29 maio 2017

FAZENDO SEXO COM O COMPUTADOR

É possível fazer sexo com um computador? Parece que sim. Não no sentido literal, claro, mas é fato que grande número de pessoas tem uma “vida sexual” on-line bastante ativa. E se por um lado a internet se institucionalizou como forma prática de encontrar parceiros – e posteriormente conectar-se a eles “cara a cara”, sem a mediação da rede –, sob muitos aspectos esse meio também oferece respaldo para sintomas psicopatológicos, alguns capazes de prejudicar o próprio internauta e também terceiros. É o que ocorre no caso da pedofilia, que obviamente não está restrita ao mundo virtual, mas é inegável que esse recurso favorece a localização de possíveis vítimas. Pensando em uma situação talvez menos grave, a pessoa pode usar a tecnologia para se esconder, evitando o comprometimento afetivo. Pesquisas recentes sugerem que o excesso de pornografia de forma geral – e pela internet em particular – pode trazer riscos à saúde psíquica. Embora seja hipocrisia atribuir a essa mídia tamanha “responsabilidade”, é indiscutível que a grande quantidade de material disponível e o aparente conforto do anonimato apresentam facilidades.
A pornografia pela rede é acessível a um custo baixo, o que tornou sua prática um “passatempo popular” e uma das mais lucrativas áreas do comércio eletrônico (e-commerce), movimentando bilhões de dólares em todo o mundo. Uma pesquisa com estudantes realizada pela psicóloga Chiara Sabina, da Universidade Harrisburg, do Estado da Pensilvânia, revelou que mais de 90% dos homens e 60% das mulheres assistiam a cenas de sexo pela internet antes dos 18 anos. Outro estudo da mesma pesquisadora mostrou que entre pessoas de 40 a 49 anos a taxa de uso tinha menos da metade da frequência. Isso sugere que o consumo de pornografia na internet pode diminuir com a idade – embora seja válido considerar que essa estatística reflete que talvez os mais velhos passem menos horas diante do computador. Outros estudos já haviam mostrado diferenças das atividades sexuais virtuais em relação ao gênero: os homens parecem ser os mais adeptos da pornografia, enquanto as mulheres preferem participar de salas de bate-papo sobre sexo, sugerindo que procuram contextos de interação.
Preço do consumo
Embora a maioria das pessoas que assistem à pornografia pela internet pareça ser apenas apreciadora ocasional, existe uma porcentagem que faz uso abusivo do conteúdo sexual disponível on-line. Em 2008, o pesquisador Alvin Cooper, na época do Centro Marital e da Sexualidade em San Jose, Califórnia, e seus colaboradores realizaram um estudo com mais de 9 mil voluntários que usavam a internet com fins sexuais. Pouco menos da metade deles – a maioria homens casados ou com uma relação estável – dedicava uma hora ou menos por semana a essa atividade. Entre os ocasionais a sites de pornografia e eventuais experiências sexuais on-line estejam participantes da pesquisa, 45% admitiram reservar uma a dez horas por semana; 8% usavam a internet com essa finalidade durante 11 horas ou mais semanalmente; e uma porcentagem pequena, mas significativa, relatou passar mais de 70 horas por semana envolvida nessa prática.
Essas evidências sugerem que o uso muito frequente pode estar associado a efeitos prejudiciais no psiquismo e nos relacionamentos. Alguns especialistas ainda argumentam que a pornografia pela internet pode causar dependência, mas o uso do termo nesse contexto é controvertido.
Nenhum estudo confirma que visitas ocasionais a sites de pornografia e eventuais experiências sexuais on-line estejam associadas a problemas comportamentais – mas há uma linha tênue entre o que pode e o que não pode ser considerado prejudicial. Alguns pesquisadores já investigam se mesmo o uso esporádico desse recurso pode causar efeitos negativos ao relacionamento, como tensão entre os parceiros e condutas agressivas contra as mulheres. Pesquisas mostraram associações entre quantidade de exposição à pornografia e aprovação de atitudes como dominar a parceira com violência no momento da relação. Essas vinculações são mais fortes em homens que assistem à pornografia violenta e já têm tendência à impulsividade e ao sadismo.
Outras descobertas aproximam o uso frequente da pornografia a atitudes como atribuir culpa às vítimas de abuso sexual, justificando as ações de perpetradores sexuais e reduzindo a violência do estupro. O interesse desmedido por pornografia geralmente é acompanhado de crueldade contra as mulheres, insatisfação com a aparência e o desempenho sexual do parceiro e dúvidas sobre o valor do relacionamento afetivo estável. Essas atitudes costumam levar à desvalorização da figura feminina e, em alguns casos, podem estar associadas à violência doméstica.
Ainda assim, será possível concluir que assistir à pornografia provoca crenças e atitudes misóginas? A maioria dos estudos mostra apenas uma associação estatística entre o uso da pornografia e essas características, e não a relação direta entre interesse por esse tipo de conteúdo e desenvolvimento de comportamentos específicos. Por exemplo, embora o hábito frequente de ver pornografia possa realmente provocar atos violentos contra as mulheres, talvez a violência já praticada contra elas possa, por sua vez, induzir ao interesse por pornografia. Além disso, é preciso levar em conta características de personalidade de determinados homens (entre elas imaturidade psicológica e impulsividade) e fatores culturais que favorecem tanto a busca por material pornográfico quanto a inclinação a praticar maus-tratos contra mulheres.
Os pesquisadores também perguntaram às parceiras de frequentadores assíduos de sites de sexo como elas se sentiam em relação aos hábitos deles. A psicóloga Ana Bridges, da Universidade do Arkansas, e seus colegas descobriram que muitas se sentiam ansiosas e desaprovavam a atitude do companheiro. Do total, 42% afirmaram que os parceiros eram homens bastante inseguros; 39% disseram que o hábito produzia efeito negativo no relacionamento; e 32% admitiram que, em períodos em que os homens se voltavam mais à atividade, o relacionamento sexual era claramente prejudicado.
Forma de dependência
É crescente, contudo, o número daqueles que enfrentam o lado negativo da pornografia. Calcula-se que um em cada dez consumidores de material pornográfico não consegue interromper o hábito de forma alguma. Protegidos pelo anonimato, eles relatam nas redes sociais e em fóruns da internet que a prática se tornou compulsiva, o que causa grandes prejuízos tanto na vida pessoal quanto na sexual. “A pornografia me deixava depressivo preguiçoso. Era uma verdadeira batalha para levantar e encarar o dia. Chegava a ponto de evitar muitas situações sociais, a não ser que estivesse bêbado. Agora, longe totalmente dos vídeos, passei a toneladas de energia”, contou um usuário.
Fonte: UOL
COMENTÁRIO DO EDITOR
Como você viu, a pornografia é uma estratégia de Satanás para destruir vidas. A Bíblia diz que devemos lutar contra nossa carne diariamente e nunca deixar de vigiar. A luta contra esse vício já foi ganha por Jesus na cruz e por isso existe libertação sim. Deus tem grandes coisas para fazer em sua vida, por isso não se acomode e busque ajuda de pessoas cristãs comprometidas com Deus.
A pornografia é simplesmente o primeiro passo em uma escorregadia ladeira de iniqüidade e imoralidade (Romanos 6:19). Assim como um usuário de drogas é levado a consumir quantidades maiores e mais poderosas de drogas, a pornografia arrasta o ser humano, levando-o a pesados vícios sexuais e desejos ímpios.
Gostaría, de oferecer aos nossos leitores algumas sugestões de como podemos evitar o mal que chamamos de pornografia:

1. Decisão firme para com aquilo pode lhe atrair. Paulo escrevendo aos Colossenses diz que as doutrinas dos homens como: “não manuseies isso ou não toques naquilo... não terão valor nenhum contra a sensualidade” (Cl 2.21-23). A mera letra não nos fará fugir da tentação, se não for acompanhada de uma disposição muito forte do nosso coração de abandonarmos o prazer que a pornografia porventura nos proporcione.

2. Evitar lugares que inspirem sensualidade. Cada homem ou mulher deve conhecer suas limitações e jamais provar seus limites. Temos que deixar morrer a nossa natureza terrena (Cl 3.5-8). Aqui cabem as palavras do Salmo 1: “Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores”. Baseados nestas palavras sugerimos as seguintes atitudes:

a) Escolher bem as amizades. Evitar aqueles amigos que tentam nos desviar, não fazendo caso da Palavra de Deus. Cuidado com amigos que já são praticantes ou consumidores da pornografia
b) Aconselhar-se com pessoas crentes e sábias, e não com os ímpios.
c) Elevar os nossos pensamentos a Deus. Meditar dia a dia na Sua Palavra (Salmo 1:2).
dFazer nosso culto particular a Deus e encher nossos pensamentos com coisas edificantes. Em Filipenses 4.8, Paulo nos ensina em que pensar: “tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso que ocupe o vosso pensamento”.

3. Uma mudança de hábitos. É necessário fugirmos da tentação, antes que ela bata à nossa porta. Adquirir os seguintes hábitos pode ser muito proveitoso na hora de evitar e libertar-se da pornografia:
a) Dormir cedo, evitando assim os programas televisivos noturnos, que, via de regra, possuem conteúdo sexual. Mas, não vá pra cama, se não tiver sono. Ficar 'rolando' na cama sem sono é um atrativo para desejos ruins.
b) Ficar na Internet apenas o tempo necessário. Não ficar muito tempo sozinho diante do computador.
c) Ocupar o tempo livre (isso não inclui nossa devocional), com atividades edificantes.
d) Evitar envolver-se em qualquer tipo de conversação torpe (Ef 5.3-7).

4. Muito importante é evitar radicalmente o acesso a revistas, vídeos, programas televisivos e sites pornográficos.

5. Estimular o culto doméstico. É sempre bom a família estar unida em torno da Palavra de Deus. Este hábito fortalece o cristão.

Poderíamos colocar aqui muitas outras formas para ajudar cada um a fugir da pornografia, mas o mais importante de tudo, muito além de se colocar regras e estabelecer limites, é deixar muito claro que a raiz do problema não é nenhum desses fatores externos, mas o próprio coração do homem que é depravado e descomprometido com Deus, o Criador de todas as coisas. O antídoto é a fé confiante no poder do evangelho de Cristo que pode e muda o nosso caráter, imprimindo em nós uma nova natureza, regenerada e capaz, pela graça de Deus, de dizer não ao pecado.

Viva vencendo a pornografia com um compromisso de viver para Jesus Cristo!!!

Abraços.

Seu irmão menor.

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