons usos e costumes, à luz do entendimento da Palavra de
Deus Prostituição Jogos de azar Loterias
Pornografia ao vivo e
on-line (Salmos 101:3) Palavrão e termos de baixo calão, além de gestos
obscenos (Salmos 141:3; Efésios 4:29) Música mundana (Salmos 149:6) Tatuagem
(Levítico 19:28) Quem já tinha uma tatuagem antes de ser salvo, a rigor não
precisa passar por uma cirurgia para retirá-la! Por isso é preciso pensar muito
antes de fazê-la.
Más conversações (I
Coríntios 15:33) Furto (Efésios 4:28) Importante notar que não há proibição
explícita na Bíblia para muitos dos casos abordados. Mas qualquer pessoa em sã
consciência percebe que são erros e desvios comportamentais. Como sal, luz e
exemplo devemos pautar nossas atitudes pelo que há de melhor na sociedade e,
sempre que tivermos oportunidade, elevar tal padrão! Ira (Efésios 4:26) Mentira
(Efésios 4:25) Por outro lado, alguns comportamentos são listados aqui, por
subliminarmente fazerem parte do rol de acepção dos usos e costumes
assembleianos
- Proibição
do uso da barba: Vimos na exposição do
Centenário, que desde os primórdios não se usava barba na Assembleia de
Deus. Costume importado dos americanos. Era sinal de higiene e asseio. Nos
primórdios seu uso era sinal de fraqueza espiritual
- Uso
do paletó e gravata: Outro costume
americano, importado por sua vez da Europa. Nos países frios até mendigos
usam um sobretudo. Foi importado para os EUA como sinal de conforto e
sofisticação.
- Uso
de púlpitos: Os irmãos da Igreja Primitiva
pregavam em círculos. Na sinagoga havia certamente púlpitos, eco de
Neemias 8:4. A palavra púlpito, pulpitum, que
significa 'palco', 'altar' na questão religiosa!
O que é
interessante ter em mente?
Diversos costumes
assembleianos foram se sedimentando ao longo dos anos. A liturgia com hinos
cantados no início, o porte de Bíblias (que a Igreja Católica não permitia até
recentemente), cerimônias de batismo e casamento, que diferem radicalmente de
Igreja para Igreja, e desta para o Judaísmo, e muitas vezes de pastor para
pastor, o formato dos templos, a cor das paredes, a ornamentação dos púlpitos
(pinturas), os tipos de hinos, o modo como descartamos o pão e o vinho, são
todos expressões de um tempo, e de uma cosmovisão denominacional.
A rigor não se desviam da
Palavra, mesmo não sendo doutrina. Houve momentos que não havia permissão para
se tocar uma bateria em nossas igrejas, outros tempos levaram a Luiz de
Carvalho ser defenestrado na Igreja Batista por tocar violão! Então não podemos
atirar contra os usos e costumes, porque não sabemos explicá-los.
A pergunta chave é: São
bons? Colaboram para o bem da igreja? Se sim, deixemos ficar como está! É
preciso melhorar o que está ruim!
O papel da família na formação dos bons
costumes
Deuteronômio 6:5-9
Alguns itens que forjaram
a identidade assembleiana brasileira:
-Ênfase no uso dos dons espirituais, na oração,
na evangelização e no envolvimento congregacional.
-A família como base psicológica para a
formação de filhos com caráter e que respeitem regras.
-Afirmação da autoridade
eclesiástica.
-Estudo bíblico sistemático
em pequenas proporções, como é o caso da EBD, os filhos tinham prazer de ir à
mesma, e os pais de levá-los.
-Apoio na família aos usos e costumes
característicos da denominação.
-Pouco questionamento no que concerne aos usos
e costumes mais generalizados.
"Ficaram parecendo
meninas crentes de verdade" - A mãe de 10 anos atrás pensando
"Agora estamos
parecidas com aquela atriz famosa" - A mãe gospel de hoje pensando
Quadro atual da identidade assembleiana
- •
Afrouxamento dos usos e costumes. Até certo desprezo e distanciamento
deles.
- •
A família fragmentada e desacreditada. Pais ausentes , omissos e
indolentes.
- •
A autoridade eclesiástica é respeitada, enquanto não incomode as pessoas.
Os filhos são ensinados a desprezar os ensinamentos.
- •
Desprezo da EBD e dos cultos de doutrinas. Inserção de programações
alternativas nos dias de tais cultos.
- •
Pais e mães ignoram ou desprezam o valor dos usos e costumes, sendo eles
mesmos os primeiros a dar mau exemplo para os filhos.
- •
Muito questionamento, as pessoas questionam até mesmo o valor de
questionar!?
- Piorando
um pouco ainda:quadro atual da identidade assembleiana:
- Inserção
de componentes midiáticos: televisão e computador com internet.
- Estudo
realizado pelo Birmingham Science City com 500 crianças entre 6 e 15 anos
de idade comprovou que os tempos mudaram. Pelo menos 54% delas preferem
chamar o buscador quando aparece um dúvida. Apenas 1/4 vai antes aos pais.
Se estes perderam espaço, o que dizer, então, dos professores? Dos
entrevistados, apenas 3% escolhem os mestres como primeira opção na hora
de tirar dúvidas. As enciclopédias também caíram, já que 1/4 das crianças
sequer sabe o que é uma enciclopédia. Quase metade delas (45%) nunca usou
uma em papel e quase 1/5 não conhece dicionários impressos.
http://www.dailymail.co.uk
O papel da família na formação e
conservação dos bons costumes
O que falta às famílias:
• Pais que valorizem o
legado Assembleiano, que assumam a responsabilidade de dialogar sobre o assunto
com seus filhos.
• É preciso mostrar, por
exemplo, que nossa denominação não nasceu e cresceu por acaso. Esse crescimento
foi calcado sobre os ombros de homens e mulheres que deram suor e lágrimas,
sacrificando tempo, amizade e tudo o mais.
• Pais que demonstrem a
seus filhos que devemos espelhar o que dizemos que somos, não obstante o que
diga a sociedade. Aliás, a cosmovisão cristã sempre estará em choque com os
valores morais mundanos. Foi assim em Jerusalém, foi assim na
Grécia, foi assim em Roma, na Europa ou em qualquer lugar aonde a igreja
estiver. Só há duas opções: diferenciação ou associação.
-O que mais falta às
famílias:
• Pais presentes e que se
comunicam, que interagem e que impõe regras no dia-a-dia dos filhos.
• Pais que se comunicam
tendem a abrir um canal de diálogo, não deixando o filho à mercê de influências
negativas. Além disso, se empenham em formar massa crítica para que os
filhos não sejam presa fácil dos oportunistas.
• Pais que exerçam a
autoridade de maneira adequada. E na família que todos os valores sociais
venham nascer e prosperar.
• Há pais
autoritários e pais ponderados de mais. É preciso buscar um ponto de equilíbrio
que permita impor os limites e cobrar o cumprimento de
regras, sem exagero e pensando sempre no futuro.
Mas, ainda falta mais á família:
• Pais que valorizem
pequenos gestos como a leitura da Palavra de Deus, o comportamento no templo, a adoração e o louvor.
• Pais que assumem o
compromisso de levar seus filhos para o Céu!
• Está mais do que
comprovado que os filhos aprendem por repetição, seja de um ser humano, de um
macaco ou de um pássaro. Cada aprende o que o pai/mãe faz. Daí que nossa
responsabilidade é muito maior do que se imagina.
• Aqui está a chave para
compreendermos o que se passa em muitas famílias: os pais não estão preocupados
se seus filhos vão para o Céu ou não!
Pr. Daladier Lima
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