O Arcebispo emérito de São Paulo, Dom Cláudio Hummes, concedeu uma
ótima entrevista publicada neste final de semana pelo jornal gaúcho Zero
Hora em que fala sobre temas polêmicos e o papado de Francisco. A
jornalista Cleidi Pereira conversou com o religioso que até afirmou que
um homossexual pode ser santo, não havendo impedimento para sua
religiosidade. Cotado como possível nome a se tornar líder máximo da
Igreja no conclave do ano passado, dom Cláudio Hummes é amigo próximo do
papa eleito e vem da ordem Franciscana, tendo encontrado a sua vocação
ainda criança. A publicação destaca ainda que em breve o religioso fará
80 anos.
Hummes classifica como positivo este pouco mais de um ano de pontificado do seu colega. Ao ser perguntado da possibilidade de mudanças na forma em que a Igreja vê questões como celibato, divórcio, homossexualidade e ordenação de mulheres, o arcebispo brasileiro afirma: “Foi enviado um grande questionário, e aí está uma outra novidade dele, porque ele insistiu que esse questionário — que já foi respondido — também fosse entregue aos leigos. Em outubro, terá o sínodo extraordinário que vai tratar dessa questão”, revela o religioso.
A jornalista pergunta se algo mudou na relação da Igreja com os gays e ainda “Se um casal homoafetivo procurar uma paróquia, poderá receber os sacramentos ou ser padrinho em um batizado, por exemplo?”. Hummes respondeu que não está a par da questão mas relembrou o que disse o papa: "Se um homossexual busca Deus, quem sou eu para julgá-lo?" Para ele, “A pessoa tem de ser respeitada. Se ela tem uma orientação homossexual, o que isso significa na vida dela? Ela, na verdade, tem de viver dignamente a sua vida. Nessa questão do batizado, não sei como os bispos estão aplicando isso, porque, em si, não tem nada a ver com isso, a não ser que fosse um pecador público, digamos assim, que fosse uma pessoa complicada nesse sentido. O padrinho é aquele que deve ajudar a educar religiosamente, e uma pessoa que tem uma orientação sexual poder ser um santo. Se ele vive o evangelho, dentro das suas condições, ele pode ser um santo. Em tese, não tem nada contrário”.
Dom Claudio Hummes afirma ainda que é preciso calma com as mudanças. “A gente não deve ter pressa. É a Igreja quem tem que indicar o caminho e não a pessoa individual querer fazer reformas. Então, temos que ter paciência, mas o fato de que ele abriu essas portas mostra que a Igreja está querendo realmente ser mais positiva nessas questões”.
Hummes classifica como positivo este pouco mais de um ano de pontificado do seu colega. Ao ser perguntado da possibilidade de mudanças na forma em que a Igreja vê questões como celibato, divórcio, homossexualidade e ordenação de mulheres, o arcebispo brasileiro afirma: “Foi enviado um grande questionário, e aí está uma outra novidade dele, porque ele insistiu que esse questionário — que já foi respondido — também fosse entregue aos leigos. Em outubro, terá o sínodo extraordinário que vai tratar dessa questão”, revela o religioso.
A jornalista pergunta se algo mudou na relação da Igreja com os gays e ainda “Se um casal homoafetivo procurar uma paróquia, poderá receber os sacramentos ou ser padrinho em um batizado, por exemplo?”. Hummes respondeu que não está a par da questão mas relembrou o que disse o papa: "Se um homossexual busca Deus, quem sou eu para julgá-lo?" Para ele, “A pessoa tem de ser respeitada. Se ela tem uma orientação homossexual, o que isso significa na vida dela? Ela, na verdade, tem de viver dignamente a sua vida. Nessa questão do batizado, não sei como os bispos estão aplicando isso, porque, em si, não tem nada a ver com isso, a não ser que fosse um pecador público, digamos assim, que fosse uma pessoa complicada nesse sentido. O padrinho é aquele que deve ajudar a educar religiosamente, e uma pessoa que tem uma orientação sexual poder ser um santo. Se ele vive o evangelho, dentro das suas condições, ele pode ser um santo. Em tese, não tem nada contrário”.
Dom Claudio Hummes afirma ainda que é preciso calma com as mudanças. “A gente não deve ter pressa. É a Igreja quem tem que indicar o caminho e não a pessoa individual querer fazer reformas. Então, temos que ter paciência, mas o fato de que ele abriu essas portas mostra que a Igreja está querendo realmente ser mais positiva nessas questões”.
E
“Se Jesus vivesse hoje, ele seria a favor do casamento gay?”, perguntou
a jornalista. “Não sei, não faço nenhuma hipótese sobre isso. Quem deve
responder isso é a Igreja em seu conjunto. Temos que cuidar para não
ficar levantando questões individualmente, porque isso acaba criando
mais dificuldades para a gente chegar numa conclusão que seja válida.
Acho que a gente tem que se reunir, ouvir as pessoas, os próprios em
jogo, os bispos. É a Igreja que deve indicar os caminhos, e deve haver
caminho para todos”, respondeu o arcebispo.
Confira a entrevista completa no site da RBS, clique aqui.
Comentario de Wáldson: Pois bem, senhores leitores, estamos vendo aqui o inicio do declínio. A resistência do Catolicismo Romano quanto a aceitação de um membro gay, está ganhando força e tendo uma aceitação de um dos homens que foi cotado para ser o papa, quando da escolha do atual.
Parece-me que, Francisco, o Papa, quer receber os homossexuais sem nenhuma imposição de que se abandone a vida de pecado.
Amigo do papa desde sua mocidade, o arcebispo Hummes deixou bem claro que a igreja irá abrir-se para que esse grupo, até então não aceito pela igreja, venha fazer parte dela.
Intrigante é o que ele diz:"...uma pessoa que tem uma orientação sexual poder
ser um santo. Se ele vive o evangelho, dentro das suas condições, ele
pode ser um santo".
Ora, como alguém pode viver o evangelho parcialmente? Foi isso que ele deixou claro ao afirmar "viver o evangelho dentro de suas condições".
Todos sabemos que a força motriz que impede os homossexuais de serem recebido como 'filhos da igreja', é o papa. Se ele sinalizou que está aberto a mudanças, vejam só o grande abismo que ainda mais estará descendo essa religião.
O Secretário da CNBB e bispo auxiliar de Brasília, dom Leonardo Steiner já tinha dado mostras de que alguma mudança estaria para ocorrer, quando disse numa entrevista que "... “pessoas do mesmo sexo que decidiram viver juntas necessitam de
um amparo legal na sociedade”.
Vejo que a igreja Romana está ficando sem saída, á medida em que ela é taxada de "...resistente com os homossexuais, mas frouxa com os padres pedófilos" e por conta disso, resolveu 'estudar o caso mais de perto'.
Estamos vivendo dias em que a 'Teologia Inclusiva' tem se alastrado por muitas igrejas, fazendo-as ceder em seu compromisso de velar pela Palavra de Deus, que não aceita essa comportamento.
Diversas igrejas(cristãs, judaicas, evangelicas, históricas), já cederam á pressão dos grupos gays e já aceitam as pessoas como membros e até como seus líderes ou sacerdotes. Porém, a Palavra de Deus, não muda, porque o Seu Autor não muda.
Viva vencendo as seduções do diabo, que arrasta homens para o pecado!!!
Abraços.
Seu irmão menor.
Vou deixar aqui um Artigo muito esclarecedor, que vale muito ser lido. Foi escrito pelo Rev. Augustus Nicodemus Lopes. Boa leitura:
A “teologia inclusiva” é uma abordagem segundo a
qual, se Deus é amor, aprovaria todas as relações humanas, sejam quais forem,
desde que haja este sentimento. Essa linha de pensamento tem propiciado o surgimento
de igrejas onde homossexuais, nesta condição, são admitidos como membros e a
eles é ensinado que o comportamento gay não é fator impeditivo à vida cristã e
à salvação. Assim, desde que haja amor genuíno entre dois homens ou duas
mulheres, isso validaria seu comportamento, à luz das Escrituras. A falácia
desse pensamento é que a mesma Bíblia que nos ensina que Deus é amor igualmente
diz que ele é santo e que sua vontade quanto à sexualidade humana é que ela
seja expressa dentro do casamento heterossexual, sendo proibidas as relações
homossexuais.
Em segundo lugar, a “teologia inclusiva” defende
que as condenações encontradas no Antigo Testamento, especialmente no livro de
Levítico, se referem somente às relações sexuais praticadas em conexão com os cultos
idolátricos e pagãos, como era o caso dos praticados pelas nações ao redor de
Israel. Além disso, tais proibições se encontram ao lado de outras regras
contra comer sangue ou carne de porco, que já seriam ultrapassadas e, portanto,
sem validade para os cristãos. Defendem ainda que a prova de que as proibições
das práticas homossexuais eram culturais e cerimoniais é que elas eram punidas
com a morte – coisa que não se admite a partir da época do Novo
Testamento.
É fato que as relações homossexuais aconteciam
inclusive – mas não exclusivamente – nos cultos pagãos dos
cananeus. Contudo, fica evidente que a condenação da prática homossexual
transcende os limites culturais e cerimoniais, pois é repetida claramente no
Novo Testamento. Ela faz parte da lei moral de Deus, válida em todas as épocas
e para todas as culturas. A morte de Cristo aboliu as leis cerimoniais, como a
proibição de se comer determinados alimentos, mas não a lei moral, onde
encontramos a vontade eterna do Criador para a sexualidade humana. Quando ao
apedrejamento, basta dizer que outros pecados punidos com a morte no Antigo
Testamento continuam sendo tratados como pecado no Novo, mesmo que a condenação
capital para eles tenha sido abolida – como, por exemplo, o adultério e a
desobediência contumaz aos pais.
PECADO E DESTRUIÇÃO
Os teólogos inclusivos gostam de dizer
que Jesus Cristo nunca falou contra o homossexualismo. Em compensação, falou
bastante contra a hipocrisia, o adultério, a incredulidade, a avareza e outros
pecados tolerados pelos cristãos. Este é o terceiro ponto: sabe-se, todavia,
que a razão pela qual Jesus não falou sobre homossexualidade é que ela não
representava um problema na sociedade judaica de sua época, que já tinha como
padrão o comportamento heterossexual. Não podemos dizer que não havia judeus
que eram homossexuais na época de Jesus, mas é seguro afirmar que não assumiam
publicamente esta conduta. Portanto, o homossexualismo não era uma realidade
social na Palestina na época de Jesus. Todavia, quando a Igreja entrou em
contato com o mundo gentílico – sobretudo as culturas grega e romana, onde as
práticas homossexuais eram toleradas, embora não totalmente aceitas –, os
autores bíblicos, como Paulo, incluíram as mesmas nas listas de pecados contra
Deus. Para os cristãos, Paulo e demais autores bíblicos escreveram debaixo da
inspiração do Espírito Santo enviado por Jesus Igreja nos dias de hoje.
O quarto ponto equivocado da abordagem
que tenta fazer do comportamento gay algo normal e aceitável no âmbito do
Cristianismo é a suposição de que o pecado de Sodoma e Gomorra não foi o
homossexualismo, mas a falta de hospitalidade para com os hóspedes de Ló. A
base dos teólogos inclusivos para esta afirmação é que no original hebraico se
diz que os homens de Sodoma queriam “conhecer” os hóspedes de Ló (Gênesis 19.5)
e não abusar sexualmente deles, como é traduzido em várias versões, como
na Almeida atualizada. Outras versões como a Nova versão
internacional e a Nova tradução na linguagem de hoje entendem
que conhecer ali é conhecer sexualmente e dizem que os concidadãos de Ló
queriam “ter relações” com os visitantes, enquanto a SBP é ainda mais clara:
“Queremos dormir com eles”. Usando-se a regra de interpretação simples de
analisar palavras em seus contextos, percebe-se que o termo hebraico usado para
dizer que os homens de Sodoma queriam “conhecer” os hóspedes de Ló (yadah)
é o mesmo termo que Ló usa para dizer que suas filhas, que ele oferecia como alternativa
à tara daqueles homens, eram virgens: “Elas nunca conheceram (yadah)
homem”, diz o versículo 8. Assim, fica evidente que “conhecer”, no contexto da
passagem de Gênesis, significa ter relações sexuais. Foi esta a interpretação
de Filo, autor judeu do século 1º, em sua obra sobre a vida de Abraão: segundo
ele, "os homens de Sodoma se acostumaram gradativamente a ser tratados
como mulheres."
Ainda sobre o pecado cometido naquelas
cidades bíblicas, que acabaria acarretando sua destruição, a “teologia
inclusiva” defende que o profeta Ezequiel claramente diz que o erro daquela
gente foi a soberba e a falta de amparo ao pobre e ao necessitado (Ez 16.49).
Contudo, muito antes de Ezequiel, o “sodomita” era colocado ao lado da
prostituta na lei de Moisés: o rendimento de ambos, fruto de sua imoralidade
sexual, não deveria ser recebido como oferta a Deus, conforme Deuteronômio
23.18. Além do mais, quando lemos a declaração do profeta em contexto,
percebemos que a soberba e a falta de caridade era apenas um entre os muitos
pecados dos sodomitas. Ezequiel menciona as “abominações” dos sodomitas, as
quais foram a causa final da sua destruição: “Eis que esta foi a iniquidade de
Sodoma, tua irmã: soberba, fartura de pão e próspera tranquilidade teve ela e
suas filhas; mas nunca amparou o pobre e o necessitado. Foram arrogantes e
fizeram abominações diante de mim; pelo que, em vendo isto, as removi dali”
(Ez 16.49-50). Da mesma forma, Pedro, em sua segunda epístolas, refere-se às
práticas pecaminosas dos moradores de Sodoma e Gomorra tratando-as como
“procedimento libertino”.
Um quinto argumento é que haveria alguns
casos de amor homossexual na Bíblia, a começar pelo rei Davi, para quem o amor
de seu amigo Jônatas era excepcional, “ultrapassando o das mulheres” (II Samuel
1.26). Contudo, qualquer leitor da Bíblia sabe que o maior problema pessoal de
Davi era a falta de domínio próprio quanto à sua atração por mulheres. Foi isso
que o levou a casar com várias delas e, finalmente, a adulterar com Bate-Seba,
a mulher de Urias. Seu amor por Jônatas era aquela amizade intensa que pode
existir entre duas pessoas do mesmo sexo e sem qualquer conotação erótica.
Alguns defensores da “teologia inclusiva” chegam a categorizar o relacionamento
entre Jesus e João como homoafetivo, pois este, sendo o discípulo amado do
Filho de Deus, numa ocasião reclinou a sua cabeça no peito do Mestre (João
13.25). Acontece que tal atitude, na cultura oriental, era uma demonstração de
amizade varonil – contudo, acaba sendo interpretada como suposta evidência de
um relacionamento homoafetivo. Quem pensa assim não consegue enxergar amizade
pura e simples entre pessoas do mesmo sexo sem lhe atribuir uma conotação
sexual.
“TORPEZA”
Há uma sexta tentativa de reinterpretar
passagens bíblicas com objetivo de legitimar a homossexualidade. Os
propagadores da “teologia gay” dizem que, no texto de Romanos 1.24-27, o
apóstolo Paulo estaria apenas repetindo a proibição de Levítico à prática
homossexual na forma da prostituição cultual, tanto de homens como de mulheres
– proibição esta que não se aplicaria fora do contexto do culto idolátrico e
pagão. Todavia, basta que se leia a passagem para ficar claro o que Paulo
estava condenando. O apóstolo quis dizer exatamente o que o texto diz: que
homens e mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro,
contrário à natureza, e que se inflamaram mutuamente em sua sensualidade –
homens com homens e mulheres com mulheres –, “cometendo torpeza” e “recebendo a
merecida punição por seus erros”. E ao se referir ao lesbianismo como pecado,
Paulo deixa claro que não está tratando apenas da pederastia, como alguns
alegam, visto que a mesma só pode acontecer entre homens, mas a todas as
relações homossexuais, quer entre homens ou mulheres.
É alegado também que, em I Coríntios
6.9, os citados efeminados e sodomitas não seriam homossexuais, mas pessoas de
caráter moral fraco (malakoi, pessoa “macia” ou “suave”) e que praticam
a imoralidade em geral (arsenokoites, palavra que teria sido inventada
por Paulo). Todavia, se este é o sentido, o que significa as referências a
impuros e adúlteros, que aparecem na mesma lista? Por que o apóstolo repetiria
estes conceitos? Na verdade, efeminado se refere ao que toma a posição passiva
no ato homossexual – este é o sentido que a palavra tem na literatura grega da
época, em autores como Homero, Filo e Josefo – e sodomita é a referência ao
homem que deseja ter coito com outro homem
.
Há ainda uma sétima justificativa
apresentada por aqueles que acham que a homossexualidade é compatível com a fé
cristã. Segundo eles, muitas igrejas cristãs históricas, hoje, já aceitam a
prática homossexual como normal – tanto que homossexuais praticantes, homens e
mulheres, têm sido aceitos não somente como membros mas também como pastores e
pastoras. Essas igrejas, igualmente, defendem e aceitam a união civil e o
casamento entre pessoa do mesmo sexo. É o caso, por exemplo, da Igreja
Presbiteriana dos Estados Unidos – que nada tem a ver com a Igreja
Presbiteriana do Brasil –, da Igreja Episcopal no Canadá e de igrejas em nações
européias como Suécia, Noruega e Dinamarca, entre outras confissões. Na maioria
dos casos, a aceitação da homossexualidade provocou divisões nestas igrejas, e
é preciso observar, também, que só aconteceu depois de um longo processo de
rejeição da inspiração, infalibilidade e autoridade da Bíblia. Via de regra,
essas denominações adotaram o método histórico-crítico – que, por definição,
admite que as Sagradas Escrituras são condicionadas culturalmente e que
refletem os erros e os preconceitos da época de seus autores. Desta forma, a
aceitação da prática homossexual foi apenas um passo lógico. Outros ainda
virão. Todavia, cristãos que recebem a Bíblia como a infalível e inerrante
Palavra de Deus não podem aceitar a prática homossexual, a não ser como uma
daquelas relações sexuais consideradas como pecaminosas pelo Senhor, como o
adultério, a prostituição e a fornicação.
Contudo, é um erro pensar que a Bíblia
encara a prática homossexual como sendo o pecado mais grave de todos. Na
verdade, existe um pecado para o qual não há perdão, mas com certeza não se
trata da prática homossexual: é a blasfêmia contra o Espírito Santo, que
consiste em atribuir a Satanás o poder pelo qual Jesus Cristo realizou os seus
milagres e prodígios aqui neste mundo, mencionado em Marcos 3.22-30.
Consequentemente, não está correto usar a Bíblia como base para tratar
homossexuais como sendo os piores pecadores dentre todos, que estariam além da
possibilidade de salvação e que, portanto, seriam merecedores de ódio e desprezo.
É lamentável e triste que isso tenha acontecido no passado e esteja se
repetindo no presente. A mensagem da Bíblia é esta: “Todos pecaram e carecem da
glória de Deus”, conforme Romanos 3.23. Todos nós precisamos nos arrepender de
nossos pecados e nos submetermos a Jesus Cristo, o Salvador, pela fé, para
recebermos o perdão e a vida eterna.
Lembremos ainda que os autores bíblicos
sempre tratam da prática homossexual juntamente com outros pecados. O 20º
capítulo de Levítico proíbe não somente as relações entre pessoas do mesmo
sexo, como também o adultério, o incesto e a bestialidade. Os sodomitas e
efeminados aparecem ao lado dos adúlteros, impuros, ladrões, avarentos e
maldizentes, quando o apóstolo Paulo lista aqueles que não herdarão o Reino de
Deus (I Coríntios 6.9-10). Porém, da mesma forma que havia nas igrejas cristãs
adúlteros e prostitutas que haviam se arrependido e mudado de vida, mediante a
fé em Jesus Cristo, havia também efeminados e sodomitas na lista daqueles que
foram perdoados e transformados.
COMPAIXÃO
É fundamental, aqui, fazer uma
importante distinção. O que a Bíblia condena é a prática homossexual, e não a
tentação a esta prática. Não é pecado ser tentado ao homossexualismo, da mesma
forma que não é pecado ser tentado ao adultério ou ao roubo, desde que se
resista. As pessoas que sentem atração por outras do mesmo sexo devem lembrar
que tal desejo é resultado da desordem moral que entrou na humanidade com a
queda de Adão e que, em Cristo Jesus, o segundo Adão, podem receber graça e
poder para resistir e vencer, sendo justificados diante de Deus.
Existem várias causas identificadas
comumente para a atração por pessoas do mesmo sexo, como o abuso sexual sofrido
na infância. Muitos gays provêm de famílias disfuncionais ou tiveram experiências
negativas com pessoas do sexo oposto. Há aqueles, também, que agem
deliberadamente por promiscuidade e têm desejo de chocar os outros. Um outro
fator a se levar em conta são as tendências genéticas à homossexualidade, cuja
existência não está comprovada até agora e tem sido objeto de intensa polêmica.
Todavia, do ponto de vista bíblico, o homossexualismo é o resultado do abandono
da glória de Deus, da idolatria e da incredulidade por parte da raça humana,
conforme Romanos 1.18-32. Portanto, não é possível para quem crê na Bíblia
justificar as práticas homossexuais sob a alegação de compulsão incontrolável e
inevitável, muito embora os que sofrem com esse tipo de impulso devam ser
objeto de compaixão e ajuda da Igreja cristã.
É preciso também repudiar toda
manifestação de ódio contra homossexuais, da mesma forma com que o fazemos em
relação a qualquer pessoa. Isso jamais nos deveria impedir, todavia, de
declarar com sinceridade e respeito nossa convicção bíblica de que a prática
homossexual é pecaminosa e que não podemos concordar com ela, nem com leis que
a legitimam. Diante da existência de dispositivos legais que permitem que uma
pessoa deixe ou transfira seus bens a quem ele queira, ainda em vida, não há
necessidade de leis legitimando a união civil de pessoas de mesmo sexo – basta
a simples manifestação de vontade, registrada em cartório civil, na forma de
testamento ou acordo entre as partes envolvidas. O reconhecimento dos direitos
da união homoafetiva valida a prática homossexual e abre a porta para o
reconhecimento de um novo conceito de família. No Brasil, o reconhecimento
da união civil de pessoas do mesmo sexo para fins de herança e outros
benefícios aconteceu ao arrepio do que diz a Constituição: “Para efeito da
proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como
entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento” (Art.
226, § 3º).
Cristãos que recebem a Bíblia como a
palavra de Deus não podem ser a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo,
uma vez que seria a validação daquilo que as Escrituras, claramente, tratam
como pecado. O casamento está no âmbito da autoridade do Estado e os cristãos
são orientados pela Palavra de Deus a se submeter às autoridades constituídas;
contudo, a mesma Bíblia nos ensina que nossa consciência está submissa, em
última instância, à lei de Deus e não às leis humanas – “Importa antes obedecer
a Deus que os homens” (Atos 5.29). Se o Estado legitimar aquilo que Deus
considera ilegítimo, e vier a obrigar os cristãos a irem contra a sua
consciência, eles devem estar prontos a viver, de maneira respeitosa e pacífica
em oposição sincera e honesta, qualquer que seja o preço a ser pago.
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