No início do mês, surgiu uma polêmica envolvendo o principal templo da Igreja Universal do Reino de Deus em São Paulo, que se tornou um tipo de comitê informal do candidato do PRB à prefeitura, Celso Russomanno. O estacionamento do templo em Santo Amaro era usado como “ponto de encontro” de equipes que saem diariamente para fazer campanha nas ruas. E ali seriam guardadas bandeiras, adesivos e outros materiais.
Aparentemente, muitas outras igrejas evangélicas estão ignorando a lei eleitoral e decidiram fazer mais pelos candidatos. A segunda prestação de contas parcial, divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral na semana passada, mostra que doações em dinheiro ocorreram em pelo menos quatro estados e envolvem diferentes partidos:
• Uma Assembleia de Deus de Serra (ES) contribuiu com R$ 1.250 para o pastor André Florindo candidato a vereador pelo PT.
• Uma Igreja do Evangelho Quadrangular de Alvorada (RS) aparece como doadora do pastor Daniel Oliveira, que concorre à Câmara Municipal pelo PP.
• Uma Igreja do Evangelho Quadrangular de São João (PR) fez doação ao candidato a vereança Joelcio Correa (PMN).
• A Igreja Batista Vale das Bênçãos de Formiga (MG) doou ao pastor Manoel Messias um candidato pelo PV.
• Também em Minas Gerais, a Igreja do Evangelho Pleno, de Betim, contribuiu com a campanha de um candidato a vereador pelo PMN.
A soma das cinco doações oficiais levantadas pela reportagem foi de R$ 3.632. Embora possa parecer pouco, o promotor eleitoral Rodrigo Zilio, do Rio Grande do Sul, explica que esses repasses podem resultar na rejeição das contas e até uma ação para a cassação do diploma caso esses políticos sejam eleitos.
Ao mesmo tempo, uma igreja evangélica de Itapetinga, na Bahia, transformou-se em um verdadeiro comitê eleitoral dos candidatos petistas a prefeito José Carlos Moura, Alécio Chaves (vice) e pastor Valcilênio, que concorre ao cargo de vereador.
Muitos fieis da igreja não gostaram de ver no altar do templo um banner enorme do PT, onde aparece a foto dos três candidatos.
Saiba o que as igrejas podem e não podem fazer durante a campanha
Comentário de Wáldson: Que coisa ridícula!!! As igrejas deveriam apenas orientar a seus fiéis em quem votar. Mas, a decisão ficaria a critério da pessoa.
A igreja evangélica no Brasil possui um vasta história dentro das campanhas eleitorais. Muito se fez e ainda se faz em ambos os lados: o bom e o ruim.
Certo é que, todo aquele que vota, poderá ser votado. E se alguma igreja deseja apoiar determinado candidato ou partido, é de bom senso( e até compreensível),que a os membros sejam informados do porque se escolheu apoiar o candidato e/ou partido. E nesse caso, pedir o voto para o escolhido não é problema algum.
O problema surge quando a liderança da igreja quer obrigar sua membresia a votar no candidato e/ou partido escolhido. Ora isso se chama 'voto de cabresto'. Isso é um atentado á liberdade de escolha do indivíduo que é dono de seu voto. Isso também é crime.
Pior do que isso é quando algumas igrejas resolvem 'doar' dinheiro ou bens para um determinado candidato e/ou partido. Isso é 'negociata'. Se constituí crime eleitoral. Claro está que, se a igreja apoiar o candidato e/ou partido, ela será num futuro próximo, 'beneficiada'.
A política é boa. Não há nada de errado nela. O problema é a politicagem.
Portanto, não concordo que em épocas de campanhas eleitorais o púlpito seja cedido para pedir votos e nem para receber políticos candidatos para que eles peçam. A maioria, grande maioria são corruptos. E os que não são, ao entrarem nela, têm a probabilidade de se tornarem corruptos sem muita demora. O 'sistema' o obriga a isso. Exemplos não nos faltam,não é mesmo?
Outrossim: Sou por convicção certo de que se um líder da igreja(qualquer que seja sua liderança), quiser se candidatar a um desses cargos, deve deixar sua liderança e se dedicar somente a aquilo que ele escolheu. Não combina ser um líder de igreja ou de departamento e ao mesmo estar exercendo uma função num dos Poderes.
E também entendo que, caso ele queira voltar, depois de vencido seu tempo de legislatura, não volte á mesma posição que ocupava. Que se espere quando houver de fato, uma necessidade dele para preencher a necessidade da igreja nos seus departamentos.
Também discordo na sua totalidade sobre um líder(pastor, evangelista, presbítero, missionário e etc), deixar sua chamada divina(se é que a tem), para se dedicar á uma campanha politica, pretendendo ser eleito para um cargo público. Acho que é uma troca miserável. Por que não deixar que outro, de dentro da igreja com capacidade o faça? Por que tem que ser o líder, exatamente?
Essa é minha convicção. E dela, não abro mão.
Meu abraço.
Vivam vencendo, com consciência tranquila, os desvios da chamada 'igreja cristã'!!!
Seu irmão menor.
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