E porque
a ciência se enganaria? Nem sempre ela se enganou, dirão alguns. De fato, ela
tem acertado inúmeras vezes. Não é possível viver “sem a ciência”,
evidentemente, senão estaríamos ainda numa idade de barbárie. A ciência
possibilitou inúmeras descobertas, e as tecnologias decorrentes proporcionaram
avanços consideráveis em todas as áreas - menos uma. Quando as ciências - ou
melhor, alguns cientistas - acham que já sabem o suficiente para tentar
explicar Deus (ou na maioria dos casos, a inexistência de Deus), é que a coisa
desanda. Alguns cientistas, de ramos tão diversos como as ciências biológicas,
as exatas e as sociais, fazem de suas vidas uma cruzada para desmentir o que a
Bíblia nos ensina: que no princípio, Deus criou a Terra e todas as coisas, o
universo e tudo que nele há.
Este post vai nesse
sentido: se a ciência errou, como pode se
arvorar em verdade mais absoluta do que a Palavra do Deus Vivo? Todos são
unânimes em concordar num ponto: na ciência, o que é verdade hoje, amanhã pode
não ser. A Bíblia não. Vários de seus escritores, separados por mais de 1600
anos, milhares de quilômetros e por culturas das mais diversas, homens e
mulheres das mais diversas categorias sociais, repetem à uma, de Gênesis a
Apocalipse: a Palavra de Deus é imutável. Ela é a mesma, ontem, hoje, e
eternamente. Escribas ao longo dos séculos a têm preservado com exatidão digna
de um avançado computador: não se muda uma vírgula, “um jota ou um til”. Já a
ciência, não. Mais uma vez, apesar de muitos avanços, ela vai de marcha e
contra-marcha. Até uma hipótese ser comprovada, experimentada e se transformar
em uma lei, vai um tempão.
Primeiramente, acho que é preciso delimitar ou definir o que
é “ciência”. Lakatos & Marconi definem como “um conjunto de
conhecimentos racionais, certos ou prováveis, obtidos metodicamente, sistematizados
e verificáveis, que fazem referência a objetos de mesma natureza” (Metodologia
Científica, p. 19). Há outras definições, todas muito próximas desta. Portanto,
há coisas que podem ser verificadas, medidas e provadas por meio da ciência;
outras, não. Mas mesmo no âmbito dessas coisas “prováveis”, “verificáveis”, a
ciência tem tropeçado. Não entro aqui no mérito de bobagens como dizer que a
Bíblia possui discordâncias, erros de tradução, propaga certas idéias homofóbicas e/ou misóginas, etc;
isso tudo já discuti antes. Vamos ficar, por ora, no âmbito das “contradições
científicas”, que poderíamos intitular como “quando a ciência se enganou”,
apesar de todo o caráter investigativo de que a pesquisa científica se reveste.
Então, veja aqui alguns exemplos hilários de como “a ciência errou”.
Uma das maiores, senão a maior, seguramente uma das top-five,
é a dos canais marcianos. Durante décadas a comunidade científica acreditou
piamente na existência de civilizações avançadas em Marte, por conta de um erro
relativamente simples, de tradução.
Durante séculos, gerações de astrônomos tentaram desvendar os
do planeta vermelho, mas no final do século XIX uma falsa descoberta excitou a
imaginação do mundo científico, contaminando de forma irreversível a cultura
popular. Em 1877, houve excelentes condições para a observação, e então se
descobriram dois pequenos satélites, Deimos e Fobos. Nesse mesmo ano, um
eminente astrônomo do Observatório de Milão, Giovanni Schiaparelli (em baixo),
descreveu o que lhe pareciam ser “canais” na superfície marciana. Ele fez uns
desenhos - pouco detalhados - onde havia zonas escuras, a que chamou mares, e
zonas claras, que denominou continentes. E, entre os dois, aquilo a que chamou “canali”,
linhas finas que pareciam ligar as diferentes zonas.
Esta
observação tornou-se célebre e a palavra
italiana canali foi traduzida para o inglês canals que,
ao contrário do vocábulo italiano, sugeria artificialidade. Isto bastou para
criar grande frenesi, pois parecia indicar a existência de vida no planeta vizinho.
Bastava olhar por um telescópio e lá estavam as áreas escuras e claras. Ninguém
desconfiou da circunstância de não haver dois mapas idênticos ou de ser difícil
obter fotografias suficientemente nítidas.
A observação de Schiaparelli foi popularizada por um
matemático e astrônomo americano, o milionário Percival Lowell. Onde
Schiaparelli vira depressões que podiam ser vales alongados, Lowell encontrou
um sistema de irrigação, produzido por uma civilização cuja míngua de água a
tinha levado a extremos de engenho.
Lowell era influente e escrevia com estilo. Ele descreveu
com detalhe aspectos “não-naturais” na superfície de Marte, como canais
artificiais levando água dos pólos para o equador (pois o fluxo não podia
ser explicado pela gravidade), linhas de vegetação, algumas duplas, e
oásis (as zonas escuras entre os canais), tudo sugerindo inteligência
superior. Essas teses foram discutidas pela imprensa e entraram
rapidamente no imaginário popular. Entre 1895 e 1908, Lowell escreveu três livros
sobre as características artificiais dos canais marcianos e construiu um
telescópio que era então o mais sofisticado do mundo (na realidade, foi o
primeiro edificado a grande altitude), no Arizona. Foram feitos mapas
detalhados da civilização marciana e especulou-se furiosamente sobre a
engenharia alienígena. Concluiu-se que era uma forma de vidapacífica, pois
os povos setentrionais e equatoriais estavam a cooperar para o mesmo fim, para
evitar o declínio do planeta.
Schiaparelli faleceu em 1910 e Lowell em 1916, antes de surgir a
explicação da ilusão de ótica. Na realidade, os astrônomos eram
enganados pela sua própria visão, pois os seres humanos têm
tendência para formar padrões onde estes não existem. Não havia canais, mas uma
superfície irregular que a imprecisão dos telescópios, as deformações
atmosféricas e a má visão humana transformavam num imaginário sistema de
irrigação. Também havia entusiasmo em excesso e alguns autores estavam apenas a
encontrar os seus desejos. A ideia de Lowell sobre os canais em Marte só foi
totalmente rejeitada na década de 1960, quando sondas americanos e russas
mostraram a verdadeira face do planeta. Vejam como uma “verdade” científica se
revelou um erro grotesco, perdurou por muitos anos e então tudo mudou. Agora a
verdade é outra.
Mas se não havia homenzinhos verdes no planeta vermelho, os marcianos
reapareceram em 1996, quando foram observadas pequenas estruturas no interior
de um meteorito encontrado na Antártida, supostamente catapultado de... Marte!
Alguns cientistas viram nessas estruturas micróbios fossilizados(foto abaixo), mas a
ideia tem sido contestada. Apesar de improvável e tão fantasiosa como os canais
de irrigação, há muitos que crêem com todas as suas forças nessa hipótese. “Se
for de origem biológica, extraterrestre, que não se formou nos últimos 13 mil
anos, pode implicar profundamente na nossa compreensão de como a vida evoluiu
no Sistema Solar”, disse Emily Baldwin, editora da revista astronômica UK's
Astronomy Now. E aí a gente pergunta: “e se
não for extraterrestre”? Com que cara ficarão esses “crentes”?
Outra crença que conquistou inúmeros cientistas foi
inegavelmente uma fraude deliberada, conhecida como “a
farsa do tiranossauro”. De maior predador da face da Terra, o
tiranossauro foi rebaixado recentemente à categoria de carniceiro pelos estudos
de diversos paleontólogos. Para piorar sua reputação, pesquisas nos arquivos do
Museu de História Natural americano mostram que o anúncio de sua descoberta, em
1905, foi um grande golpe de marketing. Henry Osborn
e Barnum Brown, que apresentaram o monstro ao mundo, se basearam em ossos de
duas patas traseiras, uma dianteira e um quadril, sem saber se eram do mesmo
animal (não eram). Naquele tempo, os museus competiam por fósseis, e a dupla
decidiu se antecipar para não perder a descoberta. Após o anúncio, o esqueleto
levou dez anos para ser montado, não sem algumas falhas(abaixo). A primeira versão foi
feita com ossadas diversas, resultando num bicho de pernas desproporcionalmente
maiores. Seus bracinhos apareceram com três dedos (eram dois). Os cientistas
hoje consideram que os maiores carnívoros foram o espinossauro, de até 18
metros, seguido do giganotossauro, com 16 metros. O tiranossauro atingia
“apenas” 13 metros. Nota de Michelson Borges: vale lembrar que
em 2007 uma descoberta agitou o mundo científico: pesquisadores encontraram o
tecido macio de um T-rex, numa região de dunas do Estado de Montana, nos
Estados Unidos. Acreditava-se que esse tipo de tecido suave podia ser
preservado por poucos milhões de anos, o que nos leva a pensar que talvez os
dinossauros não sejam tão antigos como sustentam os evolucionistas. Falaremos
disso mais tarde, tecido mole e tecido “duro”, e fossilização.
Mais uma fraude, o Homem de Piltdown(abaixo): A busca incessante para encontrar o famoso
“elo perdido”, que supostamente provaria a ligação entre o Homem “moderno” e
antigos primatas pré-históricos, parecia haver terminado em 1912. Alguns
fragmentos de um crânio e um osso da mandíbula foram descobertos em um poço de
cascalho perto de Piltdown, Inglaterra, e logo foram aclamados pelos cientistas
da época como o elo perdido. Mas em 1953 foi descoberto que era apenas um
crânio humano artificialmente envelhecido, ligado à mandíbula de um orangotango
e completado com os dentes de um chimpanzé. Quem produziu a falsificação ainda
permanece um mistério até hoje, mas o fato é que conseguiu manter os cientistas
enganados por mais de 40 anos.
O monstro do Lago Ness(abaixo): Não é difícil aceitar que a famosa foto do
monstro se provou ser uma farsa. O que é difícil de entender é como isso
demorou 60 anos. Feita por um cirurgião de Londres chamado Robert Wilson, a
foto foi idéia de seu amigo Marmaduke Wetherell, como vingança pela
humilhação sofrida durante anos, quando as pegadas de um suposto monstro que
ele havia encontrado foram identificadas como sendo de um hipopótamo. Em
conluio com Wilson e um jovem chamado Christian Spurling, ele montou uma
estrutura em forma de cabeça e pescoço em um submarino de brinquedo e o
soltou na água, o que resultou no famoso “borrado” da foto. Em 1994
Marmaduke confessou ter manipulado a fotografia quando era repórter free
lancer do jornal Daily Mail em busca de um furo
jornalístico. Ele afirmou também que decidiu usar o nome do Dr. Wilson como
autor para conferir mais credibilidade ao embuste. Outra descoberta
recente é a de que a foto que ficou famosa é um recorte da original, na qual o
campo é bem mais amplo e fica claro que o “monstro” é ridiculamente pequeno!
Mas aadmissão da farsa não feriu a reputação do monstro, e ele (ou ela?)
permanece popular e ilusória, tendo não poucos que ainda acreditam em tudo.
Há ainda outras fraudes e enganos, em que muita gente -
inclusive da “comunidade científica” - caiu como um patinho. Apesar disso, se
acham bastante espertos para achar erros e contradições na Bíblia.
Parece que algumas pessoas se
especializaram em procurar desmentir a Bíblia. A certa altura da história,
principalmente durante o período conhecido como “iluminismo” isso foi um
esporte mundial. Se bem que esse termo, “iluminismo”, tenha, em certo aspecto,
lançado de fato muitas trevas sobre a humanidade, errou e induziu ao erro muita
gente, ao pensar certo e agir errado.
Explico. A Europa vinha desde o Renascimento saindo da Idade
Média (assim chamada porque ficava bem no meio entre a idade “antiga” e a então
chamada “idade moderna”). O Renascimento foi um “ressurgimento” das artes e das
ciências, como se no período medieval não existisse arte nem ciência... vejam
que as definições já começam equivocadas. Mas prossigamos. Os homens
redescobriram que eram capazes de grandes feitos. Então era até certo ponto
lógico que procurassem destruir tudo o que imaginavam lhes prender ao
obscurantismo e à superstição, incluindo, nessa concepção, os mitos, lendas e
religiões.
Até aí tudo bem. problema é que confundiram a religião
predominante nessa parte do mundo, o catolicismo, com a própria Bíblia em si.
Pensadores como Voltaire e os enciclopedistas caíram nesse erro grotesco, e nem
mesmo verificaram que o ensino do catolicismo, grosso modo, estava
muito distante das doutrinas centrais do Cristianismo primitivo, que alguns de
vocês já puderam verificar nestas humildes páginas. Voltaire chegou a escrever
um certo “Dicionário Filosófico”, no qual desanca a autoridade da Bíblia e a
ridiculariza com argumentos no mínimo questionáveis, com uma falta de
honestidade e de critérios que ainda hoje ecoa na voz dos auto-denominados
céticos. Posso citar aqui muitos deles, alguns conhecidos, como Carl
Sagan, Bertrand Russell e Richard Dawkins e o brasileiro Marcelo Gleiser, que
no alto de seus altares repetem como papagaios amestrados as falácias de 250
anos atrás, sem serem incomodados. E o mais espantoso é que os defensores dessa
crítica escondem falhas gritantes cometidas em nome da ciência, algumas claramente
intencionais. E não admitem seus erros.
Por exemplo, o “Megalossauro
bucklandii”, nome científico dado a uma espécie de dinossauro,
registrado ainda em 1824 - apesar de o termo “dinossauro” ter sido cunhado
décadas mais tarde. Ele foi identificado a partir dos fósseis de uma mandíbula,
alguns dentes e um osso do quadril encontrados por William Buckland. Como se
sabia pouco sobre os dinossauros no século XIX, imaginava-se que o Megalossauro
era, como adianta seu nome, um “grande lagarto” que rastejava sobre quatro
patas (ilustração principal). Na verdade, o dinossauro era um bípede carnívoro
que media 8 metros e tinha grandes e afiadas garras nas patas
dianteiras e pescoço curto. Ninguém veio a público dar a cara a tapa: “erramos,
não era nada disso”...
Os círculos nas plantações(abaixo): Sempre que um misterioso círculo aparecia em
grandes campos na Grã-Bretanha, os entusiastas da vida extra-terrestre em todo
o país iam à loucura. Com pretensões de serem mensagens alienígenas, o fato era
amplamente divulgado, até que em 1991 dois homens apareceram e explicaram: tudo
não passava de uma fraude criada por eles. Usando nada mais do que pranchas de
madeira, cordas e fios como ferramentas, era uma brincadeira perfeita para
levar as pessoas a falar sobre o desconhecido.
O filme da “autópsia do alien”(abaixo), foi uma das mais descaradas e relativamente
bem-sucedidas fraudes de todos os tempos. Em 1995 o produtor de cinema Ray
Santilli apresentou alguns minutos de uma filmagem misteriosa, em preto e
branco, alegadamente um documentário que pretendia mostrar um alienígena morto
(supostamente do acidente de Roswell de 1947) submetido a uma autópsia. Saudado
por muitos na comunidade ufológica como autêntico, uma série de discrepâncias
logo veio à luz (alguns deles apontadas por especialistas forenses bem
informados sobre os procedimentos de autópsia). Desde então, o filme foi
totalmente desacreditado.
Mulher que deu à luz
coelhos(abaixo): No século XVIII uma mulher abalou
o mundo científico. Mary Toft afirmou ter dado à luz vários coelhos, e muitas
pessoas, incluindo cientistas, acreditaram nela. Mas depois de um tempo, sua
farsa foi revelada e trouxe grande constrangimento a todos aqueles na comunidade
médica que tinham acreditado que isso era mesmo possível.
A Sereia de Fiji: A descoberta da sereia das ilhas Fiji abalou
o mundo. O achado foi tido como os restos fossilizados de uma sereia que causou
alvoroço. No entanto, foi provado ser uma fraude quando se descobriu ser uma montagem
da cabeça e costelas de um macaco com um rabo de peixe, juntados para adquirir
a aparência convincente de uma sereia.
As mariposas
salpicadas: entre 1850 e 1950, na Inglaterra,
as mariposas salpicadas da espécie “Biston betularia” tornaram-se mais escuras.
No início do século 19, eram clarinhas. Com o tempo, foram ficando negras, com
manchas brancas. A explicação foi dada pelo biólogo Bernard Kettlewell: um
expediente evolucionário de proteção por mimetismo. Na Inglaterra poluída do
século 19, os troncos das árvores ficavam enegrecidos pela fuligem do carvão
das chaminés. As mariposas, escurecidas, ficavam camufladas e não eram vistas
pelas aves predadoras. Em 1955, ele soltou mariposas brancas e negras junto a
troncos de árvores em florestas. Como previsto, os pássaros se alimentaram mais
dos insetos brancos nas regiões poluídas e dos negros nas regiões “limpas”. As
mariposas que se deram mal eram as que se destacavam mais no ambiente. Em 1980,
porém, um detalhe que passou despercebido finalmente saltou aos olhos dos
pesquisadores: mariposas não vivem em troncos de árvores. A pesquisa era fajuta
desde o ponto de partida.
Embriões falsos: o engodo torna-se mais difícil de detectar quando
o perpetrador é um figurão, como o alemão Ernst von Haeckel. Naturalista
renomado e criador do termo “ecologia”, Haeckel foi autor, em 1874, de uma
série de desenhos de embriões de vertebrados - peixes, galinhas, seres humanos
- que mostravam similaridades marcantes em seus primeiros estágios
(reprodução ao lado). Segundo ele, seria a prova de um ancestral comum, ponto
essencial à teoria da evolução de Darwin. Mas os desenhos estavam errados: não
havia esse estágio inicial. No entanto, a descoberta de que não havia
essa “similaridade inicial” – em 1997 pelo
embriologista inglês Michael Richardson - foi tardia: por mais de um século os
desenhos serviram de base aos manuais de biologia. Veja ao lado os desenhos
mais atuais de Richardson, de acordo com a realidade objetiva - os embriões de
diferentes espécies, de fato, são bem mais diferentes entre si do que reza a
lenda evolucionista. Leia mais aqui.
Tem também a esquisitíssima estrela recém-descoberta,
que seria mais velha - pasmem os senhores - que o próprio universo. Segundo
estimativas, ela teria cerca de 13 bilhões de anos, isto é, é anterior ao “Big
Bang”! Essa nem Stephen Hawking consegue explicar, e as cinzas de Carl Sagan
devem estar tentando se reagrupar para inventar uma nova teoria. Talvez Richard
Dawkins saia com mais uma piadinha para poder escorregar como um espaguete
voador. Você pode ver essa bizarra descoberta neste link, para ver se estou inventando algo.
E aí, como fica o dogma de que a primeiríssimo evento foi a fagulha primordial
de que se originou tudo em um pentelhésimo de segundo? Quem se atreve a
questionar a santa inquisição da comunidade científica?
Há algum tempo, foram descobertos traços de tabaco e cocaína
em múmias do Egito. Levantou-se logo a polêmica de que esses vícios já existiam
na antiguidade, procurou-se traçar a rota das folhas do tabaco e da coca até
Tebas e supostos métodos de refino do pó no calor do Saara... Aí alguém lembrou
que, no início do século XX, quando as múmias foram para a Europa, os
examinadores costumavam fumar sem a menor cerimônia em cima das relíquias enfaixadas,
e que era comum o consumo de cocaína pelos bacanas da belle epoque em
salões onde as múmias ficavam expostas. Um vacilo geral da intelligentsia.
O celacanto: Acreditava-se
que esse estranho peixe tinha se extinguido há 300 milhões de anos (algumas
fontes dizem 70 milhões), sendo portanto, contemporâneo dos grandes
dinossauros. Especulava-se que ele seria o parente vivo mais próximo do peixe
ancestral que deu origem à linhagem dos tetrápodes, animais de quatro membros
(incluindo nós) que saíram da água e conquistaram a terra milhões de anos atrás
- tudo isso segundo a cronologia e a mitoideologia evolucionista. Até que em
1938 foi encontrado um celacanto nadando nas praias africanas! Passou então a
ser chamado de “fóssil vivo”, tendo sido encontradas centenas de exemplares
entre o continente africano e Madagascar, bem como perto da costa da Indonésia
e Filipinas (veja este video). Ninguém ainda explicou como
ele não evoluiu nada em 300 (ou 70) milhões de anos, mas já se sabe que ele é
muito mais próximo dos seus fósseis análogos do que os humanos atuais dos
supostos hominídeos (veja mais aqui).
Essas mancadas
homéricas desqualificam todos os
cientistas? Obviamente que não. Como falei antes, o que é verdade hoje, amanhã
pode já não ser. Durante um tempo, acreditou-se piamente que tais aberrações
fossem o supra-sumo da verdade. O grande problema é durante o “hoje”, quando
todos acreditam numa suposição ainda não comprovada, e quando chega o “amanhã”,
descobrem que não, não era nada disso, ficam todos com cara de tacho e passemos
adiante.
Mas mesmo assim insistem em tentar desqualificar a Bíblia
como Palavra imutável de um Deus imutável. Continuamos depois que por ora está
muito comprido. Tem mais.
Já falei antes de diversos erros e manotas de cientistas
sobre fósseis e outras “descobertas”. E nem vou falar de engodos “modernos” e
“pegadinhas” como a árvore de espaguete e da televisão que transmitia cheiros,
ou da invasão de marcianos de Orson Welles, que também enganaram meio mundo –
inclusive pesquisadores de diversas áreas.
Mas tenho que falar de fraudes ainda mais cabulosas, como as pesquisas
de genomas humanos e de chimpanzés. Possivelmente o trabalho mais amplamente
citado da evolução de primatas nos anos 1980 foi o de Sibley e Ahlquist, usando
o DNA para estudar a filogenia de primatas em trabalhos publicados em 1984 e
1987, no The Journal of Molecular Evolution. Eles concluíram que,
em vez de produzir uma relação efetivamente equidistante entre humanos,
chimpanzés e gorilas, conforme a maioria dos dados mostrava, humanos e
chimpanzés ficavam numa relação especial um com o outro, como parentes mais
próximos. A técnica foi chamada de hibridização de DNA, e eles já a vinham
aplicando extensivamente em aves. Mas os dados sobre os macacos não produziram
a conclusão filogenética publicada. Acidentalmente descoberta por outros
cientistas (Vincent Sarich, da Universidade da Califórnia-Berkeley; Carl
Schmid, da Universidade da California-Davis, e o brasileiro Michelson Borges),
muitos dados tinham sido alterados. Essas alterações não tinham sido reportadas,
e eram desconhecidas dos revisores e dos leitores dos seus trabalhos de 1984 e
1987. Quão importantes foram essas alterações?
Michelson Borges relata em seu site que
Sibley et alii admitiram que em seu trabalho de 1990, se não
fosse pelas alterações dos dados, “seria virtualmente certo Homo, Pan e
Gorilla formam uma tricotomia” [p. 225]. (Leia o restante do texto de Jonathan Marks, pesquisador evolucionista do Departamento de
Sociologia e Antropologia da Universidade da Carolina Norte).
Nota do blog Desafiando a Nomenklatura Científica: A grande mídia internacional e tupiniquim
nos bombardearam com os tais de 99% de semelhança entre os genomas humanos e de
chimpanzés. O 1% de dessemelhança nem sequer recebeu o devido destaque na
mídia. Mas, e se alguns estudos sobre a tão propalada “semelhança genômica”
entre humanos e chimpanzés estivessem sob suspeita de fraude, a Folha de SP
publicaria? Creio que não. Lá, quando a questão é Darwin, se for para
fortalecer os críticos e os de visões extremas da evolução, segundo Marcelo
Leite: “Não damos espaço”! Entendo que a ciência é feita por humanos falíveis e
sujeitos à vaidade quanto a um lugar no Panteão dos notáveis. Essa busca
desenfreada pelo tal de “elo perdido” – ou melhor, toda uma “corrente perdida”
– tem levado muitos cientistas darwinistas a perpetrarem fraudes para provar o
fato, Fato, FATO da evolução. Não tenho todas as informações sobre o assunto, a
não ser as versões apresentadas por Jonathan Marks, mas as que tenho não
deixam nenhuma sombra de dúvida: Sibley e Alquist cometeram fraude (Fonte 1)(Fonte 2).
O que queremos com tudo isso? É óbvio que não se trata de pura e
simplesmente ter a pretensão e a presunção de desacreditar a Ciência, nem mesmo
se tivesse muito tempo e espaço. É uma sandice. Como é outra sandice tentar
desacreditar a Bíblia (que é muito diferente de “religião”, “mitologia” etc.,
conforme já expliquei antes), com base em teorias científicas. As teorias mudam
constantemente, pois a cada nova descoberta científica surgem novos fatos que
por sua vez provocam novas tentativas de explicar a realidade, com base nas
últimas novidades. Só que muitas vezes os pesquisadores e cientistas se
enganam, e são enganados de boa ou de má-fé. Como você pode ver neste link, que mostra que dezenas de
“trabalhos científicos”, teses e teorias foram escritos usando-se um programa
de computador chamado vulgarmente de “gerador de lero-lero”. Portanto, ao usar
textos supostamente “científicos” para tentar desacreditar a Bíblia, mais
cuidado.
E o mais engraçado de tudo isto é que a Bíblia, que muitos
começaram a julgar obsoleta a partir do propalado Iluminismo, tem se mostrado a
cada dia mais verdadeira. Muitos fatos bíblicos simplesmente são desacreditados
e descartados sem mais nem menos, por que, como temos mostrado neste pequeno
espaço, quando se leva a sério a Palavra Inspirada do Deus Vivo, ela se mostra
fiel e digna de toda credibilidade. Como aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui...
Mas o pior de tudo é que muitas vezes é possível detectar um
movimento deliberado em direção à fraude e ao engano. O interessante
livro A História Secreta da Raça Humana, de Michael Cremo e Richard
Thompson, analisa descobertas arqueológicas não-convencionais e pouco
divulgadas pela mídia, como esqueletos de anatomia praticamente igual à de
seres humanos modernos encontrados num sítio do período do Plioceno, que se
supõe ter de 1,5 milhão a 5 milhões de anos. Os ossos foram descobertos numa
vala na cidade italiana de Castenedolo, na década de 1860.“Esse é um exemplo
bem documentado de restos humanos totalmente anômalos, numa época em que os
cientistas supõem que eles seriam impossíveis”, diz um dos autores.
Outra evidência apontada pelo livro: em 1849, operários de
uma mina de ouro na Califórnia encontraram ferramentas mais avançadas, como
pontas de lança e pedras de amolar, em leitos de cascalho localizados dezenas
de metros abaixo das rochas. A idade dos cascalhos é estimada em 9 milhões a 55
milhões de anos, ou seja, um tempo muito anterior ao “surgimento” de uma
criatura capaz de fabricar ferramentas, segundo a concepção evolucionista.
O livro menciona ainda casos mais extremos levantados pelos
pesquisadores. Em 1844, um cordão de ouro foi encontrado a 2,40 m dentro de uma
rocha que estava sendo removida por operários em Dorchester, Inglaterra. Em 1985,
a pedra teria sido datada como sendo do período Carbonífero Primitivo – entre
320 milhões e 362 milhões de anos de idade. Para Cremo e Thompson, essa é
apenas mais uma evidência subestimada. Será que não seria mais lógico associar
tal achado ao dilúvio de Gênesis?
Na África, na década de 1980, foi encontrada uma esfera de
metal, perfeitamente redonda, com três listras paralelas sulcadas em
baixo-relevo. Ela estava num depósito mineral que teria cerca de 2,8 bilhões de
anos! Mais uma indicação de que a raça humana era tremendamente capaz no início
da história deste mundo, conforme sustenta a Bíblia!
Resumindo, para
Cremo e Thopson, os cientistas teriam se apegado tão firmemente à teoria
darwiniana que já não consideram nenhuma outra possibilidade, fazendo vista
grossa para possíveis evidências que não estejam de acordo com sua “crença”.
Esqueceram-se de dizer que, se por um lado essas evidências que não se encaixam
no molde evolucionista são descartadas, por outro lado as fraudes são
facilmente aceitas, tamanha a vontade de validar um modelo aceito a
priori. [Veja aqui um exemplo.] Os autores lembram ainda que, se um
pesquisador encontrar algum osso ou outro indício que vá contra a linha
evolutiva, ou ele finge que não encontrou nada ou se prepara para todo tipo de
represália velada: descrédito dos colegas, ameaças de demissão ou de corte de
verbas e exclusão dos periódicos científicos. “A teoria da evolução
teria se tornado uma questão de fé, ou a ciência não teria capacidade de lidar
com novos fatos que contradizem teorias que atualmente são aceitas como verdadeiras”,
assumem. O próprio Michael Cremo admite que “os cientistas de hoje
estão muito apaixonados pela teoria da evolução e é natural que se oponham a
quem vai contra ela. Por outro lado, há a questão do poder. Há vários tipos de
poder no mundo e o intelectual é um deles. Quem detém o poder quer mantê-lo.
Num nível mais profundo, acredito que muitos cientistas que apóiam a evolução e
os pressupostos materialistas envolvidos nela têm uma ideologia com implicações
para a sociedade humana. Os objetivos que nos colocamos a longo prazo são
determinados em grande parte a partir das respostas para “quem sou eu?” e “de
onde eu vim?”. Com seu monopólio, os evolucionistas estão nos dando respostas
bastante materialistas para essas questões. Logo, não é de se espantar que a
civilização humana tenha se tornado materialista e absorta no processo de
produção e consumo material”. (Fonte dessa resenha) Para ver matérias
atualizadas sobre o assunto fraudes científicas, clique aqui e aqui.
Acho que isso
deixa claro por que, apesar de tantos erros, certas “teorias” permanecem sendo
aceitas como verdades absolutas. E esse posicionamento cega as pessoas para que
não enxerguem que a Verdade Bíblica continua válida através dos séculos, em que
pesem os esforços hercúleos daintelligentsia para destruí-la.
Finalizo com um comentário a respeito de matéria publicada na revista Veja,
sobre Viktor Deak, “paleoartista”.
"recriações desse tipo são hipóteses. Dez especialistas diferentes produzirão dez imagens diferentes". - Veja -23/09/2009
Desprezam a bíblia, mas querem que eu acredite nesta hipótese?
Fonte: doaquemdoer.blogspot.com.br
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