A possível existência de corrupção dentro das igrejas evangélicas brasileiras vem sendo amplamente debatia entre líderes cristãos, e se torna ainda mais contundente com denúncias sobre o possível envolvimento de lideranças de algumas denominações com o narcotráfico.
Em uma entrevista à rede Bandeirantes o ex-contador da Igreja Pentecostal Deus é Amor (IPDA), Guilherme Filho Prado, relatou o envio de dinheiro não declarado ao exterior e um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo a igreja.
Apesar de alimentar o debate, as denúncias feitas por Prado não formam comprovadas, e o advogado da igreja afirma que ele estaria tentando extorquir a igreja e que nenhuma condenação foi imposta à cúpula da denominação.
De acordo com o The Christian Post, acusações dessa natureza pairam também sobre outras denominações, como igreja Mundial do Poder de Deus, em que houve prisões de pastores acusados de tráficos de armas; e a igreja Universal do Reino de Deus, com denúncias de que a Rede Record de Televisão, pertencente ao fundador da igreja, Edir Macedo, teria sido fundada com dinheiro oriundo do narcotráfico.
O assunto foi abordado também pelo professor de ciência da religião Paulo Romeiro, em uma palestra ministrada no programa “Academia em Debate”, da Universidade Presbiteriana Mackenzie. O professor chamou a atenção para as chamadas igrejas neopentecostais, dizendo que se tornaram “criativas” no levantamento de fundos. Segundo Romeiro a corrupção tem se tornado muito forte no contexto evangélico brasileiro, e que sua existência vem a partir de uma questão cultural.
- A corrupção está nas entranhas da sociedade brasileira, nós vivemos em uma nação extremamente corrupta de cima a baixo, se você observar bem todos os poderes da nação estão contaminados pela corrupção, todos eles, não são apenas políticos, os juízes, os governantes, mas a sociedade em geral – ressalta o estudioso, que diz ainda que a igreja brasileira de distanciou da palavra de Deus.
- Tudo que você encontra hoje é autoajuda, sucesso e isso é muito complicado, as pessoas continuam ajudando por causa disso – concluiu.
Folha.com
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