Um bandido, se fazendo passar por um alfaiate de terras distantes,
diz a um determinado rei que poderia fazer uma roupa muito bonita e
cara, mas que apenas as pessoas mais inteligentes e astutas
poderiam vê-la. O rei, muito vaidoso, gostou da proposta e pediu ao
bandido que fizesse uma roupa dessas para ele.
O bandido recebeu
vários baús cheios de riquezas, rolos de linha de ouro, seda e outros
materiais raros e exóticos, exigidos por ele para a confecção das
roupas. Ele guardou todos os tesouros e ficou em seu tear, fingindo
tecer fios invisíveis, que todas as pessoas alegavam ver, para não
parecerem estúpidas. Imagine! Precisou de uma criança para desmascarar a
farsa, pois ao ver o rei peladão gritou: “o rei está nu!”
Muitas
vezes acontece o mesmo dentro de muitas igrejas, fingem que não veem a
catástrofe, os desmandos, a incompetência e o autoritarismo de certos
líderes. Querendo se passar, não por inteligentes como na fábula, mas
por espirituais, o povo evangélico segue desta maneira. Na fábula todos
confessavam “ver” a roupa invisível do rei para não se passarem por
estúpidos, na igreja o fingimento é para não se passarem por rebeldes,
carnais e coisas do naipe evangeliquês que a cada dia criamos.
Nossos
púlpitos estão mortos, sem palavras, nosso povo com fome e sede da
Palavra de Deus. Enquanto comemos lanchinhos fast-food na pregação, o
resto do culto vira entretenimento, com pitadas de músicas aqui e ali.
Gente, vamos parar de fingir; admita o REI ESTÁ NU… E com todo respeito
majestade: que roupa feia!
Paulo Cristiano da Silva
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