"Somos um grupo de leigos católicos que compreende ser possível viver duas identidades aparentemente antagônicas: ser católico e ser gay, numa ampla acepção deste termo, incluindo toda diversidade sexual (LGBT).
Desejamos fornecer subsídios teológicos e pastorais que ajudem a conciliar estas identidades. Visamos também funcionar como comunidade virtual aglutinadora, proporcionando visibilidade a iniciativas semelhantes.
Sabemos que a proposta do cristianismo é 100% inclusiva – em todos os sentidos possíveis – e jamais excludente. O próprio termo “católico” quer dizer universal.
As ações e palavras de Cristo presentes nos evangelhos deixam bem claro que todos são chamados ao amor divino, independente de qualquer condição.
O chamado ao amor é universal. O que Jesus condena com extrema dureza é a hipocrisia, a discriminação, a soberba de qualquer tipo. Ele está sempre ao lado dos mais excluídos, pobres e marginalizados (na sua época, preceitos religiosos, interpretações humanas da vontade de Deus, excluíam categorias de pessoas consideradas “impuras” para a prática da fé, como leprosos, cobradores de impostos e prostitutas).
O lugar para viver e crescer nesse amor universal é a Igreja, comunidade dos que crêem em Cristo. Importante frisar que a palavra Igreja designa todos que vivem a fé cristã: leigos, clero e membros de congregações religiosas.
A condição básica para ser Igreja é vivenciar a fé em Cristo na comunidade, independente da orientação sexual dos fiéis. Quem quer viver de forma digna e bela sua orientação homossexual, sendo ou não celibatário, pode contar com os auxílios da graça de Deus.
O Diversidade Católica formou-se em julho de 2006, no Rio de Janeiro. Nossa postura é de comunhão com a Igreja. Seguimos na prática de Jesus e estendemos o convite de amor inclusivo a todos que parecem estar de fora. Preferimos, por enquanto, não publicar nossos nomes no site.
Seja bem-vindo meu irmão, seja bem-vinda minha irmã. Você encontrou a sua comunidade virtual".
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Igreja Católica Apostólica Antiga
Apoio Eclesiástico à Comunidade LGBTS
Tendo em conta as declarações de algumas igrejas cristãs que qualificam a homo-afetividade como "obra do diabo", temos a dizer:
A Igreja Católica Apostólica Antiga no Brasil e no mundo promove o respeito pela dignidade humana, os direitos humanos, a solidariedade e a inclusão de todas as pessoas independentemente da orientação sexual.
Baseados em uma leitura crítica e histórica da Bíblia, podemos afirmar que:
- Os ensinamentos de Jesus que recebemos pelos quatro Evangelhos não dizem nada contra as pessoas LGBTS (Homossexuais) ou contra as práticas sexuais entre pessoas do mesmo sexo: o Jesus histórico não condena as pessoas LGBTS ou as suas práticas sexuais.
- As lições que nos trazem os escritos do evangelho de "crimes sexuais" não se referem a pessoas LGBTS ( Homossexuais ) ou o sexo com pessoas do mesmo sexo (Lc 7,36-50, Jo. 8:1-11) mas sim a práticas sexuais de todas as formas que são abusivas e, portanto, injustas. Práticas que transformam aos outros em objetos e tem teor de instabilidade. O Jesus histórico condenou a injustiça, a discriminação e a exclusão.
- Na literatura paulina onde se encontra, aparentemente, as condenações, aos atos homoeróticos, devemos ler a Santa Escritura em seu contexto total, pois Paulo em Romanos 1:26-27 nada diz contra o amor ou o sexo realizado com liberdade e respeito entre adultos do mesmo sexo. As convicções condenatórias das pessoas e seus atos são o produto de leituras fundamentalistas, machistas e homofóbicas. Nas cartas às comunidades cristãs de Roma, Paulo condenou a adoração de ídolos onde foi praticada a prostituição sagrada e, certamente, as práticas culturais de sexo Romanas com menores.
Alienada, arrogante e ignorante, a leitura fundamentalista do texto bíblico, leva à violência e a atitudes homofóbicas, que discriminam e excluem as pessoas LGBTS, são posições que não têm sua base no Evangelho de Jesus, mas em uma leitura de falsa ciência, pré e descontextualizada das Escrituras, que são retiradas do contexto sócio-cultural em que ocorreram, para justificar posições que são contrárias à mensagem de libertação e inclusão de Jesus.
A partir do Vicariato da Pastoral Social da Igreja Católica Apostólica Antiga, expressamos nossa solidariedade com as pessoas LGBTS que se sentem culpadas, violadas em seus direitos e em sua dignidade por discriminações de qualquer ordem, e dizemos com plena certeza: Jesus não discrimina a comunidade: gays, lésbicas, transsexuais e heterossexuais, todos são bem-vindos e recebidos com amor e igualdade na dignidade da vida e como filhos e filhas de Deus.
Vallarino Julho
Assistente Social - Educador Popular.
Vigário da Pastoral.
Sua Eminência Monsenhor
++ Frederico Souza Toldo
Arcebispo Primaz Metropolitano da Igreja Católica Apostólica Antiga
Regente Patriarcal para o Brasil
Sua Beatitude Monsenhor
+++ Sebastián Camacho Bentancur
Arcebispo Primado Mundial da Igreja Católica Apostólica Antiga
Patriarca de la Comunión Apostólica Ecuménica Mundial
Comentário de Wáldson: A Igreja Católica Apostólica Antiga(conhecida também com Vétero Católica), surgiu de uma dissidência da Igreja Católica Apostólica Romana, tendo seu registro sido efetuado em Cartório em 2011.
Tem uma liderança própria, e não tem no papa seu líder máximo.
Como você já leu, é uma igreja inclusiva, ou seja, recebe com alegria a todos que tenham uma orientação sexual diferente.
Até pouco tempo atrás, sabíamos de igrejas 'evangélicas' inclusivas.Mas agora, o povo 'católico', resolveu também abrir as portas de uma nova 'igreja' onde todos podem ser bem-vindos, sem precisarem de se preocpar em mudar de vida.
Que lástima!!!
Grande abraço!!!
Vivam vencendo as estratégias de satanás!!!
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