Autor: Carlos G. S. Porto
Quando lemos a Bíblia, podemos notar que a maior de todas as coisas que pode acontecer na vida de uma pessoa, é conhecer a Cristo, recebendo-o como Salvador, e tornando-se assim um filho ou filha de Deus (João 1:12). À partir desse momento passa a ter comunhão com Deus e com os irmãos em Cristo. Esses irmãos se encontram nas mais diferentes denominações evangélicas e grupos cristãos, que juntos formam a Igreja do Senhor (Efésios 2:15-19, 3:6). Os filhos de Deus compõe uma grande família, mas não é um povo ligado pela raça ou nacionalidade,como acontecia com o antigo Israel, mas ligado espiritualmente pela fé em Cristo. Então desenvolvem seus relacionamentos dentro dessa esfera, inclusive o matrimônio. Sobre esse assunto é interessante observar que entre os evangélicos é comum o casamento entre membros de denominações diferentes. Por exemplo: Um membro da Batista pode se casar com outro da Assembléia de Deus; um da Metodista pode se casar com outro da Presbiteriana, e vice- versa. Não existe restrição nesse quesito porque entendem que são filhos de Deus todos os que o receberam pela fé, e não por pertencer a esta ou aquela denominação. Acreditam no ensino da Palavra de Deus, no qual o matrimônio deve ser realizado entre fiéis em Cristo (II Coríntios 6:14-15; I Coríntios 7:39), e esses são aqueles que o receberam como Salvador.
Mas não é isso o que acontece com a Congregação Cristã no Brasil, que apesar de acreditar que o casamento não deva ser com infiéis, entende que entre esses "infiéis" estão os evangélicos. Dessa maneira lemos no manual de doutrinas 'Pontos de Doutrina e Fé que uma vez foi dada aos santos', na página 15:
"Comunhão com os infiéis: A Palavra de Deus não admite sociedade com os infiéis em negócios desta vida, nem tampouco em enlaces matrimoniais. (II Cor. 6 vs. 14/16). É obrigação do ancião ou cooperador apresentar com cuidado esta exortação feita à Igreja de Deus, a fim de evitar uma ruptura no perfeito plano de Deus."
Enquanto os cristãos acreditam que os "infiéis" sejam apenas os incrédulos, os adeptos da CCB incluem entre eles os próprios evangélicos. Acreditam que os evangélicos são seitários, excluídos da fé da CCB, portanto, como indivíduos que não são da mesma fé, são reputados como infiéis, estranhos a doutrina, e distantes da verdade. Tendo isso em vista, uma das principais exigências para que um evangélico se una a fé da CCB, é o rebatismo, que é visto como o meio pelo qual a pessoa se torna crente ou fiel. Com essa postura equivocada e antibíblica a CCB chega a punir os que querem se casar com evangélicos, cortando seus cargos ministeriais . Para dar força a argumentação que dita a separação entre adeptos da CCB e evangélicos citam no geral dois motivos:
1. Abraão buscou para seu filho Isaque uma esposa entre sua própria parentela.
Refutação: Trazendo esse fato para a Nova Aliança, entendemos que a própria "parentela" do cristão é a Igreja. Não podemos tomar na carne esse assunto, senão teríamos de nos casar apenas com parentes na carne, e isso até mesmo a CCB não pratica. Todos os filhos de Deus são parte da Igreja (João 1:12; I Coríntios 1:12). Entender que a Igreja se restringe a um grupo religioso específico, como quer a CCB e outras seitas similares, é se posicionar contrariamente ao princípio bíblico da universalidade e inclusividade da Igreja de Deus. A conclusão a que chegamos é que o pensamento da CCB de que o casamento de Isaque tipifica sua atitude para com a rejeição da união com os evangélicos, além de ser exclusivista, é uma distorção da mensagem bíblica.
2. As denominações evangélicas não aceitam toda a "verdade" que só se encontra na CCB, o que geraria conflitos no futuro entre os cônjuges se houvesse casamento.
Refutação: Estranho esse argumento para uma igreja que se intitula de cristã. Na essência doutrinaria os evangélicos são unidos, em pontos secundários existe humildade para aceitar a diversidade. Ora, se a CCB acredita que um casamento com evangélicos gerará conflitos por causa das doutrinas da CCB, de certo essas mesmas doutrinas não são genuinamente cristãs. Porque o que são motivos de conflitos para os evangélicos são as heresias. Agora, se aquilo que a CCB defenda é ortodoxo, não há nenhuma razão para temer abrir caminho para uniões matrimôniais com evangélicos.
Diante disso tudo, a conclusão a que chegamos é que a CCB através de sua atitude radical contrária ao casamento com evangélicos, demonstra mais uma vez que está longe de ser uma igreja verdadeiramente cristã.
Não vejo o casamento desta forma, porque independente de credo religioso as pessoas antes de tudo que querem se casar se amam, querem ficar perto uma das outras e esse argumento biblico só se aplica ao judaismo e não estamos no tempo da Lei mas da Graça de Jesus Cristo, temos que ter o verdadeiro encontro com cristo e não encontro com denominações, eu graças a Deus não pertenço a nemhuma delas, porque cada uma ensina do jeito que o fundador idealizou, cada igreja tem um fundador, um dono e funciona baseada na que o fundador ou dono quer, precisamos ter o encontro com Jesus sem paixões denominacionais.
ResponderExcluirAmado irmão Wilson Ventura,
ResponderExcluirPaz e graça.
Agradeço sua participação e comentário.
Acredito que o amado irmão tem sua forma de crer e respeito isso.
Abraços.
Deus continue te abençoando.