21 janeiro 2011

Ex-gays? Há muitos!


Há nove anos uma pastora americana chamada Sylvia Pennington publicou o livro Ex-gays? There are none! (Ex-gays? Não há nenhum!)

O título é bonito e impactante, mas não revela a verdade. Desde que o evangelho de Jesus começou a ser pregado, começaram a aparecer os ex-gays. São 2 mil anos de ex-gays através da história. Os primeiros moravam na Grécia de Sócrates e Platão, adeptos do homossexualismo. Eles viviam em Corinto e eram efeminados e sodomitas antes da conversão. Juntamente com outras pessoas que praticavam outros vícios (impureza heterossexual, adultério, idolatria pagã, furtos, roubos, avareza, calúnia e alcoolismo), esses antigos homossexuais experimentaram uma tremenda transformação interior provocada pelo anúncio das Boas Novas (evangelho) e pela operação irresistível do Espírito de Deus em suas vidas. Eles foram “lavados do pecado, separados para pertencerem a Deus (santificados) e aceitos por Ele (justificados), por meio do Senhor Jesus e pelo Espírito do nosso Deus” (1 Co 6.11 BLH). Talvez tenham tido alguma dificuldade posterior e não cresceram espiritualmente como deveriam (1 Co 3.1). Um dos egressos do submundo, não necessariamente ex-gay, chegou a possuir a mulher do próprio pai (1 Co 5.1), pecado incomum do qual veio a se arrepender (2 Co 2.5-11). Eles tinham dificuldade de viver harmoniosamente uns com os outros (1 Co 3.3, 6.1) e sofriam certas pressões da carne na área da pureza sexual (1 Co 6.12-7.9). Todos eram ao mesmo tempo santificados (separados das trevas para a luz) e chamados para serem santos (1 Co 1.2), isto é, a caminhada tinha começo e também prosseguimento.

Seria cansativo e tomaria muito espaço citar nome por nome os muitos ex-gays de hoje em dia. Ex-gays há cinco anos, há dez anos, há vinte anos e há mais tempo ainda. O próprio autor do livro A operação do erro, que conta magistralmente a história do Movimento Gay Cristão, Joe Dallas, era homossexual.

Há dezenas de ex-gays firmes na fé e até ministrando para gays ainda professos nos Estados Unidos, na Europa, na Argentina e no Brasil. Ultimato mesmo já publicou o testemunho de muitos ex-homossexuais, como os de Jeff Painter (março de 1983, p. 25), Simon Th. Dijkstra (junho de 1991, p. 26), Carlos Henrique Bertilac da Silva, Mike Hawkins e Paulo Roberto Parreira Figueira (setembro de 1995, p. 19) e da ex-lésbica canadense Patricia Allan (setembro de 1995, p. 20). Em fevereiro deste ano, a revista Vinde estampou na capa a foto e a declaração do jornalista João Luiz Santolin: “Eu fui gay”. A revista secular IstoÉ, de 15 de outubro do ano passado (p. 59) conta a história da conversão de três ex-homossexuais que chegaram a se prostituir como travestis: Antonio Chagas (ex-Taiane), João Carlos Xavier (ex-Carla) e Márcio Ribeiro (ex-Bianca). E a Folha de São Paulo, de 22 de fevereiro do ano em curso, publicou uma entrevista com o já citado jornalista João Luiz Santolin, fundador do Movimento pela Sexualidade Sadia (MOSES), formado quase exclusivamente por homens e mulheres que viveram o homossexualismo e, agora, se propõem a ajudar aqueles que desejam vencer a compulsão sexual, seja homo ou heterossexual, por meio do conhecimento de Deus e obediência diária à sua Palavra (Caixa Postal 20.059 - 21022-970 Rio de Janeiro, RJ). O primeiro ex-gay a testemunhar para um público de 130 pessoas que participaram do III Encontro Cristão sobre Homossexualismo, realizado na cidade universitária de Viçosa, em Minas Gerais, de 11 a 14 de junho, foi o advogado argentino José Luis Maccarone.

As autoridades no assunto explicam que o processo da recuperação começa com um acontecimento qualquer que provoca uma reavaliação de seu estilo de vida atual. Pode ser, por exemplo, a morte ou a traição de um parceiro homossexual. O estágio seguinte é a aceitação séria e voluntária de Cristo como Salvador. A partir de então a pessoa entrega sua vida ao Senhor e começa a se apropriar da salvação. O terceiro estágio consiste em deixar para trás tudo que lembra a vida anterior: amigos gays, estabelecimentos gays e grupos sociais gays. Nessa fase, mais do que nunca o homossexual em processo de recuperação precisa de parentes, novos amigos e igrejas bem abertas para ele. O último estágio relaciona-se com a formação de uma nova identidade. Nele se inclui uma crescente insatisfação com o rótulo homossexual e até com a expressão ex-homossexual ou ex-gay.

A ousadia de Paulo


Quando o apóstolo Paulo condenou de forma veemente o homossexualismo masculino e feminino na Epístola endereçada aos cristãos residentes em Roma, ele demonstrou uma ousadia enorme, naturalmente alimentada por suas convicções pessoais e por estímulos que vinham do próprio Deus, como este: “Não tenha medo, continue falando e não fique calado” (At 18.9 NVI).

O homossexualismo exercia grande poder sobre o mundo mediterrâneo naquela época e nos séculos anteriores, desde o filósofo grego Sócrates (459? — 399 a.C.), que praticava o homossexualismo, e desde Platão (427? — 347 a.C.), que escreveu uma das maiores obras do mundo sobre o amor, só tem que o seu texto era sobre o amor antinatural.

Catorze dos quinze primeiros imperadores romanos praticavam o homossexualismo. Um deles, Nero, que governava o império na época da Epístola de Paulo aos Romanos, “casou-se” com um rapaz chamado Sporus, que ele mandou castrar. Relacionava-se também com um homem chamado Pitágoras, que dizia ser seu marido.

Talvez nunca tenha chegado a Nero aquela explicação de Paulo aos Romanos: “Por causa disso (por terem trocado a verdade pela mentira) Deus os entregou a paixões vergonhosas. Até suas mulheres trocaram suas relações sexuais naturais por outras contrárias à natureza. Da mesma forma , os homens também abandonaram as relações naturais com as mulheres e se inflamaram de paixão uns pelos outros. Começaram a cometer atos indecentes, homens com homens, e receberam em si mesmos o castigo merecido pela sua perversão”. (Rm 1.26-27 NVI.)

(Essas informações históricas acham-se na obra de David Prior, por muitos anos pastor na Cidade do Cabo, África do Sul, e em Oxford, na Inglaterra, intitulada A mensagem de Primeira Coríntios, da série A Bíblia fala hoje, editada por John R.W. Stott, e publicada no Brasil pela ABU Editora, p. 96. Prior, por sua vez, as encontrou em The Letters to the Corinthians, de William Barclay, p. 60.)

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