23 fevereiro 2013

 Adventismo

 
O adventismo surgiu nos EUA sob a inspiração de William (Guilherme) Miller (1782-1849), fazendeiro e ex-militar. Ao ler o Antigo Testamento, mais precisamente Dn 8.14, que fala do santuário de Deus que seria profanado e depois purificado, comparado com o Sl 90.4 e 2Pe 3.8, Miller deduziu que o Santuário fosse a Terra, e que a purificação se daria com a volta de Jesus. Fixou a data do acontecimento no dia 21 de março de 1843. O fracasso dessa profecia causou profunda  comoção nos cerca de 100 mil seguidores de Miller. Alguns deles, julgando tratar-se de um erro de cálculo, estabeleceram nova data em 22 de outubro de 1844 que, mais uma vez, transcorreu sem que acontecesse nada de notável. Em conseqüência disso, o núcleo adventista inicial dividiu-se: a maior parte de seus membros regressou às antigas crenças, inclusive Guilherme Miller, enquanto alguns poucos, como Hiram Edson, líder dos milleristas em Port Gibson, Nova Yorque, e como Ellen Gould White (1827-1915), persistiam na nova doutrina, ensinando que Miller acertou a data, mas errou o local: o santuário a ser purificado ficava no Céu, e não na Terra. Os que assim pensavam, decidiram se unir.(1)(2)(3)(4)
Em 1863 deram origem à Associação Geral das Igrejas Adventistas do Sétimo Dia (nome oficial da seita), em Battle Creek, Michigan, EUA, sob a liderança da senhora Ellen Gould White que afirmava ter revelações divinas, e que nada do que dizia poderia ser contestado com êxito (Mensagens Escolhidas III).
Os adventistas do sétimo dia já usaram através dos tempos os seguintes títulos: Igreja Cristã Adventista (1855); Adventistas do Sétimo dia (1860); União da Vida e Advento (1864);Igreja de Deus Adventista (1866); Igrejas de Deus Jesus Cristo Adventistas (1921); Igreja Adventista Reformada; Igreja Adventista da Promessa; Igreja Adventista do sétimo dia ( Atual). Existem outros grupos como Igreja Adventista da Promessa, Igreja Adventista do pacto, etc, porém o mais importante é a Igreja Adventista do Sétimo dia, conhecida como Sabatista ou Sabatismo. 
A sede mundial fica nos EUA, e no Brasil situa-se em Tatuí, SP. Sua membresia mundial chega a 10 milhões, e no Brasil a 710 mil. Na sociedade brasileira mantém diversos hospitais e produz literatura para o ensino fundamental e médio. Além disso a Igreja Adventista do Sétimo Dia inaugurou em 1996 o Sistema Adventista de Comunicação (SISAC), na cidade de Nova Friburgo, RJ, com o propósito de utilizar todos os meios de comunicação possíveis para divulgar sua mensagem.(4)
II - PRINCIPAIS DOUTRINAS DO ADVENTISMO E A DEFESA DO EVANGELHO
Adventismo: “Em Apocaplipse 14 os homens são chamados a adorar o Criador e a guardar os mandamentos. (…). A mensagem que ordena aos homens adorar a Deus e guardar Seus mandamentos, apelará especialmente a que observemos o quarto mandamento (Cap. 25 – A Imutável Lei de Deus; p. 260)”.(12)
“A característica especial da besta e de sua imagem é a violação dos mandamentos de Deus (Idem; p.265)”.(12)
“Que é pois a mudança do sábado, senão o sinal da autoridade da Igreja de Roma – ‘a marca da besta?’ (Idem; p.267)”.(12)
“O Filho de Deus veio para ‘engrandecer a lei, e torná-la gloriosa’ (Is 42.21; Mt 5.17; Sl 40.8). A lei de Deus é imutável, sendo uma revelação de Seu caráter (Rm 13.10; Sl 119.142, 147; Rm 7.12). Semelhante lei deve ser tão duradoura como o seu Autor (Cap. 27 – Qual o Êxito dos Modernos Reavivamentos?; p.277)”.(12)
“O selo do Deus vivo é colocado nos que guardam conscienciosamente o sábado do Senhor [The Seventh-day Adventist Bible Commentary; vol.7; p.980]” (Cap. 15 – O Selo de Deus e a Marca da Besta; p.189)”.(13)
“De todos os dez preceitos, só o quarto contém o selo do grande Legislador, Criador dos Céus e da Terra [Testemunhos Seletos; vol.3; p.17]” (Idem). (13)
O bondoso Criador, após os seis dias da Criação, descansou no sétimo dia e instituiu o sábado para todas as pessoas, como memorial da Criação. O quarto mandamento da lei de Deus requer a observância deste sábado do sétimo dia como dia de descanso, adoração e ministério, em harmonia com o ensino e a prática de Jesus, o Senhor do sábado. O sábado é um dia de deleitosa comunhão com Deus e uns com os outros. É um símbolo de nossa redenção em Cristo, um sinal de nossa santificação, uma prova de nossa lealdade e um antegozo de nosso futuro eterno no reino de Deus. O sábado é um sinal perpétuo do eterno concerto de Deus com Seu povo. A prazerosa observância deste tempo sagrado duma tarde a outra tarde, do por-do-sol ao por-do-sol, é uma celebração dos atos criadores e redentores de Deus.
Razões Bíblicas|Gên. 2:1-3; Êxo. 20:8-11; 31:12-17; S. Luc. 4:16; Heb. 4:1- 11; Deut. 5:12-15; Isa. 56: 5 e 6; 58:13 e 14; Lev. 23:32; S. Mar. 2:27 e 28
Defesa do Evangelho: Dos dez mandamentos registrados (Ex 20), o Novo Testamento ratifica apenas nove, excetuando apenas o quarto, que fala da guarda do sábado:

 
RATIFICAÇÕES DOS MANDAMENTOS NO NOVO TESTAMENTO
Os 10 Mandamentos
Ratificações (entre outras)
Total de ratificações
1.   Não terás outros deuses diante de mim (Ex 20.3).
quando não conhecíeis a Deus, servíeis aos que por natureza não são deuses (Gl 4.8)
50
2.   Não farás para ti imagem esculpida(Ex 20.4).
Filhinhos, guardai-vos dos ídolos (1Jo 5.21).
12
3.   Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão (Ex 20.7).
de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono de Deus (Mt 5.12).
4
4.   Lembra-te do dia do sábado, para o santificar (Ex 20.8).
NÃO HÁ RATIFICAÇÃO!
0
5.   Honra a teu pai e a tua mãe (Ex  20.12).
Honra a teu pai e a tua mãe (Ef 6.2)
3
6. Não matarás (Ex 20.13).
não matarás (Rm 13.9)
6
7. Não adulterarás (Ex 20.14).
Não adulterarás (Rm 13.9)
12
8. Não furtarás (Ex 20.15).
não furtarás (Rm 13.9)
6
9.   Não dirás falso testemunho contra o teu próximo (Ex 20.16).
não mintais uns aos outros (Cl 3.9)
4
10. Não cobiçarás a casa do teu próximo (Ex 20.17).
não cobiçarás (Rm 13.9)
9
Em nenhum lugar do Novo Testamento, é encontrado o mandamento de se guardar o sábado.
Se somos obrigados a guardar o sábado pelo fato de ser denominado estatuto perpétuo (Ex 31.16), então somos obrigados, também, a guardar a Páscoa (Ex 12.14); lavar, cerimonialmente, as mãos e os pés (Ex 30.17-21); celebrar as festas judaicas (Lv 23.41); subordinar-nos ao sacerdócio aarônico (Nm 25.13); pois todos, também, são chamados estatutos perpétuos. (11)

Na passagem de Mt 5.17,18 Jesus não disse que a Lei permanecerá até que o céu e a Terra passem, mas até que tudo seja cumprido!  A lei e os profetas duraram até João (Lc 16.16,17). Isso dá conta da transitoriedade da Lei. Porém, ela só passaria depois do seu integral cumprimento. Visto que Jesus veio cumpri-la – e ele não falhou –, a Lei já passou. Jesus não fez referência a uma duração perpétua da Lei, mas ao seu completo cumprimento (Lc 24.44; At 13.29; Rm 10.4; Cl 2.14-16).(11)
Apesar de Jesus, visto que era judeu, haver obedecido a Lei (Dt 18.15; Gl 4.4; Lc 2.21,22,24; Jo 15.5; 19.7; Lc 24.44,46), para os próprios judeus era inadmissível Jesus ser Filho de Deus enquanto violava o sábado (Jo 5.16-18). Para o adventismo, é igualmente impossível admitir que os evangélicos sejam filhos de Deus por não guardarem o sábado.
O apóstolo Paulo escreveu sobre a necessidade de se descansar um dia por semana, reservando-o para o Senhor, valendo qualquer um deles (Rm 14.5,6).
Dentro das exigências da lei estava a proibição de acender fogo no dia de Sábado (Ex 35.3). Isso significa que é proibido acender qualquer tipo de fogo, seja um fósforo ou um fogão a gás. Será que isso é cumprido pelos adventistas (Gl 3.10)?
Para os sabatistas dos Dez Mandamentos conforme constam na letra do AT são irrevogáveis. Daí concluem que os cristãos ainda estão obrigados à observância do Sábado dos judeus.
Vejamos o que S. Paulo diz sobre os Dez Mandamentos:
"Ora, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, se revestiu de tal glória que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos no rosto de Moisés, por causa do resplendor de sua face (embora transitório), quanto mais glorioso não será o ministério do Espírito! Se o ministério da condenação já foi glorioso, muito mais o há de sobrepujar em glória o ministério da justificação! Aliás, sob esse aspecto e em comparação desta glória eminentemente superior, empalidece a glória do primeiro ministério. Se o transitório era glorioso, muito mais glorioso é o que permanece!" (2Cor 3,7-11) (grifos meus).
A Escritura não deixa dúvidas de que o Apóstolo estava se referindo aos Dez Mandamentos. S. Paulo se refere a um evento registrado no Êxodo:
"Moisés ficou junto do Senhor quarenta dias e quarenta noites, sem comer pão nem beber água. E o Senhor escreveu nas tábuas o texto da aliança, as dez palavras. Moisés desceu do monte Sinai, tendo nas mãos as duas tábuas da lei. Descendo do monte, Moisés não sabia que a pele de seu rosto se tornara brilhante, durante a sua conversa com o Senhor. E, tendo-o visto Aarão e todos os israelitas, notaram que a pele de seu rosto se tornara brilhante e não ousaram aproximar-se dele" (Ex 34,28-30) (grifos meus).
Para S. Paulo o Decálogo era transitório e tornou-se pálido com o advento de Cristo. Enquanto para os sabatistas ele é eterno e vivo. Ver ainda 2Cor 3,2-3.

Não guardamos o sábado porque:
a)   estamos em um novo concerto (Hb 8.6-13; 10.7-9; Rm 8.1,2);
b)   o Novo Concerto é melhor do que o Antigo, e está firmado em melhores promessas. O primeiro era repreensível, e o segundo foi escrito no coração (Hb 9.6-13);
c)   é dito que os cristãos não chegaram ao monte Sinai, onde foi dado o Antigo Concerto, mas ao monte Sião, a Jesus, o mediador do Novo Concerto (Hb 18-24);
d)   os sacerdotes no templo violavam o sábado e ficavam sem culpa, porque o faziam para atender às exigências dos sacrifícios: rachavam lenha, carregavam água, acendiam fogo…(Mt 12.5), o que era vedado pela Lei (Ex 35.3). Se a guarda do sábado era inferior aos sacrifícios e estes foram abolidos (Jo 19.30; Mt 19.30; Hb 7.12-18), não se faz necessário guardá-lo hoje.(11)
e)   Jesus afirmou que a guarda do sábado ficava subordinada, também, à prática da circuncisão (Jo 7.22,23). Uma criança que devesse ser circuncidada no oitavo dia do seu nascimento (Gn 17.10; Lv 12.3) para que a Lei não ficasse invalidada colocava a guarda do dia em posição inferior à circuncisão. Se a circuncisão é de valor secundário, inexpressivo, e nenhum cristão a pratica, a guarda do sábado não pode ser preceito superior a todos os outros;(17)
f)     era um dos selos de Deus com o povo de Israel (Ex 31.17), assim como a circuncisão (Gn 17.9-14). O povo de Deus não tem, nem precisa mais desses sinais identificadores de uma nação eleita. Hoje o selo de Deus é o recebimento do Espírito Santo (Ef 1.13; 2Tm 2.19; 1Co 9.2; Jo 6.27; Rm 4.11);(3)
g)   ele faz parte da lei que foi abolida por Cristo (Cl 2.16,17; 2Co 3.3-18; Hb 7.12,18,19);
h)   os cristão gentios que viessem a guardar o sábado e outras festividades judaicas, poderiam se desviar do caminho (Gl 4.10,11; Rm 14.5,6); (3)
i)     ele fez parte de um pacto de Deus com o povo de Israel (Rm 12.14,15; Ex 20.1,2; 19.1);
j)     o Concílio de Jerusalém não ordenou aos gentios que observassem o sábado judaico (At 15.28,29);
k)   não há nenhuma ordem no Novo Testamento para se guardar o sábado;
l)     há uma profecia sobre a abolição do sábado cumprida em Cristo (Os 2.11);
m) Jesus e os seus discípulos não guardavam o sábado, o que lhe trouxe perseguição e morte (Mt 12.1-3; 10-12; Lc 13.14; Jo 5.16,18; 9.14-16);
n)   Deus trabalhou no Sábado durante a criação (Gn 2.2).
Observamos (não guardamos) o domingo porque:
a)   Jesus ressuscitou e apareceu a dez dos seus discípulos no primeiro dia da semana, esperou mais uma semana para aparecer a eles, novamente, no primeiro dia da semana (Jo 20.1,19,26);
b)   Paulo se reunia com os cristãos no primeiro dia da semana (At 20.7);
c)   Paulo instruiu os cristãos a fazerem a contribuição no primeiro dia da semana (1Co 16.2);
d)   ele é chamado de o dia do Senhor  por ser o dia da ressurreição de Cristo (Ap 1.10). Fato comprovado, também, pelo Didaquê, pela Epístola de Barnabé, e pelas Cartas de Inácio, que são escritos do segundo século, mostrando que os cristãos guardavam o domingo já naquela época;(3)
e)   a promessa da vinda do Espírito Santo cumpriu-se no primeiro dia da semana, dia de Pentecostes, que pela lei caía no primeiro dia da semana (Lv 23.16 c/ At 2.1-4);
f)     nesse mesmo primeiro dia Pedro pregou o primeiro sermão sobre a morte e a ressurreição de Jesus (At 2.14) quando três mil pessoas se converteram a foram batizadas, pela primeira vez em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (At 2.41).(3)(4)
 
Adventismo: “Os romanistas declaram que ‘a observância do domingo pelos protestantes é uma homenagem que prestam, malgrado seu, à autoridade da Igreja [Católica]. A imposição da guarda do domingo por parte do poder secular formará uma imagem à besta (Cap.25 – A Imutável Lei de Deus; p.267)”.(12)
“O movimento dominical está agora abrindo caminho nas trevas [RH Extra, 11 de dezembro de 1888]” (Cap.9 – Leis Dominicais; p.110).(13)
“O primeiro dia da semana, um dia comum de trabalho que não possui santidade alguma. será estabelecido como o foi a estátua de Babilônia (Cap.9 – Leis Dominicais; p.119)”.(13)
“O sinal da besta é o dia de repouso papal [Evangelismo, p.234]. Quando vier a prova, será mostrado claramente claramente o que é a marca da besta. Ela é a observância do domingo [The Seventh-day Adventist Bible Commentary; vol.7; p.980]” (Cap.15 – O Selo de Deus e a Marca da Besta).(13)
Defesa do Evangelho: Fazer diferença entre os dias, ou julgar iguais todos os dias, não tem a menor importância desde que se faça tudo para a glória de Deus (Rm 14.5-8; 1Co 10.31) Como já foi citado [no item 2], a guarda do sábado era um dos selos de Deus com o povo de Israel (Ex 31.17). O povo de Deus não tem, nem precisa mais desses sinais diferenciadores de uma nação eleita. Hoje o selo de Deus é o recebimento do Espírito Santo (Ef 1.13; 2Tm 2.19; 1Co 9.2; Jo 6.27; Rm 4.11).
 
3. DIVISÃO DA LEI EM MORAL E CERIMONIAL?
Adventismo: “A lei cerimonial foi assim dada a Moisés, e por ele escrita em um livro. Mas a lei dos Dez Mandamentos, proferida no Sinai, foi escrita pelo próprio Deus em tábuas de pedra, e sagradamente conservada na arca. Muitos há que procuram confundir estes dois sistemas, usando os textos que falam da lei cerimonial para provar que a lei moral foi abolida; mas isto é perversão das Escrituras. Ampla e clara é a distinção entre os dois sistemas. O cerimonial era constituído de símbolos que apontavam para Cristo, para o Seu sacrifício e ordenanças, devia ser cumprida pelos hebreus até que o tipo encontrasse o antítipo, na morte de Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Então cessariam todas as ofertas sacrificiais. Foi esta a lei que Cristo ‘tirou do meio de nós, cravando-a na cruz’ (Cl 2.14; Sl 119.89; Mt 5.17,18; Ne 9.13; Rm 7.12)”.(19)
Defesa do Evangelho: As expressões Lei de Deus  e Lei de Moisés  são sinônimas e não se referem a leis distintas, como afirmam os adventistas do sétimo dia. A mesma Lei é chamada de Lei de Deus  e Lei  de Moisés  (Ne 8.1,2,8,14,18,10.29; 2Rs 22.8). Há só um legislador (Is 33.22) e há só uma lei, sem distinção (1Cr 16.40; 2Cr 31.3; Lc 2.22,23; Hb 10.28 comp. c/ Dt 17.2-6). A Lei de Moisés  é a lei moral  (Mc 7.10 com. c/ Ex 20.12; Jo 7.19 comp. c/ Ex 20.13).
Jesus atribui o quinto mandamento do Decálogo (Ex 20.12) a Moisés (Mc 7.10), de onde se deduz que os Dez Mandamentos integram a Lei de Moisés.  O cerimonial da circuncisão, que não faz parte do Decálogo, é chamado a Lei do Senhor   (Lc 2.23,24). Portanto dizer que o Decálogo é a lei moral  (também chamada a lei de Deus,  ainda vigente) e que as demais ordenanças do Pentateuco são a lei cerimonial  (a Lei de Moisés, abolida por Cristo), não se confirma na própria Bíblia.(11)
A Bíblia – que não faz distinção entre uma lei e outra, na forma como anteriormente mencionada – declara a abolição de todo aquele velho sistema chamado Lei  (Rm 6.14; 7.4; Gl 2.19,24; 4.21-31; Ef 2.14-17; 2Co 3.6-11). Porém, isso não quer dizer que, agora, podemos pecar à vontade (Rm 6.11; Gl 5.18-21).(11)
Jesus afirmou que dois mandamentos citados no livro da lei de Moisés (Dt 6.5 e Lv 19.18), que é considerada cerimonial pelos sabatistas, constituem como a parte mais importante, o resumo da lei  (Mt 22.37-39). Não é bíblica a divisão entre lei cerimonial  e lei moral. (17)
Adventismo: “Quando Cristo, pelo mérito de Seu próprio sangue, remover do santuário celestial os pecados de seu povo,ao encerrar-se o Seu ministério, colocará Ele os mesmos sobre Satanás, que, na execução do juízo, deverá arrastar a pena final. O bode emissário era enviado para uma terra não habitada, não devendo nunca mais retornar à congregação de Israel. Assim será Satanás para sempre banido da presença de Deus e de Seu povo, e eliminado da existência na destruição final do pecado e dos pecadores (Cap. 23 – Esclarecido o Mistério do Santuário; p.251)”.(12)
Defesa do Evangelho: Ambos os bodes representam duas fases da obra expiatória de Cristo, e não só o primeiro (Lv 16.8,10,21,22): o bode imolado representa a expiação dos pecados (Rm 3.24-26; Hb 9.11,12,24-26) e o bode enviado representa a remoção completa dos pecados dos que se arrependem (Sl 103.12; Is 53.6,11,12; 1Pe 2.24). Se esses dois animais tivessem sido designados para simbolizar dois aspectos opostos entre si, certamente Deus não incluiria dois animais da mesma espécie.(3)(6)(8)
Foi Cristo e não Satanás quem carregou nossos pecados (Is 53.4-6,11,12 comp. c/ Mt 18.16,17; Jo 1.29; 1Pe 2.24; 3.18). Eram os dois bodes que faziam a expiação pelo pecado (Lv 16.10). Azazel pode ser traduzido por afastamento, remissão  ou emissário. Uma vez que a morte do primeiro bode efetuou plena redenção dos pecados, a maldição a eles devida foi removida, afastada, e isso de modo a não mais retornar. A obra de Cristo não pode ser transferida para o diabo; ele seria, assim, um co-salvador, o que perverte a obra realizada por Jesus Cristo na cruz (2Co 5.21; Hb 10.18), e propaga um outro evangelho (2Co 11.4; Gl 1.8,9).(11)(17)
Adventismo: “O homem não se acha consciente na morte (Sl 146.4; Ec 9.5,6; Is 38.18,19; Sl 6.5).”
“A Bíblia ensina que os mortos dormem até a ressureição. Bendito descanso para o justo cansado! Seja longo ou breve o tempo, não é para eles senão um momento (1Co 15.52-54). Ao serem chamados se seu profundo sono, começam a pensar exatamente onde haviam parado (Cap.33 – O que Existe Além do Túmulo? pp.323,325)”.(12)
Defesa do Evangelho: Muitas passagens bíblicas, mostram a alma em estado de consciência (Ap 6.9,10; Mt 17.1-8). Logo após a própria passagem utilizada pelos adventistas, o Pregador ensina que o pó volta a terra e o espírito volta a Deus (Ec 12.7). Vários outros textos enfatizam que a alma continua depois da morte, pois ocorre a separação do corpo e da alma (At 7.59; Lc 16.19-31;  23.43; 2Co 5.6,8; Mt 22.32; Fp 1.23,24).(3)(4)  O espírito não morre, nem dorme com a morte do homem (Mt 10.28; Ec 12.7). O espírito separa-se do corpo por ocasião da morte (Lc 20.37,38; 23.43; At 7.59); o espírito continua a viver, consciente e com todas as suas faculdades ativas depois da morte, seja ímpio ou justo (Lc 16.19-21; Ap 6.9-11; 2Co 5.6-8; 12.2-4; Hb 12.23; Fp 1.21-23); dormir refere-se ao corpo (Mt 27.52) e não à alma (Dt 34.5,6 comp. c/ Mt 17.1-3).

Adventismo: “Quão repugnante ao amor, misericórdia e justiça é a doutrina de que os ímpios mortos são atormentados num inferno eternamente a arder, e que pelos pecados de uma breve vida terrestre sofrerão tortura enquanto Deus existir! Onde, na Palavra de Deus, se encontra tal ensino? (…). Porventura Deus se deleita em testemunhar incessantes torturas? (Cap.33 – O que Existe Além do Túmulo? p.318)”.(12)
Defesa do Evangelho: O inferno é descrito, na Palavra de Deus, como sendo um lugar de castigo eterno (Mt 25.46) preparado para o diabo e seus anjos (Mt 25.41; 2Pe 2.4), onde haverá choro e ranger de dentes (Mt 13.42); e com uma variedade de termos: trevas exteriores, a ressurreição do julgamento, a negra escuridão, o castigo de eterno fogo, castigo eterno, entre outros (Mt 3.7-12; 8.12; 22.13; 25.46; Mc 9.43,48; Jo 5.29; Ap 19.20; 20.10-15). Os profetas, Jesus e os seus discípulos foram claros quando se referiram às penas eternas para aqueles pecadores que não ouviram os ensinamentos registrados na Bíblia, não se arrependendo dos seus atos, enquanto nesta vida (Mt 3.12; 18.8; 25.41; Mc 3.29; 9.43,44; 2Ts 1.9; Jd 6,7,13; Ap 14.11; 20.10; Sl 52.5; 92.7; Is 33.14).(6)

Adventismo: “Visto ser impossível para Deus salvar o pecador em seus pecados, Ele o despoja da existência, que perdeu por suas transgressões, e da qual se mostrou indigno (Sl 37.10; Ob 16). Assim se porá termo ao pecado (Sl 9.5,6). Não haverá almas perdidas para blasfemarem de Deus, contorcendo-se em tormento interminável (Cap.33 – O que Existe Além do Túmulo? pp. 322,323)”.(12)
Defesa do Evangelho: As Escrituras ensinam a existência de castigo e tormento eterno para todos os ímpio (Mt 25.41; 2Pe 2.17; Jd 13; Ap 14.11; 20.10). Outro detalhe é que a palavra morte não significa aniquilamento, mas separação: morte física é a separação do espírito do corpo; morte espiritual é a separação do espírito de Deus. Os justos ressuscitarão para a vida e gozo eternos, enquanto que os ímpios ressuscitarão para vergonha e horror igualmente eternos (Dn 12.2; Mt 25.46).(10)
A Bíblia afirma claramente que há sofrimento consciente no inferno (Mt 8.18). Pessoas aniquiladas não estão conscientes de qualquer sofrimento.. A besta e o falso profeta no inferno estarão conscientes após mil anos de sofrimento (Ap 19.20; 20.10).(21)
Adventismo: “A profecia que mais claramente parecia revelar o tempo do segundo advento, era a de Daniel 8.14: ‘Até 2.300 tardes e manhãs; e o santuário será purificado’. Fazendo das Escrituras seu próprio intérprete [Guilherme] Miller descobriu que um dia na profecia simbólica representa um ano (Nm 14.34; Ez 4.6). Miller aceitou a opinião generalizada de que na era cristã a Terra é o santuário e, portanto, compreendeu que a purificação do santuário predita em Daniel 8.14 representa a purificação da Terra pelo fogo, quando da segunda vinda de Cristo [2Pe 3.9,10]” (Cap.18 – Nova Luz na América; p.194).(12)
“Como os 2.300 dias foram o único período de tempo mencionado no capítulo 8, as 70 semanas devem ser uma parte dos 2.300 dias. Os dois períodos devem começar ao mesmo tempo, sendo que as 70 semanas deveriam ser contadas ‘desde a saída da ordem para restaurar e para reedificar Jerusalém’ [Dn 9.24,25]. (…). No sétimo capítulo de Esdras  [v.13] acha-se o decreto promulgado por Artaxerxes, rei da Pérsia, em 457 a.C. (Dn 9.25; Ed 7.11-26)” (Idem; p.195). (12)
“As profecias que pareciam indicar a vinda de Cristo na primavera de 1844, exerceram profunda impressão na mente do povo (Cap.20 – Amando a Vinda de Cristo; p.219)”.(12) O tempo da expectação, ou seja, de que Cristo apareceria na primavera de 1844, passou e Cristo não apareceu (Idem; p.223)”.(12)
“O décimo dia do sétimo mês, o grande Dia da Expiação, tempo da purificação do santuário, que em 1844 caía no dia 22 de outubro, foi considerado como o tempo da vinda do Senhor. (…). Contudo, uma vez mais passou o tempo de expectação e o Salvador não apareceu (Cap.22 – Profecias Cumpridas; pp.238,239)”.(12)
“Um santuário estava na Terra, o outro no Céu. (…). O Santuário do Céu é o grande original, de que o santuário construído por Moisés, é uma cópia [Ex 25.9,40; Hb 8.5; 9.9,23,24]. Os lugares santos do santuário celeste são representados pelos dois compartimentos do santuário terrestre (Cap.23 – Esclarecido o Mistério do Santuário; p.245)”.(12)
“Destarte, os que seguiram a luz da palavra profética perceberam que, em vez de vir à Terra ao terminarem em 1844 os 2.300 dias proféticos, Cristo entrou no lugar santíssimo do santuário celestial, a fim de levar a cabo a obra final de expiação, preparatória a Sua vinda (Cap.23 – Esclarecido o Mistério do Santuário; p.251)”.(12)
Defesa do Evangelho: A interpretação correta de Daniel 8.14 é a seguinte: Antíoco Epífanes, governador da Síria entre 175 e 164 a.C., profanou o santuário (v.11,12) e substituiu os sacrifícios prescritos na Lei por sacrifícios pagãos. O santuário foi purificado por Judas Macabeus depois de 1.150 dias, ou seja, 2.300 tardes e manhãs (para maiores detalhes, consultar o registro histórico no livro de 1Macabeus 4.36-58).(11) A Festa da Dedicação em Jo 10.22 lembra esse acontecimento da história do povo judeu. Desse modo, as 2.300 tardes e manhãs têm relação com o período em que o templo foi profanado por Antíoco Epífanes IV. Os sacrifícios realizados duas vezes por dia profanaram o santuário por 1.150 dias literais (Nm 28.3).
Não devemos especular, marcando datas  para a vinda de Jesus (Mt 24.36; Mc 13.32; At 1.7).
Adventismo: “O que se fazia tipicamente no ministério do santuário terrestre, é efetuado em realidade no santuário celestial. Depois de Sua ascensão, começou nosso Salvador o Seu trabalho como nosso Sumo Sacerdote (Hb 9.24). O ministério do sacerdote no primeiro compartimento, ‘para dentro do véu’ que separava o lugar santo do pátio externo, representa a obra à qual Cristo se dedicou ao ascender ao Céu. (…). Assim pleiteava Cristo, com o Seu sangue, perante o Pai, em favor dos pecadores, apresentando também, com a fragrância de Sua própria justiça, as orações dos crentes arrependidos. (…). Durante dezoito séculos este ministério prosseguiu no primeiro compartimento do santuário (…). Como no serviço típico havia uma expiação ao fim do ano, assim – antes que se complete a obra de Cristo em favor dos homens – há também uma expiação para tirar o pecado do santuário. Este serviço começou quando terminaram os 2.300 dias [anos]. Naquela ocasião nosso Sumo Sacerdote entrou no lugar santíssimo para purificar o santuário (Cap.23 – Esclarecido o Mistério do Santuário; p.250)”.(12)
“Destarte, os que seguiram a luz da palavra profética perceberam que, em vez de vir à Terra ao terminarem em 1844 os 2.300 dias proféticos, Cristo entrou em lugar santíssimo do santuário celestial, a fim de levar a cabo a obra final de expiação, preparatória à Sua vinda (Cap. 23 – Esclarecido o Mistério do Santuário; p.251)”.(12)
 Há um santuário no Céu, o verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem. Nele Cristo ministra em nosso favor, tornando acessíveis aos crente os benefícios de Seu sacrifício expiatório, oferecido uma vez por todas, na cruz. Ele foi empossado como nosso grade Sumo-sacerdote e começou Seu ministério intercessório por ocasião de Sua ascensão. Em 1844, no fim do período profético dos 2300 dias, Ele iniciou a segunda e última etapa de Seu ministério expiatório. É uma obra de juízo investigativo, a qual faz parte da eliminação final de todo o pecado, prefigurada pela purificação do antigo santuário hebraico no Dia da Expiação. Nesse serviço típico, o santuário era purificado com o sangue do sacrifício de animais vivos, mas as coisas celestiais são purificadas com o perfeito sacrifício do sangue de Jesus. O juízo investigativo revela aos seres celestiais quem dentre os mortos dorme em Cristo, sendo, portanto, nEle, considerado digno de ter parte na primeira ressurreição. Também torna manifesta quem, dentro vivos permanece em Cristo, guardando os mandamentos e a fé de Jesus, estando, portanto, nEle, preparado para a transladação ao Seu reino eterno. Esse julgamento vindica a justiça de Deus em salvar os que crêem em Jesus. Declara que os que permanecem leais a Deus, receberão o reino. A terminação do ministério de Cristo assinalará o fim do tempo da graça para os seres humanos, antes do Segundo Advento.
Razões Bíblicas|Heb. 1:3; 8:1-5; 9:11-28; Dan. 7:9-27; 8:13 e 14; 9:24- 27; Núm. 14:34; Ezeq. 4:6; Mal. 3:1; Lev. 16; Apoc. 14:12; 20:12; 22:12
Defesa do Evangelho: Essa doutrina surgiu pelo fato de falhar a profecia sobre a volta de Cristo, propagada por Guilherme Miller. O trabalho atual de Cristo não é purificação, e sim intercessão (Hb 7.25; 9.24; 1Tm 2.5). Jesus já fez completamente a purificação dos pecados (Hb 1.3).(3)
A Bíblia ensina claramente que, na Sua ascensão, o Senhor Jesus entrou diretamente na presença do Pai, no Santo dos Santos (At 7.55; Rm 8.34; Ef 1.20; 4.10; Cl 3.1; At 1.11).(17)
A obra de redenção foi realizada de uma vez por todas na cruz; não ficou incompleta. Quando Cristo subiu ao Céu ela estava definitivamente terminada (Hb 1.3; 9.24-28).(11)
A obra expiatória de Jesus foi perfeita (Hb 7.27; 10.12,14); e a salvação daquele que realmente crê é perfeita e imediata (Jo 5.24; 8.36; Rm 8.1; 1Jo 1.7).(10)  No Antigo Testamento os sacerdotes não se sentavam quando ministravam (Lv 16.16-34). Uma das provas de que Cristo já terminou o Seu trabalho quanto à salvação é que Ele está sentado (Hb 7.25; 12.2; Cl 3.1). Jesus Cristo já fez completamente a purificação dos pecados (Hb 1.3; 9.23-28).(3)
Adventismo: “A purificação do santuário envolve, portanto, uma obra de investigação – um julgamento – antes da vinda de Cristo, pois quando Ele viu, Sua recompensa estará com Ele para dar a cada um segundo as suas obras [Ap 22.12] (Cap.23 – Esclarecido de Mistério do Santuário; p. 251)”.(12)
“O julgamento que iniciou em 1844 deve prosseguir até que sejam decididos todos os casos, tanto dos vivos quanto dos mortos; disso se conclui que ela se estenderá até o final do tempo de graça (Cap.25 – A Imutável Lei de Deus; p.259)”.(12)
Defesa do Evangelho: Jesus é apresentado na Bíblia até o período atual, como sacerdote (Hb 4.14,15; 5.1,8; 8.1) e advogado (Rm 8.34; Hb 7.25; 1Jo 2.1), e não como juiz. O dia em que o Senhor Jesus julgará a todos, ainda está por vir (Rm 2.16; At 17.31).

 Um dos dons do Espírito Santo é a profecia. Este dom é uma característica da Igreja remanescente e foi manifestado no ministério de Ellen G. White. Como a mensageira do Senhor, seus escritos são uma contínua e autorizada fonte de verdade e proporcionam conforto, orientação, instrução e correção à Igreja. Eles também tornam claro que a Bíblia é a norma pela qual deve ser provado todo o ensino e experiência.
Razões Bíblicas|Joel 2:28 e 29; Atos 2:14-21; Heb. 1:1-3; Apoc. 12-17; 19:10
Adventismo: “À medida que o Espírito de Deus me ia revelando à mente as grandes verdades de Sua Palavra, e as cenas do passado e do futuro, era-me ordenado tornar conhecido a outros o que assim fora revelado (Introdução – Erguendo o Véu do Futuro; p.13)”.(12)
Algumas profecias  de Ellen White:
a) “Por algum tempo, depois da decepção de 1844, mantive, juntamente com o corpo do advento, que a porta da graça estava para sempre fechada para o mundo [Mensagens Escolhidas; p.63]”.(11)
b) “Quando a Inglaterra declarar guerra, todas as nações terão seu próprio interesse em acudir, e haverá guerra geral [Sutilezas do Erro; p.42]”.(11)
c) “Logo ouvimos a voz de Deus, semelhante a muitas águas, o qual nos anunciou o dia e a hora da vinda de Jesus (…). Ao declarar a hora, verteu sobre nós o Espírito Santo e o nosso rosto brilhou com o esplendor da glória de Deus, como aconteceu com Moisés, na descida do Monte Sinai [Primeiros Escritos; p.15]”.(11)
Defesa do Evangelho: As predições da Sr.ª White se mostraram falsas, nenhuma se cumpriu (Dt 18.20-22). Veja, na mesma seqüência em que foram apresentadas, a análise dessas profecias:
a) Nada justifica uma declaração leviana sobre um assunto de tamanha responsabilidade. A porta da graça continua aberta, assim hoje como no ano da decepção  (Is 55.7; 2Co 6.2; Tt 2.11-13);
b) Essa profecia, citada no contexto da guerra civil americana, nunca se cumpriu. Além da guerra não se generalizar, a Inglaterra optou pelo não envolvimento;
c) O próprio Jesus, quando aqui esteve, alegou desconhecer o dia e a hora de sua volta. A Sr.ª White disse que sabia. Porém, pressionada pelos seus oponentes, depois tentou se justificar: “Ouvi a hora proclamada, mas não tinha lembrança alguma daquela hora depois que saí da visão [Mensagens Escolhidas; p.76).” (11)
12. A IGREJA REMANESCENTE?
Adventismo: “Os adventistas do sétimo dia foram escolhidos por Deus como um povo peculiar, separado do mundo. Como a grande talhadeira da verdade Ele os cortou da pedreira do mundo, e os ligou a Si. (…). Em sentido especial foram os adventistas do sétimo dia postos no mundo como atalaias e portadores de luz [Testemunhos Seletos; vol.3; pp. 140,288]” (Cap.4 – A Igreja de Deus nos Últimos Dias; p.41).(13)
“Sejam todos cuidadosos para não clamarem contra o único povo que está cumprindo a descrição dada do povo remanescente, que guarda os mandamentos de Deus e tem a fé em Jesus [Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos; p. 58]” (Idem; p.39).(13)
“Quando alguém se afasta do corpo organizado do povo que observa os mandamentos de Deus, quando começa a pesar a Igreja em suas balanças humanas e a acusá-la, podeis saber que Deus não o está dirigindo. Ele se encontra no caminho errado [Mensagens Escolhidas; vol. 3; p.18]” (Idem; p.47).(13)
Defesa do Evangelho: A Igreja Adventista do Sétimo Dia não está fundamentada na Verdade, e sim, no conselho de homens. Isso é declarado pela autoridade concedida pela Palavra de Deus (Dt 18.20-22; Jr 14.14-28; 23.15-17,21-32; Ez 13.6,7). Não só porque suas profecias não se cumpriram, e pelas suas estranhas doutrinas, mas também porque coloca a autoridade da Sr.ª Ellen White em pé de igualdade com a própria Bíblia Sagrada.(11)
  
Adventismo: “Cremos que Ellen White foi inspirada pelo Espírito Santo, e seus escritos, o produto dessa inspiração, têm aplicação e autoridade especial para os adventistas do sétimo dia. Negamos que a qualidade ou grau de inspiração dos escritos de Ellen White sejam diferentes dos encontrados nas Escrituras Sagradas [Revista Adventista, fev/1984; p.84]”.(11)
“Disse o meu anjo assistente – Ai de quem mover um bloco ou mexer um alfinete dessas mensagens [Primeiros Escritos; p.258]”.(11)
Defesa do Evangelho: A Bíblia foi divinamente inspirada (2Tm 3.16; 2Pe 1.21; Jr 36.2) e é, por isso, absolutamente digna de confiança (Mt 5.18; Lc 21.33; 1Rs 8.56). Ela se encarrega de nos advertir sobre o perigo de um outro evangelho  (1Tm 4.1; 1Jo 4.1; Gl 1.6-9; 2Co 11.13-15; At 13.10; Mt 24.24; Ap 16.14) e do início ao fim possui advertências contra quem dela acrescentar ou diminuir alguma coisa (Dt 4.2; 12.32; Pv 30.5,6; Ap 22.18,19).
A Bíblia Sagrada fala de si mesma como suficiente para a salvação, desprezando claramente quaisquer outros escritos que apareçam, alertando para as conseqüências por segui-los (Gl 1.6-9; 2Co 11.4).
Quaisquer ensinos, doutrinas ou idéias que não estejam expressos ou subentendidos na Palavra de Deus, não podem ser aceitos (1Tm 4.1; 1Jo 4.1; Gl 1.6-9; 2Co 11.13-15; At 13.10; Mt 24.24; Ap 16.14).
Nenhum ensinamento, nem doutrina devem ser aceitos como verdadeiros somente por causa das aparências, do sucesso, ou de prodígios (2Ts 2.8-10; Ap 18.23). É por isso que a Bíblia nos adverte a ficarmos alertas (1Pe 5.8; 2Co 4.4).
Adventismo: “Chá, café, fumo e álcool precisam ser apresentados como condescências pecaminosas [Mensagens Escolhidas; vol.3; p.287]” (Cap.6 – O Estilo de Vida e as Atividades do Remanescente; p.71).(13)
“Deus está procurando levar-nos de volta, passo a passo, a Seu desígnio original – que o homem subsista com os produtos naturais da terra. Entre os que estão aguardando a vinda do Senhor, deve a alimentação cárnea ser finalmente abandonada; a carne deixará de fazer parte de seu regime alimentar [Conselhos Sobre Saúde; p.450]” (Idem; pp.71,72).(13)
“Há os que devem estar atentos para o perigo de comer carne, pois ainda estão ingerindo a carne de animais, arriscando assim a saúde física, mental e espiritual. Muitos que agora estão apenas meio convertidos no tocante à questão de comer carne, se afastarão do povo de Deus para não mais andar com eles (Idem; p.72)”.(13)
Defesa do Evangelho: Os hebreus comiam carne, especialmente nos banquetes e festas: novilho, cabrito ou bode (Lc 15.23). O apóstolo Paulo recomenda liberdade na ingestão de alimentos. Fatores como a distinção entre animais puros e impuros na lei de Moisés (Rm 14.1,2; 1Tm 4.3-5) ou a procedência pagã da carne vendida no mercado (1Co 8.4; 10.25) não deveriam preocupar a consciência dos cristãos. Todas as coisas são puras para os puros (Tt 1.15). O manjar não nos faz agradáveis a Deus, porque, se comemos, nada temos de mais, e, se não comemos, nada nos falta (1Co 8.8). Os fracos é que fazem diferença entre alimentos, abstendo-se da carne e comendo legumes (Rm 14.2; 1Co 8.9; 10.28). Paulo adverte, ainda, que a proibição de alimentos e de outras dádivas e bênçãos de Deus é indício da origem demoníaca da doutrina de certos grupos religiosos sectários e apóstatas, ao passo que os cristãos verdadeiros e fiéis recebem os alimentos e outras dádivas de Deus com ação de graças, santificando-os pela palavra de Deus e pela oração (1Tm 4.1-6). Pedro, na visão que teve, viu um lençol descer do céu com alimentos considerados imundos pela lei e uma voz que ordenava que ele os comesse. Face à sua recusa, ouviu uma voz que lhe dizia: Não faças tu comum [isto é, impuro] ao que Deus purificou (At 10.15). (17)

Os adventistas crêem que os cristãos devem guardar o Sábado e que devem se abster de carne de porco. Porém, S. Paulo escreveu aos Colossenses: "Ninguém, pois, vos critique por causa de comida ou bebida, ou espécies de festas ou de luas novas ou de sábados. Tudo isto não é mais que sombra do que devia vir. A realidade é Cristo" (Col 2,16-17) (grifos meus).
Dizem os adventistas que S. Paulo estava se referindo aos sábados festivos e comemorativos. Porém, S. Paulo utiliza aqui a palavra grega Sabbaton, que quando utilizada na forma como empregou o Apóstolo (sem ser precedida de numeral ordinal: primeiro, segundo e etc) significa Sétimo Dia. No NT TODAS AS VEZES em que este ela aparece nesta forma refere-se ao Sétimo Dia. Por quê só em Col 2,16 não?
Os sábados comemorativos são as festas e as luas novas (cf. Nm 10,10; 1Cr 23,31; Jt 8,9; Is 1,13-14; Os 2,13). Se S. Paulo estivesse referindo-se somente aos sábados comemorativos não relacionaria do Sétimo Dia ao lado das festas e luas novas.
S. Paulo ensina aos Colossenses que os cristãos não devem ser incomodados por causa de comida e bebida, entretanto Ellen White prescreveu uma série de restrições alimentares.
O simples ato de ingerir alimentos não pode ser ligado à vida espiritual. Comer, ou não, determinados alimentos, não faz diferença na vida espiritual, desde que se faça tudo para o Senhor (Rm 14.6-8; 1Co 10.31). Comer carne não pode ser um pecado levando alguém à condenação (Mt 15.11,17,18; Rm 14.1-3,14,15; Cl 2.16,17; 1Co 10.25; 1Tm 4.3-5; At 10.14,15; Lc 10.8).
 
III - OUTRAS CARACTERÍSTICAS DO ADVENTISMO
Fazem a divisão da Lei, em moral e cerimonial. Porém, contraditoriamente, afirmam: “Os judeus usavam o termo lei para referir-se a todo o corpo de revelações dadas por intermédio de Moisés. Denominavam os primeiros cinco livros do Antigo Testamento de a lei [Torah] (Lições da Escola Sabatina; 27 de janeiro de 1980; p.56)”. A lei de Moisés (Hb 10.28) incluía os Dez Mandamentos (Lições da Escola Sabatina – Lição de Adultos/Professor; abril-junho de 1990; p.11)”.(17)
A Bíblia mostra que durante a guarda do sábado, os judeus não podiam realizar sequer tarefas pequenas, tais como acender fogo em suas casas (Ex 35.3). Os adventistas obedecem isso?

(1) Nova Enciclopédia BARSA;  Encyclopædia Britannica do Brasil Publicações Ltda; Rio de Janeiro — São Paulo; 1999; vol. 4.
(2) TARRY, Joe E.; As Estratégias de Satanás: Destruir a Fé na Bíblia; Série Avivamento nº 4; Ed. Hosana; São Paulo, SP.
(3) MARTINS, Jaziel Guerreiro; Seitas — Heresias do Nosso Tempo; Vol. 1; A.D.Santos Editora; 1ª edição; 1998; Curitiba, PR.
(4) MATHER, George A. & NICHOLS, Larry A.; Dicionário de Religiões, Crenças e Ocultismo; Ed. Vida; São Paulo, SP; 2000.
(5) BOYER, Orlando; Pequena Enciclopédia Bíblica; Ed. Vida; 27ª impressão; São Paulo, SP; 1999.
(6) Bíblia de Estudo Pentecostal; CPAD; 7ª impressão;1998.
(7) Bíblia de Estudo de Genebra; Ed. Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil; São Paulo, SP; 2000.
(8) Bíblia Vida Nova; Edições Vida Nova S/R; São Paulo; 1992.
(9) BALBACH, Alfons; A Carne e a Saúde;  Edições Vida Plena; 20ª edição; São Paulo, SP.
(10) OLIVEIRA, Raimundo Ferreira;  Seitas e Heresias — um sinal dos tempos; CPAD; 21ª edição; Rio de Janeiro, RJ; 2000.
(11) RINALDI, Natanael & ROMEIRO, Paulo; Desmascarando as Seitas; CPAD; 6ª edição; Rio de Janeiro, RJ; 2000
(12) WHITE, Ellen Gould; O Grande Conflito; Casa Publicadora Brasileira; 12ª edição; Tatuí, SP; 1996.
(13) WHITE, Ellen Gould; Eventos Finais; Casa Publicadora Brasileira; 8ª edição; Tatuí, SP; 1999.
(14) WHITE, Ellen Gould; A Batalha Final; Casa Publicadora Brasileira; 5ª edição; Tatuí; SP; 1998.
(15) WHITE, Ellen Gould; Fé e Obras; Casa Publicadora Brasileira; 3ª edição; Tatuí; SP; 1996.
(16) Defesa da Fé nº 8, revista; setembro/outubro de 1998; ICP Editora; São Paulo, SP.
(17) Bíblia Apologética; ICP Editora; São Paulo, SP; 2000.
(18) GEISLER, Norman L. & RHODES, Ron; Resposta às Seitas;  CPAD; 1ª edição; Rio de Janeiro, RJ; 2000.
(19) WHITE, Ellen Gould; Patriarcas e Profetas; Casa Publicadora Brasileira; 2ª edição; Tatuí; SP; 1996.
(20) GEISLER, Norman & HOWE, Thomas; Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e “Contradições” da Bíblia;  Ed. Mundo Cristão; 5ª edição; São Paulo; 2000.
(21) GEISLER, Norman. Enciclopédia de Apologética. 1ª edição. São Paulo: Editora Vida, 2002; 932pp.
(22) http://www.jesusvoltara.com.br/doutrinas.htm

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