29 abril 2017

NO SEGUNDO DIA DA 43ª AGO - CGADB, CONVENCIONAIS SE REUNIRAM E APROVARAM "A DECLARAÇÃO DE FÉ DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS"

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Em um mundo em transformações que freqüentemente modifica suas premissas e valores, os princípios absolutos do Evangelho do Senhor Jesus Cristo permanecem inabaláveis, evidenciando o propósito divino para a humanidade. Temos a Bíblia como a revelação de Deus, dada a santos homens por inspiração do Espírito Santo e a reconhecemos como autoridade única e infalível quanto a fé e conduta. Dessa divisa deriva nossa Declaração de Fé que consta de 14 pontos doutrinais, publicados e praticados pelas Assembleias de Deus no Brasil.

Reunidos para a 43ª AGO(Assembleia Geral Ordinária) da Assembleia de Deus - CGADB(Convenção das Assembleias de Deus no Brasil), os ministros do Evangelho, apreciaram a Declaração de Fé".


Segundo informações da CPAD News, poucas alterações foram aprovadas e então a Declaração de Fé foi aprovada integral e unanimemente.
Dividido em 24 capítulos, o material apresentado tem mais de 100 páginas que versam sobre temas como as Sagradas Escrituras, Deus, Trindade, Identidade de Jesus Cristo, Obras de Cristo, Espírito Santo, Pecado e suas consequências, entre outros assuntos.

Capítulo sobre a família
O XXIV capítulo da Declaração de Fé das Assembleias de Deus deixa claro que para a denominação o significado de família é apenas a união de um homem e uma mulher e seus filhos.

“Cremos, professamos e ensinamos que a família é uma instituição criada por Deus, imprescindível à existência, formação e realização integral do ser humano, sendo composta de pai, mãe e filho(s) — quando houver — pois o Criador, ao formar o homem e a mulher, declarou solenemente: “Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne (Gn 2.24)”.

O texto deixa claro que a denominação entende por casamento apenas as uniões heterossexuais “A diferenciação dos sexos visa à complementaridade mútua na união conjugal: ‘Todavia, nem o varão é sem a mulher, nem a mulher, sem o varão, no Senhor’ (1 Co 11.11); essa complementaridade mútua é necessária à formação do casal e à procriação”.

União estável é debatida entre pastores
Após a aprovação da Declaração de Fé o pastor José Wellington Bezerra da Costa, presidente da CGADB, passou a palavra para o pastor Abiezer Apolinário, presidente da Comissão Jurídica da CGADB, para debater sobre o tema união estável.

Apolinário afirmou que é preciso atuar na manutenção dos princípios morais e espirituais da AD. “Quando foi promulgada a nova Constituição do Brasil, em 1988, em seu artigo 126 parágrafo 3 está escrito, para efeito da proteção do estado, que é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher, devendo a lei facilitar a sua conversão em casamento”.
Segundo ele é importante que a denominação siga, “não somente a lei dos homens, mas a Bíblia Sagrada como regra de fé”, ou seja, reconhecer a união apenas entre um homem e uma mulher.

Coube ao  Pastor Douglas Baptista discorrer acerca do "Cremos" da Denominação. 

A comissão formada por 18 integrantes, conforme deliberada pela manhã, se reuniu no período das 11h30 às 14 horas com debates com os propositores de acréscimos e alterações. Houve pequenas alterações. Ao final, a Declaração de Fé foi aprovada integral e unanimemente.

Segue abaixo todo o Texto reformulado e dividido em 24 capítulos, o material apresentado tem mais de 100 páginas e podeser lido na íntegra aqui



Achei pertinente o comentário do Pr. Robson Brito da AD - Maringá - Paraná e por isso, deixo o mesmo para que você possa fazer sua análise também

DECLARAÇÃO DE FÉ DA ASSEMBLEIA DE DEUS BRASILEIRA

Hoje - terça-feira (26/4/17), ao fazer minha inscrição, para a 43ª AGO DA CGADB, recebi, como os demais inscritos, a versão atualizada da Declaração de Fé das Assembleias de Deus no Brasil. 

A CGADB deve louvar a Deus pela vida de cada membro da Comissão especialmente formada para tratar do assunto, presidida pelo pastor Ezequias Soares, líder da Comissão de Apologética da CGADB, que liderou a redação da Declaração, que conta com 156 páginas. Vale lembrar que pastor Ezequias, formado em Licenciatura em Letras/ Português - Hebraico pela USP, é respeitadíssimo naquela instituição, o que muito nos orgulha como pentecostais.

Na inscrição para a 43ª AGO da CGADB, cada líder presente recebeu em sua pasta, um exemplar do documento, que traz, além de uma exposição detalhada do posicionamento bíblico doutrinário da nossa denominação (ideia excelente), sobre questões fundamentais da fé cristã, os Cinco Credos Ecumênicos da história da Igreja, anexados ao final, uma riqueza teológica.

Em síntese bem curta, AS MUDANÇAS FORAM:

- Uma Cristologia mais estendida: analisando a identidade e as obras de Cristo. Porém, ainda perde para a Assembleia de Deus Americana uma maior exposição do nome do "Senhor Jesus" e "Filho de Deus".
- Na Soteriologia: a possibilidade de usar tão mal o livre arbítrio a ponto de perder a salvação foi explicitada.
- Maior especifidade na ordenança do Batismo em Águas.
- O significado e os elementos da Ceia do Senhor, mas sem refutar a ideia Católica Romana e a Luterana.
- O título "A forma de governo da igreja" deixou a desejar, pois fica apenas os cargos ministeriais, sem falar das formas técnicas de mando na igreja local: congregacional, presbiterial, episcopal e mista (da qual mais nos aproximamos).
- Inovou a Declaração de Fé, inserindo o título "Adoração", todavia perdeu a oportunidade de falar mais do louvor congregacional e do chamado "louvor profético" por outros pentecostais americanos e australianos.

Merece parabéns a coragem de inserir o item "A Igreja e o
Estado", e não barrou a criação de um partido da Assembleia de Deus, o que dá margem para outras ações ligadas à cidadania, no entanto, nos põe em alguns riscos.
- Outro parabéns são para a inserção dos tópicos a "Lei do Senhor" e os "Dez Mandamentos" tão menosprezados pelos evangélicos em suas confissões, mais ainda assim, nada falou da "consciência e liberdade cristãs", nestes temas, temos que continuar nos socorrendo no Catecismo de Wistminster.
- Sobre os "Dons do Espírito Santo na minha opinião ficou muito ortodoxo, preso à interpretação restritiva de nove dons, pois os "outros dons" somente recebeu um item restrito e englobante.
- A "cura divina", doutrina que demorou maior tempo para se ter consenso na Rua Azuza, ficou razoavelmente estendida.
- Não houve argumentação para as duas fases da Segunda Vinda do Senhor, e não houve nenhuma margem para o midi-tribulacionismo, que cresce no meio pentecostal, mundo à fora. Por outro lado, o mundo vindouro está bem estendido. Sabia decisão de não ficar demasiadamente no dispensacionalismo.
- Merece aplausos também efusivos a inserção como elemento de Confissão de Fé o tema "Família", sem fugir da abordagem séria contra as formas heterodoxas de formação de família que destoam da Palavra.
De modo geral, este gigante e doutor assembleiano brasileiro Pastor  Ezequias Soares, mais uma vez, embora não seja uma obra livre de ressalvas, merece nossos parabéns por apresentar de uma forma mais ampla de ver nossos 16 pontos doutrinários tradicionais - o famoso "Cremos", pelo comando deste trabalho que põe nossa denominação acima da média, em termos de dogmática, no movimento pentecostal clássico, em nosso país. 


Fontes:
CPADNews
Olharcristão
e Mensageiro da Paz (off)

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