18 abril 2017

DESMONTANDO O ARGUMENTO CESSACIONISTA

Veja como é fácil desmontar um argumento cessacionista:
CESSACIONISTA: “A Carta aos Hebreus diz que outrora Deus falou aos nossos pais de muitas maneiras pelos profetas, mas a nós falou nestes últimos dias pelo Filho. Portanto, os dons espirituais se tornaram obsoletos e agora basta-nos as palavras de Cristo Jesus registradas na Bíblia sagrada”
Aí você pergunta assim para deixá-lo rodando feito barata tonta:
“Primeiro, o autor da Carta aos Hebreus está falando da cessação dos dons em seu tempo? Ou está falando da superioridade do Filho sobre os antigos profetas e, logo depois, da superioridade de Cristo sobre os anjos? O tema da carta aos Hebreus é cessação dos dons ou é a supremacia de Cristo acima dos anjos, da Lei, do Templo e dos Profetas?
 No que esta superioridade deve implicar necessariamente na cessação dos dons, ainda mais quando este assunto não é o objetivo de nenhum dos capítulos desta carta? Segundo, estes profetas citados no texto de Hebreus referem-se aos portadores do dom de profecia do Novo Testamento ou aos profetas do Antigo Testamento cuja autoridade canônica obviamente não se repete mais? 
Terceiro, o texto fala de ‘nestes último dias’. Estes últimos dias não equivalem a toda dispensação da igreja, a era do Espírito Santo, na qual Deus prometeu em Joel derramar efusivamente sobre ‘toda a carne’ o seu Espírito, e que tal experiência se confirmaria através de profecias, sonhos, visões e outros sinais extraordinários? Não foi Pedro quem declarou em Pentecostes que essa promessa do derramamento do Espírito com dons seria para ‘vós, vossos filhos, os que estão longe e a todos quantos Deus chamar’? Não fomos nós também no século 21 chamados por Deus? Não vivemos nós também nos ‘últimos dias’? Como pode não ser uma promessa para nós aquela gloriosa promessa para a igreja dos últimos dias?
 Quarto, estou de acordo que bastam as palavras de Cristo registradas na Bíblia sagrada, mas por que isso deve implicar em que os dons se tornaram obsoletos? Aliás, justamente a suficiência das Escrituras em termos de doutrina, leva-me a concluir que, ao contrário de se tornarem obsoletos com a revelação de Cristo, os dons tornaram-se mais úteis e necessários, afinal de contas, foi o próprio Cristo quem declarou em sua Palavra: ‘E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão’ (Mc 16.17,18). De fato, bastam as palavras de Cristo – Sola Scriptura – e por elas somente eu estou convencido de que os dons são uma promessa de Deus que se estende também a nós, que cremos em Cristo e na Sua Palavra!”
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Pronto. Na próxima vez que Augustus Nicodemus, Marcos Granconato, John McArthur ou qualquer cessacionista apelar para Hebreus 1.1, você já saberá fazer algumas perguntas retóricas.
Pb. Tiago Rosas

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