A Bíblia é realmente confiável?
Mt 5:17 e 18; 24:35; Jo 10:34 e 35; Rm 8:34; 1Co 15:6, 12-19; Gl 3:22; 2Tm 3:16; Tg 2:23; 1Pe 1:25
Pensamento-chave: Por que Deus nos daria Sua Palavra e não daria evidência que nos habilitasse a confiar nela?
Certa vez, Mark Twain disse que os boatos sobre sua morte tinham sido muito exagerados. Pode-se fazer a mesma afirmação sobre a Bíblia. Mais de uma vez, algumas pessoas declararam que, um dia, o Livro seria considerado morto, uma relíquia de uma era antiga. Alguns séculos atrás, por exemplo, um patriota americano denominado Thomas Paine, comentando em um de seus escritos, disse: "Isso destruirá a Bíblia. Dentro de cem anos, as Bíblias só serão encontradas em museus ou em cantos bolorentos de livrarias de segunda mão." Errado.
No entanto, a Bíblia continua a ser atacada. Curiosamente, os críticos vêm e vão, mas a Bíblia permanece. Idéias críticas sobre a Bíblia, que uma vez foram consideradas extremas e revolucionárias, há muito foram esquecidas, mas a Bíblia permanece. Homens considerados grandes estudiosos, cujo trabalho questionava a autenticidade dos escritos de Moisés ou de Isaías, mal são conhecidos hoje, mas Moisés e Isaías ainda são lidos no mundo inteiro.
Nas semanas anteriores, examinamos alguns elementos que devem nos dar confiança na Bíblia. Nesta semana, vamos continuar examinando a questão da confiabilidade. Milhares de anos atrás, as pessoas não tinham máquinas copiadoras e nem scanners digitais. Quão precisos são os manuscritos que temos hoje? Como podemos saber se eram precisos? Por que confiamos neles? Vamos procurar algumas respostas.
A evidência
Desde o começo, Satanás sempre odiou a Bíblia. Afinal, ela revela todo o plano de salvação, do começo ao fim. Nela, todos podem encontrar o caminho para a vida eterna. Não é de admirar que Satanás a odeie.
Foram muitas as tentativas dele, ao longo dos séculos, para destruir a Bíblia. Quando, finalmente, por causa de sua massiva circulação, a destruição da Bíblia se tornou impossível, Satanás tentou um novo método: se não podia destruir as próprias Escrituras, ele poderia fazer outra coisa: destruir sua credibilidade. Vem daí a chegada do que é conhecido como alta crítica, que foi muito bem-sucedida em destruir a fé na Bíblia como Palavra de Deus. Para muitos estudiosos, a Bíblia é só outro texto antigo, uma versão judaica, por exemplo, do egípcio Livro dos Mortos. Cheia de interesse histórico, com certeza, mas não divinamente inspirada.
1. O que a Bíblia diz sobre sua confiabilidade? Mat. 5:17 e 18; 24:35; João 10:34 e 35; I Pedro 1:25
Aqui, temos um problema. Estamos usando o que a Bíblia diz sobre si mesma para comprovar a confiabilidade da Bíblia. Esse é um raciocínio circular. Como podemos usar a Bíblia para provar ela mesma, quando é a confiabilidade da própria Bíblia que está em questão? É como definir alguma coisa usando a mesma palavra na definição.
Por outro lado, Deus nos deu muitas razões para estarmos certos da confiabilidade da Bíblia. Foram-nos dadas suficientes evidências internas e externas, de forma que podemos confiar no que ela diz. Não temos que acreditar só porque ela nos ordena crer. Deus nos dá razões para confiarmos na Bíblia como Sua Palavra, embora, no fundo, tenhamos que andar pela fé. Podemos confiar na Bíblia porque Deus nos deu muitas boas razões para isso.
Suponha que alguém lhe perguntasse: "Por que você confia na Bíblia? Por que você acha que a Bíblia é a Palavra de Deus? Por que você vive de acordo com o que a Bíblia diz?" Como você responderia, e por quê?
O Antigo Testamento
2. Como os escritores do Novo Testamento consideravam o Antigo Testamento? Que mensagem existe para nós nessas palavras? Mar. 15:28; João 13:18; 19:24; II Tim. 3:16
Na Bíblia existem profecias surpreendentes confirmando poderosamente sua precisão, tanto no Antigo como no Novo Testamento. O cumprimento dessas profecias mostra como os dois Testamentos são confiáveis; cada um ajuda a confirmar a validade do outro. Mas existe ainda mais. Por muitos anos, estudiosos da alta crítica disseram que não se pode confiar na Bíblia. Afinal, não havia nenhuma cópia completa do Antigo Testamento hebraico anterior a 900 d.C. Certamente, sem copiadoras, muitos erros poderiam ter sido introduzidos nos textos. Assim, como se poderia confiar no Antigo Testamento?
Então, no início de 1947, o mundo foi informado sobre o que foi considerado "a maior descoberta arqueológica do século". Em cavernas próximas ao Mar Morto, foram descobertos jarros antigos contendo os agora famosos Rolos do Mar Morto, muitos deles datados de aproximadamente 150 a.C. a 70 d.C., o que significa que esses textos bíblicos eram mais de mil anos mais velhos que muitos dos outros textos conhecidos. O achado incluía a cópia manuscrita mais antiga conhecida do livro completo de Isaías e fragmentos de quase todos os livro do Antigo Testamento. Também foram achados, em uma cópia esfarrapada, os livros de Samuel, juntamente com dois capítulos completos de Habacuque.
Comparando-se os Rolos do Mar Morto com os outros manuscritos, os estudiosos ficaram pasmos ao descobrir como é precisa nossa Bíblia moderna. Na maioria dos casos, havia apenas pequenas diferenças de ortografia. A descoberta dos Rolos do Mar Morto nos deu grande evidência externa de como é confiável o texto do Antigo Testamento.
Quanto sentido haveria em Deus nos dar Sua Palavra se ela não fosse confiável? Ou se Ele não nos desse razões para confiar na Bíblia? Não devemos ser capazes de confiar na Bíblia assim como confiamos no Deus da Bíblia?
m livro confiável – O próprio Jesus Cristo confirmou que o Antigo Testamento era o fundamento de Seus ensinos e ética. As profecias do Antigo Testamento eram o padrão para Sua vida, como Ele disse muitas vezes: “As Escrituras precisam ser cumpridas” (Mc 14:49); “Como [...] está escrito” (Mt 26:24). Ele repreendeu aos teólogos de Sua época por permitirem que ensinos humanos distorcessem e mesmo anulassem o Antigo Testamento, a Palavra de Deus que existia na época (Mc 7:7, 13).
Jesus esperava que as pessoas aceitassem a autoridade do Antigo Testamento. Ele costumava perguntar: “Vocês não leram?” (Mt 12:5; 21:16; Mc 12:10). Em resposta à pergunta feita pelo mestre da lei sobre a salvação, Jesus disse: “O que está escrito na Lei?” (Lc 10:26).
O apóstolo Paulo também se refere à autoridade do Antigo Testamento. Na carta aos Romanos, ele constroi uma poderosa argumentação em favor do evangelho com base no Antigo Testamento (Rm 1–11).
Além disso, Jesus e os escritores do Novo Testamento aceitavam que todo o Antigo Testamento apresenta histórias verídicas e confiáveis, inclusive as histórias de Adão e Eva, bem como Noé e o Dilúvio (Mt 19:4, 5; Lc 21:26-29; 2Pe 3:3-7). Para eles, o fato de que Deus atuou no passado mostra a certeza de que Ele atuará no futuro.
Muitos dos autores bíblicos, assim como Cristo, mostram que é possível utilizar a Bíblia de maneira equivocada ou interpretá-la mal. Felizmente, Jesus apresenta uma chave que deve nos guiar quando estudamos a Bíblia: “As Escrituras [...] testemunham a Meu respeito” (Jo 5:39). Paulo diz que, quando alguém vê Jesus através das Escrituras, um “véu” é retirado dos olhos (2Co 3:14-16). Os dois discípulos que viajavam para Emaús tiveram a fé confirmada quando Cristo lhes deu a interpretação correta do Antigo Testamento (Lc 24:32).
Hoje, muitos dizem que várias partes da Bíblia são questionáveis. Creio que a seguinte advertência é relevante para todos os cristãos: “Que jamais algum ser humano julgue a Palavra de Deus ou a critique sobre quanto dela é inspirado ou quanto não é inspirado, nem diga que determinada passagem é mais inspirada que outra. Deus adverte que não sigamos por esse caminho. Deus não deu a nenhum ser humano a tarefa de decidir o que é inspirado e o que não é.”[2]
O próprio Deus expressa a mesma ideia: “A este Eu estimo: ao humilde e contrito de espírito, que treme diante da Minha palavra” (Is 66:2). Ao longo de toda a Bíblia, encontramos um Deus que procura Seus filhos, que deseja intensamente comunicar-Se com eles e que os ama mais do que ama Sua própria vida.
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Jesus esperava que as pessoas aceitassem a autoridade do Antigo Testamento. Ele costumava perguntar: “Vocês não leram?” (Mt 12:5; 21:16; Mc 12:10). Em resposta à pergunta feita pelo mestre da lei sobre a salvação, Jesus disse: “O que está escrito na Lei?” (Lc 10:26).
O apóstolo Paulo também se refere à autoridade do Antigo Testamento. Na carta aos Romanos, ele constroi uma poderosa argumentação em favor do evangelho com base no Antigo Testamento (Rm 1–11).
Além disso, Jesus e os escritores do Novo Testamento aceitavam que todo o Antigo Testamento apresenta histórias verídicas e confiáveis, inclusive as histórias de Adão e Eva, bem como Noé e o Dilúvio (Mt 19:4, 5; Lc 21:26-29; 2Pe 3:3-7). Para eles, o fato de que Deus atuou no passado mostra a certeza de que Ele atuará no futuro.
Muitos dos autores bíblicos, assim como Cristo, mostram que é possível utilizar a Bíblia de maneira equivocada ou interpretá-la mal. Felizmente, Jesus apresenta uma chave que deve nos guiar quando estudamos a Bíblia: “As Escrituras [...] testemunham a Meu respeito” (Jo 5:39). Paulo diz que, quando alguém vê Jesus através das Escrituras, um “véu” é retirado dos olhos (2Co 3:14-16). Os dois discípulos que viajavam para Emaús tiveram a fé confirmada quando Cristo lhes deu a interpretação correta do Antigo Testamento (Lc 24:32).
Hoje, muitos dizem que várias partes da Bíblia são questionáveis. Creio que a seguinte advertência é relevante para todos os cristãos: “Que jamais algum ser humano julgue a Palavra de Deus ou a critique sobre quanto dela é inspirado ou quanto não é inspirado, nem diga que determinada passagem é mais inspirada que outra. Deus adverte que não sigamos por esse caminho. Deus não deu a nenhum ser humano a tarefa de decidir o que é inspirado e o que não é.”[2]
O próprio Deus expressa a mesma ideia: “A este Eu estimo: ao humilde e contrito de espírito, que treme diante da Minha palavra” (Is 66:2). Ao longo de toda a Bíblia, encontramos um Deus que procura Seus filhos, que deseja intensamente comunicar-Se com eles e que os ama mais do que ama Sua própria vida.
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O Novo Testamento
3. Com que seriedade Deus considera as palavras da Bíblia? Apoc. 22:18 e 19
"Vou ser honesto com você. ... Quando descobri que não havia nenhum manuscrito original do Novo Testamento, fiquei realmente cético. Pensei: ‘Se tudo o que temos são cópias de cópias de cópias, como posso ter alguma confiança em que o Novo Testamento que temos hoje traz alguma semelhança com o que foi escrito originalmente?’" – Lee Strobel, The Case for Christ, págs. 58 e 59.
Boa pergunta. Aqui, também, temos que nos perguntar: será que Deus não nos deixaria uma fonte confiável para conhecermos Sua vontade? Ainda mais, será que Ele não nos daria razões para confiar nas fontes que Ele deixou?
A descoberta dos Rolos do Mar Morto é importante para vermos a precisão e confiabilidade do Antigo Testamento. Podemos encontrar a mesma evidência para o Novo Testamento?
Uma das coisas mais surpreendentes sobre o Novo Testamento, que nos dá incrível evidência de sua confiabilidade, vem do fato de que ainda existem muitas cópias de seus manuscritos, muito mais que outros manuscritos antigos. O Senhor nos deixou uma riqueza de evidência manuscrita que atesta a precisão do Novo Testamento que temos hoje. De acordo com os estudiosos Norman Geisler e William Nix, "o Novo Testamento não só sobreviveu em mais manuscritos que qualquer outro livro da antiguidade, mas sobreviveu de forma mais pura que qualquer outro grande livro – uma forma que é 99,5 por cento pura". – Ibidem, pág. 65.
Então, existe também muita evidência externa; isto é, são encontradas muitas citações e trechos das primeiras cópias do Novo Testamento em comentários, sermões e cartas dos primeiros Pais da Igreja. Os Pais Apostólicos, escrevendo principalmente entre 90 e 160 d.C., mostravam grande familiaridade com a maioria dos livros do Novo Testamento. Houve também, um pouco mais tarde, as lições, chamadas de lecionários, usadas para serem lidas nos cultos públicos da igreja. Pelo meio do século 20, haviam sido classificadas mais de 1.800 dessas lições. Elas refletem com tanta exatidão o Novo Testamento como o temos hoje que esses primeiros manuscritos de igreja também dão muitas razões para cremos na confiabilidade dos textos do Novo Testamento como foram transmitidos através dos anos.
Como está sua fé na Bíblia como Palavra de Deus? Faça esta pergunta a si mesmo: se eu não posso confiar na Bíblia, em que posso confiar? O que sobra?
Evidência interna – I
Que outra evidência pode nos ajudar a confiar na Bíblia como Palavra de Deus, além das que vimos nos dias anteriores?
4. Pense na história de Jesus, no Novo Testamento. Entre todas as coisas que Lhe aconteceram, que evento é não apenas o mais incrível (no sentido de que não é algo que acontece muito freqüentemente) mas tem uma grande importância para toda a fé cristã? Rom. 8:34; I Cor. 15:12-19
Em I Coríntios 15, Paulo deixa muito claro como a ressurreição de Jesus é o centro de nossa fé. Em outras palavras, embora Cristo haja morrido por nossos pecados, embora seja nosso substituto, tudo isso teria sido nada caso não tivesse ressuscitado. Isso mostra a importância desse evento em tudo o que cremos.
Evidentemente, uma coisa é um judeu ter sido crucificado pelos romanos. Isso acontecia todo o tempo. Outra coisa completamente diferente é esse judeu ter ressuscitado. E foi exatamente isso que os escritores do Novo Testamento declararam ter acontecido a Jesus.
5. O que as histórias da morte de Jesus têm em comum? Mat. 27:51–28:20; Mar. 16:9-14; Luc. 24:35-53; João 20:19-31
Embora haja pequenas diferenças nos relatos dos Evangelhos (alguns escritores registraram coisas que outros não registraram), uma coisa eles têm em comum: todos testemunharam sobre a ressurreição de Jesus.
Agora, alguns rejeitam a idéia de que alguém possa ressuscitar depois de três dias. Isso é loucura – eles dizem – produto de uma mente doentia, de alguém que sofre de alucinações.
Essa poderia ser uma suposição razoável se apenas uma pessoa fizesse a afirmação de que Jesus ressuscitou. Mas neste caso, houve quatro! Uma coisa é todos os quatro escritores do Evangelho ficarem loucos. Mas os quatro ficarem loucos da mesma maneira? Dificilmente a teoria da alucinação teria qualquer sentido.
Leia novamente I Coríntios 15:12-19. Por que a ressurreição de Cristo é tão importante para nossa fé? Agora pergunte: "Será que Deus nos pediria para acreditarmos em alguma coisa assim e não nos daria evidência suficiente para isso?" Explique sua resposta.
Evidência interna – II
A idéia de que a ressurreição de Jesus foi baseada na afirmação de que os discípulos estavam loucos não tem sentido. Percebendo que essa idéia não era muito sensata, outros alegaram que os discípulos conspiraram para formar a história da ressurreição de Cristo.
6. Pelo que você sabe da vida e do destino dos primeiros seguidores de Jesus, por que a teoria da conspiração também não faz sentido? Veja Luc. 21:16 e 17; João 16:2
Que razão eles teriam para inventar essa história? Poder? Prestígio? Dinheiro? Por favor! Abandonados por seu próprio povo, rejeitados pelos líderes religiosos e impiedosamente perseguidos por quase todos, os discípulos nunca obtiveram poder mundano, influência ou dinheiro como resultado da ressurreição. Pelo contrário! Eles perderam tudo que o mundo tinha para oferecer por insistirem nisso.
Alguns afirmam que, embora os discípulos hajam conspirado com a esperança de vantagem pessoal, as coisas saíram errado com seus planos. E então, visto que eles já estavam comprometidos com a história da ressurreição, eles não tiveram escolha a não ser continuar a promovê-la. O único problema é que os evangelhos não foram escritos senão muitos anos depois da ressurreição. Se os discípulos tivessem a esperança de que, através da história inventada da ressurreição de Jesus, eles iriam ficar ricos ou poderosos, cedo eles aprenderam que essa era uma esperança vã. Por que, décadas mais tarde, muito depois de terem bastante tempo para se desvencilhar de todo o esforço fracassado, eles ainda se apegavam a ele – mesmo com tão grande custo pessoal?
7. Que evidência adicional Paulo acrescenta à ressurreição de Jesus? I Cor. 15:6
Paulo está dizendo ao povo que, depois da ressurreição, Jesus apareceu a mais de quinhentos, "dos quais a maioria sobrevive até agora". Em outras palavras, Paulo estava tão confiante na ressurreição de Jesus que não deixava de convidar as pessoas para que conversassem com aqueles em meio aos 500 que ainda estavam vivos e lhes pedissem que contassem o que viram. E, claro, uma razão por que Paulo estava certo de seu testemunho era porque ele, ele mesmo, fora uma testemunha do Jesus ressuscitado (At 9:1-8).
Estudo adicional
"Deus tem testemunhas fiéis, a quem confiou a verdade, e que preservaram a Palavra de Deus. Os manuscritos das Escrituras hebraicas e gregas foram preservados ao longo dos séculos por um milagre de Deus."
Além dos Rolos do Mar Morto, existem duas outras antigas testemunhas que atestam a precisão dos copistas do Antigo Testamento. Uma delas é a tradução grega do Antigo Testamento, chamada de Septuaginta; outra é o texto que foi preservado pelos samaritanos que vivem hoje em Nablus, Palestina. Não é de admirar que R. Laird Harris, estudioso do Antigo Testamento, haja concluído: "Podemos agora estar certos de que os copistas trabalharam com grande cuidado e precisão no Antigo Testamento, desde 225 a.C. Naquele tempo, havia dois ou três tipos de textos disponíveis para cópias. Esses tipos tinham diferenças tão pequenas entre si, porém, que podemos deduzir que os copistas ainda mais antigos também haviam transmitido fiel e cuidadosamente o texto do Antigo Testamento. Realmente, seria um precipitado ceticismo negar agora que temos o Antigo Testamento de uma forma muito próxima do que foi usado por Esdras quando ensinou a Lei aos que retornaram do cativeiro babilônico." – R. Laird Harris, Can I Trust My Bible?, pág. 124.
Perguntas para consideração
1. O escritor russo Leon Tolstoy escreveu o grande romance Anna Karenina. Você poderia imaginar Tolstoy disposto a enfrentar perseguição, rejeição, prisão e, talvez, até a morte, por insistir que a história toda era verdade, embora soubesse que ele a havia inventado? Como essa analogia ajuda a entender por que os discípulos não inventaram a história da ressurreição de Cristo?
2. Por mais que Deus nos dê evidência para confiarmos em Sua Palavra, sempre haverá margem para dúvidas; sempre haverá perguntas sem respostas. O que você pode fazer para ajudar aqueles ao seu redor que têm dificuldades com questões sobre a confiabilidade da Bíblia?
As profecias Messiânicas
Além de qualquer dúvida razoável, tais profecias anteciparam detalhes quanto á primeira manifestação de Cristo que se cumpriram com absoluta precisão. O evangelho de Mateus, escrito para judeus, utiliza com freqüência o argumento da profecia:
- Seu nascimento miraculoso (Mt 1:22-23; Is 7:14)
- O local do Seu nascimento (Mt 2:5-6; Mq 5:1)
- Sua fuga para o Egito (Mt 2:15; Os 11:1)
- O massacre dos inocentes (Mt 2:15; Jr 31:15)
- Sua infância em Nazaré, na Galiléia (Mt 2:23; 4:12-16; Is 40:3)
- O Seu precursor, João Batista (Mt 3:3; 11:10; Is 40:3)
- Seu ministério de cura (Mt 8:16-17; Is 53:4)
- Ensino por meio de parábolas (Mt 13:35; Sl 78:2)
- A hipocrisia dos fariseus (Mt 15:7-9; Is 29:13)
- A vinda de João Batista, no mesmo ‘estilo’ de Elias (Mt 17:10-11; Ml 4:6. cf. Mc 9:12)
E assim, uma enorme quantidade de detalhes que seria impossível de se cumprirem por mera coincidência. Entre outros:
A entrada triunfal em Jerusalém em um jumento (Zc 9:9; Mt 21:4-5)
O perfeito louvor dos lábios infantis (Sl 8:2; Mt 21:16)
A rejeição da pedra de esquina (Sl 118:22; Mt 21:42)
O Messias a quem Davi chamou de Senhor (Sl 110:1; Mt 22:43-44)
As trinta moedas de prata: preço da traição (Zc 11:12-13; Mt 26:15; 27:3-10)
O templo comparado a um covil de ladrões (Is 56:7; Mt 21:13)
Jesus contado entre os transgressores, (Is 53:7, 9, 12; Mt 26:54, 56; 27:38)
Os insultos em Seu julgamento. Cuspiram-Lhe na face, Ele foi esbofeteado (Is 50:6; 52:14; Mt 26: 67; 27:30; Is 50: 6; 52:14); Vinagre misturado com fel Lhe foi oferecido (Sl 69:2, Mt 27:34; Jo 19:29); Na crucifixão, Seus pés e mãos foram transpassados (Sl 22:16; Mt 27:35); Sorte foi lançada sobre Suas vestes (Sl 22:14-18; Mt 27:35); O Seu brado na cruz (Sl 22:1; Mt 27:46; Seu sepultamento na tumba de um homem rico (Is 53:9; Mt 27:57-60); Sua ressurreição (Sl 16:8-9; Is 53:10; Mt 28:7). As boas novas levadas a todas as nações (Is 49:6; Mt 28:19).
Verdadeiramente, a vida de Jesus foi inseparavelmente unida às profecias. De fato, passo a passo, Sua vida é o cumprimento perfeito daquilo que dEle fora profetizado. Afirma-se que 333 profecias concernentes a Cristo se cumpriram (veja René Pache, The Inspiration and Authority of Scripture [Salem, Wisconsin: Sheffiel Publishing Company, 1992], p. 283). E, de acordo com a lei da probabilidade, haveria uma chance em 83 bilhões para que tais predições se cumprissem, por mera chance, em uma única pessoa. É desnecessário dizer que tal chance, aqui, não existe, e ninguém, senão o Deus onisciente poderia ter predito e agido desta maneira.
Sobre a segunda vinda de Cristo :
"Virei outra vez..." (Jo 14:1-3). Tal certeza vinda dos próprios lábios de Cristo repousa em Sua autoridade, e é escorada por centenas de outras predições quanto ao Seu retorno. Capítulos inteiros, como Mateus 24, Marcos 13, Lucas 21, além de dois livros completos, Daniel e Apocalipse, são essencialmente dedicados a esse tema dominante na Palavra de Deus. Sobre isto escreveram João, Pedro, Tiago e Paulo, em uma considerável variedade de contextos.
Por ocasião da ascensão de Jesus ao Céu, os próprios anjos afirmaram aos apóstolos que ainda observam atônitos a partida do Mestre: "Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Este mesmo Jesus que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir" (At 1:11). Nesta breve passagem, além da reafirmação da promessa, temos os aspectos importantes a respeito do seu cumprimento: Jesus voltará de forma invisível e literal Para buscar a Sua Igreja. Isso será secreto para o mundo que, só perceberá isso quando começarem a perceberem a falta de pessoas do seu convívio ou não, numa ‘enxurrada’ de anúncios e procura por esses desaparecidos sem deixarem algum sinal. A isso a Bíblia chama de Arrebatamento.
- Quando Jesus voltará? Devemos observar que Sua primeira vinda, profetizado no Antigo Testamento, aconteceu, na "plenitude do tempo" (Gl 4:4). Assim também será o cumprimento das profecias do Seu retorno: "Na plenitude do tempo", nem antes e nem depois.
- Pelas profecias bíblicas, o que é certo é o evento, não a data do seu cumprimento.
CONCLUSÃO: Da mesma forma que Jesus, a Palavra Encarnada, utilizou a profecia como evidência de Sua divindade (veja Jo 13:19 "Digo-vos isto agora, antes que aconteça, para que quando acontecer acrediteis que Eu sou," cf. Jo 14:29), as Escrituras Sagradas, a Palavra Escrita, tem sua origem divina confirmada pelas predições proféticas que nelas encontramos.
(Jo Ann Davidson, Ph.D, é professora de Teologia na Andrews University, Berrien Springs, Michigan, Estados Unidos. Publicado originalmente como “The Word Made Flesh”, Perspective Digest, ano 15, nº 3 [2010], p. 21-25. Traduzido e adaptado por Matheus Cardoso. Usado com permissão.)
Viva vençendo!!!
Seu irmão menor
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