11 abril 2012

Professora que orava no início das aulas tem 15 dias para se explicar ao MP

O aluno chegou a dizer que está sendo ameaçado pelos colegas, outros estudantes, porém dizem que não é verdade



Professora que orava no início das aulas tem 15 dias para se explicar ao MP
A professora de História Roseli Tadeu Tavares Santana tem 15 dias para se explicar ao Ministério Público de São Paulo para mostrar quais os objetivos pedagógicos que a levavam a gastar 20 minutos de sua primeira aula fazendo orações e pregando o evangelho.
A professora que dá aulas na Escola Estadual Antônio Caputo, em São Bernardo do Campo, foi acusada de impor sua religião aos alunos que teriam praticado bullying contra um estudante de 15 anos que é adepto do candomblé.
Os pais do garoto, que são sacerdotes da religião, e a Afecab (Associação Federativa da Cultura e Cultos Afro-Brasileiros) criticam a demora do Estado em responder ao caso, afastando a professora do caso.
A direção da escola também terá que mostrar o material usado nas aulas e esclarecer sobre os recursos pedagógicos que são aplicados pela professora Roseli que continua dando aulas.
Segundo reportagem do Diário do Grande ABC os alunos dizem que a professora não faz mais as orações e que está muito triste. “As aulas estão cada vez mais tristes. Ela sentiu bastante toda essa história. Sinto falta de como era”, disse um deles.
O aluno chegou a dizer que foi ameaçado pelos colegas, mas outros estudantes negam o fato. “Não teve nada disso. Ninguém fala com ele”, disse uma aluna de 15 anos que estuda na mesma turma. “Sinto falta das reflexões da professora e por causa disso, perdemos. Por besteira. Vamos protestar se ela sair”, completou a aluna.
Ao que parece o período de oração foi substituído por cinco minutos de “reflexão”. Ao jornal os pais do aluno disseram que vão levar o caso para o governador e para a presidente se a secretaria regional não tomar providências.
“Minha bronca não é nem com a escola, mas sim com a secretaria. Eles precisavam dar resposta imediata. Vou ter que procurar direto o governador e a presidente”, ameaçou o pai do garoto, Sebastião da Silveira, 64 anos.
Com informações Diário do Grande ABC

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