30 outubro 2013

Lição 05 - 03/11/13 - "O CUIDADO COM AQUILO QUE FALAMOS"

TEXTO ÁUREO:
“Favo de mel são as palavras suaves: doces para a alma e saúde para os osso? (Pv. 16.24)

VERDADE PRÁTICA:
 As nossas palavras revelam muito do que somos, pois a boca fala do que do coração está cheio.

LEITURA BÍBLICA:

Pv. 6:16-19 = 15:1,2,23 = 16: 21,24


INTRODUÇÃO

Uma das grandes necessidades dos cristãos, hoje, está no cuidado que devem ter com aquilo que falam; pois, como diz o Talmude: “a língua do homem é como a abelha: tem mel e tem ferrão”. Através do ensino constante desta seção da Epístola de Tiago, o Espírito Santo quer nos ajudar a manter a nossa língua sob freios do temor do Senhor.

O Poder da Palavra

Tiago no capítulo 3 fala sobre o poder da palavra, ou da língua, uma vez que a palavra é articulada pela língua. O rei Salomão no seu livro de Provérbios, 18v21, diz que a vida e a morte estão no poder da língua. Vamos pensar sob este assunto, o poder da palavra, em quatro pontos principais.

Primeiro, ela é um dom de Deus. Já pensaram o que seria de nós ao sentir vontade de cantar, sem poder usar a língua, ou pregar a palavra de Deus, ou conversar? Como fariam os locutores de rádio ou de televisão sem poder usar a língua? Como faria o cristão quando desejasse falar com Deus, ou o jovem que desejasse pedir a sua namorada em casamento? É por isso que dizemos que a língua ou a palavra é um dom de Deus. E Tiago nos adverte do perigo de fazermos mau uso da palavra: com ela bendizemos a Deus ou amaldiçoamos aos homens.

Segundo. A língua pode matar uma pessoa. Isto faz-nos lembrar do suicídio do nosso presidente, Dr. Getúlio Vargas. Alguém fez denuncias contra ele, verdadeiras ou falsas, gerando murmúrios em todo Brasil; levando-o a cometer o suicídio. Muitos choravam dizendo ser um grande presidente; enquanto outros diziam o contrário. O importante disto a considerar, é o poder da palavra de matar uma pessoa. Ela mata o ânimo, destrói a fé, macula o amor, destrói o entusiasmo; ou ainda o prazer de viver. Quanta responsabilidade pesa sobre cada um de nós no uso deste membro tão importante de comunicação. Por isto mesmo o Senhor Jesus nos adverte, dizendo que daremos contas no dia do juízo por toda a palavra ociosa que dissermos. Por isso todo o cuidado é pouco. Saibamos usar bem este maravilhoso dom que Deus nos deu.

Terceiro. Diz Tiago que a língua é um fogo, cujo fogo ele traz do inferno. Diz ele que um pequeno fogo destrói um grande bosque; e a língua um pequeno membro que incendeia o curso da natureza, Deus criou os homens para viverem em paz. E pergunta:
 “De onde vêm as guerras e pelejas entre vós? Porventura não vem disto, a saber, dos vossos deleites, que em vossos membros guerreiam?” (Tiago 4:1).

 Maldizer o nosso semelhante é cometer um homicídio; porque a palavra tem o poder como foi citado acima. Vejam por ex: a televisão e o radio e ainda o computador, são instrumentos dados por Deus para promover o bem-estar do nosso semelhante, ou ainda de toda comunidade. Lamentavelmente estes instrumentos são usados muitas vezes para deturpar a verdade e estimular na prática do mal muito mais do que do bem. É o poder da palavra.

Quarto. A palavra vivifica. Exemplos: Jesus deu ordem e o defunto Lázaro saiu da sepultura. (João 11 43). O paralítico do tanque de Betesda, e o de Cafarnaum, ao ouvirem a palavra: “Levanta-te, toma a tua cama, e vai para tua casa” (Jo.5:8,9. Mt.9:6,7).Uma boa palavra pode criar um bom animo; criar entusiasmo e glorificar a Deus, como diz Tiago, “Com ela bem dizemos a Deus, ou amaldiçoamos os homens; com ela nós damos uma nova vida à igreja, e promovemos o reino de Deus. Então distinto leitor de que modo você usa este dom que Deus lhe deu que é a língua ou a capacidade de pronunciar palavras? Você está contribuindo que na igreja haja muitas conversões, ou está barrando o crescimento dela? Está usando a sua língua para vivificar uma pessoa, ou para matá-la? Quanta responsabilidade! A sua palavra, é para vivificar ou matar? Use-a para dar vida pois o mundo precisa de vida.

TROPEÇANDO NAS PALAVRAS

Conforme Tiago, todos, principalmente os líderes, têm a responsabilidade e serão julgados com maior rigor por aquilo que falarem ou pregarem, mesmo sabendo que tropeçamos em muitas coisas; mas se alguém não tropeça em palavras, pode considerar-se perfeito sendo capaz de controlar todo corpo. Se é capaz de controlar todo corpo, a língua é membro do corpo a ser controlada.

AS PALAVRAS FEREM E MATAM

Não há nada mais penetrante do que as palavras ditas com intuito de machucar. Dependendo de como ela é aplicada ou da gravidade, pode até deixar um indivíduo psicologicamente arrasado. Elas são como espada ou flecha mortífera (Jr 9.8) na mão do valente, elas transpassam o coração. A língua é como veneno de cobra (Jó 20.16; Sl 140.3; Rm 3.13,14), é como um fogo que abrasa um bosque (Tg 3.5b); é como uma navalha afiada (Sl 52.2,4; 57.4; 64.3; Sl 73.9). 

Ela proclama mentiras e difamação (Gn 39.13,14,15; Pv 6.24; Sl 15.3; Sl 119.2; Pv 6.17; Jr 9.3,5,8); produz rosto irado e odeia a quem ela tem ferido (Pv 25.23; Pv 26.28), além de se gloriar das grandes coisas (Tg 3.5). Do açoite e lisonjas da língua somente Deus nos livra (Jó 5.21; Sl 31.20; Sl 120.2; Pv 6.24), e das imprecações (Sl 91.10 -12)Isa 54.17). A língua perversa será destruída(Pv 10.31).

CONTROLANDO A LINGUA

O controle da língua é imprescindível. Todos os membros do corpo podem ser dominados pelo homem, principalmente a língua (Tg 3.2), e quem não consegue controlá-la sofrerá as consequências. Ela serve de tropeço ao próprio homem (Sl 64.8; Sl 78.36; Isa 3.8; Os 7.16); e pode até levá-lo ao abismo (Pv 17.20). Assim não devemos ser precipitados no falar, mas, prontos para ouvir e tardios no falar (Ec 5.2; Tg 1.19).

A LINGUA DO JUSTO

A língua do justo deve ser árvore de vida (Pv 15.4),  deve ser como a pena de um destro escritor (Sl 45.1),deve revelar sabedoria e conhecimento (Isa 50.4; Sl 15.2); ser como prata escolhida (Pv 10.20); produzindo saúde (Pv 12.18) e propagar as boas novas (Sl 35.28), e produzindo justiça e defendendo o direito dos pobres (Pv 31.8,9).

A Obediência no Falar

Na Bíblia, nossa língua é chamada de “mundo de iniqüidade... que contamina o corpo inteiro... Com ela, bendizemos ao Senhor e Pai; também, com ela, amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus” (Tg 3.6,9).

Na Palavra de Deus encontramos diversas instruções e exortações em relação ao uso da língua. Por exemplo: “Desvia de ti a falsidade da boca e afasta de ti a perversidade dos lábios” (Pv 4.24). Uma tradução livre do texto seria: “Não permitas que tua boca fale qualquer inverdade; que teus lábios pronunciem difamação ou engano”. Tudo o que é inverdade, tudo o que torce a verdade e tudo o que engana é mentira. O mais difícil para nós realmente é obedecer com a língua, não é mesmo? Uma pesquisa entre jovens alemães a partir de 14 anos revelou que as pessoas engendram alguma mentira a cada oito minutos: “São aproximadamente 200 inverdades durante o dia” (Topic, 4/2002).



A Bíblia declara com muita propriedade: “a língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar; é mal incontido, carregado de veneno mortífero. Com ela, bendizemos ao Senhor e Pai; também, com ela, amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. De uma só boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não é conveniente que estas coisas sejam assim” (Tg 3.8-10).

Uma estória ilustra todo o poder do que falamos ou deixamos de falar:

Um homem riquíssimo tinha convidado muitas pessoas para uma festa. Encarregou seu cozinheiro-chefe de comprar os melhores alimentos. Este foi ao mercado e comprou línguas – somente línguas e nada mais. Apresentou-as como primeiro prato, segundo prato, etc., servindo somente línguas aos hóspedes. Os convivas elogiaram a composição da refeição e a idéia original do cozinheiro. Mas, aos poucos começaram a ficar saturados de tanto comer línguas. O anfitrião se irritou e mandou chamar o cozinheiro: “Não mandei que você comprasse o que há de melhor no comércio?” Ele respondeu: “Existe algo melhor do que língua?

Ela é o vínculo na vida social, a chave para todas as ciências, o órgão que proclama a verdade e a razão. Graças ao poder da língua, edificam-se cidades e as pessoas se tornam letradas e cultas. “É verdade”, concordou o dono da casa. E mais uma vez encarregou o cozinheiro de preparar outro banquete para o dia seguinte, com a ressalva de comprar o que de pior houvesse na feira. Novamente este comprou línguas, somente línguas. Preparou-as das mais variadas maneiras para o banquete. Já que os convidados eram os mesmos, enojaram-se rapidamente do cardápio. O anfitrião sentiu-se ridicularizado e envergonhado, e gritou com seu chefe de cozinha: “Não mandei que você preparasse o que há de mais ruim? O que você está pensando? Por que serviu línguas outra vez?

Ele respondeu: “A língua também é o que há de pior no mundo, a mãe de todas as contendas e discórdias, a fonte de todos os processos judiciais, das diferenças de opinião e o instrumento que incita à guerra e à destruição. Ela é o órgão que propaga enganos e difamações. Pessoas são levadas ao mal, cidades são destruídas e vidas são aniquiladas pelo poder da língua”.

O perigo de uma língua sem freios

Uma língua que não está sob o domínio do Espírito Santo anula qualquer ministério espiritual: “Se alguém supõe ser religioso, deixando de refrear a língua, antes, enganando o próprio coração, a sua religião é vã” (Tg. 1.26). Como ilustração, vejamos mais um relato:

Um senhor idoso foi solicitado a conversar com um jovem de sua comunidade que havia roubado a seu chefe e estava na prisão. “Parece que eu o conheço de algum lugar”, disse o homem ao jovem, “você não me é estranho”. “Com certeza”, respondeu o prisioneiro, “já faz mais de dez anos, mas parece que foi ontem, pois lembro-me claramente de nosso encontro. O senhor é o culpado de eu me encontrar nesta prisão”. – “Mas como?”, surpreendeu-se o visitante. “Em toda a minha vida não lhe fiz mal algum!” – “Não propositalmente; mas certa vez eu vinha com meu pai de uma evangelização, quando encontramos o senhor no caminho.

Meu coração estava profundamente tocado pela pregação que ouvira e eu queria voltar para derramá-lo diante do evangelista. Mas aí ouvi o senhor ridicularizando o pregador, dizendo que ele era inculto e não sabia pregar direito. Essas palavras despertaram em mim um desprezo pela pregação que acabara de ouvir, e a partir de então parei de buscar a salvação de minha alma. Comecei a andar em más companhias e hoje estou aqui na prisão”.

Certa vez o Senhor Jesus disse que os homens prestarão contas de qualquer palavra frívola que tiverem falado (Mt 12.36). Portanto, tudo o que falamos fica registrado no céu.

Tudo é revelado na luz da glória de Deus

Quando o profeta Isaías viu a glória de Deus, ficou imediatamente consciente de seus lábios impuros: “No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo. Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! 

Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!” (Is 6.1,5).

O rei Davi também sabia o mal que pode ser causado por palavras ditas impensadamente. Por isso, orou: “Põe guarda, Senhor, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios. Não permitas que meu coração se incline para o mal...” (Sl 141.3-4).

A Bíblia Viva diz: “Ó Senhor, ajuda-me a tomar cuidado com o que falo; ajuda-me a não falar o que não te agrada. Não permitas que o meu coração seja atraído para o pecado...”
Por que alguém mente? Porque há falsidade em seu coração: “Vou descrever para vocês um homem vazio, inútil, um homem que não presta para nada. Suas palavras são mentirosas... Seu coração está cheio de maldade...” (Pv 6.12,14, A Bíblia Viva).

Áreas perigosas – onde devemos vigiar nossa língua

Existem três áreas potencialmente perigosas em relação ao nosso falar:

1. A mentira

No Antigo Testamento Deus já alertou: “Não furtareis, nem mentireis...” (Lv 19.11). E no Novo Testamento somos exortados: “Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros” (Ef 4.25). Em outras palavras: ninguém pode passar por cima da mentira; ela é séria demais e sempre deve ser exposta à luz. Uma meia-verdade é uma mentira completa.

No Apocalipse há menção específica de que os mentirosos não entrarão no reino dos céus e acabarão no lago que arde com fogo e enxofre (Ap 21.8,27).

2. Calúnia e difamação

É muito fácil acabar com a reputação de alguém falando apenas algumas poucas palavras. É por essa razão que a calúnia e a difamação devem ser levadas muito a sério, pois fazem parte das piores atitudes nos relacionamentos humanos. Lemos no Salmo 15.1-4: “Quem, Senhor, habitará no teu tabernáculo? Quem há de morar no teu santo monte? O que vive com integridade, e pratica a justiça, e, de coração, fala a verdade; o que não difama com sua língua, não faz mal ao próximo, nem lança injúria contra o seu vizinho; o que, a seus olhos, tem por desprezível ao réprobo, mas honra aos que temem ao Senhor; o que jura com dano próprio e não se retrata”.

3. Exagerar ou minimizar os fatos

Exageramos com facilidade quando se trata de nossas boas ações, mas quando contamos alguma coisa boa acerca de alguém, tendemos a diminuir suas qualidades. Foi o que levou o salmista a orar: “Põe guarda, Senhor, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios. Não permitas que meu coração se incline para o mal, para a prática da perversidade na companhia de homens que são malfeitores...” (Sl 141.3-4).

Um menino disse a seu pai: “Papai! Papai! Eu vi um cachorro do tamanho de um elefante!” O pai retrucou: “Já avisei milhões de vezes que você iria apanhar se continuasse exagerando tanto!”

Exagero ou minimização devem ser equilibrados como os pratos das antigas balanças: o ponto certo é alcançado quando os ponteiros estão na mesma altura.

Confessando a culpa e recebendo perdão

Depois da conquista da cidade de Jericó, Acã tomou para si despojos proibidos, e todo o povo de Israel caiu em desgraça. Mais tarde esse pecado veio à luz, e mesmo que o culpado já tivesse sido revelado, Josué disse a Acã: “Filho meu, dá glória ao Senhor, Deus de Israel, e a ele rende louvores; e declara-me, agora, o que fizeste; não mo ocultes” (Js 7.19). Acã respondeu: “Verdadeiramente, pequei contra o Senhor, Deus de Israel, e fiz assim e assim” (v.20). Então, segundo a Lei, Acã teve de morrer.

Hoje ninguém é condenado à morte por ter mentido, caluniado, difamado, exagerado ou minimizado os fatos. A graça de Jesus está acima da Lei. Mas o pecado somente será perdoado quando for confessado: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça” (1 Jo 1.9).


O conceito da Bíblia.


Após uma conversa educada com uma mulher idosa que acabara de conhecer e sem saber que o microfone ainda estava ligado, o primeiro-ministro a chamou de intolerante e resmungou dizendo que sua equipe deveria tê-la impedido de se aproximar dele. O país inteiro ficou chocado com a descrição que ele fez da mulher. Com sua reputação manchada, o primeiro ministro perdeu a reeleição apenas oito dias depois.

Nenhum humano consegue controlar a língua com perfeição. (Tiago 3.2). Mesmo assim, o incidente mencionado acima mostra que é importante tomar cuidado com o que você fala. Sua reputação, sua carreira e até mesmo seus relacionamentos dependem disso.

Mas sabia que há mais coisas em jogo? Segundo a Bíblia, o que você diz revela o que você é por dentro. Jesus disse: “É da abundancia do coração que a boca fala. (Mt.12.34). Visto que suas palavras refletem os pensamentos e sentimentos que o tornam único, é importante que você analise com atenção o seu jeito de falar. Será que a Bíblia pode ajudar? Considere o seguinte.

Como melhorar suas conversas:

As palavras se originam de pensamentos. Se quiser melhorar o que diz, precisa melhorar o que pensa. Por em prática a Palavra de Deus pode influenciar seus pensamentos, que por sua vez influenciam o que diz. Veja como fazer isso.


Encha o coração com coisas boas:

A Bíblia descreve essas coisas boas ao dizer: “Todas as coisas que são verdadeiras, todas as que são de séria preocupação, todas as que são justas, todas as que são castas, todas as que são amáveis, todas as coisas de que se fala bem, toda virtude que há e toda coisa louvável que há, continuai a considerar tais coisas”. (Filipenses 4.8).


Seguir esse excelente conselho o ajudará a descartar pensamentos impróprios. Lembre-se que seus pensamentos, são alimentados e intensificados pelo que você vê e lê. Assim, para evitar pensamentos negativos e impuros, evite influências negativas. Isso significa ficar longe de diversão violenta e obscena. (Sl. 11.2; Efésio 5.3,4) Pense em coisas puras e positivas. A Bíblia pode ajudá-lo. Por exemplo, leia (Provérbios 4.20-27; Efésio 4.20-32; e Tiago 3.2-12). Seguir os princípios contidos nesses textos pode ajudar a melhorar suas conversas.

Pense bem antes de falar:

“Existe aquele que fala irrefletidamente como que com as estocadas (golpes) duma espada, mas a língua dos sábios é uma cura”, diz Provérbios 12.18.
Se você perceber que costuma “golpear” ou ferir, os sentimentos de outros, seria bom se esforçar para pensar antes de falar. Siga o excelente conselho de Provérbios 15.28; “O coração do justo medita a fim de responder, mas a boca dos iníquos borbulha com coisas más”.


O que dizemos afeta nossa reputação e nossos relacionamentos:
Estabeleça uma meta. Durante o próximo mês, esteja determinado a não dizer a primeira coisa que lhe vem a mente, principalmente quando for provocado. Pense nos textos citados neste artigo e faça um esforço de falar de modo sábio, amoroso e calmo. (Provérbios 15.1-4) Mas isso não é tudo.

Ore pedindo ajuda de Deus:

Um escritor bíblico orou: “As declarações de minha boca e a meditação de meu coração, tornem-se elas agradáveis diante de ti, ó Deus” (Sl. 19.14) Conte a Deus o seu desejo de usar a fala de um modo que Lhe agrade e torne sua companhia agradável para outros. Provérbios. 18.20,21 diz: “O que você diz pode salvar ou destruir uma vida; portanto, use bem as suas palavras.” – Bíblia da linguagem de Hoje.


Use a Palavra de Deus como espelho.

A Bíblia é como um espelho que podemos usar para nos examinar, (Tiago.1.23-35) Por exemplo, ao pensar nos três princípios bíblicos a seguir, pergunte-se: ‘Em geral, como estão minhas conversas e reputação?’ “Uma resposta, quando brada, faz subir a ira.” (Prov.15.1) Você fala de modo calmo e pacífico? “Não saia da vossa boca nenhuma palavra pervertida, mas a que for boa para a edificação, conforme a necessidade, para que confira aos ouvintes aquilo que é favorável”. (Efésios 4.29) Suas palavras edificam os outros?


“Vossa pronunciação seja sempre com graça, temperada com sal, para que saibais como responder a cada um”. (Colossenses 4.6) Você procura mesmo em situações difíceis, falar “com graça” e de um jeito mais fácil de ser aceito pelos outros?

Quando você se olha no espelho e corrige algo que não está bom, você fica mais apresentável e se sente mais confiante. Esses são os benefícios que você terá se melhorar sua fala por usar o espelho da Palavra de Deus.

Você já se perguntou?

O que suas conversas revelam? Lucas 6.45

Como você deve falar com os outros? Efésios 4.29 Colossenses 4.6
Como você pode melhorar o que diz? Salmo 19.14 Filipenses 4.8.


CONCLUSÃO

Devemos ter muito cuidado com o que falamos, pois seremos responsáveis pelo que pronunciarmos. Ás vezes as nossas palavras pesam mais do que as nossas atitudes ou maneira de agir. Se alguém cuida ser religioso e não refreia a sua língua, engana o seu coração, a sua religião é vã. (Tg 1.26). Davi expressa dizendo: Guarda a tua língua do mal, e os teus lábios de falarem enganosamente (Sl 34.13). Devemos ter muito cuidado para que as nossas palavras não nos comprometam. Davi pede a Deus para ser preservado nos momentos de tentações dizendo: - “Põe, ó SENHOR, uma guarda à minha boca, guarda a porta dos meus lábios.” (Sl 141:3).

Subsídio para o Professor


INTRODUÇÃO

Das sete atitudes que Deus abomina, registradas em Provérbios 6:16-19, três têm a ver com o mau uso das palavras; talvez por isso o livro de Provérbios dê tanto destaque a este tema. É válido atentar para a advertência de Tiago 1:19: “Sabeis isto, meus amados irmãos; mas todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar” (Tg 1:19). Quanto menos falar, menos risco em tropeçar. Alerta o sábio: “No muito falar não falta transgressão, mas o que modera os lábios é prudente” (Pv 10:19). Mas, é bom enfatizar que falar pouco não significa se omitir. Precisamos falar o necessário, na hora certa e de forma eficaz, sem “jogar conversa fora”.

I.  O PODER DAS PALAVRAS

Quero alertar os professores, alunos e os demais leitores deste blog que o “poder das palavras” referido aqui nada tem a ver com o que a falaciosa teologia da “confissão positiva” diz sobre isso.A Confissão Positiva é uma heresia indissociável da falaciosa Teologia da Prosperidade, as duas andam juntas, isto porque o “poder das palavras“, aquilo que eu confesso com a minha boca é a base para recebermos os demais benefícios pregados pelos adeptos deste movimento: riqueza, saúde plena e ausência de sofrimento. O seu ensino herético resume-se na máxima já bastante conhecida no meio evangélico: “Há poder em suas palavras!”. O ensino consiste em dar um significado mágico as nossas palavras, de forma que, se eu digo (confesso) a coisa certa, tudo dará certo, porém, se eu digo algo negativo, isto me trará problemas. Portanto, os adeptos chegam a praticar um novo modelo de oração, onde não se pede, “determina-se”,”decreta-se”,”toma-se posse“, e condena-se a atitude de perseverar em oração por algo, como sendo falta de fé. Segundo os pregadores deste movimento, uma verdadeira atitude de fé está no ato de “decretar” e “crer” que aquilo acontecerá; segundo este movimento, isto é que é fé, a fé do tipo que Deus teve ao criar o mundo, quando ele disse “Haja!”; e o que ele disse (confissão positiva) aconteceu.

Isso é ridículo e abominável! A Bíblia não atribui nenhum poder “mágico” às nossas palavras. O poder pertence a Deus e não as nossas palavras (Sl 62:11). Isto vai totalmente de encontro ao que Jesus ensinou (Mt 6:10; 26:39,42) e os apóstolos também (At 18:21; 1Co 4:19; 16.7; Hb 6:3; Tg 4:13-16). Decretar ou determinar são prerrogativas de quem tem autoridade, de quem detém o poder (2Sm 15:15; Ed 6:13; Et 1.20; Ec 8:3,4). Na oração, nós somos os súditos e o rei é Jesus, o único que pode decretar alguma coisa (Sl 62:11; Mt 28:18). Este ensino do “poder das palavras” deriva-se de uma outra heresia do movimento, que é o ensino de que o homem é um semideus. O modelo de oração ensinado na Bíblia não decreta nem determina, antes, se submete humildemente à vontade soberana de Deus. Diz o apóstolo João: “E esta é a confiança que temos nele: que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve” (1João 5:14).

1. Palavras que matam. ”A morte e a vida estão no poder da língua” (Pv 18:21). Ninguém ignore o os efeitos das palavras. Elas nos animam ou nos deixam arrasados. Elas nos levam ao arrependimento ou ao pecado. Elas nos fazem aceitar o que é certo ou nos levam a admitir o que é errado. Tiago 3:6 diz que a língua “é um fogo”. As nossas palavras podem incendiar a nossa vida, destruir tudo o que construímos ao longo de nossa existência. Quantos ideais de vida e projetos não tem sido destruído por causa de palavras mal ditas! Quantos casamentos já não se acabaram por causa de palavras ofensivas! Quantos já nãos se desviaram e abandonaram a igreja por causa de palavras ditas precipitadamente por aqueles que deveriam amparar! O perdão é o remédio eficaz para palavras venenosas, que ferem e que matam.

2. Palavras que vivificam. ”… a língua dos sábios é saúde” (Pv 12:18). A língua do sábio é medicina para os doentes, bálsamo para os aflitos, tônico para os cansados e fonte de vida para os que jazem prostrados. A língua dos sábios é o veículo que transporta a verdade e o canal que conduz a esperança. O sábio é aquele que fala a verdade em amor. Da boca do sábio não saem palavras torpes, apenas palavras para a edificação, conforme a necessidade, transmitindo graça aos que ouvem. Nossa língua transporta vida ou é instrumento de morte? Pense cada um consigo mesmo. (1)


II. CUIDADOS COM A LINGUA

1. Evitando a tagarelice (Pv 12:18). “Tagarelice é como pontas de espada“. Tagarelice é falar pelos cotovelos. É falar ao vento. É falar sem pesar nas consequências de sua fala. É ser irresponsável com a mordomia da comunicação. A língua do tagarela fere como pontas de espada. Destrói como veneno e devasta como fogo. A língua do tagarela transporta a morte, e não a vida, pois semeia inimizade entre os irmãos e provoca contendas entre as pessoas. A língua do tagarela é como um cavalo selvagem desenfreado e como um navio em alto-mar desgovernado. Ambos são agentes de morte, e não de vida. (2)

Deus advertiu ao povo de Israel: “Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo”(Lv 19:16). Ele também advertiu algumas tagarelas que se infiltraram na igreja de Éfeso: “Além do mais, aprendem também a viver ociosas andando de casa em casa; e não somente ociosas, mas ainda tagarelas e intrigantes, falando o que não devem” (1Tm 5:13). No Salmo 101:5, Deus diz: “Aquele que difama o seu próximo às escondidas, eu o destruirei”. Deus é de opinião que pessoas tagarelas não O reconhecem estando entregues aos seus pensamentos corrompidos. Ele equipara as pessoas difamadoras com aqueles que não merecem confiança.
Além disso, as fofocas não precisam ser obrigatoriamente mentirosas. Muitos pensam: “O assunto é verdade, por isso posso contá-lo a todos”. Mas isto não está certo! Dizer a verdade com falsos motivos pode ter efeito ainda mais funesto do que falar inverdade. (4)



2. Evitando a maledicência (Pv 6:16-19). ”Estas seis coisas aborrece o SENHOR, e a sétima a sua alma abomina: olhos altivos, e língua mentirosa, e mãos que derramam sangue inocente, e coração que maquina pensamentos viciosos, e pés que se apressam a correr para o mal, e testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos“.

“contenda entre os irmãos” significa maledicência. Muitas contendas entre os crentes são idealizadas por Satanás. Ele é o maior semeador de contendas entre os irmãos, mas o que ele faz na maioria das vezes é “aproveitar a nossa lenha para fazer sua fogueira“. O seu maior desejo é ver o povo de Deus lutando consigo mesmo, quando deveríamos, juntos, lutar contra as forças das trevas.


III. O BOM USO DA LINGUA

1. Quando a língua edifica o próximo. Palavras agradáveis e adequadas, no momento certo, proporcionam edificação espiritual e moral no próximo. Diz o sábio: “Palavras agradáveis são como favo de mel: doces para a alma e medicina para o corpo” (Pv 16:24). Como servos de Deus, somos desafiados a usar nossas palavras como um meio para ajudar o nosso próximo, através de exortações e bons conselhos. O aconselhamento é um grande serviço que a igreja deve prestar em seu seio. A Igreja tem de se preocupar com a conduta dos homens que a integram e dos que vivem ao seu redor. Não se trata de impor atitudes aos outros, nem tampouco de conquistar o poder de fazer com que os outros ajam desta ou daquela maneira. Muito pelo contrário, trata-se de uma manifestação do amor divino que está no coração de cada membro em particular do corpo de Cristo. Trata-se de sentir compaixão pelos seres humanos e, por causa disto, dar opiniões, ensinos ou avisos a eles sobre o que deve ser feito no cotidiano, no viver debaixo do sol. O único e verdadeiro aconselhamento é aquele que é baseado na Verdade, ou seja, na Palavra de Deus. Se aconselhar é dar ou pedir conselhos e o conselho genuíno e autêntico é aquele que tenha, simultaneamente, base racional e espiritual, a Igreja é o único povo, na atual dispensação, que pode, validamente, aconselhar a humanidade, pois só ela tem condições de orientar os homens no caminho em que devem andar. Diz o sábio: “… com os que se aconselham se acha a sabedoria“ (Pv 13:10). 2. Nossa língua adorando a Deus. Nossa maneira de falar nos identifica, revelando o nosso verdadeiro eu, pois a boca fala do que o coração está cheio (Mt 12:34). É do coração, ou seja, do intimo do ser humano que procedem os males. Certa vez, Pedro foi identificado como alguém que esteve com Jesus somente pelo seu linguajar (Mt 26:73). Sua fala evidencia que você é um cristão?

Lembre-se que no simples conversar com alguém, podemos estar adorando a Deus, podendo o interlocutor perceber a pureza de nosso coração através das palavras que proferimos. A língua do justo é manancial perene de sabedoria; por meio dela, os homens aprendem os caminhos da vida. Porém, a língua do perverso, que será desarraigada, maquina o mal, e toda a sua instrução produz incredulidade, rebeldia e desastre. Precisamos falar aquilo que glorifica a Deus, edifica as pessoas e promove o bem. “A boca do justo produz sabedoria em abundância, mas a língua da perversidade será desarraigada. Os lábios do justo sabem o que agrada, mas a boca dos ímpios anda cheia de perversidades” (Pv 10:31,32). Guardemos, pois, a nossa língua. Sejamos vigilantes e temperantes no momento de proferir palavras. Lembre-se: Deus procura verdadeiros adoradores, e não somente adoração.


IV. CONSELHOS AO ALUNO E AO MESTRE

1. Fale o que é bom e oportuno. A palavra de Deus é categórica: “Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar…” (Tg 1:19). Muito transgride quem fala para depois pensar, fala sem refletir e fala mais do que o necessário.  Diz o sábio:

·       ”Na multidão de palavras não falta transgressão, mas o que modera os seus lábios é prudente” (Pv 10:19).
·       ”Até o tolo, quando se cala, é tido por sábio” (Pv 17:28).

2. Pense antes de falar. Há um ditado popular que diz: “Em boca fechada não entre mosquito”. Falar sem pensar é consumada tolice. Responder antes de ouvir é estultícia. Proferir palavras torpes e desandar a boca para espalhar impropérios e maldades é perversidade sem tamanho. Esse não pode ser o caminho do justo. Uma pessoa que teme a Deus reflete antes de falar, sabe o que falar e como falar. Sua língua não é fonte de maldades, mas canal de bênção para as pessoas. Diz o sábio:
·       ”O coração do justo medita o que há de responder, mas a boca dos ímpios derrama em abundância coisas más” (Pv 15:28).

3. Fale com temperança. Quem sabe conversar com calma demonstra inteligência. Quem ouve e analisa antes de emitir sua opinião, pode falar com mais eficácia. Diz o sábio:
·       ”A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira” (Pv 15:1).
Observe uma coisa interessante, o sábio nos mostra aqui que não é a palavra branda que desvia o furor, mas a resposta branda. Isso é mais do que ação, é reação. Mesmo diante de uma ação provocante, a pessoa tem uma reação branda. É como colocar água na fervura e acalmar os ânimos. Em outras palavras, é ter uma reação transcendental. O oposto disso é a palavra dura e deselegante.
·       ”… a língua branda quebranta os ossos” (Pv 25:15).

4. A boca do justo é fonte de sabedoria. A boca do justo é uma fonte de vida; a do perverso, uma cova de morte. Quando o justo abre a boca, jorra a sabedoria como água fresca para o sedento; quando o perverso fala, sua língua é fogo que destrói e veneno que aniquila. A sabedoria do justo leva os homens a olharem para a vida com os olhos de Deus, a sentirem com o coração de Deus e a agirem para a glória de Deus. A maldade do perverso, ao contrário, afasta os homens de Deus e os seduz para um caminho de transgressão, cujo paralelo final é a morte.

A língua é como o leme de um navio: pode conduzi-lo em segurança para o seu destino, ou pode direcioná-lo para rochas submersas e provocar um grande naufrágio. Nossa língua deve ser um manancial de sabedoria, e não um instrumento de iniquidade; um bálsamo do céu para os aflitos, e não um chicote de tortura para os abatidos. (3). Diz o sábio:

·       “A boca do justo produz sabedoria em abundância, mas a língua da perversidade será desarraigada. Os lábios do justo sabem o que agrada, mas a boca dos ímpios anda cheia de perversidades” ( Pv 10:31,32).


CONCLUSÃO

Nos dias em que vivemos, em que vigora no mundo um “relativismo ético”, em que, cada vez mais, as pessoas estão perdendo a noção de verdades absolutas, em que “tudo é relativo”, é preciso lembrarmos que o falar do crente deve ser sim, sim, não, não, e o que sai disto é de procedência maligna(Mt 5:37). Quantos de nós são descuidados com o que falam e quantos acabam falando algo de suas cabeças como se fossem palavras vindas da parte do Senhor! Tais palavras estão todas colocadas diante de Deus e o Senhor requererá de seus pronunciadores uma atitude de arrependimento sem o que poderão até perder a salvação. Equivocam-se os faladores da atualidade que acham que suas palavras não são levadas em conta pelo Reto e Supremo Juiz. Não só nossas ações, mas também nossas palavras são levadas em conta diante de Deus. Tenhamos muito cuidado com o que falamos, pois tudo está sendo anotado perante o Senhor  - “Mas eu vos digo que de toda palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no Dia do Juízo” (Mt.12:36). Que possamos dizer como Jó: “Nunca os meus lábios falarão injustiça, nem a minha língua pronunciará engano” (Jó 27:4). Que este seja o nosso compromisso de todos os membros da igreja, na presença de Deus!

Aproveite sua boca e suas palavras e hoje ainda, pregue a palavra da salvação para alguém que está bem próximo a você.

Abraços.

Vivam vencendo!!!

Seu irmão menor.

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