Na última sexta-feira (16) o Conselho Regional de Psicologia (CRP) do Paraná decidiu cassar o registro profissional da psicóloga cristã por ela supostamente impor convicções religiosas em seu consultório.
Marisa Lobo também foi acusada de tentar promover a “Cura Gay”. Marisa enfrentou o Conselho Federal de Psicologia (CFP) ao participar de audiências públicas em favor do Projeto de Decreto Legislativo 234 que torna sem efeito parte do Artigo 3º e o Artigo 4ª da Resolução nº 1 do CFP e que foi apelidado pela imprensa de “Cura Gay.
O processo corria em sigilo, mas o senador Magno Malta (PR/ES) realizou um discurso no plenário do Senado revelando a decisão e defendendo a psicóloga. De acordo com Lobo, ela sofre perseguição religiosa pelo CRP. “Não sou eu homofóbica, esse povo que é cristofóbico”, declara.
A psicóloga afirmou que vai recorrer ao Ministério Público contra a decisão. Ela se diz inocente das acusações a respeito da “cura gay”. “Quem inventou isso foi a AGLBT [Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais]. Tenho pacientes muito respeitados que gostam de mim, que são homossexuais e que continuam homossexuais”, contou. “Meu erro foi não querer tirar ‘psicologia cristã’ do meu site”.
“Tentaram me enfiar o tempo inteiro nesse troço de homofobia. Eu tenho 49 amigos em um grupo de Whatsapp que são ex-homossexuais com suas famílias. E são seus meus amigos”, disse, para provar que não é preconceituosa. “A minha filha tem três amigas que são lésbicas. Olha como Deus é bom, né? E elas trabalham com a minha filha e dormem aqui na minha casa”.
Apesar de acreditar que a psicologia deva ajudar as pessoas a fazerem suas escolhas, Marisa responde que não pode orientar homossexuais a se tornarem heterossexuais. “A psicologia não pode [ajudar uma pessoa a se tornar ex-gay] porque o Conselho não permite”, explica. Para ela, isso é tirar “a liberdade das pessoas de não querer viver essa vida”.
Por nota, o Conselho Regional de Psicologia afirmou que não vai se manifestar sobre o caso. “As informações referentes ao processo são sigilosas até o resultado do julgamento, que ainda cabe recurso à instância federal”.
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Uol.com.br
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