24 abril 2014

Pequei, e daí?

Pequei, e daí?
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Faz poucos anos tomei conhecimento de um escândalo, um caso de adultério, cometido
por um pastor que também era professor de seminário teológico. O pastor vinha traindo a
mulher, levando a amante para motéis. Ele foi apanhado somente quando pagou um motel
com o cartão de crédito da própria esposa, que naturalmente descobriu tudo quando recebeu
a fatura. Além desse detalhe escabroso, que mostra que o pecado cega a inteligência das
pessoas, o que mais chocou a todos é que a liderança da sua igreja simplesmente o afastou do
seminário por um breve período. No semestre seguinte, lá estava ele de volta ao seminário,
dando aulas aos alunos, como se nada tivesse acontecido. O caso era de conhecimento geral,
inclusive dos alunos. Que mensagem estava sendo passada para aqueles futuros pastores e
líderes quanto à seriedade do pecado e da necessidade de se viver uma vida santa no
ministério?
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A falta do exercício da disciplina na Igreja sobre membros e líderes faltosos é
consequência do conceito largamente difundido entre os evangélicos de que os crentes não
são responsáveis por seus atos diante de outros, e especialmente, de que não dão conta de seus
atos às igrejas das quais participam ou lideram.
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Primeiro
, há quem considere o exercício da disciplina como uma violação do
mandamento de Jesus, “não julgueis para que não sejais julgados” (Mat 7:1). Essa
interpretação é totalmente falsa. O julgamento que Jesus proíbe é o julgamento hipócrita, isto
é, condenarmos os outros sem prestarmos atenção em nossos próprios pecados (veja versos
3-5). A prova que Jesus não estava fazendo uma proibição geral contra o julgamento se
encontra nos versículos seguintes, quando Ele determina aos discípulos: “Não deis aos cães o
que é santo, nem lanceis ante os porcos as vossas pérolas, para que não as pisem com os pés e,
voltando-se, vos dilacerem” (Mat 7:6). Para que possamos obedecer a esse mandamento,
temos de determinar quem é porco e quem é cão. Ou seja, temos que julgar. Além disso, foi o
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PEQUEI, E DAÍ?

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