25 novembro 2011

 Lição 9 – A organização do serviço religioso


Texto Áureo

E sacrificaram, no mesmo dia, grandes sacrifícios e se alegraram, porque Deus os alegrara com grande alegria; e até as mulheres e os meninos se alegraram, de modo que a alegria de Jerusalém se ouviu até de longe" (Ne 12.43). – Provavelmente cantavam salmos acompanhados pelos instrumentos de música à medida que caminhavam em procissão ao redor de Jerusalém, em honra e glória a Deus. Uma dupla procissão liderada por Esdras – no sentido anti-horário, e por Neemias – no sentido horário, encontrando-se no meio do templo, tornando reconhecidas as contribuições do sacerdote e do governador por esta forma singular. Todo o povo se alegrou com grande júbilo até serem ouvidos de longe [1].

Verdade Prática

Nosso serviço em prol do Reino de Deus somente terá validade se o dedicarmos ao Senhor em adoração e louvor.

Leitura Bíblica em Classe

Neemias 12.27-31,43
Objetivos

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- CONSCIENTIZAR-SE de que os obreiros da Casa do Senhor devem ser santos e irrepreensíveis;
- SABER que o culto divino deve ser conduzido com reverência; e
- COMPREENDER que Deus não mais aceita sacrifícios de animais.

Palavra-chave
ORGANIZAÇÃO: -
Ordenação das partes de um todo; arrumação.
Comentário
(I. Introdução)
Na lição de hoje, entraremos em contato com o restabelecimento do sacerdócio levítico por Neemias quando da dedicação dos muros (Ne 12.27-43), uma grande convocação foi realizada juntando os levitas de todos os lugares, cantores das campinas e arredores de Jerusalém e das demais aldeias e os príncipes de Judá. Ordenou-se a purificação dos sacerdotes, levitas e o povo em geral, juntamente com as portas e os muros. Dois grandes cortejos foram formados e saíram em procissão caminhando sobre o muro em volta de Jerusalém. Finalmente, ofereceram grandes sacrifícios em meio a muita festa, júbilo e alegria. Neemias capítulo 12 registra listas de sacerdotes e levitas desde o primeiro retorno até o momento em que o livro de Neemias foi escrito. Foram nomeados os encarregados dos depósitos onde se receberiam as contribuições gerais, bem como os dízimos (Ne 12.44-45). Dessa forma, os sacerdotes e levitas que ministravam no templo foram abençoados, pois ...observavam os preceitos do seu Deus, e os da purificação; como também os cantores e porteiros, conforme ao mandado de Davi e de seu filho Salomão. (Ne 12.45; 1Cr 25.1). Por fim, o livro de Neemias ainda relata os abusos que foram removidos, a fim de haver uma restauração dos israelitas, em outras palavras, as últimas reformas realizadas por ele (Ne 13.1-2; confira Dt 23.3-4). Em sua infinita misericórdia, Deus transformou em regozijo o lamento de seu povo. Boa Aula!
(II. Desenvolvimento)
I. OS SACERDOTES QUE VIERAM PARA JERUSALÉM COM ZOROBABEL
1. Os que vieram com Zorobabel. O capítulo 12 do livro de Neemias tem início com uma relação dos sacerdotes que vieram a Jerusalém juntamente com Zorobabel (Semente (Descendente) de Babel; o nome oficial ou babilônico de Zorobabel parece ter sido Sesbazar (Ed 1.8, 11; 5.14, 16; confira Ed 3.8), líder do retorno do primeiro grupo de judeus exilados que se encontravam no cativeiro babilônico, fato histórico ocorrido após 539 a.C. (Ag 2.21), quando o rei Ciro da Pérsia havia ocupado a Babilônia. Ao estabelecer-se na terra prometida, trabalha pela reconstrução do Templo de Jerusalém, completando a obra em torno do ano 515 a.C., com muita persistência, tendo enfrentado uma interrupção das atividades durante um período de dez anos. Seu nome é citado na genealogia de Jesus Cristo nos versos 12 e 13 do capítulo 1 de Mateus e no verso 27 do capítulo 3 de Lucas, mencionado como filho de Selatiel, neto do rei Jeoaquim, da descendência de Davi. Porém, a sua história é contada por Esdras, e é mencionado ainda em outros livros do Antigo Testamento como em 2º Crônicas, Neemias, Ageu e Zacarias. Apesar do Antigo Testamento não mencionar nada sobre os descendentes desse grande personagem, o Evangelho segundo Mateus menciona que Abiúde como seu filho (1Cr 3.19; Mt 1.12, 13; Lc 3.27).
2. O ministério sacerdotal. ‘Porque todo o sumo sacerdote, tomado dentre os homens, é constituído a favor dos homens nas coisas concernentes a Deus, para que ofereça dons e sacrifícios pelos pecados’ (Hb 5.1), era o trabalho dos filhos de Levi, a frase ‘dons como sacrifícios’ abrange tipos diferentes de ofertas que constituíram o trabalho dos sacerdotes do Antigo Testamento (Hb 8.3; Lv 1-7). Tinham a obrigação de estar sempre puros e prontos para o serviço entre Deus e o povo, de dia e de noite. No plano divino, deveria haver um representante responsável e qualificado que pudesse ser consultado toda vez que surgisse necessidade (Lv 21.11) [2]. Nos tempos patriarcais, o chefe da família, ou da tribo, operava como sacerdote, representando a sua família diante de Deus. Foram assim considerados Noé, Abraão, Isaque e Jacó. Na época do Êxodo havia israelitas que possuíam este direito de sacerdócio, e o exerciam; mas tornou-se necessário designar uma ordem especial para desempenhar os deveres sacerdotais, sendo a tribo de Levi a escolhida para esse fim. Desta tribo saíram os sacerdotes arônicos, que eram os mediadores entre o homem e Deus. Os filhos de Arão eram sacerdotes, a não ser que tivessem sido excluídos por qualquer incapacidade legal. Esta disposição continuou no reino do Sul por toda sua história. E o fato de ter Jeroboão instituído o seu próprio sacerdócio mostra a essencial necessidade de uma mediação. Desta maneira o sacerdócio atestava a vida pecadora do homem, a santidade de Deus, e por conseqüência a necessidade de certas condições, para que o pecador pudesse aproximar-se da Divindade [3]. O candidato ao sacerdócio no Antigo Testamento devia passar por um rígido e criterioso processo de aprovação; como figura, na atual dispensação, também somos sacerdócio real de Cristo, portanto, aquelas exigências da Antiga Aliança apontam para hoje: 1) (Lv 21.17-20): Não podia ser cego - os que não têm visão, não estão aptos para o sacerdócio. Quando se perde a visão de Deus, perde-se o foco, os objetivos nobres do reino e principalmente, perde-se a direção; 2) (Lv 21.17-21): Não podia ser coxo – defeituoso físico, e como tal, possuía dificuldade para andar; o coxo espiritual é aquele que oscila, que não possui estabilidade espiritual. “Então Elias se chegou a todo o povo, e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o SENHOR é Deus, segui-o, e se Baal, segui-o. Porém o povo nada lhe respondeu” (1Rs 18.21). O crente deve ter firmeza e convicção da fé que abraçou e responsabilidade com a sua chamada; 3) (Lv 21.17-20): Não podia ter nariz chato – a aplicabilidade aqui é interessante, o nariz chato poderia impedir uma perfeita funcionalidade; espiritualmente, ter nariz chato, significa não sentir mais o cheiro de Cristo. 4) (Lv 21.17-20): Não podia ter membros demasiadamente compridos – figura do exagero, do desequilíbrio. O crente deve ser centrado, equilibrado, sensato e justo; 5) (Lv 21.17-20): Não podia ter pé quebrado - E como pregarão, se não forem enviados? como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas” (Rm 10.15). O crente deve estar sempre pronto e preparado para anunciar as boas novas de salvação. Além de não poder ter o pé quebrado, tinha que untar os seus pés em azeite, para que onde pisasse, pudesse ficar a marca. O crente não tem apenas os pés ungidos, mas todo o seu ser é ungido pelo poder do Espírito Santo e onde pisamos é santificado em nome de Jesus; 6) (Lv 21.17-20): Não podia ter a mão quebrada - As mãos na Bíblia representam nosso trabalho, nossas ações e nosso serviço para Deus. O sacerdote tem que ter mãos fortes e hábeis para o trabalho. Espiritualmente, as mãos têm um valor fundamental. Quando ungimos o enfermo com azeite, o fazemos com as mãos, quando oramos por alguém, impomos as mãos e quando adoramos a Deus, usamos as mãos. Que o Senhor nos ajude, no sentido de que tenhamos mãos de verdadeiros sacerdotes de Deus, para que onde elas tocarem, Deus possa abençoar; 7) (Lv 21.17-20): Não podia ser corcovado - O corcunda ou corcovado é aquele que só olha para baixo, devido ao problema físico. No âmbito espiritual, o sacerdote tem que ter a visão do alto. Até porque a Bíblia diz “que se nós esperamos em Deus só nesta vida, somos os mais miseráveis dentre os homens”. Aquele que Deus colocou à frente do rebanho precisa ter os olhos em Deus, pois dele vem a nossa vitória. O salmista disse: “os meus olhos estão postos em ti. Todavia ainda há esperança para quem porventura se curvou a este mundo e não consegue mais olhar para o alto. Jesus é o mesmo que entrou na sinagoga, viu a mulher curvada, chamou para o meio e disse:” Endireita-te”. E ela pode olhar para o céu. Glória a Deus; 8) (Lv 21.17-20): Não podia ser anão - Fala daquele que não se desenvolve espiritualmente, raquítico ou desnutrido na fé. A vida do homem ou da mulher de Deus tem que ser de constante crescimento, diário desenvolvimento e progresso. A vereda do justo é como a luz da aurora, que vai brilhando cada vez mais até ser dia perfeito. O sacerdote não pode estagnar, parar ou se acomodar. Existe espaço para ele sempre crescer. 9) (Lv 21.17-20): Não podia ter belida no olho - A belida no olho, impede a visão e pode levar a cegueira. Trazendo para os nossos dias, a aplicação exegética do texto, diz que o sacerdote tem que ter a visão limpa e clara para ver todo ataque do adversário e as necessidades do povo de Deus. Jesus recomendou ao pastor da Ásia Menor: “Aconselho que compre colírio para que unjas os olhos e vejas”. Que possamos sempre ter esse colírio maravilhoso que a presença do Espírito Santo em nós; 10) (Lv 21.17-20): Não podia ter sarna - A sarna é uma doença contagiosa da pele, produzida por um arquídeo microscópio. Isso fala das coisas perniciosas que porventura ainda reinam na vida do ministro do evangelho, seja ele Pastor, Missionário, Bispo ou outra função ministerial. São coisas que não são vistas a olhos nus, mas que existem no coração. Pode ser a contenda, a inveja, a discórdia, a mentira ou coisas parecidas. Mas que a presença de Deus possa tirar todo fermento, pois um pouco dele leveda toda a massa. Temos que contagiar as pessoas é com a glória de Deus e não com fungos e bactérias espirituais; 11) (Lv 21.17-20): Não podia ter impigens - São erupções cutâneas da pele, ou seja, manchas salientes na pele. O sacerdote deve ser imaculado. Não estamos falando de santidade absoluta, mas de constante santificação na presença de Deus. Quem é santo deve se santificar cada vez mais. Somos referência para esse mundo podre. Portanto, o nosso sal não pode ser insípido nem a nossa candeia pode estar debaixo do velador. Que Deus nos guarde de toda mancha diabólica; 12) (Lv 21.17-20): Não podia ter testículo quebrado - Isso fala dos apetites desordenados da carne. O testículo representa o membro que faz parte do órgão sexual. Portanto, o sacerdote, aquele que está no altar do Senhor, deve ter muito cuidado com o pecado da carne. Evitar escândalos, pois o diabo sabe que derrubando o líder, muitos caem com ele. Mas como Paulo, devemos dizer: “Estou crucificado para o mundo e o mundo para mim”. Que toda concupiscência da carne seja repreendida do meio dos santos sacerdotes de Deus que foram chamados e aprovados pela sua soberana vontade[4]. Como está o nosso serviço cristão? Temos zelado por nossa chamada?
3. O ministério dos levitas. Somente os levitas estavam autorizados por Deus a trabalhar no Tabernáculo. Seu papel como ministros do tabernáculo era de cooperarem na construção do tabernáculo, sob a supervisão do filho de Arão, Itamar. Nas leis preparatórias para a marcha pelo deserto, Levi foi separado por Deus, das outras tribos, e colocado sob a responsabilidade de desmontar, transportar e erguer o tabernáculo e possuíam uma tarefa especial: ser o anteparo às demais tribos israelitas da indignação de Deus, que os ameaçava se inadvertidamente entrassem em contato com a tenda sagrada ou com os seus utensílios (Nm 1.47-54). Neemias emprega-os na reconstrução dos muros em Jerusalém (Ne 3.17), em seguida, são eles que apóiam na instrução da Lei ao povo (Ne 8.7-9), tendo uma participação preponderante na vida da nação (Ne 11.3; 12.27). Notemos que durante a ausência do governador Neemias, o ministério levítico sofreu acentuado declínio: Tobias, o amonita, foi autorizado a ocupar um dos aposentos do templo reservado para guardar os dízimos (Ne 13.4). Em seu retorno, Neemias encontrou os levitas dispersos, longe do ofício para o qual foram separados (Ne 13.10). Senhor, ajuda-nos a ser mais zelosos para com as coisas que nos confiaste! Muitos hoje, se arvoram ‘levitas’, mas será que é correto o uso dessa designação hoje para músicos e ou cantores em nossas igrejas? Entendo que, tipologicamente, o levita do Antigo Testamento é um tipo e o servo do Novo Testamento o antítipo, o qual se consagra e assume a posição de levita para cooperar e conduzir o tabernáculo do senhor sob (submetidos à) a supervisão da liderança!
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Eram os descendentes de Levi os responsáveis pelos cultos de adoração a Deus. Somente os levitas estavam autorizados pelo Senhor a servir no Tabernáculo.
II. A DEDICAÇÃO DOS MUROS
1. A participação dos levitas. E, na dedicação dos muros de Jerusalém, buscaram os levitas de todos os seus lugares, para os trazerem, a fim de fazerem a dedicação com alegria, louvores, canto, saltérios, alaúdes e harpas” (Ne 12.27). O registro do uso de instrumentos musicais no livro de Esdras prova que santos Judeus seguiam o principio regulador do culto. “Quando os edificadores lançaram os alicerces do templo do Senhor, apresentaram-se os sacerdotes, paramentados e com trombetas, e os levitas, filhos de Asafe, com címbalos para louvarem ao Senhor, segundo as determinações de Davi, rei de Israel”. (Ed 3.10). Observe que por 400 anos depois da morte do Rei Davi as instruções inspiradas do Espírito que ele deu a respeito do culto estão ainda em força e severamente seguidos. Não eram apenas os Levitas usando os mesmos instrumentos ordenados por Deus sob o Reinado de Davi, mas a família levítica de Asafe ainda tinha responsabilidade no uso dos címbalos (Confira 1Cr 15.19). O papel de liderança era exercido por sacerdotes e levitas. Os sacerdotes eram vestidos de vestimentas típicas (Êx 28; 2Cr 5.12; 20.21) e eles tocaram as trombetas. Os levitas tocavam os címbalos (Sl 150.5), os quais consistiam de dois pratos de metais com o qual eles davam o tom (2Cr 15.16, 19; 16.5; 25.1-6; 2Cr 7.6) [5]. É importante ressaltar que, Desde o período do exílio, todos os membros da nação escolhida por Deus passaram a ser chamados judeus, devido a serem, nominalmente, membros da tribo de Judá, inclusive qualquer levita que tenha sobrevivido à invasão babilônica. É portanto incerto se os levitas citados no período do Segundo Templo tivessem sido descendentes de Arão, como seria de se supor, e talvez tenham sido judeus nomeados entre o povo para exercerem funções sacerdotais. A queda dos levitas como classe sacerdotal tornou-se evidente com o surgimento de sinagogas, onde as leis e os costumes, bem como as normas de conduta de um sacerdote, eram ensinados a todos nas comunidades judaicas, e não mais exclusivas àqueles designados para tal pela Lei de Moisés. Jesus Cristo reivindica para si autoridade sacerdotal baseado nos atos de Davi, de quem teria sido descendente. Hoje, qualquer judeu pode ser ordenado rabino após um período de estudos da lei judaica[6]. Foi Davi, quem agregou a música ao culto judaico, e separou dentre esta tribo os que eram hábeis e de vocação à ministrarem ao Senhor com instrumentos e com vozes. Em 1Cr 23.13,26-32, encontramos uma descrição clara da missão do Levita e de sua função. O capítulo 25 e versículo 1º nos mostra como estavam agrupados estes Levitas para o serviço do culto:
v.1- eram 03(três) os líderes deste ministério;
v.2- estavam todos sob uma liderança;
vs.2,6- tinham a missão de profetizarem através da música à casa de Israel;
vs.7,8- havia instrumentistas (mestres e discípulos) e um grande coral(mestres e discípulos), totalizando 288 mestres e 4.000 que tocavam e ministravam com cânticos ao Senhor.
Dessa forma entendemos que o Levita é alguém:
- que sabe SERVIR;
- que entende o seu papel e sua missão no culto(2Cr 3.3-14; 29.31; Ed 8.15-20); e
- que sabe ser Adorador(Sl 134; 84.4).
2. A participação dos cantores. Asafe, um dos principais músicos de Davi e Salomão (1Cr 6.31,39; 2 Cr 5.12,13), líder do ministério perante a arca da aliança do Senhor, regente dos músicos e tangedor de címbalos; juntamente com os cantores ministrava diariamente (1Cr 15.16-19, 16.4,5,7,37; Ne 11.22,23, 12.46). Quando Davi juntou outros músicos para adorar na tenda do encontro, ele escolheu alguns que eram os “filhos da Asafe”. Os “filhos de Asafe” poderia fazer referencia aos parentes de sangue ou aqueles a quem ele discipulava. Estes “filhos” deveriam servir ao Senhor profetizando com suas liras, harpas e címbalos (1Cr 25.1-2). Asafe e seus filhos serviam tão fielmente debaixo de Davi que Salomão os nomeou para servirem na dedicação do templo. Foi lá que “levantando eles a voz com trombetas, címbalos, e outros instrumentos musicais, e louvando ao SENHOR, dizendo: Porque ele é bom, porque a sua benignidade dura para sempre…” (2Cr 5.13). Lado a lado, Asafe fielmente ensinou, instruiu, e ministrou com seus filhos e outros, que fizeram o mesmo com seus filhos, e assim por diante, por gerações.
[para saber mais, leia o texto ‘Os Instrumentos Musicais no Culto Público de Deus1, por Brian Schwertley, disponível no ste Monergismo: http://www.monergismo.com/textos/liturgia/os_instrumentos_musicais_schwertley.pdf.]
3. A purificação dos sacerdotes e do povo. E purificaram-se os sacerdotes e os levitas” (Ne 12.30). Tantos os sacerdotes quantos os levitas se purificaram, e então purificaram o povo, assim como as portas e muros. Isso significa que certas purificações cerimoniais aconteceram, o que fez o povo e os muros ser considerados limpos. Sabemos que os levitas foram especialmente por Deus separados das demais tribos, até no recenseamento não foram contados (Nm 1.47): “separe os levitas do meio dos Israelitas...”(Nm 8.6 NVI); certamente há um exclusivismo por parte de Deus para com aqueles que são chamados para um santo ofício. A purificação deu-se com a aspersão da água da purificação(v7).diferente dos Sacerdotes que eram ungidos e lavados (Nm 8.5-7), e em seguida, logo que água da purificação era aspergida,continuava o ritual com a rapagem de todo o corpo com navalha, isto simbolizando a purificação completa. Neste ritual sagrado, vemos as roupas dos levitas sendo lavadas, um outro diferencial com relação aos Sacerdotes que suas roupas eram trocadas, novas vestes. Segue-se todo o processo, com oferta de manjares, além de novilho para expiação do pecado. Os filhos de Israel, agora fazem imposição de mãos na tenda da congregação, e como havia a oferta em que os Sacerdotes movia em direção ao santuário, uma porção do sacrifício, a dedicação dos levitas estava agora bem simbolizada. Finalmente, os levitas podiam exercer seu ministério.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Os levitas foram responsáveis pela solenidade da dedicação dos muros de Jerusalém.
III. CELEBRANDO A DEUS PELA VITÓRIA
1. A festa de dedicação. Na reconstrução do Templo, a primeira coisa que se fazia era reconstruir o altar, depois o Templo propriamente dito e, finalmente, os muros. Em outras palavras, não se consagra o Templo sem que se passe primeiro pelo altar de sacrifício, de arrependimento e de santificação. Isto também se aplica a nós. Primeiro, passamos pelo "altar" do Senhor nos arrependendo. Depois, sim, reconsagramos nossa vida, santificando-nos e nos purificando. Em Neemias a ordem da restauração era: altar, templo, muro e cidade. Da mesma forma, a ordem para nós é: arrependimento, santidade, edificação. Mas, toda esta "dedicação" ao Senhor só pode ser feita por meio do Espírito Santo, o óleo que é multiplicado, derramado em nossas vidas.
2. Uma liturgia santa. Deus, que é infinito e eterno, quem criou os céus e a terra, pode apenas ser abordado em Seus próprios termos. Isto é verdade na salvação assim como na adoração. Deus redimiu um povo de uma humanidade decaída para servir, cultuar e adorá-Lo. Deus tem tomado a iniciativa e salvado um povo morto em seus delitos e pecados por meio da morte sacrificial e vida imaculada de Jesus Cristo. Ele é santo e exige santidade do seu povo. Não podemos transformar o culto divino num espetáculo deprimente. Por adoração entendemos algum tributo pago pela criatura racional a Deus como o Grande e Soberano Criador e Senhor, seja ele imediatamente e diretamente pago e apresentado a Ele, como oração e louvor, ou por Ele e ao Seu comando e para a Sua honra, como pregação, ouvir da pregação, e o recebimento das ordenanças, que são adoração quando corretamente realizados. No geral, nossas igrejas precisam trabalhar a questão litúrgica (Gr leitourgía;função em serviço público”). A liturgia é uma ordem do culto. É todo o conjunto dos elementos e práticas do culto. Mesmo que os alitúrgicos, com um discurso pseudoespiritualizado, digam que os seus cultos são sempre espontâneos e sem ordem prévia, é um grande engodo facilmente contestado pela observação das práticas repetidas desses indivíduos. Talvez a Assembleia de Deus não possua uma liturgia oficializada, mas a tradição oral segue intacta na passagem do tempo. Algumas práticas litúrgicas devem ser revistas, outras melhoradas e outras até trocadas. Nosso culto sempre deve ter um foco cristocêntrico, nunca antropocêntrico. O objetivo do culto deve ser cultuar a Deus, por mais óbvia que essa frase seja.
3. Os sacrifícios (v.43). Se corrermos a Bíblia de capa a capa, veremos que um dos temas mais gloriosos desenvolvidos na Palavra de Deus é a alegria; e ao contrário do que muitos pensam, alegria não é um sentimento, mas um fruto do Espírito: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra essas coisas não há lei” (Gl 5.16, 22 e 23). O som da alegria dessa festa era ouvido de longe “porque Deus os alegrara com grande alegria”. A alegria desse povo vinha do Senhor por isso era tão contagiante, certamente muitos foram até a cidade para assistir à cerimônia pelo fato de terem ouvido o som de júbilo. Os israelitas reconheceram os benefícios do Senhor e demonstraram o desejo de adorá-lo em santidade e pureza. Isso nos mostra que uma vez que entendemos o que Deus tem feito por nós, faz sentido nos dedicar a ele em obediência e serviço. Paulo escreve em Romanos 11.33-36 sobre a profundidade da riqueza de Deus, que nos criou e nos deu a salvação de graça, e é por isso, devemos nos dedicar ao Senhor. Rebelar-se contra o soberano que tem demonstrado sua bondade e severidade (Rm 11.22) seria totalmente ilógico. Paulo, ainda em Romanos, frisa um fato importante no estudo da palavra de Deus: nosso estudo nunca deve se reduzir a um exercício acadêmico – aprendendo só para saber. O conhecimento da palavra de Deus exige uma aplicação prática (Rm 12.1). A maioria das cartas do NT, como é o caso de Romanos, contém uma série de aplicações práticas no final, depois de estabelecer a base doutrinária. Tiago disse: Tornai-vos, pois, praticantes da palavra, e não somente ouvintes(Tg 1.22). Este é o nosso culto racional!
SINOPSE DO TÓPICO (III)
O povo de Israel adorou e bendisse o nome do Senhor na festa de dedicação dos muros.
(III. Conclusão)
Neemias continua a ensinar-nos que devemos ser sempre gratos a Deus, não importa a situação. Por fim, entendemos que nosso agradecimento ao Eterno deve seguir um padrão, deve ser organizado, deve ser racional. Muitos crentes deveriam fazer-se as seguintes perguntas: Por que estou aqui? Quem me trouxe aqui? O que vim fazer aqui? O que estão me ensinando é verdade? O inverso de culto racional é culto irracional, ou seja, algo que é feito instintivamente, sem critérios ou razões que justifiquem os procedimentos adotados. Em um culto assim é praticamente impossível se seguir o que está escrito: “Tudo, porém, seja feito com decência e ordem” (1Co 14.40). Para isso mesmo é que Deus nos fez diferentes das demais criaturas, ou seja, nos criou à sua imagem e semelhança: para que o adorássemos em espírito e em verdade, conscientes de nosso ato e de nossa missão de adoradores. O culto e a adoração a Deus não podem ser feitos de qualquer maneira. Que o nosso culto, por conseguinte, seja dirigido com decência e ordem (1Co 14.40).
"Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade." (1Jo 3.18)
N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),
Francisco Barbosa

Subsídio para o Professor
I – INTRODUÇÃO:
• Lv 19:1-2; I Pe 1:15-16 - Ser Santo é uma exigência de Deus! Quem é, pode exigir! Por isso, para quem afirma que a santificação era somente para a o tempo da Lei, Deus diz: “PORQUE EU, O SENHOR, NÃO MUDO” (Ml 3:16).
II – O MINISTÉRIO SACERDOTAL:
• SUMO SACERDOTE = O principal dos sacerdotes. No sistema levítico, era o responsável pelo culto, adoração e sacrifício na congregação dos filhos de Israel. Mas a sua maior função era representar os israelitas diante de Deus. A intercessão era a tônica de seu ministério. Chamado de: O sacerdote (Ex 29:30; Ne 7:65); Sumo-sacerdote de Deus (At 23:4); Príncipe do povo (Ex 22:28 cf At 23:5)
• SACERDOTE = Ministro divinamente designado, cuja principal função era representar o homem diante da divindade.
• Vejamos alguns itens bíblicos acerca destes dois ministros:
• (1) – Especialmente chamados por Deus – Ex 28:1-2; Hb 5:4
• (2) – Consagrados para seu ofício – Ex 40:13; Lv 8:12
• (3) – O ofício era hereditário – Ex 29:29
• (4) – Ofereciam dons e sacrifícios – Hb 5:1
• (5) – Acendiam e conservavam em ordem as lâmpadas do santuário – Ex 27:20-21; 30:8; Lv 24:3-4; Nm 8:3
• (6) – Tomavam conta do tabernáculo – Nm 18:1, 5, 7
• (7) – Conservavam sempre aceso o fogo do altar - Lv 6:12-13
• (8) – Queimavam incenso – Ex 30:7-8; Lc 1:9
• (9) – Colocavam e removiam os pães da proposição – Lv 24:5-9
• (10) – Abençoavam o povo – Nm 6:23-27
• (11) – Purificavam os imundos – Lv 15:30-31
• (12) – Decidiam os casos de ciúmes – Nm 5:14-15
• (13) – Decidiam casos de lepra – Lv 13:1-59; 14:34-35
• (14) – Julgavam os casos de controvérsia – Dt 17:8-13; 21:5
• (15) – Ensinavam a lei – Dt 33:8-10; Ml 2:7
• (16) – Transportavam a arca – Js 3:6, 17; 6:12
• (17) – Encorajavam o povo a ir à guerra – Dt 20:1-4
• (18) – Tocavam as trombetas em várias ocasiões – Nm 10:1-10; Js 6:3-4
• (19) – Não podiam se casar com mulheres divorciadas ou impróprias – Lv 21:7
• (20) - Não podiam beber vinho (Lv 10:9; Ez 44:21)
• (21) - Enquanto estivessem imundos, não podiam realizar qualquer serviço (Lv 22:1-2 cf Nm 19:6-7)
• (22) - Enquanto estivessem imundos, não podiam comer das coisas santas (Lv 22:3-7)
III – O MINISTÉRIO DOS LEVITAS:
• LEVITA = Natural da tribo de Levi. Esta tribo foi escolhida por Deus para exercer o sacerdócio (Ml 2:4). Isto não significa, porém, que todo o levita fosse sacerdote. No entanto, todo sacerdote tinha de ser, necessariamente, levita. Entre os levitas, o Senhor Jeová suscitou notáveis profetas como Jeremias (Jr 1:1) e Ezequiel (Ez 1:3).
• Eis os serviços dos levitas:
• (1) - Ministrar ao Senhor (Dt 10:8)
• (2) - Ministrar aos sacerdotes (Nm 3:6-7; 18:2)
• (3) - Ministrar ao povo (II Cr 35:1-6)
• (4) - Vigiar pelo santuário (Nm 18:3; I Cr 23:1-4)
• (5) - Guardar os instrumentos e os vasos sagrados (Nm 3:8; I Cr 9:28-29)
• (6) - Guardar o azeite, a farinha, etc (I Cr 9:29-30)
• (7) - Guardar os tesouros sagrados (I Cr 26:20)
• (8) - Guardar dízimos, ofertas etc (II Cr 31:11-19; Ne 12:44)
• (9) - Fazer o serviço do tabernáculo (Nm 8:19, 22)
• (10) - Desarmar, arrumar e carregar o tabernáculo, etc (Nm 1:50-51; 4:5-33)
• (11) - Preparar os sacrifícios para os sacerdotes (II Cr 35:10-12)
• (12) - Preparar os pães da proposição, regulando pesos e medidas (I Cr 9:31-32; 23:29)
• (13) - Purificar as coisas santas (I Cr 23:28)
• (14) - Ensinar o povo (II Cr 17:7-9; 30:22; 35:3; Ne 8:7)
• (15) - Abençoar o povo (Dt 10:8)
• (16) - Guardar os portões do templo (I Cr 9:17-26; 23:5; II Cr 23:4; 35:15; Ne 12:25)
• (17) - Dirigir a música sagrada (I Cr 23:5-30; II Cr 5:12-14; 35:15; Ne 12:24-27, 43)
• (18) - Entoar louvores perante o exército (II Cr 20:21-22)
• (19) - Julgar e decidir controvérsias (Dt 17:9; II Cr 19:8)
• (20) - Os dízimos eram dados para seu sustento (Nm 18:21, 24; II Cr 31:4-5; Ne 12:44-45 cf Hb 7:5)
• (21) - Recebiam uma parte das ofertas (Dt 18:1-2)
• (22) - Tinham que dar os dízimos dos dízimos aos sacerdotes (Nm 18:26-32)
IV – CULTO RACIONAL:
• Leiamos I Cor 14:26; Ef 5:18-21; Cl 3:16-17 e analisemos:
• (1) - SALMOS – Hinos do Antigo Testamento cantados ao som de instrumento de cordas, como a harpa.
• (2) - DOUTRINAS – Exposição sistemática e lógica das verdades extraídas da Bíblia, visando o aperfeiçoamento espiritual do crente. O seu texto fundamental é a Palavra de Deus.
• (3) - REVELAÇÃO – Manifestação sobrenatural de uma verdade que se achava oculta.
• (4) - LÍNGUAS – Capacidade de se falar de maneira sobrenatural concedida pelo Espírito Santo, visando a consolação, exortação e edificação dos santos. Foi outorgado primariamente à Igreja com o objetivo de servir de sinal aos incrédulos. Serve tanto para edificação individual quanto coletiva. Individualmente, quando desacompanhada de interpretação. Mas, quando interpretada, adquire personalidade profética.
• (5) – DOM DE INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS – Dom sobrenatural concedido pelo Espírito Santo, cujo principal objetivo é transformar as línguas estranhas numa mensagem de edificação, exortação ou consolação à Igreja.
• (5.1) - INTERPRETAÇÃO – Exposição, explicação e esclarecimento de um determinado texto das Sagradas Escrituras.
• (6) - HINOS – Cânticos de louvor a Deus.
• (7) - CÂNTICOS ESPIRITUAIS – Hinos cantados em línguas estranhas que, quando interpretados, continham palavras de exortação. A partir da interpretação, a Igreja Primitiva usava-os nos cultos.

V – AS PARTES LITÚRGICAS DO CULTO:
• LITURGIA vem do grego “leiturgia” = SERVIÇO DIVINO. Significa, primariamente, o serviço que prestamos a Deus. Com a evolução dos séculos, passou a designar a linguagem, gestos e cânticos usados no culto cristão.
• (1) - ADORAÇÃO DE UM DEUS QUE É SOBERANO, SANTO E JUSTO – Esta parte do culto consta de orações e expressões de glorificação e exaltação do nome de Deus através de leituras da Bíblia. O início do culto é uma preparação, um verdadeiro convite ao homem para se colocar reverentemente diante de Deus (Apc 19:1-7).
• (2) - O RECONHECIMENTO DE NOSSO ESTADO DE PECAMINOSIDADE E A NECESSIDADE DE SENTIRMOS O PERDÃO DE DEUS – (Is 6:5; Sl 51) – A presença de um Deus santo nos leva a sentir a realidade de nosso pecado e a confessá-lo diante dEle.
• (3) - MOMENTO CONGRATULATÓRIO – Esta é a parte do culto em que expressamos diante de Deus os nossos sentimentos mais profundos de gratidão a Ele por todas as dádivas do Seu amor para conosco: bênçãos materiais diárias e constantes (Tg 1:17); perdão de nossos pecados (I Jo 2:1-2); pela salvação alcançada através de Cristo (Rm 8:28-30) e pelas bênçãos espirituais recebidas por intermédio de Cristo (Ef 1:3) – Essa gratidão pode ser expressa através de leitura de textos bíblicos que falam de gratidão, de orações e cânticos de ação de graças.
• (4) - MOMENTO DE EDIFICAÇÃO – Este é clímax do culto, pois é o momento em que Deus fala de maneira especial e o homem ouve. É o momento da revelação da vontade do Senhor através da leitura da Sua Palavra ou da interpretação do texto bíblico pelo pregador. É a hora do comissionamento de Deus ao indivíduo particularmente ou à comunidade de uma maneira geral e coletiva. Este comissionamento tem os seguintes objetivos: convidar os ouvintes a aceitar a Cristo como seu Salvador e Senhor (At 2:37-40; Mt 11:28-30); convidar o ouvinte a participar do processo de sua edificação espiritual e consequentemente da edificação do corpo de Cristo (I Cor 14:4-5, 17-26); convidar o ouvinte a participar do ministério do Senhor (Is 6:8; Mt 28:18-20; Lc 9:1-2; Jo 20:21; At 13:4; 22:21; Rm 10:15).
• (5) - MOMENTO DE DEDICAÇÃO – Esta parte do culto é a resposta do homem àquele comissionamento de Deus. Após ouvir a mensagem o ouvinte pode tomar várias atitudes: dizer “não”; dizer “depois”; ficar indiferente; aceitar a Cristo como seu Salvador; consagrar-se ao serviço de Deus para uma vida de mais piedade cristã, para dedicar os seus bens, o seu tempo e o seus dons ao Senhor e para participar do ministério da Igreja e da obra missionária do Senhor.
• (6) - A CONCLUSÃO DO CULTO – Esta é a última parte do culto, que deve ser rápida e impressionante, a fim de deixar no ouvinte o sabor de todo o processo do culto e no seu coração despertar aquele desejo de maior comunhão com o Senhor. A conclusão do culto é o desfecho final que deve deixar o ouvinte impregnado e impressionado com as realidades da vida espiritual, através de um apelo, de um hino, de uma oração e depois disso, segue-se a bênção e o amém.
VI - OS PRINCIPAIS ELEMENTOS DO CULTO:
• Culto é liturgia. Os elementos do culto são:
• (1) - A BÍBLIA SAGRADA - É o elemento mais importante do culto cristão, pois TODOS OS ATOS DE ADORAÇÃO DEVEM ESTAR BASEADOS NELA. As verdades bíblicas devem modelar o ato de culto, bem como as idéias e o comportamento do adorador (I Sm 15:22-23; Mt 15:9).
• A explanação da Palavra é uma necessidade imensa do povo de Deus e um dos principais motivos para a sua reunião coletiva. Se existe a igreja local (grupo com o devido governo constituído pelo Senhor), é, precisamente para que haja o ensino da Palavra de Deus, tarefa primordial do ministério na casa do Senhor (At.6:2, 4). Esta é a parte referente à doutrina mencionada por Paulo em I Cor. 14:26, o que deve ser gotejado incessantemente sobre a igreja (Dt. 32:2). Eis a razão por que é requisito indispensável para a separação de alguém para o ministério a sua capacidade de ensinar as Escrituras (I Tm. 3:2).
• (2) - A ORAÇÃO - É indispensável que a igreja busque a Deus em oração, para que tenhamos uma verdadeira adoração e a presença de Deus se faça sentir no meio dos crentes. Cada crente deve, assim que chegar à igreja, buscar a face do Senhor, orar para que o nome do Senhor seja glorificado na reunião. Nos dias antigos, o povo de Deus, ao chegar à casa do Senhor, dobrava seus joelhos e, numa atitude de reverência, orava ao Senhor até o início da reunião. Hoje em dia, aproveitamos este período para falar da vida alheia, rever os amigos, marcar encontros, entabular negócios e tantas outras coisas, menos para buscar a Deus.
• Além deste momento de oração antes do início da devoção coletiva, deve haver alguns momentos de oração durante a reunião, onde são publicadas as necessidades dos santos à igreja local, para uma intercessão, bem assim comunicados os agradecimentos pelas bênçãos recebidas. Também, neste momento, deve-se abrir oportunidade aos irmãos que queiram testemunhar das maravilhas que o Senhor tem feito em suas vidas.
• Orar é cumprir uma ordem do Senhor (Lc 18:1; I Ts 5:17); o cristão deve praticá-la individual e coletivamente (Mt 6:5-8; At 12:12 cf Rm 8:15; Gl 4:6). A Bíblia ensina que a oração faz parte do culto particular e público.
• (3) - A MÚSICA - Também se destaca como um elemento indispensável ao culto. A Igreja sempre usou hinos e cânticos na expressão do seu culto (Rm 15:9; I Cr 14:15; Ef 5:19; Cl 3:16; Tg 5:13; Apc 5:9; 14:3; Mt 26:30)
• Hb 13:5 - Há critérios que devem ser observados quanto ao louvor por ocasião de nossas reuniões devocionais. Sendo assim, o louvor não pode ser igual, tampouco semelhante à música que é seguida e observada pelo mundo sem Deus e sem salvação. O louvor a ser entoado deve ter respaldo bíblico, não só com relação à letra, mas, e principalmente, com respeito à melodia e harmonia. Devemos fazer distinção entre o santo e o profano (Ez. 22:26; 44:23). É interessante, também, observar que, embora o salmo seja uma parte importante e indispensável da devoção coletiva, não é a que deve ocupar a maior parte do tempo da reunião. Infelizmente, estamos vivemos o tempo do “louvorzão” e da “palavrinha”…
• (4) - OS SACRAMENTOS – São um conjunto de cerimônias e ritos; santos sinais e selos do pacto da graça, imediatamente instituídos por Deus, para representar Cristo e os seus benefícios e confirmar o nosso interesse nEle. HÁ SOMENTE DOIS SACRAMENTOS INSTITUÍDOS POR JESUS:
• (4.1) - O BATISMO - Mt 28:19; e
• (4.2) - A SANTA CEIA - Mt 26:26-30.
• (5) - OFERTAS E DÍZIMOS - Também faz parte da devoção coletiva a parte referente à contribuição financeira para o sustento da obra do Senhor. As ofertas e os dízimos são parte de nossa devoção a Deus, de nosso compromisso com a pregação do Evangelho. São parte integrante e indissociável da nossa adoração, posto que sempre foram elementos integrantes da adoração a Deus e uma expressão de fidelidade (Dt 12:4-7; Ml 3:10; Mc 12:41-44; II Cr 8:12-18; Hb 13:16). Nosso progresso espiritual depende de ofertarmos a Deus – I Cor 9:5, 10.

VII- CONSIDERAÇÕES FINAIS:
• Neemias teve o cuidado de elaborar uma liturgia ordeira e santa, pois a Palavra de Deus ensina-nos que o culto deve ser conduzido reverentemente – Sl 96:9
• Não podemos nos achegar à presença do Senhor de qualquer maneira. Ele é santo e exige santidade do Seu povo. Não podemos transformar o culto divino num espetáculo deprimente. Que o nosso culto, por conseguinte, seja dirigido com ordem e decência – I Cor 14:40
FONTES DE CONSULTA:

1) Revista Educação Cristã - volume IX - Imprensa da Fé
2) Idem - volume I
3) Dicionário Teológico – CPAD – Claudionor de Andrade
4) Revista e Educação Cristã Volume IX – SOCEP – Sociedade Cristã - Evangélica de Publicações Ltda
5) A Mensagem de I Coríntios – ABU –Editora S/C – David Prior e John R. W. Stott
6) Novo Comentário Contemporâneo – Efésios, Colossenses e Filemom – Editora Vida – Arthur G. Patzia
. Lições Bíblicas 4 Trimestre de 2011, Jovens e Adultos, Neemias - Integridade e coragem em tempos de crise. Comentário: Elinaldo Renovato; CPAD. p. 63 a 70;

CITAÇÕES:
[1]. Em adaptação à nota textual de Ne 12.43 em Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001. p. 497;
[2]. Em adaptação à nota textual de Lv 21.11ª, em Bíblia de Estudo Dake, Editora: Atos: 2010. p. 221;
[3]. Extraído do texto ‘O SACERDOTE NA BÍBLIA’, disponível no Link http://www.vivos.com.br/167.htm;
[4]. Extraído do artigo ‘12 exigências para ser um sacerdote’, do Pr Nilson de Jesus, disponível no link: http://iamird.blogspot.com/2009/05/12-exigencias-para-ser-um-sacerdote.html;
[5]. Texto extraído do artigo Os Instrumentos Musicais no Culto Público de Deus1, por Brian Schwertley, disponível no link http://www.monergismo.com/textos/liturgia/os_instrumentos_musicais_schwertley.pdf;
[6]. Adaptado do texto disponível no Link http://pt.wikipedia.org/wiki/Tribo_de_Levi;


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