Lição 9 - Dízimos e ofertas
26 de Fevereiro de 2012
TEXTO ÁUREO
“Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade*; porque Deus ama** ao que dá com alegria***” (2 Co 9.7).
(*) ananké; constrangimento, aflição, necessidade. Refere-se a algo que surge da influencia de outras pessoas, constrangimento, coação.
(**) agapaõ; talvez de agan, muito; amar num sentido social ou moral. É considerar com forte afeição, com favor, boa vontade, benevolencia.
(***) hilarios; disposto, de boa natureza, alegremente pronto. A palavra descreve um espírito de alegria no ato de dar que afasta todo comedimento.
- Nossas ofertas podem e devem ser feitas com alegria.
(*) ananké; constrangimento, aflição, necessidade. Refere-se a algo que surge da influencia de outras pessoas, constrangimento, coação.
(**) agapaõ; talvez de agan, muito; amar num sentido social ou moral. É considerar com forte afeição, com favor, boa vontade, benevolencia.
(***) hilarios; disposto, de boa natureza, alegremente pronto. A palavra descreve um espírito de alegria no ato de dar que afasta todo comedimento.
- Nossas ofertas podem e devem ser feitas com alegria.
VERDADE PRÁTICA
A chave da verdadeira prosperidade está em ser fiel a Deus em tudo, inclusive, na prática dos dízimos e das ofertas.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Malaquias 3.10,11; 2 Coríntios 9.6-8.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
· Analisar a questão do dízimo e das ofertas dentro de uma perspectiva bíblica;
· Conscientizar-se de que a prática do dízimo e das ofertas é uma forma de adoração ao Senhor; e
· Explicar os dízimos e as ofertas como fontes de bênçãos.
Palavra-Chave
Dízimo: Décima parte de tudo aquilo que é devolvido ao Senhor, quer em dinheiro, quer em produtos e bens.
COMENTÁRIO
(I. Introdução)
A Teologia da Prosperidade tem distorcido as práticas bíblicas de o crente ofertar e dizimar para a Obra do Senhor. Nesta aula, porém, temos a oportunidade de verificar à luz das Escrituras Sagradas que a entrega dos dízimos e das ofertas é uma atitude de amor e gratidão a Deus. Não devemos fazer com tristeza ou por constrangimento, mas com alegria, pois tudo que possuímos não é nosso; foi o Pai Celeste que as confiou aos nossos cuidados. Tudo que temos pertence ao Senhor. Tudo vem dEle - nosso trabalho, saúde, família. Temos de contribuir impulsionados pelo amor abnegado e desinteresseiro. Deus não está preocupado com a quantia que entregamos, mas com o nível de desprendimento, sacrifício e fé. Que sejamos mordomos fiéis do Senhor, sabendo que Ele é fiel para suprir todas as nossas necessidades. Boa aula!
(II. Desenvolvimento)
I. DÍZIMOS E OFERTAS NA BÍBLIA
1. O Antigo Testamento. O termo hebraico aqui é ma’a sar (Strong 4643), significando ‘um décimo”; “um dízimo”; “décima parte” dízimo”. No contexto bíblico, o vocábulo hebraico re’sith, refere-se àquilo que é “o primeiro”, indica o mais elevado de alguma coisa, o melhor, o mais excelente, tal como as melhores partes das ofertas (1Sm 2.29). Por definição, Dízimo é a Décima parte; Ordenado pelo Senhor (Lv 27.30-32; Ml 3.10), com o propósito de sustentar os levitas (Nm 18.21) e sacerdotes (Nm 18.28), para ajudar nas refeições sagradas (Dt 14.22-27), e para socorrer os pobres, os órfãos e as viúvas (Dt 14.28,29). Encerra a lição de que Deus é o dono de tudo (Êx 19.5; Sl 24.1; Ag 2.8). Quando Israel deixou de entregar o Dízimo, isso foi uma demonstração de sua desobediência (Ml 3.8-10); de igual modo, ao retornarem com a praticar de apresentar os Dízimos, isso foi um sinal de reforma, como aconteceu nos dias de Ezequias (2Cr 31.55,6,12) e Neemias (Ne 10.37; 12.44). Além do dízimo, Deus fez registrar a propriedade das ofertas alçadas, ou seja, de contribuições esporádicas que fluíam dos corações de servos movidos pelo desejo de ir além, de sua contribuição dizimal, quer por mera gratidão, quer por uma causa específica, colocada por Deus perante eles, quer por uma necessidade extrema de auxílio, de caráter social (Êx 25-36). Esta perícope apresenta a construção do tabernáculo. A questão é: “Porque Deus não utilizou os dízimos de seu povo para esta necessidade”? A razão é que os dízimos deveriam ser aplicados ao sustento dos levitas, dos líderes religiosos, e serviriam à manutenção dos atos de adoração, não poderiam fazer face à necessidade específica, esporádica e extra-normal que agora era colocada por Deus perante seu povo. Deus os chamou, conseqüentemente, a contribuir com ofertas alçadas, extras (Êx 25.2). O vocábulo no original hebraico é t’rûmáh (Strong 8641), um presente oferecido em sacrifício ou como tributo; a idéia básica é de algo sendo levantado (alçado) e apresentado ao Senhor como uma dádiva especial, de forma voluntária. O fato que deve ficar patente é que as práticas do dízimo ou das ofertas não são instituídas a partir da lei mosaica, Moisés apenas sistematizou tais práticas (Gn 4.4; 14.20; 28.22; Nm 18.20-32). “[...] O dízimo pode ter começado no Antigo Testamento, mas seu espírito, verdade e prática, continuam válidos” (HAYFORD J. A Chave de Tudo. 1.ed., RJ: CPAD, 1994, pp.93-4).
2. O Novo Testamento. O dízimo é uma determinação procedente de Deus, que precedeu a lei cerimonial e judicial da nação de Israel (incorporando-se posteriormente a essas), sendo portanto válido para todas as épocas e situações. Como forma de subsidiar o comentário da lição, gostaria apenas de reforçar dois princípios neotestamentários sobre o dízimo que devem regular a nossa contribuição sistemática: (1) o Novo Testamento ensina que nossa contribuição deve ser planejada: “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria” (2 Co 9.7). Nossa contribuição deve ser alvo de prévia meditação e entendimento nos indica, com muito mais força, que ele deve ser uma contribuição planejada, não aleatória, não dependente da emoção do momento. A melhor forma de planejar essa contribuição é a estabelecida nas Escrituras - dízimo, o reconhecimento de que tudo o que temos provêm e pertence a Deus. (2) Deus espera que a nossa contribuição seja proporcional aos nossos ganhos (1Co 16.2-3). Paulo está sistematizando a contribuição, orientando àquela igreja para que ela realizasse a coleta aos domingos (no primeiro dia da semana), que é quando os crentes primitivos se reuniam. Paulo enfatiza que temos que contribuir conforme Deus tem permitido que prosperemos. Temos ouvido muitas cousas impróprias acerca do Dízimo, muita argumentação falha que procura utilizar prescrições da lei cerimonial (cumprida em Cristo) ou da lei judicial de Israel (de caráter temporal, para aquela nação). Entretanto, temos, igualmente, muitos princípios válidos e exemplos sobre o dízimo, tanto no Velho como no Novo Testamento. Não é caso acusarmos o ‘não dizimista’ de ‘ladrão’ com base em Ml 3.8, haja vista esse texto fazer referência ao Templo-Estado. O Pr Caio Fabio escreve em seu livro "Sem Barganhas com Deus": "O texto de Malaquias 3, sobre os dízimos, é o favorito da “igreja” nas questões de contribuições financeiras. O que não percebemos é que o N.T. não se utiliza dele como Lei da Graça quando se trata de dinheiro. O texto de Malaquias fala do Templo-Estado. A Igreja não é assim. Mas ao escolhermos, seletivamente, Malaquias como o Santo das Contribuições, sem o sabermos, estamos dizendo quatro coisas: 1) Nosso desejo de que a Igreja esteja para a sociedade assim como o Templo-Estado estava para a população de Israel; 2) Nossa seletividade arbitrária quanto a determinar o que, da Lei, nos é conveniente; 3) Nossa incapacidade de ver que Malaquias 3 tem sua atualização na Graça em II Co 8 e 9; 4) Nossa ênfase na idéia de que aquele que não contribui é ladrão, põe aqueles que “cobram” no papel de sacerdotes-fiscais dos negócios de Deus na Terra. Em Atos 5: 1-11, diz-se que dá quem deseja. Dar sem desejar ou dar mentindo gera morte, não vida. Ananias e Safira foram disciplinados pela Liberdade que nasce da verdade e não a fim de gerar medo legalista na Igreja. Eles morreram por terem traído a Graça de dar ou não dar, ser ou não. Eram livres para não dar, não para mentir ao Espírito Santo! Dar não os tornaria maiores. Não dar não os tornaria menores. Mentir a Deus os destruiria! [...] E mais, dízimos financeiros são despudoradamente “cobrados” como parte da continuidade da Graça sobre o homem-devedor, sendo que o mediador humano da benção é sempre o representante de Deus, daí sentirem-se donos do dinheiro — afinal, Deus só recebe sacrifícios que se convertam no milagre de fazer muito dinheiro encher os seus bolsos, seja pessoalmente, seja institucionalmente, seja empresarialmente!" (Caio Fabio, Sem Barganhas com Deus, p. 40,41). Nas epístolas, Paulo faz referência ao dízimo levítico para extrair dele o princípio de que o obreiro é digno do seu salário (1 Co 9.9-14; Lv 6.16,26; Dt 18.1). Se o apóstolo não reconhecesse a legitimidade da prática do dízimo, jamais teria usado esses textos do Antigo Testamento. Há uma concordância geral entre os eruditos de que o Novo Testamento nos ensina a dar substancialmente ao Senhor. Há também concordância de que ele é um Deus que se deleita em responder com graciosa provisão, especialmente para suprir necessidades especiais (Mt 6.25-34).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A prática do dízimo não está restrita ao Antigo Testamento. Ela também é incentivada pelos apóstolos em o Novo Testamento.
II. A PRÁTICA DO DÍZIMO E DAS OFERTAS COMO FORMA DE ADORAÇÃO
1. Reconhecimento da soberania e da bondade de Deus. Um dos princípios básicos da prática do dízimo é o reconhecimento de que Deus é soberano sobre todas as coisas. Tudo vem dEle e é para Ele (Ag 2.8; Cl 1.17). As promessas de Deus, tema das lições bíblicas do quarto trimestre de 2007, comentada pelo Pr Geremias do Couto, apresenta o estudo das promessas de Deus, ensejando a grande necessidade de melhor conhecermos a forma como são apresentadas na Bíblia e de que maneira interagem conosco, na condição de crentes fiéis a Deus. Deus prometeu segurança ao povo de Israel (Dt 28.7), mas isto não descartava a possibilidade de a nação eleita passar por situações conflituosas. Não é o que estamos acostumados a ouvir em nossos púlpitos, o que se vê são as famosas frases de efeito do tipo: “Deus tem promessas para você”, “determine e receba o que Deus prometeu para a sua vida” ou “a promessa é sua, receba em nome de Jesus!”, sem que as pessoas muitas vezes conheçam realmente, à luz da Bíblia, o que as promessas realmente representam. Na idéia da ‘Formula da Fé’, estas frases são como “amuletos” que os crentes lançam mão, à hora que bem entenderem, a fim de suprir suas necessidades imediatas. Deus não está sujeito a nenhum outro domínio, sendo este um de seus atributos exclusivos. Assim, ele age soberanamente à luz do plano que traçou para o homem. Quanto aos propósitos, nada do que Deus faz tem a finalidade de produzir sensacionalismo ou fazer por fazer, mas cumpre objetivos coerentes com os seus desígnios soberanos. Em outras palavras, as promessas de Deus, quando aplicadas à nossa vida, só fazem sentido se tiverem em conta a soberania de Deus e o seu propósito em cada ato. Aliás, muitas são as adversidades daqueles que desejam viver piamente em Cristo (2Tm 3.12). Mas há promessas de proteção e segurança para o crente. É só confiar! Nós somos a propriedade particular de Deus (1Pe 2.9). Quando o crente devolve a Deus o seu dízimo, demonstra que reconhece o Senhor como a fonte de todas as coisas. À saudação de Melquisedeque: “Bendito seja o Deus Altíssimo!”, respondeu Abraão dando-lhe o dízimo (Gn 14.20). O princípio da devolução do dízimo demonstra que somos dependentes de Deus. É lamentável que alguns crentes ignorem esse fato e ajam como se as suas conquistas materiais fossem apenas mérito de seus esforços (Jz 7.2). Deus nos concede todas as bênçãos espirituais de que necessitamos (Ef 1.3; Fp 4.19; Tg 1.17) bem como as bênçãos materiais. Deus abençoa a todos sem distinção de raça, cor, credo, condição financeira, condição física ou educação. (Lc 9.23). “Porque sei que são muitas as vossas transgressões e enormes os vossos pecados; afligis o justo, tomais resgate e rejeitais os necessitados na porta. Portanto, o que for prudente guardará silêncio naquele tempo, porque o tempo será mau. Buscai o bem e não o mal, para que vivais; e assim o Senhor, o DEUS dos Exércitos, estará convosco, como dizeis.” (Am 5.12-14).
2. Reconhecimento do valor do próximo. Os Dízimos do terceiro ano são mencionados em Dt 14.28,29 e outra vez no capítulo 26.12-15; os detalhes precisos não são claros. Visto serem um presente especial para os Levitas e os pobres e visto que as cidades levíticas estavam espalhadas por todo o território de Israel (Js 21), não seria prático conduzir todos os dízimos, de uma vez só, ao lugar central de adoração. Deste modo, estas oferendas dos dízimos deviam ser oferecidas para serem armazenadas nas cidades de Israel e usadas para a provisão dos necessitados. ). [1].
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[1] Bíblia de Estudo Genebra, São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999; Nota Textual de Dt 14.28; p. 218.
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[1] Bíblia de Estudo Genebra, São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999; Nota Textual de Dt 14.28; p. 218.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Um dos princípios básicos da prática do dízimo, tanto no Antigo Testamento como em o Novo, é o reconhecimento de que Deus é soberano sobre todas as coisas.
III. DÍZIMOS E OFERTAS COMO FONTES DE BÊNÇÃOS
1. A bênção da multiplicação. Tanto o Antigo como o Novo Testamento demonstram que Deus pode atender às nossas necessidades, quer sejam financeiras, quer sejam espirituais, ou outras quaisquer, bem como aumentar nossas posses para atender às diversas necessidades dos outros. No dizer de Paulo em 2Co 9.8-10, dê o que você tiver em mãos para dar. Ele enfatiza que: (a) é Deus que faz com que toda graça abunde em nossa direção e nos fornece capacidade em todas as coisas. Todas as coisas benéficas para a nossa vida, vêm das mãos de Deus; (b) Nós recebemos capacidade – até mesmo generosidade para podermos fazer boas obras. Somos abençoados a fim de sermos uma bênção para os outros (Gn 12.2). O termo ‘capacidade’ significa ‘auto-satisfação’, ‘contentamento’ ou ‘competência’.; (c) O Deus que nos deu semente em primeiro lugar, é aquele que atende às nossas necessidades básicas, multiplica nossas sementes semeadas em abundância, de modo que possamos compartilhá-la com os outros. Quando o crente é liberal em contribuir para o Reino de Deus, uma decorrência natural do seu gesto é a bênção da multiplicação dada pelo Senhor (2 Co 9.6-10). [2]
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[2] Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001
Dinâmica do Reino – Fé como Semente; 2Co 9.8-10; p. 1207.
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[2] Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001
Dinâmica do Reino – Fé como Semente; 2Co 9.8-10; p. 1207.
2. A bênção da restituição. A Bíblia revela que o Senhor é um Deus de restituição (Jl 2.25). O profeta Joel profetiza uma era na qual tanto as necessidades físicas como espirituais, serão satisfeitas. Israel sofria constantemente com a invasão do exército ‘d’Aquele que é do Norte, uma alusão às locustas. Uma maneira de deter esses exames é através de um vento que as leva para dentro de grandes porções de água ( o mar oriental, Mar Morto, e o mar ocidental, o Mediterrâneo). O seu mau cheiro, a podridão das locustas mortas jogadas na praias pelas ondas, enchem o ar com um terrível mau cheiro[3]. É importante salientar que não há um consenso na Igreja contemporânea quanto à aplicabilidade dos princípios do Novo Testamento quanto ao dízimo, de fazer prova de Deus na área das finanças quanto à repreensão de Deus às cousas que devoram as finanças ou à provisão financeira de Deus àqueles que dão fielmente._____________________________________
[3] Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001
Nota Textual de Joel 2.20; pp. 866 e 867.
[3] Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001
Nota Textual de Joel 2.20; pp. 866 e 867.
3. A bênção da provisão. Na Antiga Aliança, o Senhor prometeu “derramar bênçãos sem medida” sobre o seu povo (Ml 3.10). Na Nova Aliança, Ele deseja que o crente tenha “toda suficiência” (2 Co 9.8). A prosperidade bíblica é viver na suficiência de Cristo (2 Co 3.5; 9.8). Na Graça, aprendemos que a oferta voluntária é um ato desejável por Deus, comparada a um aroma suave, a um perfume não agressivo, mas suave. Nesse sentido, é um privilégio poder contribuir, poder fazer algo que é desejável por Deus. Quando o assunto é provisão, Deus deixa claro que não retém sua mão. Em Fp 4.19 Paulo enfatiza o fato de que Suas “riquezas” englobam toda a criação, ou seja, não há nada de que precisamos que Deus não possa suprir. Uma das regras básicas da interpretação da Bíblia é a análise do texto de acordo com o seu contexto. Por conseguinte, quando alguém, para fantasiar uma existência saudável, rica e isenta de problemas, fundamenta-se, por exemplo, em Filipenses 4.13, está perversamente torcendo a Palavra de Deus. Além do mais, o próprio Cristo advertiu-nos: “Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16.33). Antes de mais nada, Paulo declara sua total dependência de Cristo em todas as circunstâncias: “Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade” (Fp 4.12). Nesse versículo, o apóstolo deixa bem claro que, embora já houvesse experimentado escassez e abundância, jamais deixou de confiar em Deus. Sejam quais fossem as circunstâncias, o Senhor Jesus era a sua contínua suficiência. É por isso que, nEle, o apóstolo podia todas as coisas. Se alguém, portanto, quiser justificar a Teologia da Prosperidade com base na vida de Paulo, perde o seu tempo. Ele não ficou rico no seu exercício ministerial. Pelo contrário. Ele iniciou o seu ministério fazendo tendas (At 18.3) e terminou a sua carreira em uma prisão em Roma (Fp 1.3; At 28.30). No final de seus dias, precisou que Timóteo lhe enviasse uma capa, para se aquecer no cárcere (2 Tm 4.13). O que disso concluímos? O contentamento do apóstolo não dependia da abundância ou da escassez de bens materiais, mas da suficiência em Cristo.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Quando honrarmos o Senhor com nossos dízimos e ofertas, Ele derramará sobre nós sua provisão.
(III. Conclusão)
Vimos, pois, que a prática dos dízimos e das ofertas é uma determinação procedente de Deus, que precedeu a lei cerimonial e judicial da nação de Israel (incorporando-se posteriormente a essas), sendo portanto válido para todas as épocas e situações. Evidentemente que fica para nós o princípio de que somos abençoados não porque contribuímos, mas contribuímos porque já somos abençoados. Os fariseus, um grupo judaico radical que buscava cumprir todos os preceitos legais da Lei sem atender às exigências espirituais, observavam a prática do dízimo, numa suposição de que a obediência a um ‘ritual’ liberava-os da realidade maior: a obediência às responsabilidades do amor. O crente não pode estar aliciado a esse pensamento, mas o ensino neotestamentário é que deve nortear as práticas do dízimo e das ofertas “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria” (2 Co 9.7). Nossa ênfase na idéia de que aquele que não é dizimista ou não contribui é ‘ladrão’, põe aqueles que ‘cobram’ no papel de sacerdotes-fiscais dos negócios de Deus na Terra. Em Atos 5: 1-11, diz-se que dá quem deseja. Dar sem desejar ou dar mentindo gera morte, não vida. Deus reconhece a voluntariedade do crente em contribuir para o seu Reino e, por graça e misericórdia, derrama sobre nós as suas muitas e ricas bênçãos.
Franciscobarbosa
Subsídio para o Professor
INTRODUÇÃO
Para enriquecer o conhecimento de seus alunos acerca do dízimo, faça a seguinte atividade: Solicite à classe que leia as referências indicadas sobre o dízimo e descubra os propósitos, princípios e verdades relacionadas ao tema na Bíblia.
Lv 27.30-32 - Os dízimos pertencem ao Senhor. O povo deveria dar os dízimos de todos os produtos da terra e dos rebanhos.
18.21-32 - Um dos propósitos do dízimo era o sustento dos levitas em troca dos serviços prestados na tenda da congregação; por sua vez, os levitas davam os dízimos dos dízimos ao sacerdote.
Dt 14.28,29 - Outro propósito era auxiliar aos necessitados.
Dt 26.12-19; Ml 3.8,10 - Assim como Deus dera bênçãos a seu povo, os que as receberam deviam reparti-las com os menos favorecidos. Dar o dízimo, portanto, traria bênçãos divinas, retê-lo traria a maldição. De início, escreva no quadro de giz apenas as referências. Seus alunos deverão lê-las e interpretar o texto. É natural que tenham dificuldades. Porém, ajude-os com um breve comentário sobre cada texto.
Ao descrever as bênçãos decorrentes do dízimo, afirmou J. Blanchard: “O dízimo não deve ser um teto em que paramos de contribuir, mas um piso a partir do qual começamos”. Não há como discordar do irmão Blanchard. Infelizmente, muitos são os que, menosprezando esta tão rica disciplina espiritual, longe estão de experimentar a bênção da mordomia cristã. Afinal, por que devo eu contribuir, financeiramente, com a Obra de Deus? Que benefícios espirituais obterei com os meus dízimos e ofertas? Em primeiro lugar, conscientize-se: as ofertas e os dízimos não lhe pertencem; a Deus pertencem. Não é Ele o dono da prata e do ouro? Então, dai a Deus o que é de Deus.
O QUE SÃO OS DÍZIMOS E OFERTAS
1. Definição. Os dízimos e ofertas, entregues a Deus com ações de graças, são um dos maiores atos da devoção cristã: testemunham de que lhe reconhecemos o senhorio supremo e inquestionável sobre todas as coisas; e evidenciam que lhe aceitamos o império de sua vontade sobre todas as coisas que possuímos (1 Co 10.16). Em nosso Dicionário Teológico, definimos assim o dízimo: “Oferta entregue voluntariamente à Obra de Deus, constituindo-se da décima parte da renda do adorador (Ml 3.10). O dízimo não tem valor mercantilista, nem pode ser visto como um investimento. É um ato de amor e de adoração que devotamos àquele que tudo nos concede. É uma aliança prática entre Deus e o homem. O que é fiel no dízimo, haverá de usufruir de todas as bênçãos que o Senhor reservou-nos em sua suficiência”.
2. Mordomia cristã. A entrega amorosa e voluntária do que possuímos a Deus é conhecida, também, como mordomia cristã. Ou seja: como seus mordomos, cabe-nos administrar, devocional e amorosamente, o que nos entregou Ele, visando o serviço de adoração, a expansão de seu Reino e o sustento dos mais necessitados. A mordomia cristã, por conseguinte, é a administração de quanto recebemos do Senhor. Por isso requer-se de cada mordomo, ou despenseiro, que se mantenha fiel ao que Deus lhe confiou (1 Co 4.2).
ADORANDO A DEUS COM NOSSOS HAVERES
Vejamos por que os dízimos e ofertas são importantes.
1. Através das contribuições financeiras, honramos a Deus. “Honra ao Senhor com a tua fazenda e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão os teus celeiros abundantemente, e trasbordarão de mosto os teus lagares” (Pv 3.9,10).
2. Por meio das ofertas e dízimos, mostramos a Deus nossa alegria. “Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria” (2 Co 9.7).
3. Por intermédio do dar, expomos a Deus um coração voluntário: “Então, falou o Senhor a Moisés, dizendo: Fala aos filhos de Israel que me tragam uma oferta alçada; de todo homem cujo coração se mover voluntariamente, dele tomareis a minha oferta alçada” (Êx 25.1,2).
4. Através do ofertar, revelamos o nosso desprendimento. “Porém o rei disse a Araúna: Não, porém por certo preço to comprarei, porque não oferecerei ao Senhor, meu Deus, holocaustos que me não custem nada. Assim, Davi comprou a eira e os bois por cinqüenta sidos de prata” (2 Sm 24.24).
A CONTRIBUIÇÃO NA BÍBLIA
A mordomia cristã, como devoção e adoração a Deus, não surgiu com o Cristianismo; é um ato que nasceu com o homem, e vem perpetuando-se ao longo da História Sagrada. Quer no Antigo quer no Testamento Novo, deparamo-nos com homens e mulheres que, afetuosamente, tudo entregavam ao Senhor, pois do Senhor tudo haviam recebido.
1. Antigo Testamento. Embora a Bíblia não o registre, certamente ofereceu Adão ao Senhor não poucos sacrifícios, pois os seus descendentes imediatos o fizeram, certamente, imitando-lhe o gesto:
a) Abel. Um dos mais perfeitos tipos de Nosso Senhor Jesus Cristo, ofereceu Abel um sacrifício a Deus: “E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura; e atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta” (Gn 4.4).
b) Abraão. Abraão foi o primeiro herói da fé, segundo o registro bíblico, a trazer os dízimos ao Senhor que, naquela oportunidade, era representado por Melquisedeque que lhe “trouxe pão e vinho; era sacerdote do Deus Altíssimo; abençoou ele a Abrão e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, que possui os céus e a terra; e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus adversários nas tuas mãos. E de tudo lhe deu Abrão o dízimo” (Gn 14.18-20 - ARA).
c) Israel. Os filhos de Israel tinham por obrigação trazer os dízimos aos levitas, a fim de manter em perfeito funcionamento o serviço do santuário: “Aos filhos de Levi dei todos os dízimos em Israel por herança, pelo serviço que prestam, serviço da tenda da congregação” (Nm 18.21 - ARA).
2. Novo Testamento. Ao contrário do que supõem muitos crentes, os dízimos não foram instituídos pela Lei de Moisés. Pois Abraão já o honrava com os seus dízimos. Vejamos, pois, como a Igreja de Cristo comportava-se diante da mordomia que nos entregou o Senhor.
a) Jesus não foi contra os dízimos, mas contra a hipocrisia dos que os traziam: “Mas ai de vós, fariseus, que dizimais a hortelã, e a arruda, e toda hortaliça e desprezais o Juízo e o amor de Deus! Importava fazer essas coisas e não deixar as outras” (Lc 11.42).
b) Tipologicamente, Abraão entregou os dízimos a Cristo, já que Melquisedeque era da mesma ordem sacerdotal que o Nazareno: “Porque este Melquisedeque, rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, que saiu ao encontro de Abraão, quando voltava da matança dos reis, e o abençoou, para o qual também Abraão separou o dízimo de tudo” (Hb 7.1,2 - ARA).
c) A Igreja Primitiva contribuía regularmente no primeiro dia da semana: “No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for” (1 Co 16.2 - ARA).
d) Na Igreja Primitiva o dízimo era o referencial mínimo. Eis o exemplo de Barnabé: “José, a quem os apóstolos deram o sobrenome de Barnabé, que quer dizer filho de exortação, levita, natural de Chipre, como tivesse um campo, vendendo-o, trouxe o preço e o depositou aos pés dos apóstolos” (At 4.36,37 - ARA).
Lv 27.30-32 - Os dízimos pertencem ao Senhor. O povo deveria dar os dízimos de todos os produtos da terra e dos rebanhos.
18.21-32 - Um dos propósitos do dízimo era o sustento dos levitas em troca dos serviços prestados na tenda da congregação; por sua vez, os levitas davam os dízimos dos dízimos ao sacerdote.
Dt 14.28,29 - Outro propósito era auxiliar aos necessitados.
Dt 26.12-19; Ml 3.8,10 - Assim como Deus dera bênçãos a seu povo, os que as receberam deviam reparti-las com os menos favorecidos. Dar o dízimo, portanto, traria bênçãos divinas, retê-lo traria a maldição. De início, escreva no quadro de giz apenas as referências. Seus alunos deverão lê-las e interpretar o texto. É natural que tenham dificuldades. Porém, ajude-os com um breve comentário sobre cada texto.
Ao descrever as bênçãos decorrentes do dízimo, afirmou J. Blanchard: “O dízimo não deve ser um teto em que paramos de contribuir, mas um piso a partir do qual começamos”. Não há como discordar do irmão Blanchard. Infelizmente, muitos são os que, menosprezando esta tão rica disciplina espiritual, longe estão de experimentar a bênção da mordomia cristã. Afinal, por que devo eu contribuir, financeiramente, com a Obra de Deus? Que benefícios espirituais obterei com os meus dízimos e ofertas? Em primeiro lugar, conscientize-se: as ofertas e os dízimos não lhe pertencem; a Deus pertencem. Não é Ele o dono da prata e do ouro? Então, dai a Deus o que é de Deus.
O QUE SÃO OS DÍZIMOS E OFERTAS
1. Definição. Os dízimos e ofertas, entregues a Deus com ações de graças, são um dos maiores atos da devoção cristã: testemunham de que lhe reconhecemos o senhorio supremo e inquestionável sobre todas as coisas; e evidenciam que lhe aceitamos o império de sua vontade sobre todas as coisas que possuímos (1 Co 10.16). Em nosso Dicionário Teológico, definimos assim o dízimo: “Oferta entregue voluntariamente à Obra de Deus, constituindo-se da décima parte da renda do adorador (Ml 3.10). O dízimo não tem valor mercantilista, nem pode ser visto como um investimento. É um ato de amor e de adoração que devotamos àquele que tudo nos concede. É uma aliança prática entre Deus e o homem. O que é fiel no dízimo, haverá de usufruir de todas as bênçãos que o Senhor reservou-nos em sua suficiência”.
2. Mordomia cristã. A entrega amorosa e voluntária do que possuímos a Deus é conhecida, também, como mordomia cristã. Ou seja: como seus mordomos, cabe-nos administrar, devocional e amorosamente, o que nos entregou Ele, visando o serviço de adoração, a expansão de seu Reino e o sustento dos mais necessitados. A mordomia cristã, por conseguinte, é a administração de quanto recebemos do Senhor. Por isso requer-se de cada mordomo, ou despenseiro, que se mantenha fiel ao que Deus lhe confiou (1 Co 4.2).
ADORANDO A DEUS COM NOSSOS HAVERES
Vejamos por que os dízimos e ofertas são importantes.
1. Através das contribuições financeiras, honramos a Deus. “Honra ao Senhor com a tua fazenda e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão os teus celeiros abundantemente, e trasbordarão de mosto os teus lagares” (Pv 3.9,10).
2. Por meio das ofertas e dízimos, mostramos a Deus nossa alegria. “Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria” (2 Co 9.7).
3. Por intermédio do dar, expomos a Deus um coração voluntário: “Então, falou o Senhor a Moisés, dizendo: Fala aos filhos de Israel que me tragam uma oferta alçada; de todo homem cujo coração se mover voluntariamente, dele tomareis a minha oferta alçada” (Êx 25.1,2).
4. Através do ofertar, revelamos o nosso desprendimento. “Porém o rei disse a Araúna: Não, porém por certo preço to comprarei, porque não oferecerei ao Senhor, meu Deus, holocaustos que me não custem nada. Assim, Davi comprou a eira e os bois por cinqüenta sidos de prata” (2 Sm 24.24).
A CONTRIBUIÇÃO NA BÍBLIA
A mordomia cristã, como devoção e adoração a Deus, não surgiu com o Cristianismo; é um ato que nasceu com o homem, e vem perpetuando-se ao longo da História Sagrada. Quer no Antigo quer no Testamento Novo, deparamo-nos com homens e mulheres que, afetuosamente, tudo entregavam ao Senhor, pois do Senhor tudo haviam recebido.
1. Antigo Testamento. Embora a Bíblia não o registre, certamente ofereceu Adão ao Senhor não poucos sacrifícios, pois os seus descendentes imediatos o fizeram, certamente, imitando-lhe o gesto:
a) Abel. Um dos mais perfeitos tipos de Nosso Senhor Jesus Cristo, ofereceu Abel um sacrifício a Deus: “E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura; e atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta” (Gn 4.4).
b) Abraão. Abraão foi o primeiro herói da fé, segundo o registro bíblico, a trazer os dízimos ao Senhor que, naquela oportunidade, era representado por Melquisedeque que lhe “trouxe pão e vinho; era sacerdote do Deus Altíssimo; abençoou ele a Abrão e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, que possui os céus e a terra; e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus adversários nas tuas mãos. E de tudo lhe deu Abrão o dízimo” (Gn 14.18-20 - ARA).
c) Israel. Os filhos de Israel tinham por obrigação trazer os dízimos aos levitas, a fim de manter em perfeito funcionamento o serviço do santuário: “Aos filhos de Levi dei todos os dízimos em Israel por herança, pelo serviço que prestam, serviço da tenda da congregação” (Nm 18.21 - ARA).
2. Novo Testamento. Ao contrário do que supõem muitos crentes, os dízimos não foram instituídos pela Lei de Moisés. Pois Abraão já o honrava com os seus dízimos. Vejamos, pois, como a Igreja de Cristo comportava-se diante da mordomia que nos entregou o Senhor.
a) Jesus não foi contra os dízimos, mas contra a hipocrisia dos que os traziam: “Mas ai de vós, fariseus, que dizimais a hortelã, e a arruda, e toda hortaliça e desprezais o Juízo e o amor de Deus! Importava fazer essas coisas e não deixar as outras” (Lc 11.42).
b) Tipologicamente, Abraão entregou os dízimos a Cristo, já que Melquisedeque era da mesma ordem sacerdotal que o Nazareno: “Porque este Melquisedeque, rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, que saiu ao encontro de Abraão, quando voltava da matança dos reis, e o abençoou, para o qual também Abraão separou o dízimo de tudo” (Hb 7.1,2 - ARA).
c) A Igreja Primitiva contribuía regularmente no primeiro dia da semana: “No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for” (1 Co 16.2 - ARA).
d) Na Igreja Primitiva o dízimo era o referencial mínimo. Eis o exemplo de Barnabé: “José, a quem os apóstolos deram o sobrenome de Barnabé, que quer dizer filho de exortação, levita, natural de Chipre, como tivesse um campo, vendendo-o, trouxe o preço e o depositou aos pés dos apóstolos” (At 4.36,37 - ARA).
I. IDÉIAS ERRADAS QUANTO AO DÍZIMO.
Antes de fornecermos uma definição equilibrada do dízimo, seguem-se algumas afirmações sobre como o dízimo não deve ser encarado.
1. Não é legalismo. Moisés, inspirado por Deus, estabeleceu que o povo, como um todo, deveria entregar aos sacerdotes a décima parte de tudo que arrecadassem. Com o passar do tempo, o povo passou a fazê-lo apenas por causa do peso da lei, sem discernir o verdadeiro sentido de sua ação. Ações meramente legalistas tem pouco ou nenhum valor diante de Deus.
2. Não é um substituto das virtudes cristãs. Entregar o dízimo não exime o crente da prática das grandes virtudes da Bíblia. Em Lucas 11. 42, Jesus repreende os fariseus: “Ai de vós, fariseus, que dizimais a hortelã, e a arruda, e toda hortaliça e desprezais o juízo e o amor de Deus! Importa fazer estas coisas e não deixar as outras” A prática do dízimo não desobriga o crente de produzir o fruto do Espírito e de ser um exemplo para os que com ele convivem.
3. Não deve se transformar numa carga insuportável. Deve ser uma manifestação espontânea e livre; fazê-lo com constrangimentos diminui, ou anula, o valor do ato em si. Às vezes, a avareza e conceitos errados se interpõem como um obstáculo para que o crente haja de maneira correta e de todo coração. O dízimo deve ser entregue com liberalidade e alegria.
4. Não concede poder de barganha. Hoje em dia, há pessoas que se sentem tentadas a negociar com Deus, e algumas vezes com a liderança da igreja, imaginando que o tamanho e assiduidade com que entregam seu dízimo lhes darão mais prestígio ou quem sabe um cargo de destaque na igreja. Este tipo de ação é comum em corações que precisam urgentemente amadurecer e alinhar o valor das coisas em seu devido lugar.
5. Não nos torna merecedores da graça divina. O substantivo “graça” já diz tudo por si mesmo; toda bênção que recebemos é inteiramente por mérito de Deus. Ele é tão bom que nos concede todas as coisas sem que o mereçamos. Nosso dízimo não compra a graça divina: “pela graça sois salvos, por meio da fé” (Ef 2.8,9).
DEFININDO O TERMO “DÍZIMO”.
A palavra dízimo significa: décima parte. O judeu, após a colheita, antes de efetuar o pagamento de qualquer despesa, retirava a décima parte de tudo que produzia e dedicava-a ao Senhor em gratidão por suas bênçãos. Isto implicava também na consagração da vida do ofertante e de tudo que possuísse. Mas, o que é o dízimo?
1. É um dever de todo crente. Não importando quanto cada um produz, todos os que servem ao Senhor têm, entre outros compromissos, o de entregar o seu dízimo. Ml 3.10 diz: “Trazei os dízimos à casa do tesouro”. Ser cristão é ser partícipe de privilégios, mas é também assumir responsabilidades intransferíveis. Entregar o dízimo é uma delas.
2. É um ato de obediência. Trazer a quantia devida e entregá-la no templo é uma questão de obediência. Ml 3.8 diz: “Roubará o homem a Deus? Todavia vós dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas”. Segundo este texto, o homem se coloca em franca desobediência quando não traz os dízimos à casa do tesouro.
3. É um ato de fé. Os dízimos não são dados ao pastor da igreja, mas sim ao Senhor e à sua obra. Para se compreender isso é necessário que se tenha uma mente transformada. É quase impossível ao não regenerado chegar a esta compreensão. Mas o crente nascido de novo o faz de coração e por fé.
4. É um ato de amor com a obra de Deus. Ml 3.10b diz: “para que haja mantimento em minha casa”. O crente quando entrega seu dízimo, precisa fazê-lo na certeza de que a sua contribuição é que possibilita a marcha da Igreja, sustenta seus projetos missionários e a mantém em crescimento.
5. É um ato de gratidão. O dízimo, quando praticado de forma correta, constitui-se em demonstração de nossa gratidão ao Senhor. Ele nos tem dado tudo, por que não lhe daremos o dízimo que é tão pouco?
6. O dízimo é entregue ao Senhor. É necessário que se saiba que o dízimo é entregue, em última instância, ao Senhor. É uma consagração que se faz ao Deus Todo-Poderoso.
7. O local da entrega dos dízimos. Os levitas eram os responsáveis pelo seu recebimento (Hb 7.9). O povo poderia trazer parte de sua colheita ou o correspondente em dinheiro. Após a construção do templo em Israel, e principalmente após o cativeiro babilônico, todos os recursos financeiros eram trazidos à Casa do Senhor. É por isto que o texto de Ml 3.10 diz:” Trazei todos os dízimos”. Não é correto ao crente entregar suas contribuições financeiras onde lhe aprouver. Existem alguns que deliberadamente o estão “enviando” para este ou aquele pastor ou missionário, mas o verbo enfatiza a ação de “trazer” e não de “enviar”.
8. Sobre que tipo de renda deve-se dizimar. O dízimo deve ser separado ao Senhor sobre tudo o que produzirmos. Se tenho uma, duas, três ou mais fontes de rendas, devo separar o que pertence ao Senhor de todas estas fontes.
9. Cada um contribui proporcionalmente aos seus rendimentos. O valor não reside na quantia que entregamos, mas no ato de ofertar a Deus. Este privilégio não exclui a ninguém. Sobre a viúva pobre, Jesus respondeu: “Em verdade vos digo que esta pobre viúva depositou mais do que todos os que depositaram na arca do tesouro”. A razão para esta resposta é simples: o dízimo é proporcional aos nossos rendimentos. A oferta da viúva era maior porque em relação aos outros ela nada tinha, mas em seu quase nada, dera tudo.
BÊNÇÃOS ADVINDAS DA FIDELIDADE EM DIZIMAR
1. O devorador é repreendido. Produzir muito não significa, necessariamente, ter o suficiente para se conseguir segurança nas finanças. Se o devorador estiver livre para agir, tudo o que se ganha será sempre pouco. É como depósito feito em sacolas sem fundo (Ml 3.11).
2. Respeito pelos de fora. “Todas as nações vos chamarão felizes, porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o Senhor dos exércitos” (Ml 3.12). Este texto ensina que entregar fielmente o dízimo traz ao crente um elevado conceito por parte de todos.
3. Vitória sobre a avareza. Ef 5.5; Cl 3.5. Assumir uma atitude correta em relação ao dízimo permite ao crente vencer sentimentos negativos como a avareza e o egoísmo, preparando-o a ter um coração mais predisposto a dar do que a receber.
4. Dispõe o coração de Deus em nosso favor. “Tomai vós para mim, e eu tornarei para vós, diz o Senhor dos exércitos” (Ml 3.7). Nossa atitude de voltar-se para Deus permite que Ele se volte para nós. Isto nos mostra que o tema do dízimo faz parte do elenco das grandes virtudes cristãs.
Antes de fornecermos uma definição equilibrada do dízimo, seguem-se algumas afirmações sobre como o dízimo não deve ser encarado.
1. Não é legalismo. Moisés, inspirado por Deus, estabeleceu que o povo, como um todo, deveria entregar aos sacerdotes a décima parte de tudo que arrecadassem. Com o passar do tempo, o povo passou a fazê-lo apenas por causa do peso da lei, sem discernir o verdadeiro sentido de sua ação. Ações meramente legalistas tem pouco ou nenhum valor diante de Deus.
2. Não é um substituto das virtudes cristãs. Entregar o dízimo não exime o crente da prática das grandes virtudes da Bíblia. Em Lucas 11. 42, Jesus repreende os fariseus: “Ai de vós, fariseus, que dizimais a hortelã, e a arruda, e toda hortaliça e desprezais o juízo e o amor de Deus! Importa fazer estas coisas e não deixar as outras” A prática do dízimo não desobriga o crente de produzir o fruto do Espírito e de ser um exemplo para os que com ele convivem.
3. Não deve se transformar numa carga insuportável. Deve ser uma manifestação espontânea e livre; fazê-lo com constrangimentos diminui, ou anula, o valor do ato em si. Às vezes, a avareza e conceitos errados se interpõem como um obstáculo para que o crente haja de maneira correta e de todo coração. O dízimo deve ser entregue com liberalidade e alegria.
4. Não concede poder de barganha. Hoje em dia, há pessoas que se sentem tentadas a negociar com Deus, e algumas vezes com a liderança da igreja, imaginando que o tamanho e assiduidade com que entregam seu dízimo lhes darão mais prestígio ou quem sabe um cargo de destaque na igreja. Este tipo de ação é comum em corações que precisam urgentemente amadurecer e alinhar o valor das coisas em seu devido lugar.
5. Não nos torna merecedores da graça divina. O substantivo “graça” já diz tudo por si mesmo; toda bênção que recebemos é inteiramente por mérito de Deus. Ele é tão bom que nos concede todas as coisas sem que o mereçamos. Nosso dízimo não compra a graça divina: “pela graça sois salvos, por meio da fé” (Ef 2.8,9).
DEFININDO O TERMO “DÍZIMO”.
A palavra dízimo significa: décima parte. O judeu, após a colheita, antes de efetuar o pagamento de qualquer despesa, retirava a décima parte de tudo que produzia e dedicava-a ao Senhor em gratidão por suas bênçãos. Isto implicava também na consagração da vida do ofertante e de tudo que possuísse. Mas, o que é o dízimo?
1. É um dever de todo crente. Não importando quanto cada um produz, todos os que servem ao Senhor têm, entre outros compromissos, o de entregar o seu dízimo. Ml 3.10 diz: “Trazei os dízimos à casa do tesouro”. Ser cristão é ser partícipe de privilégios, mas é também assumir responsabilidades intransferíveis. Entregar o dízimo é uma delas.
2. É um ato de obediência. Trazer a quantia devida e entregá-la no templo é uma questão de obediência. Ml 3.8 diz: “Roubará o homem a Deus? Todavia vós dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas”. Segundo este texto, o homem se coloca em franca desobediência quando não traz os dízimos à casa do tesouro.
3. É um ato de fé. Os dízimos não são dados ao pastor da igreja, mas sim ao Senhor e à sua obra. Para se compreender isso é necessário que se tenha uma mente transformada. É quase impossível ao não regenerado chegar a esta compreensão. Mas o crente nascido de novo o faz de coração e por fé.
4. É um ato de amor com a obra de Deus. Ml 3.10b diz: “para que haja mantimento em minha casa”. O crente quando entrega seu dízimo, precisa fazê-lo na certeza de que a sua contribuição é que possibilita a marcha da Igreja, sustenta seus projetos missionários e a mantém em crescimento.
5. É um ato de gratidão. O dízimo, quando praticado de forma correta, constitui-se em demonstração de nossa gratidão ao Senhor. Ele nos tem dado tudo, por que não lhe daremos o dízimo que é tão pouco?
6. O dízimo é entregue ao Senhor. É necessário que se saiba que o dízimo é entregue, em última instância, ao Senhor. É uma consagração que se faz ao Deus Todo-Poderoso.
7. O local da entrega dos dízimos. Os levitas eram os responsáveis pelo seu recebimento (Hb 7.9). O povo poderia trazer parte de sua colheita ou o correspondente em dinheiro. Após a construção do templo em Israel, e principalmente após o cativeiro babilônico, todos os recursos financeiros eram trazidos à Casa do Senhor. É por isto que o texto de Ml 3.10 diz:” Trazei todos os dízimos”. Não é correto ao crente entregar suas contribuições financeiras onde lhe aprouver. Existem alguns que deliberadamente o estão “enviando” para este ou aquele pastor ou missionário, mas o verbo enfatiza a ação de “trazer” e não de “enviar”.
8. Sobre que tipo de renda deve-se dizimar. O dízimo deve ser separado ao Senhor sobre tudo o que produzirmos. Se tenho uma, duas, três ou mais fontes de rendas, devo separar o que pertence ao Senhor de todas estas fontes.
9. Cada um contribui proporcionalmente aos seus rendimentos. O valor não reside na quantia que entregamos, mas no ato de ofertar a Deus. Este privilégio não exclui a ninguém. Sobre a viúva pobre, Jesus respondeu: “Em verdade vos digo que esta pobre viúva depositou mais do que todos os que depositaram na arca do tesouro”. A razão para esta resposta é simples: o dízimo é proporcional aos nossos rendimentos. A oferta da viúva era maior porque em relação aos outros ela nada tinha, mas em seu quase nada, dera tudo.
BÊNÇÃOS ADVINDAS DA FIDELIDADE EM DIZIMAR
1. O devorador é repreendido. Produzir muito não significa, necessariamente, ter o suficiente para se conseguir segurança nas finanças. Se o devorador estiver livre para agir, tudo o que se ganha será sempre pouco. É como depósito feito em sacolas sem fundo (Ml 3.11).
2. Respeito pelos de fora. “Todas as nações vos chamarão felizes, porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o Senhor dos exércitos” (Ml 3.12). Este texto ensina que entregar fielmente o dízimo traz ao crente um elevado conceito por parte de todos.
3. Vitória sobre a avareza. Ef 5.5; Cl 3.5. Assumir uma atitude correta em relação ao dízimo permite ao crente vencer sentimentos negativos como a avareza e o egoísmo, preparando-o a ter um coração mais predisposto a dar do que a receber.
4. Dispõe o coração de Deus em nosso favor. “Tomai vós para mim, e eu tornarei para vós, diz o Senhor dos exércitos” (Ml 3.7). Nossa atitude de voltar-se para Deus permite que Ele se volte para nós. Isto nos mostra que o tema do dízimo faz parte do elenco das grandes virtudes cristãs.
Quatro classes de contribuintes
Em toda igreja existem quatro classes de contribuinte, que são:
Os dizimistas fiéis. São os 300 de Gideão, que sempre dão e têm para dar. Quanto mais contribuem, mas têm prazer em contribuir. Esses são os que mantêm o equilíbrio financeiro da igreja.
Os dizimistas infiéis. São os que assumem o compromisso diante de Deus e da igreja e depois de algum tempo falham ou desistem de uma vez. Outros que também pertencem a esta classe são os que dão apenas uma parte do dízimo, para ver o seu nome na lista da tesouraria. São como Ananias e Safira.
Os liberais não dizimistas. Esta classe é a menos numerosa. Não são contrários ao dízimo e nem combatem os dizimistas. Mas não o são porque ainda não compreenderam a doutrina do dízimo.
Os antidizimistas, mesquinhos e derrotistas. Esta classe é a mais numerosa em todas as igrejas. São crentes perigosos e nocivos ao crescimento da obra e do Evangelho. São antidizimistas declarados e se opõem a qualquer campanha financeira.
PORQUE SOU DIZIMISTA
• Sou dizimista porque o dízimo é santo (Lv 27.30-32);
• Sou dizimista porque quero ser participante das grandes bênçãos (Ml 3.10-12);
• Sou dizimista porque quero ser participante das grandes bênçãos (Ml 3.10-12);
- Sou dizimista porque amo a obra de Deus, na face da Terra;
- Sou dizimista porque Deus é o dono do mundo (Sl 24.1);
- Sou dizimista porque eu mesmo vou gozá-lo na casa de Deus (Dt 14.22-23);
- Sou dizimista porque mais bem aventurado é dar do que receber (At 20.35);
- Sou dizimista porque Deus ama o que dá com alegria (I Co 9.7);
- Sou dizimista porque tudo vem das mãos de Deus (I Cr 29.17);
- Sou dizimista porque não sou avarento (I Tm 6.10);
- Sou dizimista porque meu tesouro está no céu (Mt 6.19-21);
- Sou dizimista porque obedeço a lei de Deus (At 5.29);
- Sou dizimista porque a benção de Deus é que enriquece (Pv 10.22).
Os dízimos e as ofertas, por conseguinte, devem ser trazidos a Deus não como uma penosa obrigação; devem ser entregues como um ato de ações de graças. Não agiam assim os santos do Antigo e do Novo Testamento? Mostremos, pois, ao Pai toda a nossa gratidão; ofertemos não para sermos abençoados, mas porque já fomos abençoados. O ofertar faz parte tanto do nosso culto público como individual. Devemos ser fiéis na entrega da décima parte de nossa renda, pois, tudo pertence a Deus. Nosso trabalho, família, nossa saúde, tudo provém de Deus. O fato de não sabermos se estaremos vivos amanhã, indica que, inclusive, a nossa vida é uma dádiva divina.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA Lições bíblicas CPAD 1997 Lições bíblicas CPAD 2008 HAYFORD, J. A chave de tudo. RJ: CPAD, 1994.
LIMA, P. C. Dizimista, eu? RJ: CPAD, 1998.
SILVA, S. O crente e a prosperidade. RJ: CPAD, 1992.
SOUZA, B. As chaves do sucesso financeiro. RJ: CPAD, 2001
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