14 janeiro 2016

JESUS DE FATO EXISTIU? O QUE A HISTÓRIA TEM PARA NOS DIZER? - PARTE 03


Luciano de Samosata(séc.II-Gravura acima), foi um satirista grego, tendo zombado de Cristo e dos cristãos. O texto que menciona Jesus, como o "sofista crucificado" que era adorado pelos cristãos é apresentado abaixo:


“Foi então que ele[Proteus], conheceu a maravilhosa doutrina dos cristãos, associando-se a seus sacerdotes e escribas na Palestina. (...) E o consideraram como protetor e o tiveram como legislador, logo abaixo do outro [legislador], aquele que eles ainda adoram, o homem que foi crucificado na Palestina por dar origem a este culto.(...) Os pobres infelizes estão totalmente convencidos, que eles serão imortais e terão a vida eterna, desta forma eles desprezam a morte e voluntariamente se dão ao aprisionamento; a maior parte deles. Além disso, seu primeiro legislador os convenceu de que eram todos irmãos, uma que vez que eles haviam transgredido, negando os deuses gregos, e adoram o sofista crucificado vivendo sob suas leis"(Passagem do Peregrino, 11 e 13).


Luciano também se refere a Cristo como "...o homem que foi crucificado na Palestina porque introduziu uma nova seita no mundo(...) Além disso, o primeiro legislador dos cristãos os persuadiu de que todos eles seriam irmãos uns dos outros, após terem finalmente cometido o pecado de negar os deuses gregos, adorar o sofista crucificado e viver de acordo com as leis que ele deixou"(O Peregrino Passageiro).

Segundo Luciano, Peregrino(100-165 DC), fugiu de sua cidade em sua juventude, acusado de matar seu pai. Tornou-se então um filosofo itinerante, tendo contato com várias idéias e filosofias. Quando estava na Palestina, ele se converteu ao cristianismo. Entre os cristãos, obteve rapidamente grande prestígio, se tornando "profeta", "presbítero", "chefe de sinagoga", compondo livros e os comentando, sendo reverenciado como mestre e legislador.

Em suma, Luciano acusa Peregrino de usar seus conhecimentos de filosofia para abusar da credulidade dos cristãos. Ainda na Palestina, Peregrino é preso, e na cadeia recebe a atenção e cuidado de seus companheiros cristãos, que, segundo Luciano, "tudo fizeram para livrá-lo, mas como isso não foi possível, dispensaram assistência constante para com ele"(Passagem do Peregrino, 12).

Luciano também afirma em “A Morte do Peregrino”:

“Os Cristãos, vocês sabem, adoram um homem neste dia — a distinta personagem que lhes apresentou suas cerimônias, e foi crucificado por esta razão”(Luciano de Samosata, A Morte do Peregrino, 11-13).

Isso confirma também a celebração cristã primitiva do Domingo e do Culto Cristão já em vigor nos primeiros séculos, como também atesta a História:

“Vede como ele diz: não são os sábados atuais que me agradam, mas aquele que eu fiz e no qual, depois de ter levado todas as coisas ao repouso, farei o início do oitavo dia, isto é, o começo de outro mundo. Eis por que celebramos como festa alegre o oitavo dia, no qual Jesus ressuscitou dos mortos e, depois de se manifestar, subiu aos céus”(Epístola de Barnabé, 100-120 d.C).

“Eles tinham o hábito de se reunirem num determinado dia fixo antes que clareasse, quando cantavam hinos diversos a Cristo, como para um Deus, se uniam em um solene juramento de não praticar quaisquer atos iníquos, nunca cometerem qualquer tipo de fraude, roubo ou adultério, nunca em prestar um falso testemunho nem em negar uma responsabilidade quando fossem eles chamados para tal; após o que era costume deles se separarem e então se reunirem novamente para participar de uma boa refeição – mas comida de tipo frugal e inocente”(Plínio, 110 d.C).

“Porém, após a observância do sábado, deve todo amigo de Cristo observar o Dia do Senhor como festa, o dia da ressurreição, a rainha e comandante de todos os dias[da semana]. Foi sobre isto que o profeta declarou: "Para encerrar, o oitavo dia". [Foi nesse dia], que a nossa vida renasceu e a vitória sobre a morte foi obtida em Cristo”(Inácio de Antioquia, Carta aos Magnésios – Data: 107 d.C).

“No dia dito do Sol, todos se reúnem no mesmo lugar, quer habitem nas cidades, quer nos campos; são lidas as memórias dos apóstolos ou os escritos dos profetas, segundo o tempo disponível. Quando o leitor termina, presidente da assembléia, com um discurso, nos convida e exorta à imitação daqueles belos exemplos. Em seguida, levantamo-nos todos juntos e fazemos preces; e, como já dissemos, terminada a prece, são trazidos pão, vinho e água, e o presidente da assembléia eleva também ao céu preces e ações de graças com todas as suas forças, enquanto o povo responde dizendo amém; e se realiza a distribuição e repartição dos elementos sagrados, que por meio dos diáconos são enviados também aos que não estão presentes. As pessoas de posse e bem dispostas oferecem tudo o que desejam; o que foi recolhido é depositado junto ao presidente[da assembléia], que ajuda os órfãos, as viúvas, os doentes, os presos, os estrangeiros que estão de passagem; numa palavra, ele socorre todos os que precisam”(Justino, I Apologia, 67 – Data:156 d.C).


“Ele cumpre os mandamentos de acordo com o Evangelho e guarda o ‘Dia do Senhor’, quase sempre ele lança fora maus pensamentos...glorificando a ressurreição do Senhor nele mesmo”(190 AD Clemente de Alexandria, Ibid. Vii.xii.76.4).


Todos estes documentos históricos nos mostram que já existia culto cristão em andamento já no primeiro e segundo séculos, fato este confirmado por fontes históricas cristãs e não-cristãs(como é o caso de Luciano de Samosata e Plínio), sendo, portanto, inócuo crer que Jesus seja um “mito”, uma vez que não se cria um “mito” em tão pouco tempo. Os ateus em sua incredulidade alegam(sem inteiramente prova nenhuma), que o “mito” Jesus nasceu no quarto século, contrariando todas as provas históricas cristãs e não-cristãs que provam não somente a existência de Cristo por pessoas do primeiro e segundo século, como também o próprio culto cristão primitivo já em vigor neste período.

Luciano de Samosata também fala-nos de um elaborado e bem-sucedido embuste perpetrado por um “profeta” de Asclepius, no Ponto, fazendo uso de uma cobra domesticada. Quando os rumores estavam por desmascarar sua fraude, o espirituoso ensaísta nos informa, sarcasticamente:

“Ele promulgou um edito com o objetivo de assustá-los, dizendo que o Ponto estava cheio de ateus e cristãos que tinham a audácia de pronunciar os mais vis perjúrios sobre ele; a estes, ele os expulsaria com pedras, se quisessem ter seu deus gracioso”(Luciano de Samosata, Alexandre, o monge-oráculo, pp. 223-224).

A existência dos cristãos, seguidores de Jesus Cristo, ainda no segundo século, é uma prova irrefutável contra aqueles que pregam que Jesus é um mito histórico. Isso porque se Cristo fosse um mito, precisaria de muito mais tempo para ser desenvolvido. Os céticos ateus que questionam a existência do Jesus-histórico apelam que Cristo é uma invenção do terceiro ou quarto século e, portanto, não poderiam existir cristãos(seguidores de Cristo), já no início do segundo século. É uma prova irrefutável da historicidade de Jesus Cristo e da recente perseguição aos cristãos.

Continuaremos amanhã...

Viva vencendo com o testemunho dos que viram o Mestre Jesus!!!

Abraços.

Seu irmão menor.

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