
A imagem mostra um crente consumidor do evangelho
pós-moderno que diz: ” Obrigado Senhor porque não sou como os fariseus
religiosos!”, se referindo aos crentes que insistem em enxergar o evangelho
tradicional.
O que significa cristianismo consumista? Geralmente é
qualquer tentativa de edificar o Reino de Deus ou enaltecer o indivíduo cristão
(ou atrair ao cristianismo o convertido em potencial) através de meios e
métodos que apelem à carne, ou seja, ao enganoso e auto-serviente coração do
homem. Isso começou no Jardim do Éden, quando Satanás manipulou Eva, a fim de
desobedecer a Deus, achando que iria enriquecer a si mesma.
Esse tipo de cristianismo está mais especificamente
relacionado ao que acontece hoje, como um esforço de ajudar as igrejas cristãs
a crescerem em números e a se tornarem mais efetivas, através da aplicação de
princípios comerciais, estratégias de mercado e conceitos de gerenciamento. Ele
caracteriza o jogo que está ocorrendo nas igrejas, jogo esse que deveria
parecer excêntrico, quando não perturbador, a qualquer pessoa que tenha uma
compreensão, tanto do “consumismo” como do “cristianismo”. E por que? Porque
estes dois termos são antagônicos!
O consumismo no sentido comercial é um conceito embasado
na satisfação do cliente, sendo essa a chave para o sucesso de qualquer empresa
comercial. O produto ou serviço deve ser adaptado aos desejos e conscientes
necessidades do cliente, ou então não haverá lucro sustentável. O consumismo é
importante, pois se não houver cliente também não haverá lucro e, portanto,
nenhum negócio.
Deus é quem governa no cristianismo bíblico. Ele fez
Sua revelação à humanidade no sentido de observar: “… tudo o que diz respeito à
vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou pela sua glória e
virtude” (2 Pedro 1:3). Falando de modo mais simples, o cristianismo engloba
tudo que é necessário para a humanidade saber e fazer, a fim de se reconciliar
com Deus, agradando-O diariamente, para depois ir viver com Ele, por toda a
eternidade. Não se trata de esforço e, na verdade, não se relaciona a negócio,
nem aos conceitos a este associados.
Qualquer tentativa de entravar o cristianismo bíblico através de
princípios comerciais é, no mínimo, acrescentar metodologias inúteis à Palavra
de Deus. Pior ainda, esse tipo de tentativa rejeita a suficiência das
Escrituras, favorecendo as obras da carne, extinguindo o Espírito Santo,
sujeitando a pessoa aos enganos e, finalmente, à escravidão ao deus deste
mundo. Em qualquer caso, isso conduz à
destruição espiritual da igreja, com eternas conseqüências.
O cristianismo consumista está no coração do movimento
de crescimento da igreja (bem como nas seitas pseudocristãs). Muitas igrejas
evangélicas têm-se entregue de todo o coração a uma tendência comercial
objetivada, a princípio, no esforço de atrair os perdidos, os quais são vistos
como clientes em potencial. Como os descrentes freqüentam a igreja,
misturando-se aos novos e antigos membros, os conceitos de consumo se espalham,
inevitavelmente, por toda a congregação. Esses conceitos, também,
inevitavelmente, afetam a pregação, a música, os programas da EBD, etc., os
quais, por sua vez, produzem uma superficialidade através de toda a
congregação.
Quase sempre a aproximação comercial tem dado resultado
no sentido de se acrescentarem números à igreja. Dezenas de milhares de
pastores, através dos USA, e milhares deles, internacionalmente, têm sido
influenciados pelos ministérios de alto lucro, dispondo-se a colocar em prática
suas variadas metodologias de marketing, a fim de ganharem almas e efetuarem o
crescimento de suas igrejas.
Será que essa é a maneira bíblica de ganhar almas e
efetuar o crescimento da igreja?
Para alguns cristãos bíblicos a resposta óbvia é NÃO!
Mas para um crescente número dos que afirmam manter a Bíblia como sua fonte de
autoridade e a todo-suficiente verdade divina, esse “não” tem conduzido a um
“possivelmente”… “talvez”, ou “tenhamos cuidado para não jogar fora a água do
banho junto com o bebê.” Ora, vamos
examinar a água para ver se de fato existe ali dentro um bebê a ser resgatado.
Será que o consumismo tem respaldo nas Escrituras? Será
que Deus organizou o Seu Evangelho, a fim de gratificar os desejos mundanos da
humanidade? Será que existem algumas coisas na Bíblia que deveriam ser
estrategicamente evitadas, a fim de não se perderem alguns crentes “em
potencial”? Será que a Palavra de Deus reflete uma preocupação no sentido de
que os crentes deveriam manter o seu “negócio” em qualquer lugar, quando não
sentirem que as suas necessidades não estão sendo satisfeitas? Será que a Bíblia nos manda tornar a verdade
mais aceitável, alimentando com ela os perdidos de formas mais diluídas ou com
entretenimentos? Será esse o evangelho que salva, após ter sido alterado para
atrair os não cristãos? Se qualquer descrente, mesmo remotamente, achar que é
assim, é provável que o pensamento mundano já tenha gravemente influenciado a
sua compreensão da Bíblia.
Continuaremos amanhã...
Viva vencendo, não aderindo á essa falácia chamada 'evangelho'!!!
Abraços.
Seu irmão menor.
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