08 maio 2014

LIÇÃO 06 - "O MINISTÉRIO APOSTÓLICO" - 11/05/14



TEXTO ÁUREO:

 “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores”(Ef 4.11).

VERDADE PRÁTICA:

 O dom do apostolado foi concedido por Deus à igreja com o propósito de expandir o Evangelho de Cristo.

LEITURA BÍBLICA: EFÉSIOS 4: 7-16

INTRODUÇÃO

O COLÉGIO APOSTÓLICO

A formação cultural de Paulo. Instruído aos pés de Gamaliel (At 22.3), Saulo pertencia ao partido religioso mais conceituado do Judaísmo - os fariseus (At 26.5; Fp 3.5). Ele conhecia profunda e intimamente o Antigo Testamento (Rm 1.17; 3.4,5,10-18; 9.6-33), as tradições de seu povo (At 26.24; 28.17,18; Gl 1.13-14) e a língua hebraica (At 22.1,2). Era tão bem versado no meio reli­gioso de Israel que, dos principais sacerdotes, recebera autorização para perseguir os discípulos de Cristo (At 26.10).

As evidências indicam que Paulo cursou a universidade de Tarso. Haja vista o seu domínio do idioma grego e dos autores clássicos, dos quais cita pelo me­nos dois: Aratos e Epimênides (At 17.28; Tt 1.12). Cidadão romano, falava também mui provavelmen­te o latim.

2. Paulo, cidadão roma­no. Natural de Tarso, na Cilícia (At 9.11; 21.39; Gl 1.21), Paulo tornara-se, por nascimento, cida­dão de Roma, pois a cidade era província romana (At 22.25-29). Naquele tempo, a nacionalidade romana era adquirida de três maneiras: por direito de nascença, por concessão imperial e por aquisição pecuniária (At 22.28; 23.27; 24.7,22).

A SINGULARIDADE DOS DOZE

A escolha dos doze homens para atuar como apóstolos de Jesus foi um acontecimento central na carreira de Jesus. O termo apóstolo significa "enviado". Os doze foram designados para estar com Jesus e, depois, ser enviados a pregar, a curar e a apresentar Jesus ao mundo. Jesus passou muito tempo com os doze preparando-os e instruindo-os para esse trabalho. Para muitos deles, o chamado para o apostolado marcou o terceiro passo significativo em seu relacionamento com Jesus. 

Em primeiro lugar, houve um período em que conheceram Jesus (veja João 1:35-51); depois, passaram para um período de companhia constante (Marcos 1:16-20); agora, era a vez da escolha para serem emissários oficiais (Lucas 6:12-16; Marcos 3:13-19).

Antes de Jesus escolher esses homens, ele passou a noite toda orando a Deus. A oração era fundamental na vida de Jesus. Ele orava a noite toda antes de tomar uma decisão importante como essa. Muitas vezes, Jesus nem tinha tempo para orar durante o dia, então levantava-se bem cedo ou ficava acordado até tarde para poder orar. Se, mesmo sendo Filho de Deus, Jesus cria na importância da oração o bastante para perder uma noite de sono orando, a oração deve ser a prioridade máxima para nós.

A lista dos escolhidos por Jesus para ser apóstolos não é muito impressionante do nosso ponto de vista. Jesus escolheu quatro pescadores (Pedro, André, Tiago e João), um coletor de impostos (Mateus), um terrorista (Simão Zelote), Filipe, que às vezes parecia muito difícil de entender as coisas (João 6:5-7; 12:21-22; 14:8-9), Tomé, que em geral parecia pessimista (João 11:16; 14:5; 20), Judas, que o traiu, e três outros a respeito de quem simplesmente não sabemos coisa alguma. É óbvio que Jesus não levava em conta o sucesso do mundo, a inteligência, etc. como critério importante para ser útil a ele.

O APÓSTOLO PAULO

A conversão de Paulo está narrada em três capítulos de Atos dos Apóstolos (9.3-18; 22.6-21 e 26.12-18). Vejamos os relatos segundo o desenvolvimento cro­nológico dos fatos.

Sua conversão talvez tenha ocorrido por volta de 35 D.C. Após sua conversão, Paulo passou alguns poucos dias com os discípulos de Damasco. Pregou ali, por algumas vezes, ensinando, particu­larmente, que Jesus era o Messias. Depois disso, retirou-se para a Arábia, possivelmente para a região de Haurã, uma bacia fértil, que fica cerca de oitenta quilômetros ao sul da cidade de Damasco, diretamen­te a leste do extremo sul do mar da Galiléia. Outros creem que a área aludida era o país dos nabateus e a península do Sinai. Aquele era mais acessível para quem partisse de Damasco, mas este último lugar revestia-se de grande significação religiosa, por causa de sua conexão com a transmissão da lei, sendo possível que Paulo tivesse preferido essa atmosfera. Passou algum tempo em seu retiro, e dali, como é provável, esteve por diversas vezes em Damasco e voltou. A sua mensagem era essencialmente a mesma — desde o princípio — mas por essa altura, Paulo «...mais e mais se fortalecia e confundia os judeus que moravam em Damasco, demonstrando que Jesus é o Cristo» (At 9:22).

Pouco depois disso, Paulo visitou Jerusalém pela primeira vez, após a sua conversão, tendo ficado com Pedro por quinze dias, para consulta e consolo mútuo (ver Gl1:18). Dali partiu para as regiões da Síria e da Cilícia (ver Gl1:21). É provável que teria visitado sua cidade natal — Tarso, tendo permanecido naquela região por algum tempo, embora não tenhamos qualquer informação acerca disso. Enquanto Paulo pregava em Tarso, Barnabé e outros líderes cristãos se encontravam em Antioquia, onde se ia desenvolvendo uma poderosa comunidade cristã. A passagem de At 11:25 nos diz que Barnabé foi a Tarso, à procura de Paulo, sem dúvida para obter a sua ajuda na igreja em Antioquia, que precisava de uma liderança maior e mais forte. Isso foi um movimento provocado pela providência divina, pois armou o palco para a longa carreira de Paulo como apóstolo-missionário.

Paulo, um modelo de líder servidor.

O que é um servo? O conceito de servo no antigo testamento e no Novo Testamento é muito importante para entendermos o propósito de Deus em nossa chamada para a obra do santo ministério e como devemos desenvolver esse chamado, para termos uma melhor compreensão do que significa: serviço, servir e servo precisamos entender os significados etimológicos, exegéticos e expositivos desses termos.

Como Paulo comprovou seu apostolado.

a. Ele foi diretamente comissionado por Cristo, o Senhor ressurreto, para esse elevado ofício, o que fica implícito na sua pergunta, «...não vi a Jesus, nosso Senhor?...» Essa mesma ideia é expandida em Gl1:11 ss.

b. Seu poderoso ministério é salientado como uma prova do caráter genuíno de seu ministério, prova de sua comissão divina. E isso é declarado através da seguinte pergunta: «...acaso não sois fruto do meu trabalho no Senhor?...» Essa ideia é desenvolvida em várias outras passagens, como no segundo capítulo da epístola aos Gálatas, embora o seja mais particular­mente ainda nos capítulos décimo a décimo segundo da segunda epístola aos Coríntios. Por essa razão é que Paulo pode asseverar: «...trabalhei muito mais do que todos eles...» (I Co 15:10). E isso não constitui uma reivindicação de pouca monta, proveniente como foi do contexto do cristianismo do primeiro século, quando foram realizados labores realmente extraor­dinários.

c. O trecho dos capítulos décimo a décimo segundo da segunda epístola aos Coríntios nos fornece outras provas do apostolado de Paulo, incluindo suas experiências místicas e visões, que foram dadas a Cristo para confirmar o seu ministério e autoridade, bem como para aumentar a sua eficácia. (Ver especialmente o décimo segundo capítulo da citada epístola).
d. Os sofrimentos especiais pelos quais Paulo passou também são apresentados como provas de seu ofício apostólico. (Ver II Cor. 11:23 ess).

e. Operações miraculosas, levadas a efeito por meio de dons especiais do Espírito Santo, também tiveram por propósito servir de prova dos verdadeiros apóstolos de Cristo. Os trechos de II Co 12:12 e o nono capítulo do livro de Atos em diante fornecem provas tanto das grandes realizações como dos extraordinários sinais operados por Paulo, tudo o que fazia parte integrante de seu ministério apostólico. Grande porção do livro de Atos serve de demonstra­ção desses fatos, embora esse livro do N.T. não tenha sido escrito diretamente com essa finalidade, visto que, para Lucas, não havia necessidade alguma de apresentar defesa do apostolado de Paulo, já que o próprio Espírito de Deus lhe autenticava o ministério.

f. O elevadíssimo conhecimento espiritual de Paulo, bem como o fato de que ele atuava como instrumento para revelar à igreja cristã o seu exaltado destino, no que Paulo se destacou acima de qualquer outro homem da história, também serve de prova de seu apostolado. Todas as suas epístolas, bem como os sublimes ensinamentos ali contidos, ilustram esse ponto (ver II Co 11:6 e Gl 2:2 e ss).

g. Paulo foi um instrumento especial no avanço do evangelho de Cristo, tendo sido escolhido para essa tarefa desde o berço, tendo sido preservado para a mesma, até mesmo durante seus anos de rebeldia (ver Gl 1:13-24). A leitura dos trechos dos capítulos primeiro e segundo da epístola aos Gálatas e dos capítulos décimo segundo da segunda epístola aos Coríntios, fornece-nos várias outras provas menos decisivas, como aquelas aqui mencionadas, em defesa do apostolado de Paulo.

O APOSTOLADO DE PAULO

1. A visão de Ananias (vv. 10, 11). Vencido e alvejado pela graça de Deus, Saulo foi conduzido cego para Damasco, para a rua chamada Direita, que existe ainda hoje nesta cidade. Deus, em sua infinita sabedoria, não permitiu que a prova des­sa conversão ficasse limitada apenas aos companheiros de Paulo. Por isso, revelou esse acontecimento a Ana­nias.

2. Temor de Ananias (13,14). Era uma reação perfeitamente nor­mal a qualquer ser humano. Tendo conhecimento da devastação que Saulo fizera em Jerusalém, após o martírio de Estêvão, e sabedor que ele estava investido da autoridade, concedida. Pelo Sinédrio, para açoitar e aprisionar os discípulos, era mes­mo para ficar temeroso. Ananias, porém, ainda não sabia que a graça de Deus havia alvejado o indomável perseguidor, e o tal seria uma vaso escolhido para os propósitos divinos.

3.Requisito para o apostolado (v. 15). À luz de Atos 1.21,22, era necessário que Paulo tivesse uma chamada específica para o apostolado, a fim de que pudesse ser tes­temunha da ressurreição de Cristo.

APOSTOLICIDADE ATUAL

Como podemos ver, a fé cristã tem passado por constantes transformações ao longo dos anos, Heresias, Concílios, Bulas Papais, Indulgências, Reforma, Correntes Reformadas, Diversidade de Igrejas, Avivamentos, mas existe um movimento que funciona como um “Divisor de Águas” na história da igreja, eu estou me referindo ao movimento pentecostal. O movimento pentecostal resgatou elementos oriundos da Igreja de Atos, onde o Poder de Deus manifestava-se de forma visível, tal qual falou Jesus (Marcos 16:17-18), no Avivamento da Rua Azuza, onde se deu a 1ª manifestação pentecostal dos nossos dias no início do Século XX pôde ver-se Línguas, Profecias, Curas e outras manifestações irrefutáveis do Poder de Deus, que se enquadram perfeitamente nas características de “ Sinais, Prodígios e Poderes Miraculosos (Maravilhas) “, mesmo assim, ninguém denominou-se Apóstolo. E é importante que enfatizemos o fato de que o Movimento Pentecostal quebrou diversos paradigmas litúrgicos e institucionais, tais como, cultos inter-raciais, Ministério e Liderança feminina, produzindo ao longo dos anos uma Teologia diferenciada e uma fé de resultados.


A APOSTOLICIDADE À LUZ DA BÍBLIA

Procurei fazer uma acurada verificação bíblica, à cerca da apostolicidade, e encontrei algumas coisas bastante interessantes sobre o assunto:

Mateus 10: 1-20; II Coríntios 12:1-21

Como pudemos observar nestes textos bíblicos que relatam a apostolicidade na sua forma mais íntegra e fiel, e de cara já verificamos um total incompatibilidade com a postura, condições, atribuições e princípios éticos dos “Apóstolos” modernos em relação à apostolicidade narrada na Bíblia. Como se já não bastasse tantas diferenças, ainda encontramos outras disparidades: Podemos observar que todos os assim chamados “Ministérios Apostólicos” são adeptos de práticas místicas, como orações por carteiras, chaves de carros e de casas, utilização de copos d'água em cima de TVse rádios durante momentos de oração, para que após estes momentos, esta água deve ser bebida pelo ouvinte ou telespectador para que a benção possa vir sobre ele, além da mística que é criada em torno do “Apóstolo”, como pregador, abençoador, curandeiro, e exorcista.

Como se não bastasse todas essas irregularidades, existem “Apóstolos” que querem se colocar à cima desta condição, colocando-se quase como um “semi – deus”, e contrariando de forma explícita o que diz a Bíblia, Exemplos? Recentemente o “Apóstolo” Estevam Hernandes, colocou-se como “PAI ESPIRITUAL” de toda a Igreja Renascer em Cristo, e o “Apóstolo” Renê Terranova, denominou-se “ABBA PAI” , mas já dizia a Palavra: “ Respondeu-lhes Jesus: Porventura não errais vós em razão de não compreenderdes as Escrituras nem o poder de Deus? (Marcos 12:24) e Jesus, porém, lhes respondeu: Errais, não compreendendo as Escrituras nem o poder de Deus; (Mateus 22:29).

O fato, é que os desinformados apostólicos ERRAM quando não observam o que está escrito:
E a ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque um só é o vosso Pai, aquele que está nos céus.(Mateus 23:9)

Pois é, os tais “Apóstolos” chamam para si e para os seus ministérios a “responsabilidade” de serem o maiores, senão os únicos detentores da verdade absoluta, gerando expectativas nas pessoas que por vezes não se cumprem, o que provoca uma frustração dos que não veem os seu investimento, de fé, dedicação e finanças transformar-se em bençãos, e ainda os fazem sentirem-se culpados pela sua “FALTA DE FÉ”, o que os leva muitas vezes ao abandono da fé ou a dobrarem os seus investimentos, o que em ambos os casos é maléfico. Isso sem falar nos escândalos de ordem pessoal, que resultam em prisões e situações onde a mídia se coloca de forma totalmente desfavorável, gerando ainda mais transtornos de natureza emocional, tendo os “Apóstolos” seguindo na contra-mão da recomendação de Pedro em sua 1ª Epístola: 2 Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, não por força, mas espontaneamente segundo a vontade de Deus; nem por torpe ganância, mas de boa vontade; 3 nem como dominadores sobre os que vos foram confiados, mas servindo de exemplo ao rebanho.4 E, quando se manifestar o sumo Pastor, recebereis a imarcescível coroa da glória. (I Pedro 5:2-4). E não atentam para o que diz Lucas: 1 Disse Jesus a seus discípulos: É impossível que não venham tropeços, mas ai daquele por quem vierem! 2 Melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho e fosse lançado ao mar, do que fazer tropeçar um destes pequeninos. (Lucas 17:1-2).

Então queridos, não estou aqui questionando se deve ou não existirem Apóstolos e Ministérios Apostólicos, apenas produzi uma reflexão sobre a “realidade apostólica” atual. Se alguém quer ser Apóstolo, que seja, mais à maneira Bíblica, impossível? Ai é com você.

Aos Apóstolos, um aviso: 7 Não vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer; pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará. 8 Porque quem semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas quem semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna. (Gálatas 6:7)

O MINISTERIO APOSTÓLICO

Os que identificam-se com a pregação e a “unção” dos chamados Apóstolos, denominam-se APOSTÓLICOS, são pessoas fervorosas, em alguns casos, com um nível de comprometimento com a obra, capaz de envergonhar à muitos crentes de outros ministérios. Os ministérios apostólicos possuem via – de – regra, uma particularidade: São regidos pela chamada TEOLOGIA DA PROSPERIDADE, entre as literaturas preferidas dos apostólicos estão “clássicos” como: “BOM DIA ESPÍRITO SANTO”, “SENHOR EU PRECISO DE UM MILAGRE “(BennyHinn) “ HÁ PODER EM SUAS PALAVRAS” (Don Gosset). O problema é que o “poder sobrenatural” do “Apóstolo” em questão geram, 1º, Um “endeusamento” do “Apóstolo” que chega às raias da idolatria, 2º, Um sentimento de presunção e soberba em relação aos outros crentes que não se denominam apostólicos e não possuem o seu “Apóstolo”, consequentemente não estão debaixo de um “envio”, o que acaba gerando um estado de dependência das palavras, das ações, das “bençãos” e da “unção do Apóstolo”.

O Brasil tem sido um campo fértil para o surgimento de “Apóstolos” e “Ministérios Apostólicos”, o mais antigo que se tem notícia é o “Apóstolo” Estevam Hernandes da Igreja Apostólica Renascer em Cristo, depois surgiram outros, como Renê Terranova o introdutor do G12 no Brasil, é o “APÓSTOLO G12”, César Augusto, fundador do Ministério Apostólico Fonte da Vida de Goiás, Rina, da Igreja Bola de Neve, Waldemiro, da Igreja Mundial do Poder de Deus, e até uma "Apóstola", Valnice Milhomes, ex-missionária da Missão Batista na África e fundadora do Ministério Verbo da Vida, dos ministérios "importados", temos o "Apóstolo" Jorge Tadeu da Igreja Maná de Portugal. Estes, entre outros, fazem parte de um conclave que reúne-se periodicamente, chamado de "Conferência Apostólica", onde a "unção apostólica" é amplamente discutida em sua plenitude. Mas não é "MARCA APOSTÓLICA" a operação de Sinais, Prodígios e Poderes Miraculosos (Maravilhas) ? Isso é verificado nos “Ministérios Apostólicos” atuais? Diz a Palavra:23 Se, pois, alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! ou: Ei-lo aí! não acrediteis;24 porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. 25 Eis que de antemão vo-lo tenho dito. 26 Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto; não saiais; ou: Eis que ele está no interior da casa; não acrediteis. (Mateus 24:24).


Como cada um dos doze apóstolos de Jesus morreu?

O único apóstolo cuja morte está registrada na Bíblia é Tiago (Atos 12:2). O rei Herodes “fez Tiago passar a fio de espada” - aparentemente uma referência à decapitação.
As circunstâncias das mortes dos outros apóstolos só podem ser conhecidas baseadas nas tradições da igreja.

A tradição da igreja mais aceita em relação à morte de um apóstolo é que o Apóstolo Pedro foi crucificado, de cabeça para baixo em uma cruz em forma de x, em Roma, cumprindo a profecia de Jesus em João 21:18,19:

“Na verdade, na verdade te digo que, quando eras mais moço, te cingias a ti mesmo, e andavas por onde querias; mas, quando já fores velho, estenderás as tuas mãos, e outro te cingirá, e te levará para onde tu não queiras. E disse isto, significando com que morte havia ele de glorificar a Deus”.

A seguir estão as tradições mais populares a respeito das mortes dos outros apóstolos.

ANDRÉ – Pregou na Grécia e Ásia Menor. Foi crucificado em Acácia eges pelo procônsul, foi mais amarrado para sofrer. Foi crucificado em forma de X (cruz decussata).

BARTOLOMEU – Foi surrado e esfolado. Sendo golpeado até a morte. Segundo Fox’s Book of Martyrs, ainda foi crucificado.

TIAGO, filho de Alfeu – Foi apedrejado até a morte.

JOÃO - Foi exilado por causa da sua fé e morreu por causas naturais (velhice).

JUDAS, não o Iscariotes – Apedrejado até a morte.

MATEUS - Perfurado com lanças até a morte.

FILIPE - Foi crucificado.

SIMÃO, o zelote – Foi crucificado.

TOMÉ – Pregou na Pérsia e na Índia, sendo martirizado perto de Masdras. Foi perfurado de lanças até a morte.

MATIAS – Este ficou no lugar de Judas Iscariotes, foi apedrejado até a morte.

JUDAS ISCARIOTES – Traiu Jesus e enforcou-se.

PAULO – Foi decapitado em Roma por ordem de Nero.

CONCLUSAO

Ser apóstolo é receber a chamada especial com o propósito de Deus para a igreja. Se as igrejas cessarem de enviar pessoas assim, cheias de Espírito Santo, a propagação do evangelho em todo o mundo ficará estagnada. As igrejas matem-se fiel a sua tarefa missionária, comissionada e estabelecida por Jesus Mt. 28:18,19,20, e pelos os primeiros apóstolos que eram pregar o evangelho e estabelecer as igrejas, no tocante a revelação divina e à mensagem original do evangelho. 

Rejeitar os ensinos dos apóstolos é rejeitar o Senhor Jesus (Jo.16:13-15 – 1Co. 14:36-38 – Gl. 1:9-11). Devemos continuar a missão e o ministério apostólico, como também as mensagens apostólicas, defendem-na e guardá-la contra as distorções ou alterações.

Subsídio para o Professor

Etimologicamente o termo grego ????????? (apóstolos) significa “enviado” ou “mensageiro”. Uma definição mais ampla é a de que apóstolo seria alguém enviado em missão especial como mensageiro e representante pessoal de quem o enviar.

O APOSTOLADO ESPECÍFICO OU ORIGINAL E O APOSTOLADO GERAL OU EXTENSIVO

A Bíblia de Estudo Pentecostal classifica “apóstolos” num sentido geral, como um ministério que ainda continua sendo necessário para o propósito de Deus na igreja, fazendo uma conexão direta com o trabalho missionário. Dessa forma, o termo “missionário” teria o mesmo sentido de “apóstolo”, ou seja, um representante designado por uma igreja, e cita como referências bíblicas Atos 14.4, 14 (Barnabé e Paulo), Rm 16.7 (Andrônico e Júnia), 2 Coríntios 8.23 (Embaixadores, traduzido do grego apóstoloi).

A mesma Bíblia apresenta também o sentido especial para “apóstolos”, com referência àqueles que viram Jesus após a sua ressurreição e que foram pessoalmente comissionados por Ele a pregar o evangelho e estabelecer a igreja. Nesta classe estão os Doze e Paulo. Neste sentido, o ministério apostólico foi restrito, não tendo sucessores.

Sobre a afirmação de Paulo em 1 Coríntios 15.8, de que foi o “derradeiro de todos” (ARC), a nota de rodapé da Bíblia de Estudo Pentecostal diz:
A declaração de Paulo, “por derradeiro”, não deve ser entendida no sentido absoluto. Paulo foi o último dos apóstolos no sentido de receber um mandato especial através de um encontro com o Senhor ressurreto para integrar a formação do testemunho inicial e fundamental de Jesus Cristo (cf. At 9.3-8; 22.6-11; 26.12-18). Esses apóstolos do NT constituíram o início do alicerce da igreja […]. Por essa razão, este ofício inicial de apóstolo do NT é ímpar e não repetido. […] São “apóstolos do Cordeiro” num sentido único (Ap 21.14; 1 Ts 2.6; Jd 17)

O Comentário Bíblico Pentecostal, segue a mesma linha, classificando os apóstolos em dois grupos: “Apóstolos Específicos” e “Apóstolos Gerais”, incluindo na relação dos gerais Tito e outros (2 Co 8.23), Epafrodito (Fp 2.25) e Tiago, irmão de Jesus (Gl 1.19).

Sobre o apostolado no sentido geral, ou seja, além dos Doze e Paulo, Deere argumenta que:O fato de haver falsos apóstolos (2 Co 11.13) indica que o número de apóstolos, nos tempos do Novo Testamento, não podia ser fixado, pois doutra sorte não haveria qualquer possibilidade dos tais se mascararem de apóstolos.

O apostolado bíblico geral possuía algumas características específicas. Dentre elas Deere cita: Os sofrimentos divinamente tencionados e as perseguições (2 Co 12. 9, 10), o discernimento especial quanto aos mistérios divinos (Ef 3.1-6; 1 Tm 3.16; Rm 11.25-32), a presença de sinais e maravilhas e maravilhas durante a proclamação do Evangelho (Lc 24.49; At 1.8; 14.3 e 15.12), a integridade de caráter (1 Co 1.12; 2.17; 4.2; 7.2) e a autoridade espiritual (Mt 10.1; Mc 3.15; 6.7; Lc 9.1). O apostolado geral não tinha autoridade para produzir Escritura no sentido canônico, e isso é uma clara distinção entre eles e os Doze, incluindo também Paulo.

Conforme Williams, teólogo presbiteriano “renovado”, o significado da palavra “apóstolos” no Novo Testamento pode ser amplo ou restrito. O restrito indica os Doze e Paulo; o amplo, os demais discípulos nomeados e não nomeados. Todos os que são chamados “apóstolos”, segundo Williams, foram enviados pela causa do evangelho.

A ATUALIDADE DO MINISTÉRIO APOSTÓLICO

Embora muitos comentaristas concordem com o fato de que o ministério de apóstolo tenha sido extinto, uma defesa de sua contemporaneidade é feita pelo teólogo pentecostal Jack Deere.
Em primeiro lugar, Deere afirma que o ministério de apóstolo não é um dom, pois nunca foi chamado de charisma. Para Deere, o apostolado é um comissionamento divino. É claro que no sentido geral, ser apóstolo é um dom de Deus, inclusive designado no contexto pentecostal brasileiro como um dos “dons ministeriais” da lista de Efésios 4.11. O que Deere combate com o seu argumento é o posicionamento dos cessacionistas, daqueles que não acreditam na atuação do Espírito Santo nos dias atuais, como operava na igreja apostólica bíblica.

Deere conclui seu argumento sobre a atualidade do ministério de apóstolo da seguinte forma:
Acredito que os 12 apóstolos tenham sido singulares em sua chamada e formaram de fato um círculo fechado. Entretanto, a chamada de Paulo e Barnabé e Tiago, abre a possibilidade de Deus convocar outros apóstolos em qualquer época da história. Nenhum texto específico das Escrituras impede que Jesus apareça e comissione outros ao ofício apostólico. No futuro, Ele comissionará duas testemunhas, que terão poder ainda maior que os apóstolos do primeiro século (Ap 11.3-6).E isso não porá em perigo a autoridade das Escrituras.

No meu entendimento, a afirmação de Deere não significa que o ministério apostólico geral precisa necessariamente de uma aparição de Jesus ao comissionado, pois não há nenhuma evidência bíblica que isso aconteceu com aqueles que são chamados de apóstolos fora do círculo dos Doze e Paulo. Vale lembrar também, que o apostolado de Matias, substituto de Judas Iscariotes, não se inicia com um chamado direto de Jesus, mas debaixo de oração e do “lançar sortes” do colegiado apostólico, juntamente com os demais discípulos (At 1.15-26).Para Williams, em seu sentido mais amplo:
[…] apóstolo é o enviado, o comissionado, e, portanto, alguém que não se estabelece num local específico ou numa igreja. Ele não tem a autoridade de um apóstolo original nem são suas palavras igualmente inspiradas. Esse apóstolo exerce um ministério itinerante, mas não independente. Ele está baseado numa igreja e a representa, porém ministrando em grande parte num campo mais amplo. Esses apóstolos são sempre essenciais à vida da igreja que compreende seu chamado para ir além de si mesma no cumprimento de sua missão. […] eles têm um significado vital para a vida da igreja, em todas as épocas.

Discordando das ideias acima, Wayne Grudem afirma que o ofício de apóstolo estava limitado ao tempo quando a igreja primitiva foi fundada. Grudem argumenta que:
Embora alguns hoje usem a palavra “apóstolo” para referir-se a fundadores de igrejas e evangelistas, isso não parece apropriado e proveitoso, porque simplesmente confunde quem lê o Novo Testamento e vê a grande autoridade ali atribuída ao ofício de “apóstolo”. É digno de nota que nenhum dos grandes nomes na história da igreja - Atanásio, Agostinho, Lutero, Calvino, Wesley e Whitefield - assumiu o título de “apóstolo” ou permitiu que o chamassem apóstolo. Se alguns, nos tempos modernos, querem atribuir a si o título de “apóstolo”, logo levantam a suspeita de que são motivados por um orgulho impróprio e por desejos de auto-exaltação, além de excessiva ambição e desejo de ter na igreja mais autoridade do que qualquer outra pessoa deve corretamente ter.

No que discordo de Grudem? Seu argumento contrário a utilização do termo “apóstolo” para o dias atuais não se fundamenta nas Escrituras, mas na tradição histórica da igreja. Não se trata de uma heresia, mas de algo “inapropriado”. Na prática, o trabalho ou missão do apóstolo em seu sentindo amplo, foi o mesmo dos grandes nomes citados por Grudem, que marcaram a história da igreja, independente de como foram “intitulados” ou “denominados”. Dessa forma, não vejo problema na utilização contemporânea do termo “apóstolo”. No que concordo com Grudem? Com certeza muitos são intitulados ou se auto-intitulam de apóstolos nos dias de hoje, sem que haja em suas vidas e ministério nada que justifique o título ou ofício. Trata-se de mera vaidade. Algumas igrejas no Brasil adotaram a função de apóstolo em sua hierarquia eclesiástica (o indivíduo é pastor, se intitula depois bispo e posteriormente apóstolo ). O fato é que no exercício dessa função muitos acabam não se identificando com o apostolado bíblico, onde fazia parte da vida do apóstolo romper barreiras, estabelecer igrejas e seguir adiante nesse propósito.
Os supostos apóstolos, geralmente são “pescadores de aquário”, ou seja, sua missão é atrair membros de outras igrejas, ou dividi-las, promovendo rachas por mero interesse financeiro ou de poder. Não estão preocupados em ganhar almas nos rincões da terra, no sertão nordestino, na floresta amazônica, nas periferias das cidades, mas sim, pregar nos grandes centros e ali se estabelecerem. Compram horários na TV, e usam todo o tipo de apelação para arrancar dinheiro dos simples e ingênuos expectadores, que acabam cooperando para a multiplicação do patrimônio pessoal dos mesmos (fazendas, coberturas luxuosas, carros extravagantes, cavalos, gado, etc), tudo em nome da vergonhosa “Teologia da Prosperidade e da Vitória Financeira”, que mascara a vergonhosa enganação e exploração que fazem.Em boa parte dos casos, o título ou ofício de apóstolo na atualidade não é obtido em reconhecimento a uma vocação divina para o apostolado, mas como consideração pela idade avançada, pelo culto a personalidade (personalismo), ou mediante estratégias de políticas eclesiásticas “bajulatórias”.

APÓSTOLOS E MISSIONÁRIOS

É interessante a informação histórica que Araújo nos fornece:
Após a morte dos apóstolos originais o vocábulo grego “apóstolos” deixa de ser aplicado como título aos membros da liderança eclesiástica mais elevada e, a partir do século II, os enviados pelas igrejas às regiões que não conheciam o evangelho passam a ser denominados pelo termo latino missus, significando “enviado” (de mittere, “enviar”), uma vez que prosseguiram a missão dos apóstolos originais sem, contudo, atenderem aos requisitos propostos pelo Onze (cf. At 1.21,22) ou reconhecidos em Paulo (1 Co 9.1). Portanto, é possível afirmar que o vocábulo “apóstolo” tenha se limitado à conotação missionária, sendo então substituído pelo termo “missionários“.

Como já mencionado, a ideia de que o trabalho atual dos missionários se equivale ao ministério apostólico geral é vigente entre os pentecostais clássicos. Nesse sentido, os fundadores da Assembleia de Deus no Brasil, Gunnar Vingren e Daniel Berg, assim como outros missionários suecos, americanos, nacionais, etc., podem ser considerados verdadeiros apóstolos.
Compreendo, que mais importante do que a discussão sobre a utilização do termo “apóstolo” na atualidade (que não deve ser ignorada), é refletir se estamos dando continuidade ao trabalho apostólico bíblico, pregando o evangelho de Jesus no poder do Espírito, em todos os lugares e a todas as pessoas, estabelecendo e edificando igrejas para a glória de Deus!

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