Em um mundo em transformações que freqüentemente modifica suas premissas e valores, os princípios absolutos do Evangelho do Senhor Jesus Cristo permanecem inabaláveis, evidenciando o propósito divino para a humanidade. Temos a Bíblia como a revelação de Deus, dada a santos homens por inspiração do Espírito Santo e a reconhecemos como autoridade única e infalível quanto a fé e conduta. Dessa divisa deriva nossa Declaração de Fé que consta de 14 pontos doutrinais, publicados e praticados pelas Assembleias de Deus no Brasil.
Segundo
informações da CPAD News, poucas alterações foram aprovadas e então a
Declaração de Fé foi aprovada integral e unanimemente.
Dividido em
24 capítulos, o material apresentado tem mais de 100 páginas que versam sobre
temas como as Sagradas Escrituras, Deus, Trindade, Identidade de Jesus Cristo,
Obras de Cristo, Espírito Santo, Pecado e suas consequências, entre outros
assuntos.
Capítulo
sobre a família
O XXIV
capítulo da Declaração de Fé das Assembleias de Deus deixa claro que para a
denominação o significado de família é apenas a união de um homem e uma mulher
e seus filhos.
“Cremos,
professamos e ensinamos que a família é uma instituição criada por Deus,
imprescindível à existência, formação e realização integral do ser humano,
sendo composta de pai, mãe e filho(s) — quando houver — pois o Criador, ao
formar o homem e a mulher, declarou solenemente: “Portanto, deixará o varão o
seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne (Gn
2.24)”.
O texto
deixa claro que a denominação entende por casamento apenas as uniões
heterossexuais “A diferenciação dos sexos visa à complementaridade mútua na
união conjugal: ‘Todavia, nem o varão é sem a mulher, nem a mulher, sem o
varão, no Senhor’ (1 Co 11.11); essa complementaridade mútua é necessária à
formação do casal e à procriação”.
União
estável é debatida entre pastores
Após a
aprovação da Declaração de Fé o pastor José Wellington Bezerra da Costa,
presidente da CGADB, passou a palavra para o pastor Abiezer Apolinário,
presidente da Comissão Jurídica da CGADB, para debater sobre o tema união
estável.
Apolinário
afirmou que é preciso atuar na manutenção dos princípios morais e espirituais
da AD. “Quando foi promulgada a nova Constituição do Brasil, em 1988, em seu
artigo 126 parágrafo 3 está escrito, para efeito da proteção do estado, que é
reconhecida a união estável entre o homem e a mulher, devendo a lei facilitar a
sua conversão em casamento”.
Segundo ele
é importante que a denominação siga, “não somente a lei dos homens, mas a Bíblia
Sagrada como regra de fé”, ou seja, reconhecer a união apenas entre um homem e
uma mulher.
Coube ao Pastor Douglas Baptista discorrer acerca do "Cremos" da Denominação.
A comissão formada por 18 integrantes, conforme deliberada pela manhã, se reuniu no período das 11h30 às 14 horas com debates com os propositores de acréscimos e alterações. Houve pequenas alterações. Ao final, a Declaração de Fé foi aprovada integral e unanimemente.
Segue abaixo todo o Texto reformulado e dividido em 24 capítulos, o material apresentado tem mais de 100 páginas e podeser lido na íntegra aqui
Achei pertinente o comentário do Pr. Robson Brito da AD -
Maringá - Paraná e por isso, deixo o mesmo para que você possa fazer sua
análise também
DECLARAÇÃO DE FÉ DA ASSEMBLEIA DE DEUS BRASILEIRA
Hoje -
terça-feira (26/4/17), ao fazer minha inscrição, para a 43ª AGO DA CGADB,
recebi, como os demais inscritos, a versão atualizada da Declaração de Fé das
Assembleias de Deus no Brasil.
A CGADB deve louvar a Deus pela vida de cada
membro da Comissão especialmente formada para tratar do assunto, presidida pelo
pastor Ezequias Soares, líder da Comissão de Apologética da CGADB, que
liderou a redação da Declaração, que conta com 156 páginas. Vale lembrar que
pastor Ezequias, formado em Licenciatura em Letras/ Português - Hebraico pela
USP, é respeitadíssimo naquela instituição, o que muito nos orgulha como
pentecostais.
Na inscrição para a 43ª AGO da CGADB, cada líder presente
recebeu em sua pasta, um exemplar do documento, que traz, além de uma exposição
detalhada do posicionamento bíblico doutrinário da nossa denominação (ideia
excelente), sobre questões fundamentais da fé cristã, os Cinco Credos Ecumênicos
da história da Igreja, anexados ao final, uma riqueza teológica.
Em síntese bem curta, AS MUDANÇAS FORAM:
- Uma Cristologia mais estendida: analisando a identidade e
as obras de Cristo. Porém, ainda perde para a Assembleia de Deus
Americana uma maior exposição do nome do "Senhor Jesus" e "Filho
de Deus".
- Na Soteriologia: a possibilidade de usar tão mal o livre
arbítrio a ponto de perder a salvação foi explicitada.
- Maior especifidade na ordenança do Batismo em Águas.
- O significado e os elementos da Ceia do Senhor, mas sem
refutar a ideia Católica Romana e a Luterana.
- O título "A forma de governo da igreja" deixou a
desejar, pois fica apenas os cargos ministeriais, sem falar das formas técnicas
de mando na igreja local: congregacional, presbiterial, episcopal e mista (da
qual mais nos aproximamos).
- Inovou a Declaração de Fé, inserindo o título
"Adoração", todavia perdeu a oportunidade de falar mais do louvor
congregacional e do chamado "louvor profético" por outros
pentecostais americanos e australianos.
Merece parabéns a coragem de inserir o item "A Igreja e
o
Estado", e não barrou a criação de um partido da
Assembleia de Deus, o que dá margem para outras ações ligadas à cidadania, no
entanto, nos põe em alguns riscos.
- Outro parabéns são para a inserção dos tópicos a "Lei
do Senhor" e os "Dez Mandamentos" tão menosprezados pelos
evangélicos em suas confissões, mais ainda assim, nada falou da
"consciência e liberdade cristãs", nestes temas, temos que continuar
nos socorrendo no Catecismo de Wistminster.
- Sobre os "Dons do Espírito Santo na minha opinião
ficou muito ortodoxo, preso à interpretação restritiva de nove dons, pois os
"outros dons" somente recebeu um item restrito e englobante.
- A "cura divina", doutrina que demorou maior tempo para
se ter consenso na Rua Azuza, ficou razoavelmente estendida.
- Não houve argumentação para as duas fases da Segunda Vinda
do Senhor, e não houve nenhuma margem para o midi-tribulacionismo, que cresce no
meio pentecostal, mundo à fora. Por outro lado, o mundo vindouro está bem
estendido. Sabia decisão de não ficar demasiadamente no dispensacionalismo.
- Merece aplausos também efusivos a inserção como elemento
de Confissão de Fé o tema "Família", sem fugir da abordagem séria
contra as formas heterodoxas de formação de família que destoam da Palavra.
De modo geral, este gigante e doutor assembleiano brasileiro
Pastor Ezequias Soares, mais uma vez, embora não seja uma obra
livre de ressalvas, merece nossos parabéns por apresentar de uma forma mais
ampla de ver nossos 16 pontos doutrinários tradicionais - o famoso "Cremos",
pelo comando deste trabalho que põe nossa denominação acima da média, em termos
de dogmática, no movimento pentecostal clássico, em nosso país.
Fontes:
CPADNews
Olharcristão
e Mensageiro da Paz (off)
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