06 julho 2012

IGREJA DA NATIVIDADE EM BELÉM RECONHECIDA PELA UNESCO A PEDIDO DOS PALESTINOS


Numa decisão claramente política, a UNESCO aprovou por maioria dos votos dos seus membros um pedido feito pela Autoridade Palestina para incluir a Igreja da Natividade em Belém na sua lista de sítios do património mundial em perigo.
Os palestinos andavam pressionando a organização da ONU para inscrever a igreja e a rota peregrina como candidatos de emergência numa reunião sobre o património mundial realizada em São Petersburgo, Rússia.
A porta-voz da organização, Sue Williams, informou que o comité representativo dos 21 países representados na UNESCO decidiu com 13 votos a favor, 6 contra e 2 abstenções, fazendo com que o símbolo tão importante para a cristandade fosse incluído nesta lista.
Alguns países viram esta decisão como uma tentativa dos palestinos para misturar política com cultura.
Tanto os EUA como Israel opuseram-se a esta decisão política.
Por outro lado, o primeiro-ministro palestiniano Salam Fayyad aplaudiu a decisão da UNESCO, alegando que ela fortalece a determinação dos palestinianos de agirem na direcção do estabelecimento de um estado independente dentro das fronteiras de 1967.
"É a altura de a ONU e suas organizações tomarem uma posição política, legal, cultural e moral de forma a porem um fim ao sofrimento do povo palestino e prevenirem os riscos postos à sua herança cultural causados pela ocupação israelita." - afirmou o líder palestino.
"O reconhecimento global dos direitos dos palestinianos é uma vitória para a nossa causa e para a justiça." - comentou o porta-voz do presidente palestino Mahmoud Abbas, enquanto que o negociador palestino Saeb Erakat apelidou este como "um dia histórico."
Entretanto, o embaixador norte-americano para a UNESCO, David Killion, partilhou que os Estados Unidos estão "profundamente desapontados" pela decisão do comité da UNESCO, acrescentando que "esta organização não deveria ser politizada."
Killion criticou ainda a ideia de a Igreja da Natividade estar em perigo de ruir, referindo que decisões como esta agora tomada pela UNESCO só se justificam quando se verificam casos extremos, o que não é o caso.
O gabinete do primeiro-ministro também comentou a decisão, afirmando que ela só prova que "a UNESCO é motivada por considerações políticas e não culturais."
"Em vez de darem passos para promover a paz, os palestinos estão dando passos unilaterais que afastam cada vez mais as possibilidades de paz. O mundo deve lembrar-se que a Igreja da Natividade é sagrada para o cristianismo e foi vandalizada no passado por terroristas palestinos." - acrescenta a informação prestada pelo gabinete.
Lembremo-nos que em Abril de 2002 várias dezenas de terroristas palestinos refugiaram-se durante 39 dias na Igreja da Natividade, em Belém, tendo sido cercados pelas forças israelitas, desrespeitando completamente o local que agora alegam de "sagrado"... 
folhagospel.com

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