Sodoma e Gomorra existiram de fato
Sodoma e Gomorra (do
hebraico סְדוֹם Sodom e עֲמוֹרָה Amorah ) são, de
acordo com a Bíblia judaico-cristã, duas cidades que teriam sido destruídas por
Deus com fogo e enxofre descido do céu. Segundo o relato bíblico, as cidades e
os seus habitantes foram destruídos por Deus devido a prática de actos imorais.
Os seus habitantes eram os cananeus.
A expressão "Sodoma e Gomorra" se aplica, por extensão, às
cinco cidades-estado do Vale de Sidim, no Mar Salgado ou Mar Morto. Eram
elas: Sodoma, Gomorra, Admá, Zebolim e Bela (também é chamada
de Zoar[1]).
O Vale de Sidim ("Vale dos Campos") era descrito como um lugar
paradisíaco[2]. Ocupava uma área aproximadamente circular no vale
inferior do Mar Salgado, actualmente submerso pelas suas águas salgadas. A
região é chamada em hebraico de Kikkár que significa
"bacia". A pequena península na margem oriental do Mar Salgado, é
chamada em árabe de El-Lisan que significa "a língua".
Desde a península de El-Lisan ao extremo sul, se estenderia o Vale de
Sidim. O seu fundo registra uma profundidade de 15 a 20 metros, enquanto para
norte da península, o fundo desce rapidamente para uma profundidade de 400
metros.
O Vale do Rio Jordão situa-se numa importante falha tectónica que desce
abaixo do nível médio do mar. A referida destruição poderia muito bem ter sido
originada por um forte sismo que teria originado actividade vulcânica.
EVIDENCIAS HISTÓRICAS:
Durante doze anos, as cidades do Vale de Sidim
foram feitas tributárias do Elão. No décimo-terceiro ano, seus reis se
rebelaram. A Enciclopédia Funk & Wagnalls menciona que os elamitas
destruíram a cidade de Ur, na Baixa Mesopotâmia, por volta
de 1950 a.C.. Subsequentemente, exerceram considerável influência
na Mesopotâmia. Quedorlaomer, Rei do Elão, lidera uma coligação para
punir os rebeldes. Esta força militar é formada pelos exércitos dos reis
de Sinear, Elasar, Elão e Goim. Invade a região
da Transjordania, do Negebe e o Vale de Sidim. Quedorlaomer
ou Kudur-lahmil, possivelmente significa "Servo de [deus]
Lagamar".
Alguns arqueólogos consideram
que Numeira ou Arabá, seria a antiga Gomorra. Para outros
arqueólogos, é possível que um grande terremoto tenha destruído estas cidades e
provocado uma mudança no nível das terras ocupadas por elas, quando suas ruínas
foram inundadas pelas águas do mar.
Os geólogos canadenses Grahan
Harris e Anthony Berardow, descobriram que a Península de Lisan,
era parte oriental do Mar Morto, e teria sido o epicentro de
um terremoto de escala maior que seis na escala
Richter ocorrido há aproximadamente 4.000 anos (no mesmo período que teria
sido a destruição de Sodoma, Gomorra, Adma e Zeboim). Segundo estes geólogos, o
terremoto provocou efeitos que levou ao engolimento das construções. Os restos
de Gomorra estariam debaixo das águas do Mar Morto.
Segundo a
revista Despertai!, arqueólogos suecos teriam encontrado
vestígios das antigas Sodoma e Gomorra. Em cooperação com o Departamento
de Antigüidades de Amã, os cientistas fizeram a descoberta em Lisan,
ao leste do mar Morto, na Jordânia.
O jornal sueco Östgöta-Correspondenten
teria explicado[carece de fontes?]: "...é
surpreendente que se encontrassem restos de construções destruídas uns 1.900
anos antes de Cristo". Estes arqueólogos estariam convencidos de que
encontraram Sodoma e Gomorra. Depois de analisarem objetos de cerâmica,
muros, sepulcros e artefatos de pederneira, sua conclusão foi de que
as cidades foram destruídas por um desastre natural.
Os Crimes de Sodoma
Segundo a bíblia, o motivo da destruição das
cidades de Sodoma e Gomorra foram a perversidade de seus habitantes e a
imoralidade e a desobediência ao Senhor. Após o retorno
de Abraão do Egipto, o relato bíblico menciona que os habitantes
de Sodoma eram grandes pecadores contra Deus[3].
Porém, isso não impediu uma coexistência pacífica entre os habitantes de Sodoma
com o patriarca Abraão, e com o seu sobrinho, Ló.
Alguns escritos judaicos clássicos enfatizam os
aspectos de crueldade e falta de hospitabilidade com forasteiros. Uma
tradição rabínica, exposta na Mishnah, afirma que os pecados de Sodoma
estavam relacionados à ganância e ao apego excessivo
à propriedade, e que são interpretados como sinais de falta
de compaixão. Alguns textos rabínicos acusam os
sodomitas blasfemos e sanguinários. Outra tradição rabínica indica
que Sodoma e Gomorra tratavam os visitantes de forma sádica.Os habitantes gostavam, em sua maioria de dormir com outros homens, ou seja, homem com homem e mulher com mulher, daí surgir o termo 'sodomita'. Um dos crimes
cometidos contra os forasteiros é quase idêntico ao de Procusto,
na mitologia grega, dizendo respeito à "cama de Sodoma" (midat sdom)
na qual os visitantes eram obrigados a dormir. Se os hóspedes fossem mais
altos, eram amputados, se eram mais baixos, eram esticados até atingirem o
comprimento da cama.
A Destruição das Cidades
Segundo o livro de Gênesis,
dois anjos de Deus dizem a Abraão que "o clamor de Sodoma e
Gomorra se têm multiplicado, e porquanto o seu pecado se têm agravado
muito". Abraão então intercede consecutivas vezes pelo povo sodomita, e
Deus ao final lhe responde se houvesse em Sodoma dez pessoas justas, a cidade
não seria destruída[4].
Nesse mesmo dia, os dois anjos que visitaram
Abraão descem à cidade e são hospedados na casa de Ló[5]. Antes de
se deitarem, os homens da cidade cercaram a casa de Ló para terem relações
sexuais com seus dois hóspedes. Ló então sai na defesa dos anjos[6],
oferecendo suas filhas virgens para saciar o desejo da multidão.Mas eles rejeitaram as moças e disseram que queriam 'abusar'-ter relações sexuais com os 'homens que estão em sua casa'.
Ferindo com cegueira os homens que estavam junto
á porta da casa de Ló, os anjos retiram o patriarca e sua família da cidade e
lhes dá a ordem de seguirem sempre em direção das montanha sem olharem para
trás. Então, de acordo com Gênesis, inicia-se a destruição de Sodoma e de toda
a planície daquela região.
Referências:
1. Gênesis 14:2
2. Gênesis
13:10
3. Génesis 13:13
4. Gênesis
18:20-33
5. 19:1-3
6. 19:4-9
Enciclopédia Funk & Wagnalls
Nenhum comentário:
Postar um comentário