13 junho 2014

PRESENÇA DE PADRE EM CASAMENTO GAY, SOA COMO APOIO, SEGUNDO A IGREJA CATÓLICA ROMANA


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Pároco diz ter sido convidado como amigo para dar bênção à união. Igreja afirma que presença do religioso vai contra as convicções católicas.

Uma bênção concedida a um casal gay motivou o afastamento do padre César Garcia de suas atividades na Paróquia São Leopoldo, em Goiânia. A decisão foi comunicada a ele na terça-feira (10) pelo arcebispo de Goiânia, dom Washington Cruz. O pároco deve permanecer ausente das atividades até que a Igreja Católica conclua um inquérito sobre o caso.

A medida é consequência da presença do religioso em um evento no último dia 20, quando dois arquitetos celebraram a união homoafetiva, que já dura 11 anos. César Garcia foi um dos convidados para a celebração na residência do casal.



Padre César (foto) relata que esteve no local como amigo dos arquitetos, e não como representante da Igreja Católica. Ele disse que, inclusive, não utilizava batina e estava vestido como uma pessoa comum.

"Eles não pediram sacramento, não pediram nada disso, pediram uma oração", afirma. O padre relata ter rezado o Salmo 83 da Bíblia e feito um discurso sobre "a grandeza do amor e o respeito às pessoas".

Porém, fotos da celebração, que mostravam a presença do padre, foram publicadas em redes sociais e repercutiram entre os membros mais conservadores da Igreja. Um processo canônico no Tribunal Eclesiástico de Goiânia foi aberto para investigar o caso. Antes que a investigação fosse concluída, entretanto, o clero determinou o afastamento do padre por tempo indeterminado.

Surpreso com a repercussão do caso, o arquiteto Leo Romano explicou ao G1 que o objetivo da presença de César Garcia na cerimônia era o de abençoar a residência do casal. "Em momento nenhum se falou essa palavra casamento, não houve aliança, entrada de padrinho. Foi uma celebração de amor", diz.

Por outro lado, para a Igreja, a presença do padre deu margem para interpretações errôneas da intenção dele e do casal. "A presença de uma pessoa, ainda que silenciosa, diz alguma coisa. E nesse sentido, a presença do padre César não é uma presença indiferente, ainda que não tivesse dito nada. E, certamente, dentro dessas circunstâncias, essa presença vai contra as convicções da Igreja Católica", afirma o padre e professor de teologia moral Luiz Henrique Brandão, representante da Arquidiciose de Goiânia.

“Nesse caso, se houver possibilidade de confusão, é melhor que aquela bênção não fosse feita justamente para se evitar em quem recebe e em quem participa dela, uma confusão", completa.

Entretanto, padre César defende que a bênção não deveria ser punida. "Nós entendemos que todos somos filhos de Deus e merecemos uma benção. Não se nega benção a ninguém", diz.

Segundo o padre Luiz, César e testemunhas serão ouvidos pelo caso. Ele afirma que a medida de afastamento não foi uma punição, mas “um ato que quer remediar e favorecer a resolução da situação”. Não há prazo para que o a Igreja conclua a investigação.

Fonte: G1

Comentário de Wáldson: A verdade é que, se a igreja não concorda e um de seus representantes, como é o caso, esteve presente, significa sim, que houve conivência e apoio á união.
O fato de dizer que 'foi apenas como amigo', não o inocenta diante da igreja. Como amigo ou não, ele é, antes de tudo um sacerdote da igreja e jamais poderia estar presente.
Quanto á benção que ele disse: 'não se nega benção a ninguém', é um discurso de auto-defesa. A benção pode ser negada sim, desde que o proprio Deus não abençoa determinadas atitudes.
Faltou ao padre, senso crítico e temor a Deus. Se tivesse um ou outro, não estaria presente na cerimonia, mesmo que fossem amigos.
A amizade que tenho com uma pessoa não me dá liberdade para estar presente em qualquer reunião ou festividade que ela me convide.
Meu compromisso primeiro deve ser com Deus.
Falhou feio padre!!

Abraços.

Vivam vencendo as 'adesões' que vêm sendo feitas sem a benção de Deus!!!

Seu irmão menor.

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