15 novembro 2013

Lição 07 - 17/11/13 - "Contrapondo a arrogância com a humildade"






Introdução:

            O assunto desta lição diz respeito à virtude da humildade contrapondo à soberba e a arrogância. "Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, (...) que a Si mesmo se esva­ziou, assumindo a forma de servo (...) e a Si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz. Pelo que também Deus O exaltou sobremaneira" (Fp 2.5, 7b-9a).

Quando a velha serpente, que foi expulsa dos céus por sua soberba e arrogância, falou suas palavras de tentação aos ouvidos de Eva, essas palavras levavam consigo o próprio veneno do inferno. E quando ela ouviu, e entregou seu desejo e sua vontade à possibilidade de ser como Deus, conhecendo o bem e o mal, o vene­no entrou em sua alma, sangue e vida, destruindo para sempre aquela abençoada humildade e depen­dência de Deus que teria sido nossa felicidade per­pétua. E, em vez disso, sua vida e a vida da raça que brotou dela se tornaram corrompidas desde a raiz com o mais terrível de todos os pecados e maldi­ções: o veneno da soberba e arrogância do próprio Satanás.

Todas as desgraças das quais o mundo tem sido o cenário, todas as suas guerras e derramamento de sangue en­tre as nações, todo o egoísmo e sofrimento, toda a ambição e inveja, todos os seus corações partidos e vidas amarguradas, com toda a sua infelicidade cotidiana, têm sua origem no que esta arrogância maldita e infernal — seja o nosso próprio ou o de outros — nos trouxe. É a soberba e arrogância que faz a redenção necessária; é da nossa soberba e arrogância que precisamos, acima de todas as coisas, ser redimidos! E nossa compreensão da ne­cessidade de redenção vai depender grandemente de nosso conhecimento da terrível natureza do poder que entrou em nosso ser. Nenhuma árvore pode crescer se não for na raiz da qual brotou. O poder que Satanás trouxe do inferno, e lançou para dentro da vida do homem, está operando diariamente, a todo tempo, com grande po­der por todo o mundo.

Os homens sofrem por sua causa; eles temem e lutam e fogem disso, e ainda não sabem de onde isso vem e de onde provém sua terrí­vel supremacia! Não é de admirar que eles não sabem onde ou como isso deverá ser vencido. A arrogância tem sua raiz e força em um terrível poder espiritual, tanto fora de nós como dentro; tão necessário como confessá-la e lamentá-la como sendo nosso próprio é conhecê-la em sua origem satânica. Se isso nos leva a um desespero completo de, absolutamente, subju­gar e expulsar essa arrogância, isso nos levará o quanto antes ao único poder sobrenatural no qual nossa li­bertação poderá ser encontrada: a redenção do Cor­deiro de Deus. A batalha desesperada contra a atuação do ego e do orgulho dentro de nós pode, real­mente, tornar-se ainda mais desesperadora quando pensamos no poder das trevas por trás de tudo isso; mas o desespero completo irá preparar-nos melhor para percebermos e aceitarmos um poder e uma vida fora de nós mesmos, que é a humildade dos céus tal como foi trazida para baixo e para perto pelo Cordei­ro de Deus, a fim de expulsar Satanás e sua soberba e arrogância.



Nenhuma árvore pode crescer se não for na raiz da qual brotou. Assim como precisamos olhar para o primeiro Adão e sua queda para conhecer o poder do pecado dentro de nós, precisamos conhe­cer também o Último Adão e Seu poder para nos dar interiormente uma vida de humildade tão real e per­manente e dominante quanto tem sido a da arrogância. Temos nossa vida de Cristo e em Cristo, tão verda­deiramente — de fato mais verdadeiramente — como de Adão e em Adão. Temos de andar arraigados Nele "retendo a Cabeça, da qual todo o corpo (...) cresce o crescimento que procede de Deus" (Cl 2.7, 19). A vida de Deus, a qual, na encarnação, entrou na natu­reza humana, é a raiz na qual devemos estar firmados e crescer; é o mesmo poder grandioso que trabalhou lá e, desde então, ruma para a ressurreição, que traba­lha diariamente em nós. Nossa única necessidade é estudar e conhecer e confiar na vida que foi revelada em Cristo como a vida que agora é nossa, e espera por nosso consentimento para ganhar possessão e domínio de todo o nosso ser.

            O objetivo deste estudo é trazer algumas informações,colhidas dentro da literatura evangélica, com a finalidade de ampliar a visão do sobre a humildade contrapondo à soberba e a arrogância. Não há nenhuma pretensão de esgotar o assunto ou de dogmatizá-lo, mas apenas trazer ao professor da EBD alguns elementos e ferramentas que poderão enriquecer sua aula.

CRISTO EXEMPLO DE HUMILDADE

            É de inconcebível impor­tância que tenhamos pensamentos corretos do que Cristo é — do que realmente O constitui como o Cristo — e especialmente do que pode ser conside­rado como Sua característica principal, a raiz e a essência de todo Seu caráter como nosso redentor. Não pode haver senão uma resposta: é a Sua humil­dade. O que é a encarnação, Seu esvaziar a Si mes­mo e ter-se tornado homem, senão Sua humildade celestial? O que é a Sua vida na terra, Seu assumir a forma de um servo, senão a humildade? E o que é a Sua expiação senão a humildade? "A Si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte" (Fp 2.9). E o que são Sua ascensão e Sua glória senão a humildade exaltada ao trono e coroada de glória? "A Si mesmo se humilhou (...) pelo que também Deus O exaltou sobremaneira" (vs. 8, 9). Nos céus, onde Ele estava com o Pai, em Seu nascimento, em Sua vida, em Sua morte, em Seu assentar-se no trono: tudo isso não é outra coisa a não ser humildade. Cristo é a humildade de Deus incorporada na natu­reza humana: o Amor Eterno humilhando-se a Si mesmo, revestindo-se com as vestes da mansidão e da bondade para vencer, e servir e nos salvar. Como o amor e condescendência de Deus fazem Dele o benfeitor, e auxiliador e servo de todos, assim, Je­sus, por necessidade, se tornou a Humildade Encar­nada. E, assim, mesmo no centro do trono, Ele é o manso e humilde Cordeiro de Deus.

Se isso for a raiz da árvore, sua natureza tem de ser vista em cada ramo, folha e fruto. Se a humildade for a primeira, a graça todo-inclusiva da vida de Jesus - se a humildade for o segredo de Sua expiação -, então, a saúde e a força de nossa vida espiritual de­penderão inteiramente de colocarmos essa graça em primeiro lugar também, e fazer da humildade a princi­pal coisa que admiramos Nele, a principal coisa que pedimos Dele, a única coisa pela qual sacrificamos tudo o mais.

É de se admirar que a vida cristã seja tão fre­quentemente fraca e infrutífera, se a própria raiz do Cristo-vida é negligenciada, é desconhecida? É de se admirar que a alegria da salvação seja tão pouco ex­perimentada, se aquela atitude em que Cristo a en­controu e a trouxe é tão pouco procurada? Até que uma humildade que descansará em nada menos do que o fim e a morte do ego — que renuncia a toda honra dos homens, como Jesus fez, para buscar a hon­ra que vem somente de Deus; que se considera e faz de si mesmo absolutamente nada, para que Deus possa ser tudo, para que somente o Senhor seja exaltado — até que tal humildade seja o que buscamos em Cristo, acima de nossa maior alegria, e seja bem-vinda a qual­quer preço, há muito pouca esperança de que haja uma religião que vencerá o mundo.
           
A HUMILDADE NA VIDA DIÁRIA

Nosso amor a Deus será medido pelo nosso contato diá­rio com os homens e o amor que Ele exibe; e que nosso amor a Deus será tido como uma desilu­são, exceto quando sua verdade é provada nas situa­ções de teste da vida diária com homens como nós. Também é assim com nossa humildade. E fácil pen­sar em nos humilharmos diante de Deus, mas a hu­mildade diante dos homens será a única prova sufici­ente de que nossa humildade diante de Deus é real, de que a humildade tem feito sua morada em nós e torna-se nossa própria natureza, prova de que nós, na verdade, como Cristo, fizemos de nós mesmos pes­soas sem reputação. Quando, na presença de Deus, a humildade de coração torna-se, não uma postura que assumimos por um tempo, quando pensamos Nele ou oramos a Ele, mas o próprio espírito de nossa vida, isso se manifestará em todo o "conduzir adian­te" nossos irmãos.

A lição é de profunda importância: a única humildade que é realmente nossa não é aque­la que tentamos mostrar diante de Deus em oração, mas aquela que carregamos conosco, e sustentamos, em nossa conduta comum; as insignificâncias da vida diária são a importância e os testes da eternidade, pois elas provam qual é realmente o espírito que nos do­mina. É na maioria de nossos momentos desprotegidos que realmente mostramos e vemos o que somos. Para conhecer o homem humilde, para conhecer como o homem humilde se comporta, você tem de segui-lo na vida comum de seu dia-a-dia.

Não foi isso que Jesus ensinou? Quando os dis­cípulos disputaram quem seria o maior, quando Ele viu como os fariseus amavam os primeiros lugares nos banquetes e os primeiros bancos nas sinagogas, quando Ele lhes deu o exemplo ao lavar-lhes os pés: aí Ele ensinou Suas lições de humildade. A humilda­de diante de Deus não é nada se não for provada em humildade diante dos homens.

É também assim nos ensinamentos de Paulo. Aos romanos, ele escreveu: "Preferindo-vos em honra uns aos outros" (12.10); "Em lugar de serdes orgulhosos, condescendei com o que é humilde" (12.16); "Não sejais sábios aos vossos próprios olhos" (12.16). Aos coríntios: "O amor", e não há amor algum sem a humildade como raiz, "não se ufana, não se ensoberbece, não procura os seus interesses, não se exaspera"(l Co 13:4, 5). Aos gálatas: "Sede servos uns dos outros, pelo amor. (...) Não nos deixemos possuir de vanglória, provocando uns aos outros, tendo inveja uns dos outros" (5.13,26).

Aos efésios, imediatamente após três maravilhosos capítulos sobre a vida celestial: "Andeis (...) com toda humildade e man­sidão, com longanimidade, suportando-vosuns aos ou­tros em amor" (4.2); "Dando sempre graças por tudo (...), sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo" (5.20,21). Aos filipenses: "Nada façais por partidarismo, ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. (...) Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Je­sus, (...) a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, (...) e a si mesmo se humilhou" (2.3, 5, 7, 8) E aos colossenses: "Revesti-vos de ternos afetos de mi­sericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade. Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, (...) assim como o Senhor vos perdoou" (3.12, 13). É em nossa relação uns com os outros, em nosso tratamento uns para com os outros, que a verda­deira humildade de mente e o coração de humildade serão vistos. Nossa humildade diante de Deus não tem valor, mas nos prepara para revelar a humildade de Jesus aos homens como nós.

O homem humilde busca a todo tempo agir de acordo com a regra: "Em honra preferindo-vos uns aos outros; servos uns dos outros; considerando cada um os outros superiores a si mesmo; sujeitando-vos uns aos outros." A pergunta frequentemente feita é: "Como podemos considerar outros superiores a nós mesmos, quando vemos que eles estão muito abaixo de nós em sabedoria e santidade, em dons naturais ou em graça recebida?"

Esse assunto prova prontamente que entendemos muito pouco o que a real humildade de mente é. A verdadeira humildade vem quando, à luz de Deus, vi­mos a nós mesmos como nada sendo, consentindo em desistir e nos desfazer de nós mesmos, para permitir que Deus seja tudo. A alma que fez isso e pode dizer: "Eu me perdi encontrando a Ti", não mais se compara com outros. Ela desistiu para sempre de todo pensa­mento do ego na presença de Deus; ela encontra os homens comuns como alguém que não é nada e não busca nada para si mesmo; ela é um servo de Deus e, por causa Dele, um servo de todos. Um servo fiel pode ser mais sábio que o mestre e, ainda assim, conservar o verdadeiro espírito e postura do servo. O homem hu­milde respeita cada filho de Deus, mesmo o mais débil e o mais indigno, e honra-o e o prefere em honra como o filho de um Rei. O espírito Daquele que lavou os pés dos discípulos faz com que nos seja, de fato, uma ale­gria sermos os menores, sermos servos uns dos outros.

O homem humilde não sente ciúmes ou inveja. Ele pode louvar a Deus quando outros são preferidos e abençoados antes de ele ser. Ele pode suportar ou­vir outros sendo louvados e ele sendo esquecido, pois na presença de Deus ele aprendeu a dizer como Pau­lo: "Nada sou" (2 Co 2.11). Ele recebeu o espírito de Jesus — que não se agradou a Si mesmo e não buscou Sua própria honra — como o espírito de sua vida.

Entre o que são consideradas tentações para haver impaciência e irritação, para haver opiniões du­ras e palavras bruscas, tentações que vêm de falhas e pecados de cristãos, o homem humilde carrega a de­terminação frequentemente repetida em seu coração, e mostra isso em sua vida: "Suportai-vos uns aos ou­tros, perdoai-vos mutuamente, (...) assim como o Se­nhor vos perdoou".

Ele aprendeu que, revestindo-se do Senhor Jesus, ele se revestiu "de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade." Jesus tomou o lugar do ego, e não é uma impossibilidade perdoar como Jesus per­doou. A humildade de Jesus não consiste meramente em opiniões ou palavras de auto-depreciação, mas, como Paulo coloca, "em um coração de humildade", cercado de compaixão e amabilidade, mansidão e longanimidade, a doce e humilde gentileza reconhe­cida como a marca do Cordeiro de Deus.

Em esforçar-se por ter as experiências mais ele­vadas da vida cristã, o crente está frequentemente sob o perigo de visar a e de se regozijar no que alguém pode chamar de a virtude mais humana e va­lorosa, como ousadia, alegria, desprezo ao mundo, zelo, auto-sacrifício — até mesmo os antigos estóicos ensinaram e praticaram isso-, enquanto as mais pro­fundas e gentis, as mais divinas e mais celestiais gra­ças, aquilo que Jesus primeiro ensinou sobre a terra, pois as trouxe do céu, aquilo que está mais evidente­mente ligado à Sua cruz e com a morte do ego — pobreza de espírito, mansidão, humildade, modéstia — são raramente consideradas ou valorizadas. Portan­to, vamos nos revestir de um coração de compaixão, bondade, humildade, mansidão, longanimidade, e va­mos provar nossa semelhança com Cristo, não ape­nas em nosso zelo por salvar o perdido, mas antes de tudo em nosso relacionamento com os irmãos, suportando e perdoando uns aos outros, assim como oSenhor nos perdoou.

CONCLUSÃO

Que toda a grande bondade de nosso Deus  faça conhecida a nós e tome de nossos corações todo tipo, grau e forma de soberba e arrogância  vindo de nossa própria natureza corrupta; e que Deus desperte em nós uma profunda verdade e  humildade que nos faça suscetíveis à Sua luz e Santo Espírito.


Subsídio para o Professor



I – INTRODUÇÃO:
Is 55.3 cf Fp 2.9 – A exaltação e a busca pelo poder tem levado muitos à queda, pois, ao desejarem ser mais que os outros, perdem a noção da humildade, prudência e sabedoria, as quais só os de espírito sereno e desprendido conseguem absorver.
As belas páginas da Bíblia Sagrada nos inspiram a seguir o exemplo de Jesus que, ao se tornar o mais indigno entre os homens, Deus O exaltou soberanamente.

II - CONCEITO BÍBLICO DE HU­MILDADE:
(1) - HUMILDADE NÃO É ESTULTICE – Os primitivos inimigos do Cristianismo, principalmente aqueles que compunham as classes mais cultas, com frequência confundiam a humildade com a estultice. Deste modo, os desenhistas da época pintavam os cristãos como sendo alguém com corpo de gente, cabeça de asno e com um livro na mão.
(2) - HUMILDADE NÃO É COVARDIA - No mundo de hoje são muitas as pessoas prontas a desafiar a Deus e a desprezar os Seus escolhidos. Dentre os inimigos do Evangelho destacam-se aqueles que conceituam a humildade bíblica como simples medo de batalhar as verdadeiras batalhas da vida. Noutras palavras, segundo eles, a alegada virtude chamada humildade, nada mais é do que covardia.
(3) - HUMILDADE É AUSÊNCIA DE SOBERBA - A soberba ou exaltação é o oposto da humildade e da submis­são. O humilde de espírito é alguém que apesar de ser, ter e saber algu­ma coisa, despojado da arrogância, vive como se não fosse, não tivesse e nem soubesse o que é, tem e sabe. Nisto, Cristo é o nosso modelo per­feito. Ele é Deus, mas na sua identificação com a humanidade caída, agia como sendo um de nós. Ele humilhou-se a si mesmo, assumindo a forma de servo, “fazendo-se semelhante aos homens”, para fazer-nos semelhantes a Ele – Fp 2.6-7.
(4) - A HUMILDADE E O REINO DE DEUS - A importância fundamental da humildade, consiste no fato de ser ela condição indispensável, prio­ritária mesmo, para aqueles que as­piram ingressar no reino de Deus. Tudo quanto diz respeito ao reino de Deus é humilde. A humildade é qualidade inseparável do Rei, do Reino e dos súditos do Reino – Mt 5.3; 21.5; Lc 17.20.

III - APRENDENDO A HUMIL­DADE:
(1) - DESEJEMOS SER HUMILDES - Para desejarmos algo é necessário que primeiro nos conscientizemos de que nos falta alguma coisa e, em segundo lugar, estejamos prontos para pagar o preço de conquistá-la. O mesmo acontece quando nos dispomos a conquistar um espírito hu­milde e compassivo.
É parte da natureza humana não atentar para o direito alheio, mas fazer das pessoas vítimas dos seus caprichos. Deste modo não im­porta quem esteja por baixo, desde que seja eu quem esteja por cima. O nosso ego se sente gratificado com a violação do direito dos outros. A simples descoberta dessa triste rea­lidade não nos faz humildes. Temos de permitir que o Espírito Santo instigue em nós a piedade de Cristo e nos faça parecidos com Ele mesmo.
(2) - APRENDAMOS DE JESUS – Mt 11.29 - Havia profunda diferença entre Je­sus c os mestres de seus dias. Jesus os censurou severamente, posto que ensinavam o que não eram, nem faziam - Lc 11.46
Quanto a Jesus, era diferente. Ele podia ensinar a mansidão e a humil­dade, porque era manso e humilde de coração. Notemos que Jesus diz: “Aprendei de mim, que sou…”
(3) - DEMONSTREMOS O QUE APREN­DEMOS - O testemunho cristão pode ser assimilado e comunicado como uma sucessão de influência.
II Tm 2.1-2 - Notemos o que o apóstolo Paulo diz a Timóteo para ensinar a outros, e esses outros deveriam repassar o ensinamento para outros.

IV - BÊNÇÃOS DECORRENTES DA HUMILDADE:
Mt 5:3 - Os humildes ou pobres de espírito são os que, em vez de reagir quando o ‘EU’ é ofendido, ocupam-se mais com a honra do Rei.
Tg 4.6-11 - Tiago chama os seus leitores a uma atitude de humildade, mostrando-nos as bênçãos decorrentes desse estado de alma:
(1ª) - MULTIPLICADA GRAÇA DE DEUS (Tg 4:6) - Só à medida em que nos esvaziamos de nós mesmos, é que a graça de Deus vai achando espaço para operar em nós. Deus promete renovada graça àqueles que primam por viver vida simples (Mt 10:16).
(2ª) - VITÓRIA SOBRE SATANÁS (Tg 4:7) - Não é o crente quem tem que fugir do diabo; é ao contrário. A promessa que temos na Bíblia é a de que, submetendo-nos ao governo de Deus, termos forças para resistir ao Diabo e vê-lo bater em retirada.
(3ª) - MAIOR COMUNHÃO COM DEUS (Tg 4:8) - A humildade tem a possibilidade de estreitar os laços da nossa comunhão com Deus, pois Ele tem um lugar para abrigar aquele que se compraz em obedecê-Lo.

4ª) - SENSIBILIDADE ESPIRITUAL (Tg 4:9) - Só os realmente humildes de espírito são capazes de sentir, lamentar e chorar as suas misérias. Só eles possuem sensibilidade espiritual de notar a crise espiritual que avassala o mundo e a necessidade duma nova visitação de Deus à Igreja, hoje.
(5ª) - ZELO PELA REPUTAÇÃO ALHEIA (Tg 4:11) - Falar mal do semelhante é sinal de desamor e prova de presunção; é querer dar a impressão de ser melhor do que a pessoa de quem se maldiz. O crente realmente humilde é alguém que valoriza e zela pela reputação do seu irmão.

V – O CONTRASTE ENTRE A EXALTAÇÃO E A HUMILDADE:
Lc 14.11 - Temos aqui uma declaração magistral do Senhor Jesus. Na verdade, é uma sentença ditada por aquele que pode exaltar e abater a quem deseja – I Sm 2.7.
(1) – É MELHOR SER HUMILDE – Por causa do pecado, que passou a todos os homens, o ser humano possui a tendência natural para a exaltação. No entanto, somos novas criaturas: o velho comportamento foi deixado para trás.
A Bíblia nos ensina bastante sobre a vantagem de sermos humildes. Anotemos algumas delas:
(A) – OS HUMILDES SÃO EXALTADOS – Lc 14.11b – A Palavra do Senhor tem exemplos maravilhosos de pessoas que foram humilhadas e, depois, ocuparam lugares de destaque.
(A.1) – José foi vendido como escravo pelos irmãos a estrangeiros. Depois, tornou-se governador do Egito e seus familiares ajoelharam-se aos seus pés.
(A.2) – Davi vivia no campo com as ovelhas, mas depois foi feito por Deus rei de Israel.
(B) – DEUS OUVE OS HUMILDES – Sl 10.17 – Alguém disse que Deus nos escuta pela oração, mas nos responde através de nossa humildade. Muitos não são atendidos por causa do orgulho que os domina.
(C) – DEUS DÁ GRAÇA AOS HUMILDES – I Pe 5.5 – É coisa boa ter a graça de Deus; é melhor que a vida – Sl 63.3.
(D) – JESUS ENSINA AOS HUMILDES – Mt 11.29 – É maravilhoso ser aluno de Jesus. Se desejamos fazer parte dessa escola, precisamos passar no vestibular da humildade.
(2) – AS DESVANTAGENS DA EXALTAÇÃO – A Bíblia nos mostra que só há desvantagens para os que optam pelo comportamento exaltado e soberbo. Vejamos:
(A) – O EXALTADO É HUMILHADO – Lc 14.11 – Jesus advertiu para a vergonha causada por ser estar no primeiro lugar e ser convidado diante dos outros, a tomar o derradeiro. A vida mostra experiências assim.
Um jovem vivia a criticar os pregadores e anotava os erros de pronúncia, de concordância, etc e dizia: - “Estes pregadores nem sabem falar. Se eu fosse pregar, faria melhor do que eles”.
Um dia, o pastor, sabedor do desejo do moço, concedeu-lhe a oportunidade para dar uma palavra. O rapaz subiu ao púlpito com um sorriso de exaltação. Abriu a bíblia, mas não encontrou o texto que desejava. Ficou suado, nervoso, embaraçado. Pediu desculpas, e desceu cabisbaixo. Um velho irmão o chamou e disse àquele jovem: - “Se você tivesse subido no púlpito da forma como desceu (humilde), teria descido da forma como você subiu (exaltado)”. Foi uma grande lição!
(B) – DEUS RESISTE AOS SOBERBOS – I Pe 5.5 – O Senhor não abre espaço para os exaltados. Diante dEle os soberbos não tem vez – Sl 94.2; 139.6b.
Ex 12.29-33 – O orgulhoso Faraó não permitia que o povo de Israel saísse do seu país. A mão de Deus tornou-se cada vez mais pesada sobre ele, até que o cruel soberano desistiu de lutar contra o Senhor dos Exércitos.
At 9.4-5 – Saulo de Tarso experimentou a resistência de Jesus no caminho de Damasco.

VI - CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Lc 14.7 – Jesus reparou como os convidados escolhiam os primeiros assentos. Segundo os estudiosos dos costumes orientais era comum a disputa por lugares o mais próximo possível do anfitrião (o dono da casa). É natureza humana com suas vaidades!
E nós, servos de Deus, que lugares devemos buscar?
Certamente, o melhor é buscarmos o “lugar de servos”, pois é o mais importante, glorioso e o menos procurado.

Bibliografia:

Lições Bíblicas - CPAD - 1º Trimestre de 1987 - Comentário: Raimundo F. de Oliveira
Lições Bíblicas – CPAD – 4º Trimestre de 1994 – Comentário: Elinaldo Renovato de Lima.
Bíblia de Estudo Pentecostal
Bíblia do Obreiro Aprovado

Nenhum comentário:

Postar um comentário