Livros não recomendados - 4
Os Gafanhotos do Inferno
Os Gafanhotos do Inferno
Por diversas vezes tenho ouvido pastores e pregadores pregarem, ensinarem e aconselharem a seus fiéis sobre o perigo de não se obedeçer a Deus na questão financeira,podendo então possivelmente,serem atacados pelos demônios descritos por Joel como os gafanhotos.Veja o texto:
"O que deixou o gafanhoto cortador comeu-o o gafanhoto migrador; e o que deixou o migrador comeu-o o gafanhoto devorador; e o que deixou o gafanhoto devorador comeu-o o gafanhoto destruidor"(Jl.1:4)
Diante disso, há tempos venho 'debatendo', instruindo e procurando persuadir pela Palavra que Joel não estava falando de demônios.Ele falava simples e tão somente do inseto gafanhoto, que destrói as plantações.Além de que, Joel recebe a Palavra do Senhor para advertir ao povo.
Fico deveras aborrecido quando vejo crentes e principalmente líderes induzidno o povo ao erro, lhes ensinando que cada gafanhoto ataca uma área na vida da pessoa e que isso só pode ser resolvido entregando os dízimos e ofetas.Ora, Deus foi bem claro na questão dos dizimos e ofetas, dizendo que deveríamos entregá-los e assim, o "devorador" que não são gafanhotos, seria repreendido.
Fico deveras aborrecido quando vejo crentes e principalmente líderes induzidno o povo ao erro, lhes ensinando que cada gafanhoto ataca uma área na vida da pessoa e que isso só pode ser resolvido entregando os dízimos e ofetas.Ora, Deus foi bem claro na questão dos dizimos e ofetas, dizendo que deveríamos entregá-los e assim, o "devorador" que não são gafanhotos, seria repreendido.
Por mais que pareça razoável a questão dos gafanhotos serem demonios, não há respaldo bíblico para isso.Povo de Deus entenda: Deus havia de repreender Seu povo e utilizou para isso a praga do gafanhoto,inseto,como forma alegórica para falar de povos inimigos que viriam a destruir não só suas plantações,mas também atacá-los e se possível matá-los.
Várias igrejas ensinam que temos que ser cuidadosos para que os gafanhotos não destruam nossos bens.Isso é falta de uma leitura séria da Palavra de Deus...
Essa insana interpretação se tornou mais conheçida, depois que o Pr.Jerônimo Onofre da Silveira da Igreja do Evangelho Quadrangular de Belo Horizonte,MG, lançou seu livro "Os Gafanhotos do Inferno",trazendo um amontoado de ensinos finançeiros, totalmente divorciados da Palavra de Deus.
Esse livro foi e continua sendo comerçializado e lido no munto todo.E cada vez mais pessoas vão acreditando que os gafanhotos de Ozéias eram e/ou são demônios.
Por falta justamente de um conheçimento mais aprofundado, tanto do autor do Livro,quanto dos que o ensinam, se esqueçem que a Bíblia precisa de ser interpretada de modo literal, simbólico, figurado e atentos á época, o lugar e a que povo foi direcionado a Palavra.
Existem textos que são exclusivamente para um povo e não para nós da época atual, do século XXI.Porém esses textos nos servem de lições para os dias de agora.
É interessante observar também que Jerônimo Onofre confundiu os gafanhotos de Ozéias com os gafanhotos(estes sim, demônios) do Apocalípse, que virão afligir os homens na Grande Tribulação."
" Também da fumaça saíram gafanhotos para a terra; e foi-lhes dado poder como o que têm os escorpiões da terra,
Saíram gafanhotos para a terra: Leitores do Antigo Testamento entendem bem que gafanhotos são usados em pragas divinas. A oitava praga no Egito foi a invasão pelos gafanhotos (Êxodo 10:1-20). Gafanhotos aparecem entre as pragas citadas na oração de Salomão na dedicação do templo (1 Reis 8:37) e como exemplo de praga na aliança de Deus com o filho de Davi (2 Crônicas 7:13). Veja outros exemplos em Amós 7:1-3 e Joel 1:4.
Foi-lhes dado poder como ... escorpiões: Os gafanhotos da quinta trombeta, porém, não são insetos que devoram plantações. Eles recebem veneno como o de escorpiões para atacar homens. Serpentes e escorpiões representam o poder do diabo (Lucas 10:19).
9:4 – e foi-lhes dito que não causassem dano à erva da terra, nem a qualquer coisa verde, nem a árvore alguma e tão-somente aos homens que não têm o selo de Deus sobre a fronte.
Foi-lhes dito que não causassem dano à erva da terra, nem a qualquer coisa verde, nem a árvore alguma: Esta praga de gafanhotos, com seus ferrões venenosos, atingiria homens, não plantas! Os gafanhotos são instruídos a não prejudicar nenhum tipo de planta.
Tão-somente aos homens que não têm o selo de Deus: As vítimas deles são homens, mas somente os homens que não pertencem a Deus (7:3-8). Os homens atingidos por esta praga são aqueles que vivem nas trevas, que seguem o Diabo e suas mentiras, que perseguem os fiéis. Os servos de Deus são protegidos. O fato que esta praga afeta os homens na terra (9:3) serve como mais uma prova de que os 144.000 são servos de Deus na terra, não no céu.
9:5 – Foi-lhes também dado, não que os matassem, e sim que os atormentassem durante cinco meses. E o seu tormento era como tormento de escorpião quando fere alguém.
Não que os matassem, e sim que os atormentassem durante cinco meses: O efeito deste castigo não é a morte, e sim o tormento. Dura cinco meses, mostrando que o período do castigo seria determinado e limitado por Deus. Esta praga não é fatal nem final. Não causa a morte, mas traz grande sofrimento aos ímpios.
O seu tormento era como tormento de escorpião quando fere alguém: O escorpião raramente mata o homem, mas o seu veneno causa dor intensa e ataca o sistema nervoso. Os opressores do povo de Deus sofreriam muita dor, mas não seriam mortos – por enquanto.
9:6 – Naqueles dias, os homens buscarão a morte e não a acharão; também terão ardente desejo de morrer, mas a morte fugirá deles.
Os homens buscarão a morte e não a acharão: Esta frase frisa a intensidade do sofrimento. A morte seria considerada um alívio da dor infligida pelos escorpiões. Jó expressou o mesmo sentimento durante a sua aflição (Jó 3:20-22), e Jeremias usou linguagem semelhante para descrever o sofrimento de Judá (Jeremias 8:3).
Terão ardente desejo de morrer, mas a morte fugirá deles: Novamente, ele enfatiza a natureza desta praga. Os gafanhotos do abismo não receberam autoridade para matar, mas causam sofrimento terrível. Mesmo procurando a morte, os homens não conseguem escapar desta praga (veja 6:16).
9:7 – O aspecto dos gafanhotos era semelhante a cavalos preparados para a peleja; na sua cabeça havia como que coroas parecendo de ouro; e o seu rosto era como rosto de homem;
O aspecto dos gafanhotos era semelhante a...: A descrição da aparência dos gafanhotos nos lembra de Joel 1:4,6; 2:4-10. São opressores terríveis, inimigos fortes que vêm com uma força quase irresistível contra os homens.
Cavalos preparados para a peleja: A cavalaria deu uma vantagem enorme aos exércitos antigos (1 Reis 20:1; 2 Reis 6:15). Salomão importava cavalos do Egito para fortalecer a defesa de Israel (2 Crônicas 9:28). Os homens sempre enfrentavam a tentação de confiar na sua força militar, representada por cavalos, ao invés de confiar em Deus (Salmo 20:7; Isaías 31:1). Cavalos aparecem freqüentemente nas figuras proféticas de castigo e destruição: “Eis aí que sobe o destruidor como nuvens; os seus carros, como tempestade; os seus cavalos são mais ligeiros do que as águias. Ai de nós! Estamos arruinados!” (Jeremias 4:13; veja 6:23; 8:16; 47:3; 50:42; 51:27; Ezequiel 26:11; Naum 3:2; Habacuque 1:8).
Como que coroas parecendo de ouro: Esta é a única vez que a palavra stephanos, a coroa da vitória, aparece em relação aos ímpios. Em todos os outros casos, mostra a vitória de Cristo ou dos santos. Aqui, os servos do diabo dão a impressão de ser vitoriosos, mas a própria linguagem sugere uma falsa vitória: “como que coroas parecendo de ouro”. Os servos do inimigo podem imitar a vitória dos santos, mas jamais terão a vitória final.
O seu rosto era como rosto de homem: Figuras de animais ou insetos com características humanas normalmente sugerem a inteligência. Estes servos do diabo são seres inteligentes, capazes de agir conforme as instruções do seu líder.
9:8 – tinham também cabelos, como cabelos de mulher; os seus dentes, como dentes de leão;
Cabelos, como cabelos de mulher: Qualquer explicação reconhece uma criatura estranha. Não são gafanhotos comuns! Os cabelos da mulher representam sua submissão (1 Coríntios 11:15). Pode significar a submissão dos gafanhotos a Satanás"Ap.9:1-8
Estive preocupado enquanto preparava esse texto,pois precisei de uma ajuda sobre o assunto na Net, e me admirei que,depois de duas horas encontrei apenas um site que fazia apologética a respeito desse assunto.E tanto me ajudou que quero deixar aqui o link para que você, leitor amado, possa aproveitar também do imenso conteúdo do mesmo:
Concluindo:
O profeta dá a entender que a escuridade se dará como por nuvens que encobrem o sol (alva), ou seja, é uma clara referencia a invasão da nação inimiga, que no capítulo 1 foi descrita e comparada a uma invasão de gafanhotos.
No capítulo 1 o profeta viu o que restou da invasão de gafanhotos ( Jl 1:4 ), já no capítulo 2 ele descreve a chegada dos invasores como ‘nuvens’, pois a invasão dos ‘gafanhotos’ se assemelha as ‘nuvens’ quando encobrem a luz solar.
A invasão prenunciada foi representada por gafanhotos, porém, ela se daria por um povo, uma nação (Heb ‘am, uma coletividade, um povo, uma nação).
A quantidade de homens e o poder bélico do povo invasor seria algo jamais visto, informação que nos permite entender a pergunta feita no capítulo 1: “Aconteceu isto em vossos dias, ou também nos dias e vossos pais?” ( Jl 1:2 ). A resposta para a pergunta é: “... povo grande e poderoso, qual nunca houve desde o tempo antigo, nem depois dele haverá pelos anos adiante, de geração em geração” ( Jl 2:2 ).
Em resumo: Como um povo poderoso e em ordem para a guerra! As características do povo invasor se assemelham a dos gafanhotos: fortes, ágeis, sem empecilhos que os detenham e destruidores vorazes.
8 Ninguém apertará a seu irmão; marchará cada um pelo seu caminho; sobre a mesma espada se arremessarão, e não serão feridos.
Apesar de numerosos, não se atrapalham na batalha. Cada um tem função específica, e mesmo que se arremessem sobre a espada do inimigo, contudo ‘não serão feridos’. O que isto quer dizer? Que o comportamento deles se assemelha a dos gafanhotos, que ‘doam’ as suas vidas para que os outros obtenham êxito na empreitada beligerante.
9 Irão pela cidade, correrão pelos muros, subirão às casas, entrarão pelas janelas como o ladrão.
Os inimigos invadirão as cidades, correrão pelos muros (na antiguidade os muros eram largos Ne 12:31 -38), subirão casa por casa e agirão como o ladrão.
10 Diante dele tremerá a terra, abalar-se-ão os céus; o sol e a lua se enegrecerão, e as estrelas retirarão o seu resplendor.
Diante do exercito invasor os homens (terra) tremeriam, pois perderiam a confiança (abalar os firmamentos). Assim como o enxame de gafanhotos enegrecem o sol e a lua, a ação dos invasores dissiparia a luz da esperança que sustem os povos.
18 Então o SENHOR se mostrou zeloso da sua terra, e compadeceu-se do seu povo.
O profeta anuncia um tempo em que o Senhor se mostraria zeloso da terra e se compadeceria do seu povo.
Observe que o tempo verbal da profecia muda deste verso em diante, e apresenta o socorro do Senhor de modo atual, do mesmo modo que foi apresentada a invasão de gafanhotos no capítulo 1.
Do mesmo modo que o profeta Joel viu e descreveu profeticamente a invasão inimiga e a escassez de alimento, agora ele descreve profeticamente a condição do povo sob o favor de Deus.
19 E o SENHOR, respondendo, disse ao seu povo: Eis que vos envio o trigo, e o mosto, e o azeite, e deles sereis fartos, e vos não entregarei mais ao opróbrio entre os gentios.
O Senhor responde o clamor do seu povo e restitui o sustento (pão), a alegria (mosto) e o culto (azeite). O povo será farto de sustento, alegria e culto, e não mais seriam entregues aos gentios.
O profeta concita o povo de Israel a clamar, porém, temos aqui uma profecia para um tempo distante, visto que somente no período da grande tribulação, quando se cumprir a última semana profetizada por Daniel, o povo se reunirá para clamar ( Zc 12:10 ), e o cumprimento da promessa de que não mais serão entregues ao opróbrio dos gentios se cumprirá cabalmente com a implantação do reino do Messias (v. 15 a 19).
20 Mas removerei para longe de vós o exército do norte, e lançá-lo-ei em uma terra seca e deserta; a sua frente para o mar oriental, e a sua retaguarda para o mar ocidental; e subirá o seu mau cheiro, e subirá a sua podridão; porque fez grandes coisas.
Os exércitos invasores de Israel geralmente vem do norte ( Ez 38:6 -15). Deus promete lançar o exercito invasor para uma terra sem vida e deserta. A frente para o mar morto e a retaguarda para o mediterrâneo ( Jl 2:3 ).
21 Não temas, ó terra: regozija-te e alegra-te, porque o SENHOR fez grandes coisas.
Os homens (terra) de Israel não deveriam temer (Heb ‘a dhãmâh, refere-se a terra vermelha da qual o primeiro homem, Adão Heb ‘ãdãm, foi feito). O povo deveria trocar o medo pela confiança, pois só regozijam e alegram os que confiam no Senhor.
22 Não temais, animais do campo, porque os pastos do deserto reverdecerão, porque o arvoredo dará o seu fruto, a vide e a figueira darão a sua força.
Os animais do campo voltariam a pastar e as árvores a darem o seu fruto. A vide e a figueira (Israel e Judá), por sua vez, voltará ao seu vigor, apresentará a sua força.
23 E vós, filhos de Sião, regozijai-vos e alegrai-vos no SENHOR vosso Deus, porque ele vos dará em justa medida a chuva temporã; fará descer a chuva no primeiro mês, a temporã e a serôdia.
Os filhos de Jerusalém regozijarão e alegrarão no Senhor, ou seja, a confiança não do povo em Deus será retribuída com chuvas ao seu tempo.
24 E as eiras se encherão de trigo, e os lagares transbordarão de mosto e de azeite.
Como as chuvas serão continuas e pontuais, não faltará trigo (pão), mosto (alegria, confiança) e azeite (unção).
25 E restituir-vos-ei os anos que comeu o gafanhoto, a locusta, e o pulgão e a lagarta, o meu grande exército que enviei contra vós
Através desta promessa é possível inferir que o gafanhoto cortador, o gafanhoto migrador, o gafanhoto devorador e o gafanhoto destruidor referem-se a quatro reinos distintos, mas que, por sua vez, constituem o grande exercito que seria enviado por Deus contra o povo de Israel e que abateria as nações.
Como a promessa de restauração nacional nos versos 26 e 27 dão conta que o povo nunca mais seria envergonhado, temos que ‘os anos que a cidade de Sião’ foi assolada refere-se a quatro grandes impérios que subjugaram os povos no passado da humanidade: Império Babilônico, Império Medo-Persa, Império Macedônico e o Império Romano (Daniel 2).
No capítulo 1 o profeta demonstra a invasão dos gafanhotos em quatro levas distintas, e no capítulo 2 somos informados que tais invasores constituem-se o grande exército do Senhor ( Jl 2:11 ). Ora, os reinos que se levantaram no passado, segundo os profetas, estavam todos a serviço do Deus de Israel na condição de vara de correção do Senhor para todos os povos.
Obs.: Alguns pregadores utilizam de forma equivocada a figura dos gafanhotos, que ilustram somente a invasão de nações inimigas, como sendo a ação de demônios na vida financeira daqueles que não contribuem com a organização que representam “A bíblia nos fala de quatro legião de demônios que trabalham na área de maldição, estes demônios são chefiados pelo príncipe chamado Belzebú (...) Nesta situação, o profeta insistiu com o povo que se voltasse para o Senhor, com arrependimento sincero. ‘Cada tipo de gafanhoto representa uma legiões de demônios que age na vida do homem, em seu patrimônio, em suas riquezas, bens e sálários!’”( Conheça o Mundo Espiritual, Anacleto Pereira da Cruz, 10° edição, Design Bureau Ltda, Editor Pr. Anacleto, Pág. 54).
Espero em Deus que a todos que puderem ter acesso a esse estudo, possam esqueçer aquilo que foi ou é ensinado nos púlpitos, nas Escolas Dominicais e em outros Departamentos da Igreja ou fora dela, sobre a questão dos gafanhotos de Joel,serem demônios.
Deus te abençõe ricamente.
Grande abraço.
Viva vençendo!!!
Seu irmão menor.
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