A UNÇÃO DO MARKETING E O PODER DA MIDIA NA IGREJA
Caso, os profetas ou apóstolos bíblicos  vivessem em nossos dias, detectariam uma sórdida e maligna realidade – a  unção do marketing e o poder da mídia no ministério – onde algumas  portas se abrem, e oportunidades surgem somente quando nos tornamos  coniventes com um sistema religioso viciado e deturpado, financiado por  uma cultura que valoriza o condicionamento e o espetáculo religioso.
Tenho consciência de que, muitos  daqueles que se utilizam do poder da mídia e da unção do marketing,  declaram que manifestações e expressões como deste artigo são  provenientes de pessoas que queriam estar falando para as massas e por  não conseguirem criticam e denunciam. Quero deixar claro primeiramente  que, não sou contrário a utilização da mídia para a propagação do  evangelho, porém, qualquer pessoa que deseje ter sucesso neste panteão  de sincretismo e misticismo religioso vendido através da mídia, basta  seguir o seguinte método – 1) abandone o temor do Senhor, 2) negocie a  sua consciência para atingir seus objetivos egocêntricos, 3) esteja  disposto a qualquer negócio para chegar onde desejar, 4) manipule a  palavra de Deus e a fé das pessoas, que certamente, será um grande  candidato para ser um showman religioso das massas ávidas pelo auto  engano.
De modo que, é muito fácil se tornar um  fenômeno religioso dentro de qualquer contexto, basta seguir as  regrinhas básicas da dissimulação, picaretagem e malandragem. Sendo  assim, logo cedo, os escoteiros da escola de Balaão, descobrem que  precisam ter acesso a canais de televisão, negociar horários em  determinados eventos “missionários”, ser conivente com o erro de lideres  para viabilizarem a promoção e o sucesso ministerial.
É deplorável observar o povo financiando  um sistema que manipula a fé, vende apetrechos místicos, trocam notas  ungidas de R$ 5,00 por R$ 50,00, e que procuram fazer de Deus um garçom  de bênçãos.
É triste encontrar lideres e pregadores  que não se prostituiram com o espírito da avareza religiosa, padecendo  necessidade, não encontrando oportunidades, e tendo suas vozes sufocadas  pelos gritos e ruídos da apostasia.
Torna-se uma tarefa árdua detectar nesta  babel de consumo religioso, o inicio deste financiamento profano. Seria  o povo ou a liderança o propulsor deste sistema? Normalmente a  liderança convive com a cobrança de atender as demandas do povo,  enquanto que, os liderados esperam dos seus lideres decisões que  viabilizem suas vidas. É comum ouvir líderes falarem – Se não fizermos  assim (no sistema de sincretismo e misticismo), perdemos os membros, ao  mesmo tempo em que, encontramos dois tipos de liderados – os ávidos pelo  autoengano e os sedentos pela verdade, que buscam uma liderança que  comunique o Evangelho puro e simples. De modo que, sempre nos  depararemos com a seguinte questão – o povo é o que o líder ensina, ou o  líder é o que o povo anseia?
Em busca desta resposta é interessante  observar que na história do povo de Deus (Israel), o autoengano e o  sincretismo religioso se manifestaram em consequência de algumas  motivações – 1) apostasia da liderança em relação aos mandamentos  divinos, 2) deturpação espiritual por causa de interesses pessoais  egoístas, 3) influência negativa de culturas pagãs, 4) atrelamento do  sagrado com o profano, 5) enrijecimento do coração do povo em relação a  vontade divina, 6) Juízo divino – quanto Deus pune o povo deixando de  enviar a sua palavra e seus profetas.
Deste modo, compreendemos que, enquanto o  chamamento de Deus para a liderança é de extrema responsabilidade com a  verdade, o conselho divino para o povo é que obedeçam a verdade. Porém,  existindo a deturpação da verdade por parte de cada ou de ambos os  lados (lideres e povo), no tempo oportuno, Deus sempre corrigiu os  envolvidos e cumpriu a Sua vontade soberana.
Porém, mesmo sabendo de que tudo está no  controle divino, ainda existe – 1) o lamento por detectar que nesta  hora o financiamento do autoengano é maior, do que a divulgação do  evangelho genuíno, 2) a dor em observar o aumento sistemático dos  condicionamentos e adestramentos da fé, no objetivo de financiarem as  vontades e propósitos de alguns setores religiosos, 3) a tristeza de ver  homens e mulheres de Deus sendo isolados e rechaçados para não falarem a  verdade, enquanto que, a palha é promovida, comercializada e  viabilizada através de diversos veículos de comunicação.
De modo que, resta a dadivosa esperança que jamais calará – MARANATA – VEM SENHOR JESUS!
***
Nenhum comentário:
Postar um comentário