28 outubro 2010

FÉ, ORAÇÃO  E  BATALHA ESPIRITUAL


A poucos dias eu fui numa reunião de oração, e vi um rapaz orando da seguinte forma: "-Senhor, eu quero ver esta nação convertida...este Brasil é do Senhor...eu desafio o inferno...eu desafio o cão...etc...etc...etc..." Saindo dali fomos conversar e depois de algum tempo de diálogo ele me confessou, já quase chorando, os
problemas difíceis que está enfrentando em casa, com a esposa, com a família, e que estava quase largando tudo. Não sou cético quanto as orações de desafio. Mas poxa vida, como uma pessoa que está abalada
com alguns problemas dentro de casa, vai desafiar o inferno? Fez uma oração tão bonita, que impressiona pela ousadia, e está a ponto de abandonar o lar, a família!
Fatos como esse ocorrem todos os dias, em muitas igrejas, e é fruto de um neopentecostalismo emocional, onde a razão e o conhecimento não tem espaço, e as manifestações espirituais tem uma importância
superior aos frutos. Ser pentecostal não é sinônimo de suicídio mental. Falar em línguas estranhas, ter visões e revelações, tem que andar paralelas as Sagradas Escrituras, ao conhecimento, a sabedoria, ter respaldo bíblico! Do contrário terá se criado no meio cristão uma espécie de espiritismo evangélico, onde se corre atrás de manifestações espirituais, e não de viver uma vida cristã baseada no Evangelho.
Não estou dizendo que não se deva orar pelo nosso país, não é isso. Muito pelo contrário, eu incentivo: orem pelo Brasil! Esta nação precisa mesmo de nosso clamor. Mas que a nossa casa espiritual esteja
alicerçada na Rocha. Senão qualquer vento derruba. Antes de orar pelo país, governo, desafiar o inferno e etc, a pessoa deve antes de tudo orar pela sua família, seu lar.

"Mas, se alguém não tem cuidado dos seus e principalmente
dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel". (1 Timóteo
5:8)

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