Está provado que as novelas moldam a moral brasileira
Muitos brasileiros já sabem pelo menos o nome da recente novela das 21hs. E não foi preciso completar a frase com “da globo”, para que o leitor pensasse: “a A regra do jogo” .
A respeito dessa novela, veja o que a Anistia Internacional, escreveu, protestando:
"A Anistia Internacional, organização não governamental de defesa dos direitos humanos, divulgou uma nota de repúdio à utilização de seu nome em cena exibida na última segunda-feira em A Regra do Jogo, novela das 21h da Rede Globo.
Na cena, um dos protagonistas do folhetim, Romero Rômulo (Alexandre Nero), apresenta-se em um presídio como advogado de direitos humanos que estaria a serviço da entidade. De acordo com a nota, a representação "irresponsável" do trabalho do defensor dos direitos humanos "presta um desserviço à consolidação de uma cultura de direitos humanos na sociedade brasileira".
A Rede Globo se pronunciou sobre o assunto por e-mail:
"– As novelas são obras de ficção sem compromisso com a realidade, como registramos ao final de cada capítulo. Ao recriar livremente situações que podem ocorrer na vida real, a dramaturgia busca apenas tecer o pano de fundo para suas histórias".
Voltando ao assunto:
A Rede Globo, historicamente a maior produtora de novelas diárias da televisão brasileira(e da América Latina, vendendo suas novelas para mais de 144 países), tem *índices altíssimos de audiência nos horários correspondentes a tais novelas, de modo especial aquelas que atingem um grande público e fazem mais sucesso, como a penúltima história das 21hs, em que, só para lembrar, a vilã imoral e perversa aparecia como uma católica ativa para disfarçar sua real personalidade.
Justamente pela hegemonia da Rede Globo na produção de telenovelas, ela tem um papel fundamental nas questões abordadas sutilmente nas tramas que, aos poucos, começam a integrar tendências, mentalidade e comportamento dos brasileiros. Vale ressaltar o papel de Dias Gomes, auto-declarado militante de esquerda, que em seu livro “Apenas um subversivo” afirmou várias vezes sua intenção de escrever tramas que disseminassem ideais que são abertamente anti-cristãos. Vejam só o que ele escreveu a respeito de suas novelas:
“Iniciava "Verão Vermelho", ambientada na Bahia, entre coronéis, jagunços, capoeiristas e poetas populares, e abordando tema até então tabu entre nós, o divórcio – p. 258″. Verão Vermelho foi exibida em 1969.
”Iniciei Assim na Terra como no Céu", uma critica bem humorada ao estilo de vida ipanemense, com seus boas-vidas e seus cafajestes, e também abordando outro tema polêmico, o celibato dos padres”,-p.258 – Esta novela foi ao ar em 1970.
“Eu prometo, (de 1984) com a ajuda de uma jovem escritora em início de carreira, Glória Perez “- p. 319 – Podemos perceber com quem Glória Perez aprendeu a escrever novelas…
Essas considerações não são especulações, ou pré-conceitos daqueles que não se interessam pelas histórias retratadas nas telenovelas há mais de 40 anos. Mas sim resultados de uma pesquisa coordenada por um economista do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Alberto Chong, que demonstra a capacidade das telenovelas em interferir diretamente em questões morais fundamentais da família, no caso específico desta pesquisa: fertilidade e divórcio.
“Percebemos que, quando a protagonista de uma novela era divorciada ou não era casada, a taxa de divórcio aumentava, em média, 0,1 ponto porcentual.”
O seriado “Malu Mulher”, que também está nas tramas analisadas pela pesquisa, é um exemplo claro da pretensão dos roteiros em moldar a opinião pública. Malu, personagem principal vivida por Regina Duarte, era uma socióloga divorciada que vive “os dramas” da mulher moderna. Segundo a própria descrição da rede Globo: “O seriado discutia as relações entre homem e mulher; as dificuldades da vida conjugal e da vida profissional; a educação dos filhos; e o conflito de gerações, questões até então inéditas na televisão brasileira. O seriado debatia ainda a condição da mulher emancipada que, diante de uma liberdade recém-conquistada, queria assumir responsabilidades sem precisar se submeter à figura do marido.”
E vejam só quais temas já apareciam na telinha da Globo, em 1970, numa época em que a sociedade brasileira estava muito mais pronta para se defender dos ataques da esquerda e do relativismo que crescia acentuadamente desde maio de 68:
(…) Na segunda temporada, Malu reaparece mais madura e ajustada. Tem um emprego fixo em um instituto de pesquisa, um carro em bom estado, as prestações do apartamento quitadas e uma empregada. Ela começa, então, a pensar em recomeçar sua vida afetiva. O seriado continua falando de temas considerados tabus na época, como virgindade, orgasmo e aborto.”
Será tudo uma simples coincidência?
Pesquisas demonstram como novelas moldam a sociedade brasileira
Foram realizados dois estudos com base em 115 novelas exibidas às 19hs e às 20hs, pela Rede Globo, entre 1965 e 1999, sendo a primeira “Rosinha do Sobrado” e a última “Vila Madalena”.
Os estudos: "Novelas e fertilidade: evidências do Brasil" (2008) e "Televisão e divórcio: evidências de novelas brasileiras" (2009), indicam que o índice de fertilidade diminuiu drasticamente de 1970 até 2000 em locais onde o sinal da emissora chegava sem problemas: “a taxa total de fecundidade foi de 6,3 em 1960, 5,8 em 1970, 4,4 em 1980, 2,9 em 1991 e 2,3 em 2000”. Uma queda de mais de 50% em 40 anos, sendo que esses números continuam caindo, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Esses números, como demonstra a pesquisa, convergem com a insistência dos autores em criar histórias nas quais as protagonistas são mulheres bem sucedidas, pois são independentes, podem trabalhar e, por isso, não querem ser mães, não se prendem a sua casa e ao “companheiro”. Esse tipo de personagem aparece constantemente nas novelas da Rede Globo.
Desse modo, segundo o censo de 2010, “a taxa de fecundidade (número médio de filhos que teria uma mulher ao final do seu período fértil), caiu de 6,16 em 1940 para 1,90 em 2010, portanto, abaixo do nível de reposição, que é de 2,10 filhos por mulher.” Isso significa que, atualmente, e cada vez mais rápido, a quantidade de crianças que nasce não é suficiente para manter a população estável. Daí, termos uma defasagem na população, como é o exemplo da cidade de Belo Horizonte, que tem cem mil mulheres a mais que homens(IBGE-2010).
Além disso, nos lugares onde se captava o sinal da emissora, aumentava o número de divórcios. Menos filhos, mais separações: eis a ideia de família que se constrói a partir das novelas.
Em uma entrevista a Época, Alberto Chong, quando questionado sobre a influência das novelas em relação ao aumento do número de divórcios, respondeu: “Estima-se que as taxas aumentaram de 3,3 em cada cem casamentos em 1984 para 17,7 em 2002, mais do que em qualquer outro país latino-americano […] Nosso estudo avança na hipótese de que os valores da televisão, mais precisamente das novelas, contribuíram de fato para esse aumento, principalmente a partir do momento em que no Brasil há um alcance desse tipo de programa como em nenhum outro país. A novela é, de longe, a maior atração da TV e é veiculada pela Rede Globo, que tem mantido um domínio quase absoluto do setor por cerca de três décadas. Percebemos que, quando a protagonista de uma novela era divorciada ou não era casada, a taxa de divórcio aumentava, em média, 0,1 ponto porcentual.”
A ofensa direta aos cristãos e a aceitação do público
Isso sem contar as novelas que abordam temas de âmbitos gerais e religiosos para não parecerem totalmente antagônicas e deturpadoras como foi o caso de “América”, em que se mostravam imagens de Nossa Senhora Aparecida e Nossa Senhora de Guadalupe ao mesmo tempo em que uma personagem da novela, evangélica, era uma promíscua disfarçada. Além disso, abordava-se, mais uma vez, um casal homossexual que gerou polêmica e curiosidade do povo sobre a possibilidade de um primeiro beijo no horário nobre.
“Provado pelos dois estudos e pelos olhos de qualquer cidadão que observe os vínculos de uma noveleira de plantão, não há dúvidas de que as novelas cumprem papel exclusivo na construção da mentalidade do povo brasileiro.”
As novelas moldam a moralidade, geram tendências sociais e nada está errado? Será que ninguém parou para pensar que tanto os autores quanto o canal da televisão podem abordar temáticas morais do modo como eles bem entenderem?
“Os autores se servem de realidades particulares e cotidianas para sensibilizar o público e depois, quando veem boa aceitação das histórias, direcionam as ações das personagens para o que querem que seja aceito, seja bem visto, polemizado e comentado pelo público geral.”
A implantação do ideais homossexuais através das novelas
Passemos, então, para uma análise dessa realidade: Além da fertilidade e do divórcio abordados na pesquisa do Banco Interamericano, outro assunto está em destaque, cada vez mais acentuadamente, nas novelas da Globo: o homossexualismo. E não é de hoje.
Desde a década de 90, em novelas como “Suave Veneno” e “Torre de Babel” o tema é explorado sutil e constantemente pelos autores que perdem, a cada nova roupagem, os limites e a ousadia nas cenas.
Nova agressão moral saiu em 2013
E, partir do ano de 2013, a nova novela do horário nobre, que começou no fim do semestre, resolveu falar sobre a história de dois homens que vivem como um “casal” e que tem uma filha, num triângulo amoroso em que um deles se apaixona por uma mulher, segundo a imprensa diária. Walcyr Carrasco, o autor dessa novela, estaria buscando explorar o tema da bissexualidade que é pouco tratado em novelas. (Como se fosse um comportamento moral exemplar e fundamental e não mais uma conduta imoral. Para ele deve essa conduta ser absolvida pelo povo, do mesmo modo como fizeram com a fertilidade, o divórcio, o homossexualismo, a poligamia…).
Essa constatação é reconhecida também por líderes do movimento LGBT, como salientou o próprio deputado federal Jean Williams: "Nós entendemos que a telenovela faz parte das práticas de significação e dos sistemas simbólicos por meio dos quais os sentidos são produzidos e os sujeitos são posicionados, ou melhor, entendemos que a telenovela é representação, e como toda representação, ela não apenas reproduz a realidade, mas também a produz, isto é, desencadeia (re)ações entre os telespectadores. Por isso, não a descartamos.”
É interessante, contudo, notar que as novelas exploram características fundamentais da sensibilidade humana, apelam para aspectos nos quais os homens se envolvem naturalmente, tais como: justiça, amor e liberdade.
Assim, é muito mais fácil conquistar o interesse e a curiosidade do telespectador com as tramas. Entretanto, os autores sabem direitinho como perverter esses valores humanos, transformando-os em justificativas para legitimar o liberalismo (i)moral que reaparece em todos os personagens principais: “o importante é ser feliz e ninguém pode julgar os seus atos”. Desde que o personagem não maltrate os outros, nem os animais e nem ligue para bens materiais, pode fazer tudo que quiser.
Daí, consequentemente, a personagem que influencia milhares de pessoas pode passar por cima de si mesmo, de sua integridade, daquilo que seus pais lhe ensinaram, e da sua própria consciência do que é certo ou errado. Trocando em miúdos: a perversão total da ideia de família.
E, é claro, aqueles que buscam defender os verdadeiros valores e princípios morais e éticos, são os vilões hipócritas e frustados que reportam aos outros sua infelicidade (tenho certeza que até aqui o leitor já pode identificar dezenas de personagens das novelas que se lembra ao longo de sua vida).
Quer um exemplo? Quais personagens que se posicionaram contra a união homossexual foram mocinhos nas tramas? Nenhum. São sempre os vilões preconceituosos que não admitem a felicidade alheia ou pessoas desinformadas que, aos poucos, são conquistadas pelas personagens e passam a aceitar a história de “amor” e “superação” do “casal”. Sempre a mesma coisa…
Ao mesmo tempo, o padre babão e interesseiro, o seminarista homossexual que tem medo de se assumir, a beata fofoqueira e a religiosa pervertida que são constantemente retratados, sempre ridicularizados, são meramente o “retrato da sociedade” e não há nada de preconceituoso, claro que não!
Quem são, na realidade, os preconceituosos?
Neste caso, nenhum autor muito atento às minorias, aos direitos e às liberdades humanas está preocupado, não é? Seria interessante saber se esses autores que tanto falam sobre religiosos conhecem, de verdade, as obras de religiosos, os trabalhos de comunidades inteiras e a vida de devoção de milhares de pessoas…
Em relação a esses insultos à religião, principalmente ao cristianismo, aponta, sutilmente, Chong:“Há, de forma recorrente, a crítica à religião, ao machismo e ao consumo de luxo e a ideia de que a riqueza e o poder não trazem felicidade. A família está no centro dessas transformações.”
Se fosse recorrente uma crítica ao homossexualismo, ao ateísmo e ao desarmamento, com certeza, todos estariam muito preocupados com os direitos humanos e cobririam as novelas de críticas.
Vale lembrar, contudo, que o autor da próxima trama das 21h que abordará o tema da bissexualidade, se declara católico. Foi ele quem escreveu “A Padroeira”, em 2001, mas também “Alma Gêmea”, em que a história principal se baseava em torno do espiritismo. Não hesita em colocar padres corruptos em suas tramas nem em tratar de questões que vão diretamente contra a Igreja Católica.
A subversão
Os autores se servem de realidades particulares e cotidianas para sensibilizar o público e depois, quando veem boa aceitação das histórias, direcionam as ações das personagens para o que querem que seja aceito, seja bem visto, polemizado e comentado pelo público geral. Foi exatamente assim, por exemplo, que se deu a divulgação maciça da ideia de “homofobia” aberta e direta entre a população, como reconheceu o deputado Jean Williams:
“No que diz respeito à representação de homossexuais mais próxima da realidade dos fatos e a serviços prestados à cidadania LGBT, Insensato coração é a melhor novela já exibida pela Globo. Foi ela que sustentou, na esfera pública, a denúncia dos crimes de ódio contra homossexuais.”
E assim, há mais de 40 anos, os autores das novelas conseguem criar novas tendências, divulgar outras já existentes e moldar a moralidade, a opinião e o comportamento de milhões de brasileiros, diariamente. E claro, quanto aos telespectadores, quando perguntados sobre as influências das novelas em suas vidas, geralmente consideram que não seguem novelas e não dão importância ao que elas tratam, que sabem que é ficção. Mas, enquanto isso, reproduzem fielmente tendências e ideias divulgadas pelas histórias atuais, sistematicamente.
Foi o que aconteceu, por exemplo, com a novela “O Clone”, de Glória Perez, que estreou em 2001 e abordava uma história de amor entre uma muçulmana e um brasileiro. O protagonista, Lucas, foi alvo de um experimento científico que deu certo e foi clonado. O debate principal da trama era em torno da ciência e da religião e do relativismo cultural, que não coincidentemente, ganhou impulso no início do século XXI.
A novela teve grande repercussão, sendo exibida em outros países, e a cultura oriental amplamente difundida no Brasil.
Trata-se, pois, de mais um elemento fundamental na revolução cultural que se estabeleceu em todo o mundo, que devagar e constantemente, entra no seio de cada família e destrói por dentro aquilo que deveria ser a principal defesa de um verdadeiro cidadão de bem.
Se você não quer que sua família seja diretamente agredida, se você não aceita que os interesses de um grupo que não representa a família brasileira sejam continuadamente repetidos e aceitos passivamente por pessoas que zelam pelos verdadeiros valores familiares, você não pode se prestar a este papel.
Por mais que a situação seja grave e que a manipulação de tendências morais seja cada vez maior por meio de novelas, ainda há tempo de manifestarmos nossa total resistência ás novas tramas da Globo.
Veja aqui o que você pode fazer:
Demonstre sua indignação a essa proposta.
A mensagem é simples e rápida, não deixe de enviar. São 2 minutos do seu tempo que podem proteger gerações inteiras contra esses atentados diretos à moral do povo brasileiro.
1- Copie a mensagem abaixo:
“Quero que a nova novela das 21h, da Rede Globo, não exiba um casal homossexual como uma família e o tema da bissexualidade. Isso é uma afronta direta ao povo e a família brasileira e minha família não aceitará essa imoralidade dentro de nossa casa. Já adiantamos total boicote à novela, caso insistam com essas personagens.”
2- Cole a mensagem e envie à Rede Globo de televisão, através do botão abaixo ou clique no link:
3 -Ou ligue para o atendimento da Rede Globo: 400-22-884 e faça seu protesto.
Não deixe de cuidar do futuro de nosso país. Pois há muito tempo as famílias cristãs já deixaram de defender seus reais interesses e vemos hoje o que isso resultou. As pesquisas, a longo prazo, mostram o quanto as novelas influenciam comportamentos e isso está acontecendo cada vez mais abertamente, sendo usada para a deturpação da família.
Referências:
* Um ponto no Ibope equivale a um ponto percentual de todos os televisores daquela região. Se um programa tem um ponto de audiência no Ibope no Brasil inteiro, significa que 1% de todos os aparelhos de TV do Brasil estava ligado naquele programa durante aquele horário. Em Porto Alegre, um ponto no Ibope equivale a 14.375 domicílios. Em São Paulo, esse número cresce para 58.235 lares.
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