Mesmo que o número de católicos tenha caído nos últimos
anos, a América Latina continua sendo profundamente crente, com mais de 60% da
população que se declara fiel da Igreja católica, embora nem todos na mesma
medida.
Embora o número de católicos tenha caído no continente de 80% para 67% – de
acordo com um informe do Latinobarómetro que foi divulgado no ano passado –, a
realidade é que hoje mais da metade da população do continente continua sendo
seguidora da Igreja de Roma liderada pelo Papa Francisco.
Isso é especialmente visível no Paraguai, que conta com 88% de fiéis, ou no
Equador, com 81%. Ambos são os países com maior número de fiéis católicos,
seguidos de perto por México e Venezuela, com 79%, embora outros estudos (como
o do Centro de Pesquisa Pew, dos Estados Unidos) coloquem também nessa
categoria a Colômbia.
O caso do México merece uma menção à parte, pois ali o
número de católicos não só não caiu nos últimos anos, mas teve um ligeiro
aumento.
Embora 13% seja um número a ser reconhecido, a opinião majoritária dos
especialistas é de interesse menor na América, que segue sendo hoje um dos
feudos mais notáveis da religião católica.
O caso mais curioso talvez seja que a grande maioria daqueles que abandonam a
Igreja católica não o fazem para virarem ateus ou agnósticos (algo que parece
acontecer exclusivamente em dois países: Uruguai e Chile), mas que se convertem
a outras religiões, na maioria dos casos à Igreja evangélica.
De fato, os protestantes cresceram na mesma proporção que o número de católicos
diminuiu, sendo estes, além disso, mais praticantes e mais confiantes em sua
instituição.
Curiosamente, a religião que não consegue ter entrada entre os
latino-americanos é a que cresce com maior rapidez no mundo: o Islã. Calcula-se
que em 2050 o número de muçulmanos tenha aumentado 73% no mundo,
transformando-se na religião mais numerosa; enquanto isso, na América Latina
tenha conquistado apenas 13% da população.
da La Civiltà Cattolica Iberoamericana
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