Note que este manuscrito, que tão poderosamente influenciou os homens que desenvolveram as teorias do moderno criticismo textual, foi descoberto em uma cesta de lixo em um monastério da Igreja Católica Greco-Ortodoxa. Mesmo os monges espiritualmente cegos que viviam neste local demoniacamente oprimido o consideraram digno apenas de queimar! Dr. James Qurollo observa, “Eu não sei qual deles tinha a verdadeira avaliação do seu valor – Tischendorf, que queria comprá-lo, ou os monges, que estavam se aprontando para queimá- lo!”
A pura palavra de Deus, meus amigos, não tem sido preservada em um obscuro monastério da Igreja Católica Greco-Ortodoxa ou nas prateleiras empoeiradas da biblioteca do Papa, mas nos manuscritos e nas Bíblias e que têm sido altamente honradas e usadas pelos crentes comuns através dos séculos.
***As corrupções do Códice Sinaiticus:é importante notar que o Sinaiticus mostra clara evidência de corrupção. Dr. F. H. A. Scrivener, que em 1864 publicou “A Full Collation of the Codex Sinaiticus”, testificou:
“O Códice é coberto com alterações de um caráter obviamente corretivo – devidas a pelo menos dez diferentes revisores, alguns deles [os revisores] sistematicamente se espalhando sobre CADA página, outros ocasionalmente, ou limitados a porções separadas do manuscrito, muitos destes sendo contemporâneos ao primeiro escritor, mas a maior parte [dos revisores] vivendo no sexto ou sétimo século”.
***A condição amedrontadoramente sacrílega do Monastério de Santa Catarina:É apropriado darmos uma descrição do monastério que abrigava o Códice Sinaiticus. A descrição seguinte foi escrita pelo Dr. R. L. Hymers:
“Eu me tornei convicto da superioridade do Texto Recebido durante uma viagem à Península do Sinai, no verão de 1987. Minha esposa e eu éramos parte de uma expedição que escalou o Monte Sinai. Depois que descemos, visitamos o Monastério Santa Catarina, que se localiza ao pé da montanha. Eu fiquei chocado com as características estranhas e mesmo satânicas deste monastério. As caveiras de monges de todos os séculos estavam amontoadas em um grande aposento. Esta montanha de caveiras tinha entre uns 2,10 a 2,40m de altura. O esqueleto de um dos monges estava acorrentado a uma porta adjacente a esta pilha de caveiras, deixado lá como um guarda de idade indeterminável. Dentro do próprio santuário do monastério, ovos de avestruzes pendiam do forro, lâmpadas tenuamente iluminavam a atmosfera tenebrosa, e estranhos desenhos e pinturas contrárias às Escrituras decoravam o edifício inteiro.
“Fomos guiados através deste fantasmagórico convento para o local onde os rolos Sinaiticus tinham sido guardados através dos séculos, por estes monges, até serem descobertos por Tischendorf, levados à [Rússia, publicados na] Alemanha, e finalmente vendidos à Grã Bretanha. Enquanto eu estava de pé em frente à caixa onde o manuscrito Sinaiticus tinha sido guardado antes de ser roubado por Tischendorf, eu tive a distinta impressão de que nenhuma luz espiritual poderia vir deste local.
“Esta impressão me levou a reexaminar os fatos concernentes ao texto de Westcott e Hort, e a chegar à conclusão de que o uso que [estes homens] fizeram dos manuscritos Sinaiticus e Vaticanus como a base para o novo texto em grego foi ilegítimo e enganador. Eu tenho chegado à conclusão de que o texto de Westcott e Hort é uma mutilação, e de que o Texto Masorético e o Texto Recebido, que são a base para a Bíblia do Rei Tiago [e para as Almeidas 1753, RCorr e CFiel], lhe são incomparavelmente superiores. Portanto, eu fortemente defendo a Bíblia do Rei Tiago como a mais confiável tradução que hoje temos das Escrituras para o idioma inglês.” [O mesmo dizemos das Almeidas RCorr e CFiel, para o português].
[É o manuscrito mais rasurado e alterado jamais encontrado em toda História, tendo cerca de 23.000 rasuras seguidas de alterações, a uma média de 30 delas por página, além de milhares de notas textuais insufladoras por dúvidas e adicionadas [nas entrelinhas e margens] por Zacarias, filho de Baraquias, e além de milhares de “pontinhos” colocados em baixo de palavras, por pessoas que opinaram que elas não eram a escrita original mas uma modificação feita por outras pessoas]
CÓDICE VATICANUS
Tischendorf também contribuiu para trazer à luz o manuscrito Vaticanus. Os detalhes envolvidos neste empreendimento são quase tão fascinantes quanto aqueles da sua busca pelos Sinaiticus:
“Como o nome diz, [o Vaticanus] está na Grande Biblioteca do Vaticano, em Roma, que tem sido seu domicílio desde alguma data antes de 1481 [Editor: isto deve ser bem entendido por aqueles que conhecem o espírito pervertido de Roma]. As autoridades da Biblioteca do Vaticano punham contínuos obstáculos no caminho de todos aqueles que desejavam estudá-lo em detalhes. Um correspondente de Erasmus, em 1533, enviou àquele estudioso um número de selecionadas transcrições do manuscrito, como prova da sua [suposta] superioridade em relação ao Texto Recebido. [Editor: Erasmus subseqüentemente rejeitou estas transcrições]. … Como um troféu de vitória, Napoleão levou o Vaticanus para Paris, onde ele permaneceu até 1815, quando os muitos tesouros que ele tinha saqueado das bibliotecas do Continente foram devolvidas aos seus respectivos donos. … Em 1845, foi permitido ao grande estudioso inglês Tregelles vê-lo por seis horas, mas não lhe copiar uma [só] palavra. Seus bolsos foram revistados antes que ele pudesse abrí-lo e todos os materiais de escrever lhe foram tomados. Dois membros do clero ficaram ao seu lado e arrebatavam o volume se ele olhasse por demasiado tempo para qualquer passagem!… Em 1866 Tischendorf uma vez mais submeteu um pedido de permissão para editar o manuscrito, mas com dificuldade ele [somente] obteve permissão para examiná-lo durante quatorze dias, todos eles de três horas cada um, com o propósito de colatar [9] passagens difíceis. E, fazendo o máximo [proveito] do seu tempo, em 1867 Tischendorf pode publicar a mais perfeita edição do manuscrito que já tinha aparecido.
Uma versão [Católica] Romana melhorada apareceu em 1868-81…” (Frederic Kenyon, “Our Bible and the Ancient Manuscripts”, New York: Harper & Brothers, 4a. edição, 1939, pp. 138-139).
A atitude que Roma exibiu com relação àqueles que procuraram examinar o manuscrito Vaticanus é indicativa da atitude histórica de Roma com relação à Palavra de Deus. Enquanto os batistas e os reformadores estavam diligentemente trazendo as Escrituras à luz, “de modo que o condutor de arados possa entendê-las” , de modo igualmente diligente Roma estava tentando esconder a Palavra de Deus do homem comum. Este é um fato histórico, amigos.
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JOHN WILLIAM BURGON (1813-1888) foi um brilhante lingüista e editor de textos [bíblicos]. Ele publicou acima de 50 trabalhos, além dos numerosos artigos com que ele contribuiu para periódicos. Ele contribuiu consideravelmente para “A Plain Introduction to the Criticism of the New Testament”, de Scrivener. Burgon viajou largamente em busca de fatos sobre os textos [bíblicos]. Ele pessoalmente examinou o manuscrito Vaticanus em 1860, quando esteve em Roma, e em 1862 ele visitou o Monastério de Santa Catarina, no Monte Sinai, para examinar o conteúdo da sua biblioteca. Ele fez várias visitas às bibliotecas da Europa, e colatou mais que cento e cinqüenta manuscritos em grego. Sua pesquisa sobre os escritos dos antigos “Pais da Igreja” não tem rival. Abrigada no Museu Britânico, ela consiste de dezesseis grossos volumes de manuscritos e contém 86.489 citações.
Embora o anglicano Burgon tenha sido um contemporâneo dos [anglicanos] Westcott e Hort, ele claramente rejeitou o racionalismo alemão e o movimento de [volta ao] catolicismo romano com os quais a dupla simpatizava. Edward Hills observa “os dias de Burgon em Oxford foram parte do período quando a controvérsia tractariana estava flamejante. O ataque contra as escrituras como a inerrante Palavra de Deus o incitou a estudar o campo dos textos [bíblicos]. Ele foi um profundo e laborioso estudante, e um competidor apaixonadamente corajoso”. (Hills, “The Magnificent Burgon”, em Fuller, “Which Bible?”, página 86). Burgon, que nunca casou e que se dedicou exclusivamente às suas pesquisas, testificou que a motivação do seu labor era a defesa da Bíblia. Referindo-se a si próprio como “um vizinho”, no Prefácio de “Revision Revised”, ele escreve: “Eu confio que não há nada irracional na sugestão de que alguém que não tem feito isto [referindo-se a se dar individidamente ao estudo dos textos bíblicos] deve ser muito prudente e ajuízado quando se senta julgando um seu vizinho que, por muitos anos passados, tem [dedicado e] dado ao criticismo textual a totalidade do seu tempo; tem voluntariamente sacrificado saúde, bem-estar, recreação, e mesmo o necessário repouso, a este único objetivo; tem feito seu único negócio e ocupação o adquirir uma tal autoridade pericial independente, neste assunto, que o qualifique a batalhar vitoriosamente em defesa da ameaçada letra da Palavra de Deus” (página 17). Uma tal nobre consagração de vida não pode ser desconsiderada. Sobre o Vaticanus, Burgon tinha isto a dizer:
“A impureza do texto exibido por estes códices [Sinaiticus e Vaticanus] não é uma questão de opinião mas sim de fato. … [Contando-se] SOMENTE NOS EVANGELHOS, o códice B (Vaticanus) deixa de fora palavras ou inteiras cláusulas não menos que 1491 vezes. Em cada página, ele tem traços de transcrição sem cuidados. … eles [os manuscritos A, B e C] são três das mais escandalosamente corrompidas cópias existentes … [exibindo] os mais vergonhosamente mutilados textos que podemos encontrar em todo a terra” (“True Or False?” pp. 77- 78).
***A atmosfera pagã do Vaticano. Já tecemos notas sobre a estranha atmosfera demoníaca do Monastério de Santa Catarina, que hospedava o Códice Sinaiticus. O lar do Códice Vaticanus não é menos pagão. O editor deste pequeno livro visitou o Vaticano em 1992 e ficou chocado com quão pagão o local é. [O lugar] me lembrou os muitos templos que visitamos durante nossos anos de trabalho missionário na Ásia. De modo apropriado ao lar do homem que clama [e usurpa] os títulos e a posição de Jesus Cristo, e que aceita adoração, o Vaticano é um monumento à idolatria e à blasfêmia e à desavergonhada rebelião do homem contra a revelação de Deus. Há estátuas de todos os tipos de deuses e deusas pagãs; há estátuas a Maria, e aos papas, e aos “santos” e anjos, e à criancinha Jesus, e há crucifixos. De fato, o Vaticano é um gigantesco ídolo. O grande altar sobre a suposta tumba de São Pedro é dominado por imensas colunas douradas em espiral, que parecem a todo o mundo como serpentes se enrolando. Pode-se quase ouvir o sinistro silvo. O Vaticano é também um cemitério. Sob a catedral de “São Pedro” há fileiras e fileiras de caixões funerários de mármore – que parecem ser hectares de papas mortos! Uma estátua em tamanho real de cada papa é esculpida em mármore e repousa na tampa de cada caixão. Velas e incenso estão [sempre] queimando profusamente. O local é tão fantasmagórico e pagão quanto qualquer templo no mais tenebroso Nepal. Católicos, enganados de um modo digno das nossas lágrimas, acendem suas velas pagãs na vã tentativa de merecer a bênção de Deus, de modo exatamente igual aos pobres Hindus em trevas.
As casas de “Santa” Catarina e do “Papa” proveram lares bem apropriados a dois dos mais profundamente corrompidos manuscritos hoje postos à disposição dos tradutores da Bíblia.
Do Sinaiticus, do Vaticanus, e das teorias textuais que exaltam estes manuscritos, o brilhante John Burgon, depois de décadas de vigilante e solitário labor nos pálidos cantos das bibliotecas da Grã Bretanha, Europa e Egito, testificou:
“Quando nos aplicamos inicialmente a estes estudos, muitos anos atrás, … em qualquer direção para a qual nos voltássemos, éramos deparados com a mesma terminologia confiante: ‘os melhores documentos’, ‘os manuscritos primários’, ‘as autoridades de primeira classe’, ‘a evidência primitiva’ [10], ‘a antiga palavra escrita’, e assim por diante: descobrimos que, invariável e exclusivamente, esta terminologia referia-se aos códices A [Sinaiticus] ou B [Vaticanus], códices C ou D [dois manuscritos similares]. Não foi até que laboriosamente fizéssemos a colação [11] destes documentos para nós mesmos que nos tornamos conscientes do verdadeiro caráter deles. Muito antes de chegarmos ao final da nossa tarefa (e ela nos ocupou, mesmo que não ininterruptamente, por oito anos) nos tornamos convictos de que os supostos ‘melhores documentos’ e ‘autoridades de primeira classe’ estavam na realidade entre os piores [de todos os manuscritos do mundo].
“Uma diligente inspeção de um vasto número de textos mais recentes, espalhados através das principais bibliotecas da Europa, e a colação exata de alguns deles, nos convenceram ainda mais de que: [a] a veneração geralmente exigida e prestada a B [Vaticanus], A [Sinaiticus], C e D não é nada mais senão uma fraca superstição e um erro vulgar; [b] a data de um manuscrito nada diz da sua essência mas é sim um mero acidente do problema; [c] os textos mais recentes … em incontáveis ocasiões, e como uma regra, preservam aqueles delicados contornos e minúsculos refinamentos [12] que observamos constantemente que os ‘antigos unciais’ aniquilaram. E daí, ascendendo a uma inspeção sistemática do inteiro campo da Evidência, encontramos razões para suspeitar mais e mais da sanidade das conclusões às quais Lachmann, Tregelles e Tischendorf tinham chegado. Em paralelo, parecemos ter sido levados (como se pela mão) a discernir claras indicações da existência de ‘um caminho mais excelente’ para nós [trilharmos]” (“Revision Revised”, pp. 337,338).
Suspeitamos que estes dois manuscritos [Sinaiticus e Vaticanus] devem sua preservação exclusivamente ao seu comprovado mal caráter; esta [comprovada má qualidade] fez com que o segundo deles eventualmente encontrasse seu caminho até uma esquecida prateleira da biblioteca do Vaticano, enquanto o outro, depois de exercitar a engenhosidade de diversas gerações de corretores criticistas, eventualmente foi jogado na cesta de lixo de papel, no convento aos pés do Monte Sinai. Tivessem estas cópias [Vaticanus e Sinaiticus] sido de mediana pureza, elas teriam há muito compartilhado o inevitável destino dos livros que são intensamente usados e altamente apreciados: a saber, eles teriam caído em desintegração [física, devida ao uso] e teriam desaparecido de vista.” (“Revison Revised”, página 319).
Assim, vimos que durante os anos 1800s (uma das maiores eras missionárias na História), enquanto homens piedosos estavam levando a preservada Bíblia aos confins da terra, cépticos críticos textuais, enamorados pelo racionalismo alemão, iam ao redor esquadrinhando as empoeiradas bibliotecas das instituições apóstatas, [ávidos] para ‘redescobrirem’ a Palavra de Deus, que nunca havia sido perdida. Homens confundidos, todos eles!
8. WESTCOTT & HORT, E A VERSÃO REVISADA, DE 1881
Neste ponto, citamos Dr. Edward F. Hills (1912-1981), um respeitado estudioso presbiteriano que tinha graduações pela Yale University, Westminster Theological Seminary, Harvard, e Columbia Seminary, e que prosseguiu em mais estudos de pós-graduação na Chicago University e no Calvin Seminary. Dr. Hills encorajou a muitos pela sua defesa do Texto Recebido e por desmascarar e expor a incredulidade do moderno criticismo textual.
“Nos anos 1860, os manuscritos Aleph [Sinaiticus] e B [Vaticanus] tornaram-se disponíveis aos estudiosos, através dos trabalhos de Tregelles e Tischendorf. Em 1881 B. F. Westcott (1825-1901) e F. J. A. Hort (1828-1892) [ambos foram professores anglicanos na Cambridge University; Westcott tornou-se Bispo de Durham] publicaram sua celebrada “Introdução”, em que se esforçaram para determinar o texto do Novo Testamento com base nesta nova informação. Eles propuseram a teoria de que o texto original do Novo Testamento sobreviveu (em condições quase que perfeitas) nestes dois manuscritos, especialmente no Vaticanus. Esta teoria alcançou quase que imediatamente uma tremenda popularidade, sendo aceita em todos os quadrantes tanto pelos liberais quanto pelos conservadores. Os liberais gostaram dela porque representava a coisa mais recente na ciência do criticismo do texto do Novo Testamento. Os conservadores dela gostaram porque [a isca nas palavras ‘em condições quase que perfeitas’] parecia lhes dar a segurança que eles estavam procurando.
“… no desenvolvimento de suas teorias, Westcott e Hort seguiram um método essencialmente naturalístico. Na verdade, eles se orgulhavam de tratar o texto do Novo Testamento como tratariam o de qualquer outro livro, fazendo pouco ou nenhum caso da inspiração e providência. … [Eles partiram da axiomática pressuposição de que, num excesso de defesa doutrinária e falta de honestidade, ‘piedosos’ copistas] tinham alterado os manuscritos do Novo Testamento nos interesses da ortodoxia. Porisso, como Griesbach, desde o início eles descartaram qualquer possibilidade de preservação providencial do texto do Novo Testamento através do seu uso pelos crentes” (Edward F. Hills, “The King James Version Defended”, pp. 65,66).
Dr. Donald A. Waite é um estudioso batista que tem escrito em defesa do Texto Recebido. Ele ganhou o grau de Bacharel de Artes em “grego e latim clássicos”; o de Mestre de Teologia (com altas honras) em “literatura e exegese do Novo Testamento em grego”; um de Mestre de Artes e um de Doutor em Filosofia, ambos em “oratória”; um de Doutor em Teologia (com honras) em “exposição bíblica”; e ele tem certificados tanto do estado de New Jersey como do estado da Pennsylvania, credenciando-o como professor de “grego” e de “arte da linguagem”. Ele ensinou grego, hebraico, Bíblia, oratória e inglês, por mais que 35 anos, em nove escolas. Ele produziu mais que 700 estudos a respeito da Bíblia e outros assuntos. Sumariando o problema com o texto Westcott-Hort, Dr. Waite nota:
“Westcott e Hort formularam um novo texto em grego e mudaram o Texto Recebido que tinha sido usado na igreja desde o início da escrita do Novo Testamento” (“Defending the King James Bible”, 1992, página 41).
A Trinitarian Bible Society, em “The Divine Original”, provê o resto da triste história:
“A descoberta destes manuscritos (MSS) seduziu muitos estudantes da Bíblia levando-os a uma lamentável enfermidade de julgamento crítico [e] exerceu uma similar influência hipnótica nas mentes de muitos dos estudiosos dos séculos 19 e 20. O texto em grego revisado em que se baseiam as versões modernas [baseadas no Texto Crítico] têm o suporte somente de uma muito pequena minoria dos MSS disponíveis que, em alguns aspectos, estão em concordância com os inconfiáveis textos dos códices do Sinai e do Vaticano.
“Westcott e Hort maquinaram uma elaborada teoria baseada mais sobre imaginação e intuição do que sobre evidência, elevando este pequeno grupo de MSS às alturas de autoridade quase infalível. O tratado que escreveram sobre o assunto [isto é, sobre seus princípios de crítica textual] e o Novo Testamento em grego que editaram, exerceram uma influência poderosa e de longo alcance, não apenas sobre a próxima geração de estudantes e eruditos, mas também, indiretamente, sobre as mentes de milhões que não têm tido nem a habilidade, nem o tempo, nem a inclinação para submeter a teoria ao bisturi de um exame investigativo.
“Os manuscritos do Sinai e do Vaticano representam uma pequena família de documentos que contêm muitas variantes e que as igrejas rejeitaram antes do final dos anos 300s. Sob o singular cuidado e providência de Deus, MSS mais confiáveis foram multiplicados e copiados de geração em geração, e a grande maioria dos MSS ainda existentes oferece uma reprodução fiel do verdadeiro texto que tem sido reconhecido por toda a ‘Igreja’ Grega no período bizantino de 312 a 1453 DC. Este texto foi também representado por um pequeno grupo de documentos disponíveis a Erasmus, Stephens, os compiladores da edição complutensiana, e a outros editores do século 16. Este texto é representado pela Versão Autorizada [= VRTiago], [ pelas Almeidas 1753, RCorr e CFiel] e por [virtualmente TODAS as] outras traduções protestantes até a última parte do século 19”.
Os revisores de 1881 fizeram 36.000 mudanças em inglês sobre a VRTiago, como também quase 6000 no texto em grego. [Os revisores que produziram a impopular Tradução Brasileira (1917), a ARAtlz (1959), e as demais Bíblias-TC, fizeram aproximadamente o mesmo número de mudanças em português]. Os manuscritos do Sinai e do Vaticano são responsáveis pela maioria das mudanças significantes. Como F. C. Cook, capelão da Rainha da Inglaterra no final do século 19 e autor de uma revisão crítica da ERV [=English Revised Version], diz:
“De longe, o maior número de inovações, inclusive aquelas que dão os mais severos choques nas nossas mentes, são adotados sob a autoridade de dois manuscritos, ou mesmo de um manuscrito, contra o distinto testemunho de todos os outros manuscritos, unciais e cursivos. … O códice do Vaticano … algumas vezes sozinho, [mas] geralmente em acordo com o do Sinai, é responsável por nove décimos das mais chocantes inovações da Versão Revisada” (Cook, “The Revised Version of the First Three Gospels: Considered in its Bearings Upon the Record of Our Lord’s Words and of Incidents in His Life”, 1882, página 250).
Philip Mauro, um membro do tribunal da Suprema Corte dos Estados Unidos e um dos mais reputados advogados de patentes dos seus dias, notou as diferenças entre o Texto Recebido e os textos do Sinai e do Vaticano:
“Como uma ilustração suficiente das muitas diferenças entre estes dois códices [Sinaiticus e Vaticanus] e o grande corpo dos outros MSS, notamos que, SOMENTE NOS EVANGELHOS, o Códice Vaticanus difere do Texto Recebido nos seguintes particulares: Ele omite pelo menos 2877 palavras [13]; adiciona 536 palavras; substitui 935 palavras; transpõe [a ordem de] 2098 palavras; e modifica 1132 palavras; fazendo um total de 7578 divergências verbais” (Mauro, “Which Version? Authorized Or Revised?”, em Fuller, “True or False?”, p 78).
A maioria dos modernos tradutores da Bíblia permanece seduzida pelos manuscritos Sinaiticus e Vaticanus. Os editores da New International Version, por exemplo, admitem que eles preferem estes manuscritos: “em muitos casos as palavras escritas encontradas nos manuscritos mais velhos, particularmente nos grandiosos unciais em grego Vaticanus e Sinaiticus, do século 4 d.C., devem ser preferidos sobre aquelas encontrados em manuscritos posteriores, tais como aqueles refletidos no TR (Texto Recebido)” (Ronald Youngblood, “The Making of a Contemporary Translation”, página 152). Poderíamos fornecer dúzias de páginas de citações similares, devidas aos modernos tradutores e críticos do texto bíblico. Quando as novas versões dizem que uma certa palavra ou verso não é encontrada nos “mais velhos e melhores manuscritos”, eles estão se referindo primariamente ao Códice Sinaiticus e ao Códice Vaticanus, juntamente com um punhado de manuscritos que apresentam leituras similares.
Concluímos esta seção com as palavras de John William Burgon:
“Eu estou completamente contrário a crer (tão grosseiramente improvável isto parece) que, ao final de 1800 anos, 995 de cada 1000 cópias, suponhamos, irão ser provadas como inconfiáveis, e que a uma, duas, três, quatro, ou cinco [cópias] restantes, cujos conteúdos foram até ontem nada mais que desconhecidas, ocorrerão terem mantido o segredo do que o Espírito Santo originalmente inspirou. Em resumo, eu sou completamente incapaz de crer que a promessa de Deus tenha tão inteiramente falhado que, ao fim de 1800 anos, muito do texto do Evangelho tenha de fato de ser tirado de dentro de uma cesta de lixo cheia de papéis, por um crítico alemão, no convento de Santa Catarina; e que todo o texto [do Novo Testamento] tenha de ser remodelado segundo o padrão estabelecido por um par de cópias que tinha permanecido em desprezo durante quinze séculos (provavelmente devendo suas sobrevivências a este desprezo), enquanto centenas de outros [manuscritos] tinham sido tão folheadas [pelo uso] a ponto de serem [fisicamente] desintegradas, e tinham conferido seus testemunhos a cópias delas feitas.
“Afortunadamente, a cristandade ocidental tem estado contente em empregar um e o mesmo texto por mais de trezentos anos. Se a objeção for feita, como provavelmente será, ‘Então você quer dizer que repousa [tão somente] sobre os cinco manuscritos usados por Erasmus?’ eu responderei que as cópias empregadas foram selecionadas porque se sabia que representam a acurácia [isto é, a absoluta exatidão] da Palavra Sagrada; que a linhagem do texto bíblico foi evidentemente guardada com zeloso cuidado, exatamente como a genealogia humana do nosso Senhor foi preservada; que ele [o texto produzido por Erasmus] repousa essencialmente sobre muito do mais amplo testemunho [de vários milhares de manuscritos basicamente idênticos]; e que [só] onde qualquer parte dele [porventura] conflite com a mais completa [portanto indiscutível] evidência [real] obtenível, ali eu creio que ele pede por correção” (“True or False?”, página 13).
Continuaremos amanhã...
Viva vencendo. Conhecendo as alterações feitas, você poderá adquirir um exemplar da bíblia, sem corrupção!!!
Abraços.
Seu irmão menor.
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