
O velho patriarca Jó, que viveu em uma época próxima ao período em que Abraão peregrinou sobre a face da Terra, teve a sua história contada em um dos mais antigos livros da Bíblia, e foi um excelente aluno de Deus.
Ele já era
considerado o maior dentre todos os homens do Oriente (Jó 1.3), quando, em meio
a mais dura prova de toda a sua vida, confessou aos seus amigos que até aquela
data fora aluno do Senhor, mas assim mesmo não teria condições de responder a
sequer uma de Suas perguntas, caso o Mestre o submetesse a um interrogatório,
“porque, como pode o homem ser justo para com Deus? Se quiser contender com
ele, nem a uma de mil coisas lhe poderá responder” (Jó 9.2,3).
Porém, no
decorrer do diálogo com os seus amigos Elifaz, Bildade e Zofar, Jó irritou-se
com eles a ponto de esquecer sua posição de simples aluno de Deus, e formulou
uma espécie de desafio:“Ainda hoje
a minha queixa é de um revoltado, apesar de a minha mão reprimir o meu gemido.
Ah se eu soubesse onde o poderia achar! Exporia ante ele a minha causa,
encheria a minha boca de argumentos. Saberia as palavras que me respondesse, e
entenderia o que me dissesse” (Jó 23.2-5).
E para surpresa do patriarca, Deus aceitou o desafio, e
simplesmente o bombardeou com um questionário de 40 perguntas científicas, e o
velho patriarca não teve resposta para nenhuma delas!
O doutor
Harry Rimmer conta no seu livro 'A Ciência Moderna e as Sagradas Escrituras', que
certa vez participou de um jantar em companhia de 15 cientistas
norte-americanos. De repente o assunto caiu nos conhecimentos científicos
registrados na Bíblia, e um daqueles cientistas teceu um breve comentário sobre
a superioridade do conhecimento científico dos tempos modernos com relação ao conhecimento
científico dos tempos em que a Bíblia havia sido escrita.
Rimmer não concordou com o comentário e desafiou
aqueles homens de ciência a se submeterem ao mesmo interrogatório dos capítulos
38 e 39 de Jó – o mesmo questionário com que Deus sossegara os ânimos exaltados
do velho patriarca.
Seriam
estabelecidos 10 pontos para cada uma das 40 perguntas a serem feitas, e quem
conseguisse responder todas elas marcaria 400 pontos.
Mandaram
buscar uma Bíblia, e no final do teste, cujas perguntas tinham sido elaboradas
há quase quatro mil anos, o mais sábio de todos aqueles homens só conseguira
marcar 35 pontos, ou seja: respondera apenas a três perguntas e à metade de
outra!
Rimmer
observou que o tão propalado e maravilhoso “avanço da ciência” dos tempos
atuais, superando em muito a ciência dos tempos de Jó, só capacitara aqueles
orgulhosos cientistas a responderem a três perguntas e meia, entre as 40 que
Deus fizera a Jó.
Isso era o
suficiente para fazer qualquer cientista curvar a cabeça em reconhecimento à
superioridade da Bíblia.
DEUS FAZ PROVA ORAL COM O SEU ALUNO
A primeira
pergunta que Deus fez a Jó não pôde ser respondida por ele, e nenhum ser humano
a poderá responder: “Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da
terra? Dize-mo, se tens entendimento”(Jó 38.4).
É o tipo de
pergunta que só Deus conhece a resposta. Porém, dos tempos de Jó aos nossos
dias, tateando na obscuridade do problema, a humanidade tem-se dividido em três
grupos:
a) Muitos
acham que, antes da formação do corpo, a alma já existia no espaço, e inclusive
já havia cometido pecados, nesse estado de preexistência;
b) Outros
acreditam que Deus cria a alma no momento em que a semente do homem fecunda a
semente da mulher (o chamado momento da concepção ou fecundação), ou no período
em que o novo ser está se desenvolvendo no ventre de sua mãe, não havendo,
portanto, um momento específico: a alma poderia ser criada em qualquer instante
do período da gestação;
c) Por
último, há o grupo das pessoas que acreditam que Deus só criou duas almas: a de
Adão e a de Eva. A partir das duas almas do primeiro casal, as outras almas
foram sendo criadas, ou seja: assim como as sementes do homem e da mulher se
unem para formar o corpo do filho, as almas dos pais também se unem para gerar
a alma da criança.
A primeira
dessas teorias chama-se pré-existencialista, a segunda criacionista, e a
terceira traducionista.
Ora, mesmo
se conhecesse estas três teorias sobre a criação da alma, nem Jó nem a
humanidade hoje poderiam dizer, com total convicção e solidez de argumentos,
onde qualquer um de nós estava quando Deus lançava os fundamentos da Terra. E
muito menos poderíamos responder à segunda metade da pergunta: “Quem lhe
pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel?”
O que nos
assombra em todo esse interrogatório é sabermos que nem no tempo de Jó, nem
quatro mil anos depois, o homem teria condições de sequer formular estas
perguntas, e muito menos respondê-las. Só o Espírito de Deus poderia
formulá-las e apresentar as respostas.
Pois se não
foi o próprio Deus, se não foi o verdadeiro Autor da Bíblia a pessoa que fez
todas estas perguntas a Jó, onde esse fazendeiro, esse simples criador de gado
teria ido buscar tanta ciência para fazer perguntas tão profundas que até hoje,
apesar do extraordinário avanço da ciência, não se encontrou respostas para
sequer a metade delas?
O fato é que
o autor do livro de Jó escreveu estas perguntas inspirado pelo Espírito de
Deus, e deixou bem claro que o velho patriarca não pôde responder sequer a uma
delas. Estamos aqui diante de mais uma inegável e maravilhosa prova de que a
Bíblia é a Palavra de Deus.
A PROVA ORAL
CONTINUA
Pobre Jó!
Onde iria ele buscar respostas para as perguntas contidas nos versículos seis e
sete do capítulo 38 do seu livro?
“Sobre que, estão fundadas as suas bases(da terra), ou quem lhe assentou a pedra angular, quando as estrelas da alva juntas
alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus?”
Durante
muito tempo pensou-se que Jó havia usado sua imaginação poética no versículo
sete, capítulo 38, pois as estrelas não cantam. Porém, o assombroso é que a
física moderna descobriu que a luz tem um valor tonal.
Após uma
série de sofisticadas experiências, os cientistas descobriram que todo raio de
luz (tanto do sol como das estrelas) produz, ao cortar o espaço, notas
musicais!
Nós não
podemos ouvir essa música, porque os nossos ouvidos não foram adaptados para
ela, mas aparelhos ultra-sensíveis foram criados e captam essa melodia do
espaço sideral. Jó estava certo. As estrelas da manhã cantavam alegremente
quando Deus estava criando o Universo, pois a luz, ao se deslocar no espaço,
produz um som característico.
Em que
Universidade Jó teria aprendido isto? Na Universidade da comunhão com o
Espírito de Deus!
"QUEM MANTEM O MAR NOS SEUS LIMITES?" Após interrogar Jó sobre os mistérios do Céu, Deus
volta-se para o mar e pergunta ao patriarca: “...Quem
encerrou o mar com portas, quando irrompeu da madre, quando eu lhe pus as
nuvens por vestidura, e a escuridão por fraldas?” (Jó 38.8,9). Poucos
versículos na Bíblia são tão ricos em lirismo como estes.
Rimmer
comenta que neles “o todo-poderoso é descrito como um parteiro que assiste ao
nascimento do mar. Na descrição pictórica desse parágrafo imagina-se Deus
assentado, tomando sobre os joelhos o oceano recém-nascido. Com uma de suas
mãos, apanha as densas trevas como se fosse para fazer uma faixa de flanela
(uma fralda) a fim de firmar o bebê, e com a outra agarra as nuvens e tece-as
em uma camisa de dormir para cobrir o pequenino corpo.”
Vemos que Jó
criou aqui uma das mais ricas metáforas da Bíblia. Ainda que algumas vezes esse
“bebê” tem colocado as pontinhas dos dedos além dos limites que Deus
estabeleceu para ele, o que aconteceria se essa força misteriosa que o prende
ao seu lugar não existisse, e ele avançasse para além dos limites de todas as
praias, e nada pudesse deter o rolar de suas imensas e orgulhosas ondas? Seria
a destruição da Terra.
Muitos falam
da influência que o sol, a lua e as estrelas exercem sobre esse imenso “bebê”
de Deus. Porém, os próprios cientistas reconhecem que a força da gravidade,
atuando sobre as correntes marinhas, não é explicação suficiente para o porquê
de o mar não avançar e destruir toda a porção de terra seca que existe no
mundo.
A única
explicação para esse mistério é: o mar está sob o controle de Deus! É Ele que
afirma a Jó, explicando esse fenômeno: “...eu lhe tracei limites e lhes pus
ferrolhos e portas, e disse: Até aqui virás, e não mais adiante, e aqui se
quebrará o orgulho de tuas ondas” (vv 10,11).
“PODES TU DAR ORDENS À MADRUGADA?" Depois de tudo
que havia acontecido na vida de Jó – a perda de seus filhos, de sua mulher e de
seus bens – quantas e quantas noites o velho patriarca, com o corpo coberto de
chagas e assentado sobre cinzas, desejou ver a madrugada encurtar-se, e a luz
da manhã afastar as trevas da noite, iniciando para ele um novo dia!
E quantos de nós, atravessando noites em claro, cheios
de dor ou de preocupação, não daríamos tudo para ver o dia surgir mais cedo,
antecipando-se ao "relógio" de Deus? Mas alguma vez já pudemos dar
ordens ao dia? Foi esta a pergunta que Deus fez a Jó: “Por acaso, desde que
começaram os teus dias, deste ordem à madrugada, ou fizeste a alva saber o seu
lugar...?” (v. 12). Nunca!
“DE QUE VENTRE PROCEDE O GELO?”Só o Espírito de Deus poderia formular tantas
perguntas, para cujas respostas faz-se necessário um conhecimento científico
que até hoje o ser humano não tem. É o caso de se saber por que, nos lugares
frios, a superfície das águas fica coberta por uma camada de gelo que flutua e
não afunda. A pergunta
está formulada no versículo 29 do capítulo 38 do livro de Jó, e a descrição
dessa maravilha encontra-se no versículo seguinte:
“De que
ventre procede o gelo?” “Como debaixo de pedra as águas se escondem; e a
superfície do abismo se coalha".
Se as águas
da superfície dos mares, rios e lagos congelassem, e a camada de gelo
afundasse, em pouco tempo, todas as grandes fontes de água da Terra se
congelariam totalmente, matando todas as espécies de vida aquática, e
mergulhando a Terra em um período de inverno glacial a que nenhum ser vivo
resistiria.
Porém, o que
acontece é exatamente o contrário: enquanto a água congela em cima, as espécies
aquáticas continuam a viver tranquilamente nas águas em baixo da imensa camada
de gelo. Todo cientista sabe que neste fenômeno existe a violação de uma lei da
natureza, pois o natural é que o frio contraia os corpos, e no caso do gelo, o
lógico seria ele afundar. Mas a lógica dos homens é diferente da lógica de
Deus. O gelo não afunda!
NÃO PODEMOS DAR ORDEM ÀS ESTAÇÕES
No versículo 31, Deus pergunta a Jó: “Ou poderás tu
atar as cadeias do sete-estrelo, ou soltar os laços do Órion?” Sete-estrelo ou
Plêiades é uma constelação, e da mesma forma Órion, também conhecida como
Cabeça-de-cavalo.
Na Mesopotâmia, a região onde Jó viveu,
quando as Plêiades (um conjunto de sete estrelas, daí o nome: Sete-estrelo)
brilham no céu, sabe-se que a Primavera chegou, ou seja: Não há ninguém que
possa impedir que as árvores se cubram de flores, os pássaros, em revoada,
encham o espaço de cânticos, os pastos reverdeçam, e as crias dos animais
saltem alegremente.
Da mesma
forma, quando Órion é visto no céu da Mesopotâmia, ou seja: quando os laços do
grande cavalo da constelação de Órion são desatados, ninguém pode deter o
avanço do Inverno.
A Bíblia é a
Palavra de Deus. Nenhum livro reúne os mistérios que ela contém.
Jefferson M. Costa
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