A Igreja Evangélica na Alemanha (EKD) possui uma postura
de ecumenismo e tem se aproximado do Vaticano nos últimos
anos. Em um “diálogo teológico” convocado em agosto e realizado na Academia de
Missão da Universidade de Hamburgo, pediram desculpas aos católicos e ortodoxos
por certos atos cometidos por luteranos durante a Reforma Protestante.
Perto de completar 500 anos (em 2017), os luteranos estão
lamentando a destruição de imagens religiosas. Os teólogos da EKD deixaram isso
claro na declaração da bispa para as relações ecumênicas Petra Bosse-Huber. Ela
chefia a Comissão de Diálogo protestante.
Em nota, afirma que hoje se reconhece que as imagens
sagradas, em suas mais variadas formas têm muito valor como expressão da
espiritualidade. Diz ainda que a igreja protestante alemã “se opõe à destruição
de imagens”.
Durante o período da Reforma, na tentativa de livrar as
pessoas da idolatria, líderes protestantes removeram pinturas, esculturas e
vitrais na Alemanha, na Suíça, na Inglaterra e na Holanda. Em muitos casos as
imagens eram queimadas publicamente.
As delegações do Patriarcado Ecumênico, da Igreja Ortodoxa,
estiveram no encontro na Academia de Missão a convite do Conselho da EKD. Desde
1969, representantes de ortodoxos e protestantes têm mantido relações próximas.
Embora não tenha se manifestado publicamente sobre o
assunto, o Vaticano também dá mostras de sua disposição em se aproximar dos luteranos.
Em breve, Roma terá uma praça com o nome de Martinho Lutero,
perto do Coliseu. Há cinco séculos, quando Lutero tentou fazer com que a Igreja
Católica mudasse suas práticas, foi excomungado pelo papa. Durante séculos
ocorreram embates violentos e mortes por causa da Reforma iniciada por Lutero.
Por isso, causa estranheza que o Vaticano apoie que a praça
receba o nome do reformador. O Papa Francisco desde que começou seu
pontificado, mostrou o desejo de ver uma maior unidade entre todos os cristãos.
Com informações de Urban Christian News e Christian Headlines
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