Defendendo o Cristianismo em 15 Minutos (ou menos)
Por J. W. Wartick
Tradução Pés Descalços
Recentemente, a necessidade de defender o cristianismo em um pequeno período de tempo me apareceu. Eu estava em uma discussão com uns conhecidos e me foi pedido para fazer um esboço do porque eu acreditava no que acreditava, mas estávamos com pouco tempo então eu só tinha 15 minutos. Ainda bem que eu tenho tido acesso a recursos maravilhosos que me permitem memorizar alguns argumentos rápidos, porém úteis.
Esse post tem a intenção de prover para outros cristãos uma defesa para suas crenças, que eles podem memorizar e compartilhar com outros. Note que o estudo não pode parar aqui. A maioria das pessoas não será convencida pelo esboço básico aqui. O objetivo desse post é prover um trampolim para discussão e manter as pessoas engajadas na idéia que Deus existe e Jesus é Senhor. Cada sessão tem a intenção de fluir diretamente para a próxima. Eu gostaria de encorajar meus companheiros cristãos a memorizar uma “defesa da fé” desse mesma maneira, para que possam estar preparados com a razão da esperança que está neles (1 Pedro 3:15).
Esses argumentos são necessariamente curtos e simples devido as restrições de tempo, mas eles ofereçam uma curta defesa que, esperamos, irão incentivar futuras conversações (novamente, não se esqueça de fazer mais pesquisas!). Greg Koukl diz que não precisamos convencer uma pessoa logo de cara – só precisamos “colocar uma pedra em seu sapato” para que possamos manter a discussão em continuidade. Como sempre, a mais poderosa apologética é uma vida de oração, que reflete Cristo. Que o Espírito Santo possa guiar todos vocês.
1. Deus Existe (7 minutos)
Existem muitas razões para acreditar que Deus existe. Deixe-me compartilhar algumas:
Argumento Cosmológico de Kalam
1) Tudo o que veio a existência tem uma causa
2) O universo veio a existência
3) Portanto o universo tem uma causa.
É intuitivamente óbvio que 1) é verdade. As coisas simplesmente não aparecem do nada para a existência. 2) segue a partir de descobertas científicas modernos como Big Bang, que indicam um único início cosmológico. 3) segue a partir do modus ponens (a forma mais básica de argumentação) de 1 e 2. Esse argumento mostra uma causa transcendente do universo. Essa causa também deve ser pessoal porque trouxe o universo à existência em algum momento, o que requer escolha. Escolhas só podem ser feitas por pessoas, então essa entidade é pessoal. (Veja William Lane Craig em “On Guard”, link abaixo para mais informações.)
O Argumento Moral
4) Se existem valores morais objetivos, então Deus existe
5) Valores morais objetivos existem
6) Portanto, Deus existe.
“Valores morais objetivos” aqui signific que os valores morais são verdade não importando o que alguém pense sobre eles. Por exemplo, “assassinato é errado” continuaria sendo errado mesmo se todos os seres humanos pensassem que o assassinato fosse o caminho para se alcançar grande felicidade e o encorajasse como um atividade extracurricular para adolescentes. Mas a única maneira de se acreditar que valores morais objetivos existem é conceder a existência de Deus, porque leis objetivas requerem um legislador objetivo.
Sem Deus, no entanto, valores morais se reduzem para “Eu não gosto disso.” Parece ridículo acreditar que assassinato é errado só porque não gostamos disso. É algo verdadeiramente errado em relação ao assassinato que o torna errado. Aquilo que o faz errado, novamente, são os mandamentos de um Legislador: Deus. As pessoas tem uma sensação de objetividade moral construída dentro delas, o que sugere tanto a existência de valores morais objetivos quanto um Deus que os trouxe à existência. (Veja Craig “On Guard” e C. S. Lewis, “Cristianismo Puro e Simples”.)
2. Cristianismo é Único (3 minutos)
As religiões não são todas as mesmas:
1) Muitas religiões possuem afirmações sobre a verdade contraditórias. (Algumas formas de budismo dizem: Deus não existe; o Cristianismo argumenta: Um Deus existe; Hinduísmo afirma: existem muitos deuses)
2) Mesmo entre as religiões teístas existem afirmações contraditórias (Cristianismo: Jesus é Deus; Judaísmo: Jesus não é Deus; Islamismo: Maomé é o profeta; Cristianismo: Maomé não é o profeta; Judaísmo: Maomé não é o profeta; Islamismo: Jesus não é Deus; etc.).
3) A Lei da Não-Contradição (contradições reais como “círculos quadrados” ou “solteiros casados” não podem existir e não são reais) nos mostra, portanto, que todas essas religiões não podem ser verdadeiras.
4) O Cristianismo é único no sentido que sua afirmação religiosa central é uma afirmação histórica: que a pessoa Jesus Cristo morreu e ressuscitou dos mortos. Esse é um evento histórico que pode ser investigado assim como qualquer outro evento histórico. Porém, a exploração desse evento nos leva a conclusão que...
3. Jesus é Deus (5 minutos)
1) Os Evangelhos são confiáveis. Eles demonstram vários critérios para verdades históricas: atestação múltipla (quatro Evangelhos contando a mesma história, mas com suficientes diferenças significativas para demonstrar que eles não copiaram um do outro), princípio do constrangimento (os autores dos Evangelhos incluíram detalhes que seriam constrangedores para eles ou culturalmente, como o fato de mulheres serem as primeiras a testemunharem o Cristo ressurreto em uma cultura em que mulheres não eram confiáveis), os escritores morreram por suas crenças em eventos históricos (enquanto muitos fiéis religiosos morrem por suas crenças, parece incomensurável que os escritores cristãos dos Evangelhos iriam sofrer voluntariamente mortes horrendas por coisas que eles inventaram – que é o que as teorias alternativas argumentam), etc. (Veja Strobel, “Em Defesa de Cristo”)
2) Jesus fez afirmações divinas “Eu e o Pai somos um” João 10:30; “Antes de Abraão existir, eu sou” João 8:58; etc.
3) O milagre da ressurreição é uma confirmação de Deus das afirmações de divindade de Jesus. Se os evangelhos são confiáveis (por 1), então Jesus é divino.
Conclusão
Existem boas evidências para se acreditar que Deus existe. Existem outros argumentos que poderiam ser apresentados, como o teleológico, ontológico, transcendente, argumento a partir de experiências religiosas e outros. Também vimos que nem todas as religiões podem estar certas. Além disso, existem boas razões para acreditarmos que os Evangelhos são confiáveis e que Jesus afirmou que era Deus e que teve suas afirmações autenticadas pelo próprio Deus na ressurreição de Jesus.
Lembre-se, isso não chega nem perto de uma completa defesa do Cristianismo. É simplesmente uma defesa condensada, fácil de lembrar projetada para estar pronta para aqueles momentos em que o Espírito Santo colocar as pessoas no seu caminho. Precisamos fazer mais pesquisas, oferecer mais argumentos e continuar a testemunhar enquanto o Espírito Santo trabalha através do nosso testemunho. Essa defesa não é de forma alguma uma apologética total; ela tem por intenção ser apenas uma introdução para gerar futuras conversações. Sempre tenha a razão da esperança.
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