
Texto Áureo
“Então, aparecerá no céu o sinal
do Filho do Homem; e todas as tribos da terra se lamentarão e verão o Filho do
Homem,vindo sobre as nuvens [....]”(Mt 24.30)
Verdade Prática
A vinda de Jesus para
implantar o Milênio porá fim a todas as forças do mal e dará início a um futuro
glorioso na Terra.
Leitura Bíblica
Mateus 24: 29-30 = Apocalipse 19: 19,20
= 20:1-3
INTRODUÇÃO
Jesus voltará em glória no fim da Grande Tribulação. Já
vimos como Jesus voltará sobre as nuvens para buscar e arrebatar para si a sua
igreja. E dissemos que esta será a primeira fase de sua segunda vinda. Agora
meditaremos sobre a segunda fase dessa vinda, quando Ele voltará em glória,
visível aos olhos de todos os homens, para criar justiça na terra.
A. JESUS VOLTARA EM GLÓRIA JUNTAMENTE COM A SUA IGREJA
GLORIFICADA
Vimos anteriormente, como exércitos de milhões de homens se
defrontarão no vale de Armagedom, e como Israel estará prestes a ser derrotado
diante dos ataques do Anticristo a Jerusalém. Nesse momento ocorrerá um
milagre: Nas nuvens do céu aparecerá um exército de muitos milhões, vestidos de
branco e cavalgando cavalos brancos. À frente desse exército vindo do Céu
estará um que é mais glorioso que todos: JESUS (Ap 19.11-16), O REI DOS REIS, O
SENHOR DOS SENHORES.
Chegou o momento de Deus revelar ao mundo o bem-aventurado e
único poderoso Senhor, 1Tm 6.15. Jesus voltará visível aos olhos de toda a
humanidade, Ap 1.7. A Bíblia diz que Ele porá os pés sobre os montes das
Oliveiras, e este monte, por meio de terremoto, se fenderá em dois (Zc 14.3,4)
e todos verão a sobreexcelente glória do Senhor, 2Ts 1.7-10; Tt 2.13; Mt 16.27.
Esse é o sinal do Filho do homem, Mt 24.30. A sua Igreja estará ao lado de
Jesus, pois os salvos, ao lado do seu Senhor, participarão da vitória total de
Jesus.
B. O QUE ACONTECERA AOS JUDEUS NA VINDA DE JESUS EM
GLÓRIA
No momento da volta triunfal de Jesus, os judeus estarão no auge de sua maior
aflição. Mas quando Jesus se manifestar em glória, também o Espírito Santo de
Deus estará presente, Zc 12.10.
O Espírito sempre glorificou a Jesus, Jo 16.14. Todo o povo
de Israel, num só momento, reconhecerá Jesus como o Messias a quem aguardavam,
mas que já viera e fora por eles rejeitado. No entanto, reconhecerão seus
pecados e chorarão. Certamente com um enorme peso de consciência por terem
feito aliança com o Anticristo. Mas o Espírito revelará aos judeus a fonte de
purificação que se abriu, também para eles, Zc 13.1,2.
O Senhor os purificará por meio do sangue de Jesus, Ez
36.24-27; Jr 50.20. E assim se cumprirá a segunda parte da profecia de Ez 37,
quando o espírito entrou nos corpos mortos, e estes se puseram em pé, um
exército extremamente grande, Ez 37.10. O povo de Israel que já recuperou vida
nacional, receberá então vida espiritual, pois serão salvos em sua própria
terra, pois serão salvos num só dia, Is 66.7,8.
O Senhor fará com eles uma nova aliança, Hb 8.8-10;
10.16,17. Será o tempo de refrigério (At 3.19-21): todo o Israel creu e foi
salvo, Rm 11.26,27; Is 4.3,4; Os 3.5. E os judeus dirão acerca de Jesus:
“Bendito o que vem em nome do Senhor”, Mt 23.39; Lc 13.35.
C. JESUS VENCERÁ O ANTICRISTO E SEUS EXÉRCITOS
Quando o Anticristo vir Jesus e o exército celestial, todos
montados em cavalos brancos, vindo ao seu encontro, ele se encherá de ódio e
furor e convocará os seus exércitos para combater contra Jesus, Ap 19.19. Jesus
vai aceitar esse desafio, Ap 17.14. Então se cumprirá a primeira profecia da
Bíblia acerca dos acontecimentos dos últimos dias, pois Enoque, o sétimo depois
de Adão, viu Jesus chegando com milhares de santos para fazer justiça e castigar
os ímpios, Jd 14,15.
Chegou o momento em que o império universal do Anticristo
será esmiuçado pela PEDRA cortada sem mãos, Dn 2.44,45. E essa pedra é Jesus,
At 4.12. Este será o dia da vitória do Messias sobre aqueles que se levantaram
contra Ele, 51 2.1-12.
O Senhor sairá contra o Anticristo como um fogo, e os
seus carros como uma tempestade, Is 66. 15, 16. Ele segurará a sua espada e
brandirá a sua foice, Ji 3.13; Ap 14.17,18. Ele vem para limpar a sua eira, Mq
4.12, 13; Mt 3.12; Sl 110.5,6.
A vinda de Jesus em glória é chamada “O Dia do Senhor” E
esse dia terá chegado, JL 1.15; 3.14; Am 5.20. Esse dia é terrível, Ml 4.5.
Então seus adversários serão castigados, Is 26.21. Ele pisará o lagar de sua
ira, Is 63.1-6. As forças da natureza se levantarão contra o Anticristo e seus
aliados, Ez 38.20. E pela presença do Senhor, os exércitos deles perderão sua
organização e ordem, e voltarão suas espadas uns contra os outros, Zc 14.13; Ez
38.21.
Gases venenosos farão apodrecer seus olhos nas órbitas, Zc
14.12. O sangue será tanto que alcançará a boca dos cavalos, Ap 14.20. Uma
repentina destruição chegará sobre o mundo, pois diante de Jesus toda a
resistência será inútil, 1Ts 5.3; 2 Ts 1.8.
1. O Anticristo e o falso Profeta serão presos. Serão
trazidos vivos à presença de Jesus. Ele os condenará sumária e imediatamente. E
a sentença, a morte eterna, será logo executada. O inferno abrirá as suas
portas, e esses dois homens, o Anticristo e o falso Profeta, que se fizeram
instrumentos de Satanás, serão lançados no lago de fogo, que foi preparado para
o Diabo e seus anjos, Ap 19.20; Mt 25.41.
2. Satanás - o dragão - será também preso. Será
um anjo que cumprirá a ordem divina de prisão. Ele trará na mão a chave do
abismo (que Jesus tirou do próprio Diabo, Ap 1.18; 9.1) e uma cadeia, Ap
20.1,2. Então Satanás será preso e encarcerado no poço do abismo, e ali ficará
por mil anos, Ap 20.3. Que grande vitória! O povo de Deus estará presente neste
grande dia, cumprindo-se a profecia de Rm 16.20.
3. O combate se encerrará no vale de Armagedom. O
Sol da Justiça já raiou (Ml 4.1-3) e toda a humanidade reconhecerá que Jesus é
o Senhor, Fl 2.11. Os pecadores clamarão: Montes, caí sobre nós e escondei-nos
da face daquele que está assentado sobre o trono, Ap 6.15-17. Então os abutres
dos céus se ajuntarão para comer a carne dos reis e dos poderosos, Ap 19.17,18;
Ez 39.17-20. Israel trabalhará para limpar a sua terra e sepultar os mortos, um
trabalho que levará sete meses, Ez 39.12-16. Tomarão uma presa abundante (Ez
39.10), mas todas as armas serão destruídas, Is 2.4; Mq 4.3. Os sobreviventes
da luta voltarão para suas terras sabendo que Deus OPEROU E PELEJOU POR SEU
POVO DE ISRAEL.
D. O JULGAMENTO DAS NAÇÕES
Antes de Jesus assumir o seu principado e iniciar o seu
governo milenar, Ele julgará as nações. Lemos a este respeito sob a forma de
uma parábola profética, no sermão de Jesus em Mt 25.31-46. Esse julgamento não
deve ser confundido com o juízo final diante do trono branco, que terá lugar
após o Milênio, Ap 20.11-15. Acerca do julgamento das nações a Bíblia fala
pouco. Vejamos:
1. O tempo desse julgamento. Jesus disse que será na sua vinda em
glória (Mt 25.31), ou seja, a segunda fase da vinda de Jesus, 2 Ts 1.7-10.
Depois que o exército do Anticristo for vencido, Jesus se assentará no seu
trono de glória. Isso se dará no lugar que a Bíblia chama “vale de Jeosafá”, Jl
3.12,14. Jesus agora é rei, pois na parábola está escrito: “O rei lhes dirá”,
Mt 25.34-40.
2. Os que serão julgados diante desse tribunal. Está
escrito que todas as nações estarão nele reunidas, Mt 24.32. Somente no
julgamento final, diante do trono branco, os homens responderão, como
indivíduos isolados, pelos peca- dos que cometeram, 1Co 4.5. Mas agora, no
julgamento das nações, a humanidade será julgada de modo coletivo.
Possivelmente virão à presença de Jesus as autoridades constituídas de cada
nação.
3. Os fatos que serão julgados nesse tribunal. No
julgamento final, diante do trono branco, serão julgados os pecados que se
acharem escritos nos livros, Ap 20.12. Porém, no julgamento das nações não se
tratará de pecados individuais, mas do modo de tratar os menores irmãos de
Jesus, Mt 25.40,45. Isto se refere, certamente, aos judeus, que são os irmãos
de Jesus segundo a carne, Rm 8.5; Jo 1.11. Vimos, em estudos anteriores, como
os judeus sofreram horrivelmente enquanto espalhados por toda a terra.
Foram perseguidos, maltratados e assassinados! A Bíblia diz
que Deus sabe quem tratou mal o seu povo,. Ji 3.3,6,7; Ez 25.6,7; Sf 1.8-18; Ob
9.15. Deus sabe que a resistência aos judeus foi na verdade oposição a Ele
próprio. 2Rs 18.22,32- 35; 19.22,23. Quando Abraão representava a nação
israelita, Deus prometeu abençoar os que o abençoassem, e amaldiçoar os que o
amaldiçoassem, Gn 12.3. Isso Deus nunca esqueceu. E essa promessa será levada à
presença de Jesus, no tribunal que julgará as nações.
4. A sentença desse tribunal. A Bíblia não
revela com detalhes a sentença que essa corte de justiça dará. Parece que
decretará bênção ou maldição sobre as nações.
Após a catástrofe de. Armagedom, e o caos generalizado sobre
todo o mundo, quando mais de um terço da humanidade perecerá na guerra, é
evidente uma reorganização total das nações e seus limites no mapa político da
terra. Certamente as nações que tiverem tratado bem aos judeus terão posição de
destaque entre as demais, enquanto a maldição estará sobre as que os tiverem
maltratado. A Bíblia fala de remos que foram esmiuçados, Dn 2.44. É provável
que o tribunal das nações promoverá ou confirmará essas mudanças e modificações
pelas quais a humanidade passará.
5. As sentenças de condenação de morte eterna ou de
absolvição para gozo eterno, de que fala a parábola em Mt 25.46, sem falta
terão o seu cumprimento. Cada nação pagará pelos seus feitos, e sofrerá as
conseqüências de suas obras. Todavia, não se sabe se as sentenças de condenação
eterna, que forem pronunciadas no tribunal das nações, serão executadas
imediatamente ou só no julgamento final diante do trono branco, Ap 20.11-15.
Sabemos que não haverá ninguém no Inferno, quando o Anticristo e o falso
Profeta forem ali lançados, Ap 19.20.
Quando Satanás for também lançado no mesmo lugar, mil anos
mais tarde, somente o Anticristo e o falso Profeta estarão nessa prisão, e
ninguém mais foi para lá enviado, Ap 20.11. Concluímos daí que os condenados no
tribunal das nações, governantes que responderão por crimes de
responsabilidade, não terão suas sentenças executadas imediatamente, mas no
julgamento final, quando a trindade satânica receberá toda a condenação, Ap
20.15. A perspectiva profética permite-nos dissociar datas. Quando Jesus fala
acerca da ressurreição dos justos e dos injustos, em Jo 5.28,29, Ele fala desse
fato como um acontecimento único, embora decorressem mil anos entre um e outro
acontecimento.
E. O REI DA GLÓRIA FARÁ SOAR A PALAVRA DE SEU PODER, E OS
MÁRTIRES DA GRANDE TRIBULAÇÃO RESSUSCITARÃO, Ap 20.3.
Multidões de pessoas, durante a Grande Tribulação
negar-se-ão a adorar a Besta ou a imagem dela, bem como a aceitar o seu sinal.
Ficarão firmes no testemunho de Jesus e na Palavra de Deus e, por isso, serão
todos assassinados. Que banho de sangue! Nunca, em todos os tempos correu tanto
sangue por causa do amor a Jesus. Mas apesar de morrerem sairão vencedores, Ap
15.2.
Venceram por não se curvarem à Besta. Venceram porque pelo
seu testemunho obtiveram a salvação. À poderosa voz de Jesus, todos ressuscitarão,Jo
5.28.
Ressuscitarão com corpos glorificados. Que grande alegria
para esses será ver Jesus e contemplar a grande multidão de salvos que foram
arrebatados sobre as nuvens na vinda de Cristo! Agora esses mártires se unirão
à Igreja glorificada que desceu do Céu com Jesus e, juntos, governarão a Terra
por mil anos, sob a direção do Senhor.
A Grande Tribulação terá terminado. Israel estará salvo.
Todos se esforçarão para apagar os rastos e as ruínas da grande catástrofe
mundial. As nações sofrerão as amargas conseqüências do regime do Anticristo.
Mas, nesse tempo, mais de uma terça parte da humanidade terá perecido! Jesus e
sua Igreja governarão o mundo e reconstruirão as nações. O Milênio estará às
portas.
F. UMA COMPARAÇÃO ENTRE AS DUAS FASES DA VINDA DE JESUS
PREPARAÇÃO PARA O MILÊNIO
Um dos pontos altos da profecia é, sem dúvida, o Milênio. É
um assunto controvertido sobre as profecias acerca dos acontecimentos dos
últimos dias. Exatamente por isso, o nosso interesse por. ele aumenta, ao
examinarmos as Escrituras.
1. A conversão radical do povo judeu o ligará a Jesus. Já
vimos que os judeus sofrerão pavorosamente quando o Anticristo atacar Jerusalém
e que, nesta aflição, verão descer nas nuvens o Messias glorificado, a quem
invocarão e por quem serão salvos num só dia, Zc 12.10,12.
Verão em Jesus o Salvador e o Rei Celestial que vencerá o
Anticristo e as nações que estão atacando a cidade deles. Verão aquele que tem
todo o poder no Céu e na Terra, seja espiritual, político ou militar. É
evidente que os judeus aceitarão a Jesus como rei e governante, porque, pelas
Escrituras, esperam a gloria do Messias nesse Milênio.
2. Também as nações quererão aceitar a Jesus como
governante universal. Temos denos lembrar de que Jesus iniciará seu
governo ao encerrar-se a maior catástrofe da história. Os que então estiverem
vivos terão em lembrança a recente batalha de Armagedom, pois viram perecer a
terça parte da humanidade; viram a guerra atômica destruir as grandes
metrópoles, e viram os povos arruinados.
As nações restantes lembrarão com pavor o domínio do
Anticristo sobre a Terra. Compreenderão que o próprio Diabo foi o grande
inspirador de todos aqueles males. Saberão da importante vitória de Jesus sobre
a Besta e o falso Profeta, que foram amarrados e jogados no lago de fogo e de
enxofre. Serão testemunhas do grande poder de Jesus. Certamente a humanidade
então sentirá que o governo de Jesus traz benefícios a todos.
O julgamento das nações terá terminado. Os sobreviventes
receberão bênçãos (Mt 25.31,46), pelo modo como trataram os “menores irmãos de
Jesus”. Serão testemunhas da autoridade e da justiça do Senhor e o desejarão
para governante.
O Diabo (Ap 20.1,2), aquele que poderia semear revolta e
resistência contra o governo de Jesus, estará preso. Não haverá obstáculo para
o Senhor. Com toda liberdade e com o consentimento dos homens, Jesus governará
sobre a Terra.
Os que vão passar pela Grande Tribulação e entrar no reino
milenar gozarão, é certo, de grandes privilégios espirituais e também
materiais.
Segundo a revelação da Palavra, os santos que hão de ser
arrebatados, e os que alcançarem a ressurreição receberão corpos glorificados e
estarão em glória com o Senhor, Fl 3.21.
CONCLUSÃO
Já que a glória eterna de Cristo será manifestada no reino
eterno, no Seu governo eterno, é natural que a igreja esteja presente para
contemplar a glorificação de Cristo para sempre.
SUBSÍDIO PARA O PROFESSOR
A VINDA DE JESUS EM GLÓRIA
“Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; e todas
as tribos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobreas nuvens
do céu, com poder e grande glória” (Mt 24.30).
Após o período tenebroso da Grande Tribulação, durante sete
anos, Jesus voltará para implantar o Reino Milenial sobre a terra. Na primeira
fase de seu retorno, como prometeu, para vir buscar a sua Igreja, só será visto
pelos salvos, que ressuscitarão ou forem transformados, e arrebatados para
encontrá-lo nos ares (1Ts 4.17), A humanidade ímpia, voltada para seus
interesses terrenos, carnais e materiais, não perceberá o rapto da Igreja. Só
depois constatarão o desaparecimento do povo de Deus, quando as notícias se
espalharem para o mundo através da mídia e terem experimentado os terríveis
eventos catastróficos da Grande Tribulação.
Na segunda fase de sua vinda, será diferente. Jesus não virá
“como o ladrão” (Mt 24.42,43), sendo visto apenas pela Igreja arrebatada, Ele
virá de forma aberta, deslumbrante, impactante, à vista de todos os habitantes
da terra. Diz o Apocalipse: “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até
os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre
ele. Sim! Amém!” (Ap 1,7), Antes de ser assunto aos céus, Jesus disse, em seu
sermão profético:
“E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá,
e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos
céus serão abaladas. Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; e todas
as tribos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens
do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos com rijo clamor
de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de
uma à outra extremidade dos céus” (Mt 24,29-31).
Ele se referia aos últimos dias da Grande tribulação, quando
haverá catástrofes nunca vistas, que abalarão o sol, a lua, as estrelas e todo
o espaço sideral. Quando a Terra estiver na mais cruel situação, desespero,
angústia e sofrimento, quando Israel estiver cercado pelos inimigos e sem
solução, abandonado pelos seus parceiros políticos, inclusive os Estados
Unidos, então Jesus aparecerá, “vindo sobre as nuvens do céus, com poder e
grande glória”, porá fim à Grande Tribulação, livrará a nação israelita de um novo
holocausto, e, por intermédio de seus anjos, ajuntará “os seus escolhidos desde
os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus”, como diz o texto acima.
Na sua vinda gloriosa, Jesus se manifestará ao mundo.
Na sua vinda para morrer pelo homem, Ele veio só. Na
primeira fase de sua vinda para buscar sua Igreja, Ele virá para os seus, mas
não se manifestará ao mundo. Na segunda fase, na vinda em glória, Ele virá com
os seus, com sua Igreja, cercado de anjos, e será visto por todos os que habitam
na Terra. “Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, também vós
vos manifestareis com ele em glória” (Cl 3.4).
I - JESUS VOLTARÁ COMO PROMETEU
Na primeira fase da sua vinda, Jesus terá vindo para os
seus. Após o período da Grande Tribulação, na Terra, e as Bodas do Cordeiro, no
Céu, Jesus voltará com os santos, para dar fim às catástrofes mundiais, acabar
com a Grande Tribulação, livrar Israel do Anticristo e seus aliados e implantar
o seu Reino Milenial. A vinda de Jesus em glória é o que alguns estudiosos
chamam de “revelação”, ou “parousia”. Com sua vinda em glória, Ele preparará o
mundo para o Milênio. Antes deste, diversos eventos serão vistos na Terra,
protagonizados pelo Senhor Jesus Cristo.
1. Jesus Voltará com Poder e Grande Glória
Quando Jesus nasceu em Belém, veio ao mundo de maneira muito
singela e modesta. Apareceu como um bebê, em meio a uma grande pobreza. Seu
berço era um cocho de animais, uma manjedoura; sua mãe o envolveu em panos;
Ele, sendo Deus, “Rei dos Reis e Senhor dos Senhores” (Ap 19.16), se fez pobre,
“se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1.14a); “porque já sabeis a graça de
nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para
que, pelasua pobreza, enriquecêsseis” (2 Co 8.9). Mas na sua vinda em glória
será diferente; Ele virá “com poder e grande glória”. “Então, aparecerá no céu
o sinal do Filho do Homem; e todas as tribos da terra se lamentarão e verão o
Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória” (Mt
24.30). Ele virá cercado de anjos (2Ts 1.7) e virá com seus santos para reinar
sobre a Terra (Jd 14).
2. Ele Será Visto por Todo o Mundo
No arrebatamento da Igreja, como foi visto, o mundo
não perceberá (1 Ts 3.13; Mt 24.42-44). Na sua vinda em glória, Jesus será
visto por todos os homens da terra: “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o
verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se
lamentarão sobre ele. Sim! Amém!” (Ap 1.7 — grifo nosso).
Certamente, “todo olho o verá”, ao vivo, fisicamente, ou
através dos moderníssimos meios de comunicação e imagem. Há quem entenda que
toda a visão de Cristo na sua vinda em glória será apenas através dos olhos
naturais, por causa da grande destruição, provocada pelos cataclismos que
desabarão sobre o mundo.
Dizem que toda a infraestrutura de transportes e de
comunicações, incluindo estações de rádio e TV, as agências jornalísticas, tudo
será destruído, nos grandes tremores de terra globais. Mas é possível que
restarão algumas instalações, capazes de transmitir “ao vivo”, nos programas de
televisão e pelos sites da internet, o grande e maravilhoso evento da volta de
Cristo em glória.
Quando Jesus acabou de subir aos céus, ante os olhares dos
seus discípulos, mensageiros celestiais se apresentaram, dizendo: “E, estando
com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram
dois varões vestidos de branco, os quais lhes disseram: Varões galileus, por
que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima
no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir” (At 1.10,11 — grifo
nosso). Ou seja: de modo visível, na segunda fase de sua vinda em glória.
Há um chamado projeto “BIueBeam” (ing. “raio azul”), divulgado
nas redes sociais, segundo o qual a NASA estaria fazendo experiências para
projetar “imagens holográficas” da imagem de Jesus, em tamanho descomunal, no
espaço sideral, a serem vistas em muitos países, com a finalidade de atrair a
atenção do mundo para uma Nova Ordem Mundial, na qual se insere “única
religião”, ou a religião resultanteda união ecumênica das grandes religiões do
mundo, em torno do Anticristo. Mas, segundo analisamos, tal projeto parece
muito fantasioso, pois as tais imagens holográficas podem ser produzidas por
qualquer computador avançado e projetado por grandes holofotes; os supostos
“sons estranhos”, divulgados em tal projeto, podem ser produzidos em qualquer
estúdio modesto de gravação de áudio.
Haverá, sim, uma religião mundial, não promovida pela NASA,
mas pelo próprio Anticristo, que integrará “a nova ordem mundial”, instaurada
pelo governo satânico. “E outro anjo seguiu, dizendo: Caiu! Caiu Babilônia,
aquela grande cidade que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua
prostituição!” (Ap 4.8): “Babilônia, aqui, representa o sistema político,
religioso e comercial do mundo inteiro nos tempos do fim” (Bíblia de Estudo
Pentecostal, nota sobre o capítulo 14.8 do Apocalipse — grifo nosso). O lado
religioso desse sistema mundial é representado pela visão da “Grande
Prostituta”, vista por João (Ap 17.21). De acordo com nota da Bíblia de Estudo
Pentecostal (Ap 17.1), “Trata-se da Babilônia religiosa, e abrange todas as
religiões falsas, inclusive o cristianismo apóstata.
3. Virá com Majestade e Vitorioso
Na visão de João, ele viu Jesus montado num majestoso cavalo
branco (Ap 19.11). Quando veio à terra, após pregar seu evangelho, Jesus entrou
em Jerusalém montado num simples e despojado “jumentinho” (Mt 21.5).
Na sua vinda, como Rei dos Reis e Senhor dos Senhores, Ele
virá montado num cavalo branco, que representa a verdadeira paz que Cristo
trará às nações em contraste com a falsa paz do Anticristo, a que se seguirão a
guerra, a fome, a morte, em escala mundial (Ap 6,2-8). João registrou, no
capítulo 6, uma antevisão do cortejo real que acompanhará Cristo em sua vinda
em glória para assumir o Reino total da terra e do universo: E os seus olhos
eram como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um
nome escrito que ninguém sabia, senão ele mesmo.
E estava vestido de uma veste salpicada de sangue, e o nome
pelo qual se chama é a Palavra de Deus. E seguiam-no os exércitos que há no céu
em cavalos brancos e vestidos de linho fino, branco e puro. E da sua boca safa
uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de
ferroe ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus
Todo-Poderoso. E na veste e na sua coxa tem escrito este nome: REI DOS REIS E SENHOR
DOS SENHORES” (Ap 19.12-16).
A espada “aguda de dois gumes” significa que Ele julgará as
nações com o poder da sua palavra. “A única arma usada na batalha é a palavra
de Cristo [...] A figura da espada como palavra de Deus não é desconhecida (Hb
4.12)”.l Pelo poder da sua palavra, Ele castigará os impios com seus juízos
severos; “e ele regerá as nações com vara de ferro”, ou seja, com autoridade
divina, plena e absoluta sobre todos os poderes do mundo. Seu nome majestoso,
escrito “na veste e na coxa”, é “Rei dos reis e Senhor dos Senhores”. Glória a
Deus!
II— OBJETIVOS DA VINDA DE JESUS EM GLÓRIA
Na sua Vinda ao mundo, Jesus veio para trazer o evangelho,
que são as “Boas Novas de Salvação” para todos os que nEle creem, Na primeira
fase da sua segunda vinda, Jesus virá para buscar a sua Igreja para estar com
Ele para sempre. Na segunda fase da segunda vinda, juntamente com a Igreja, há
outros objetivos, antes de implantar o seu Reino Milenial, como veremos a
seguir:
1. Virá para Castigar os Ímpios
Nunca, na História do homem, a depravação foi tão acentuada
como no século XXI. Em tempos passados, a violência entre os homens era mais
intensa, por falta de leis, de civilidade, de autoridade sobre os atos humanos.
Não havia Direitos Humanos que freassem os ímpetos agressivos próprios do homem
no pecado. Hoje, ainda existe violência, mas predomina a iniquidade excessiva,
nas práticas libertinas aceitas pela sociedade sem Deus. A depravação é
extrema. A homossexualidade não é só praticada como em Sodoma e Gomorra, mas é
praticada com respaldo legal, institucional, quando governos e legisladores
ignoram totalmente os princípios de Deus para o relacionamento humano.
O casamento é desprezado, e substituído por “configurações
familiares” abomináveis aos olhos de Deus.
Jesus voltará, como diz Judas, “para fazer juízo contra
todos e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de
impiedade que impiamente cometeram e por todas as duras palavras que impios
pecadores disseram contra ele. Estes são murmuradores, queixosos da sua sorte,
andando segundo as suas concupiscências, e cuja boca diz coisas mui arrogantes,
admirando as pessoas por causa do interesse” ( Jd 15,16).
Nas universidades, o ensino é materialista e anti-Deus; nos
legislativos, as leis são elaboradas sob inspiração materialista e muitas são
aprovadas afrontando os princípios de Deus; os governos do mundo preferem ouvir
Satanás do que ouvir a Deus.
Os Estados Unidos aprovaram a abominação do casamento gay;
no Brasil a prostituição é aprovada nos planos de governo; nem as crianças são
respeitadas, pois, nas escolas, ensina-se que o homem veio do macaco, que o ser
humano não nasce homem nem mulher, numa terrível afronta aos primeiros atos de
Deus, ao criar o homem “macho e fêmea” (Gn 1.27). Mas toda essa malignidará
quando Cristo pisar na terra para reinar.
2. Jesus Voltará para Livrar Israel do Extermínio
O Estado de Israel foi restabelecido em 1948, por
decisão da ONU, em cumprimento às profecias sobre sua restauração nacional e
espiritual. Os “ossos secos” que se juntaram e voltaram a viver representam o
povo de Israel (Ez 37) que foi restaurado em sua terra, reorganizado como nação
e aceito corno Estado soberano e democrático, no Oriente Médio. Mas sua
restauração espiritual, iniciada na Grande Tribulação, com a conversão dos
144.000 israelitas de todas suas tribos (Ap 7.4; 14.1,3), se completará quando
Jesus voltar e eles o reconhecerem como o Messias.
a) A batalha do Armagedom. Quando Jesus voltar,
os judeus estarão no auge de sua maior tribulação, em meio a uma guerra de
proporções terríveis. Os exércitos do Anticristo se reunirão para destruir
Israel no vale do Armagedom. “E os congregaram no lugar que em hebreu se chama
Armagedom” (Ap 16.16).
Armagedom vem de duas palavras hebraicas: “arm” (monte) e
Megido, ou “Monte de Megido”, um amplo vale, perto do Mediterrâneo; também é
chamado vale de Megido (Zc 12.11),ou, ainda, vale deJosafa , vale da decisao (
Jl 3.2,9-14). De acordo como Pr. Antonio Gilberto, “esse vale é até hoje
desconhecido; nunca existiu. Talvez seja formado pelo fenômeno natural de
Zacarias 14.4, no momento em que Jesus descer à Terra”.
Será a batalha mais terrível jamais vista pelos israelitas,
liderada pelo Anticristo. Este lançará um ataque feroz, partindo de Armagedom,
e se deslocará contra a cidade de Jerusalém, visando à eliminação de Israel.
Por quê? Porque o Diabo sabe que Deus tem planos maravilhosos com Israel, nos
fins dos tempos. A vitória de Cristo sobre a Besta será fulminante.
A batalha durará só um dia
Sempre reconhecidos por sua capacidade bélica e estratégica,
jamais vencidos em qualquer combate, com sua admirável força aérea e suas
forças de defesa (IAF e IDF), ver-se-ão em situação do maior risco de
destruição, como desejam seus inimigos de riscarem-no do mapa.
Lamentavelmente, será uma batalha em que Israel não terá
condições de sair vitorioso pelas armas humanas ou recursos materiais. Tudo
indica que estará entregue à própria sorte, abandonado pelos Estados Unidos e
outras nações.
Um terço dos judeus morrerá (Zc 13.8); mulheres serão
violentadas (Zc 14,2); a situação de Israel será muito crítica. Diz a Bíblia
que o derramamento de sangue será inimaginável (Ler Ap 14.20), O governo de
Israel à época reconhecerá sua desvantagem ante inimigos que os cercarão por
todos os lados. Só restará um socorro sobrenatural.
b) Jesus descerá em socorro de Israel -na Batalha do
Armagedom.Jesus descerá sobre o Monte das Oliveiras, e este se fenderá em
duas partes. “E o Senhor sairá e pelejará contra estas nações, como pelejou no
dia da batalha. E, naquele dia, estarão os seus pés sobre o monte das
Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das
Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um
vale muito grande; e metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade
dele, para o sul.
E fugireis pelo vale dos meus montes (porque o vale dos
montes chegará até Azel) e fugireis assim como fugistes do terremoto nos dias
de Uzias, rei de Judá; então, virá o Senhor, meu Deus, e todos os santos
contigo, ó Senhor (Zc 14.3-5). Não dá para imaginar o tremendo impacto desse
fato sobrenatural quando o monte histórico se dividir em duas partes quando os
pés de Jesus tocarem nele.
Naquele momento, em meio à maior aflição no Armagedom
(Zc14,1,2), Jesus socorrerá Israel (Zc 14.3-5), mesmo sabendo que não creram
nEle; os exércitos inimigos, liderados pelo Anticristo, serão derrotados pelo
poder de Jesus; nenhuma das Guerras Mundiais terão tido tamanho resultado em
termos de destruição dos exércitos inimigos. Os mortos serão tão numerosos, que
serão sepultados durante sete meses (Ez 39.12-16); “E acontecerá, naquele dia,
que procurarei destruir todas as nações que vierem contra Jerusalém” (Zc 12.9).
Os israelitas reconhecerão que Jesus é o Messias esperado, e
que fora rejeitado por eles; haverá o renascimento espiritual de Israel,
cumprindo-se Ezequiel 37.
c) Pressentindo a derrota, o Anticristo se voltará contra
Jesus (Ap 19.19). Será o seu fim. O Senhor, à frente do exército
celestial, em cavalos brancos, vencerá o Anticristo e o Falso Profeta, e os
lançará no lago de fogo (2Ts 2.8; Ap 19.20); os exércitos inimigos serão
destruidos (Zc 14.12); Jesus vencerá o Anticristo como um fogo, e os carros do
céu serão como uma tempestade (Is 66.15,16); destruirá todos os sistemas
mundiais e a satânica “Nova Ordem Mundial”; a pedra “cortada do monte”, vista
por Daniel, que é Jesus, esmiuçará tudo o que restou dos remos mundiais (Dn
2.44,45; Mt 21.44b); “e, então, será revelado o iniquo, a quem o Senhor desfará
pelo assopro da sua boca e aniquilará pelo esplendor da sua vinda” (2 Ts 2.8).
d) Jesus prenderá o Anticristo e o Falso Profeta, os
julgará, e os lançará imediatamente no lago de fogo, preparado para o Diabo e
seus anjos:“E a besta foi presa e, com ela, o falso profeta, que, diante
dela, fizera os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta e
adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no ardente lago de fogo
e de enxofre” (Ap 19.20; Mt 25.41). Um anjo poderoso, com a chave do abismo (Ap
1.18; 9.1) e uma cadeia em sua mão (Ap 20.1,2), prenderá o Diabo. O Diabo será
lançado no abismo, e ali ficará durante mil anos (Ap 20.3).
Pr. Cohen diz que “Satanás não somente será banido do
Céu e da Terra; ele, com todos os seus demônios, será encerrado e amarrado
mesmo, literalmente agrilhoado pelo Senhor, no poço do abismo (Ap 9.1) - não
confundir com Lago de Fogo. O poço do abismo é a prisão dos espíritos maus e
demônios (comp. Jd6 e 2 Pe 2.4 com Lc 8.31). [...] O Diabo e todos os seus
demônios serão presos em cadeias literais, não de ferro ou de aço, mas com
grilhões do Senhor, e o abismo será fechado sobre eles, deixando-os de fora da esfera
da humanidade”.
e) O fim da batalha do Armagedom — o futuro glorioso de
Israel.Após a prisão de Satanás, do Anticristo e do Falso Profeta, a
liderança satânica estará destruída, Os pecadores, apavorados com os juízos de
Jesus sobre a Besta e os inimigos de Israel, terão tanto pavor que clamarão
pela morte (Ap 6.15-17), Serão tantos os mortos da grande batalha, que os
judeus levarão sete meses para sepultar tanta gente (Ez 39.12- 16); as armas
serão destruidas (Is 2,4; Mq 4.3). Não será a estratégia de guerra de Israel
que derrotará seus inimigos mais numerosos, mas o poder de Deus e de Cristo,
vindo do céu. Com a vitória retumbante de Cristo sobre o Anticristo, o Diabo e
o Falso Profeta, Israel será salvo da destruição e assumirá suas funções no
Milênio.
O texto de Ezequiel 36.26-38 é bem expressivo em informações
sobre a restauração de Israel, após a derrota dos exércitos inimigos que
planejarão exterminar Israel e sobre sua restauração para entrar no Milênio: “E
habitareis na terra que eu dei a vossos pais, e vós me sereis por povo, e eu
vos serei por Deus. [...] E a terra assolada se lavrará, em vez de estar
assolada aos olhos de todos os que passam. [. ..] Então, saberão as nações que
ficarem de resto em redor de vós que eu, o Senhor, tenho reedificado as cidades
destruídas e plantado o que estava devastado; eu, o Senhor, o disse e o farei.
Assim diz o Senhor Jeová: Ainda por isso me pedirá a casa de Israel, que lho
faça: multiplicar-lhes-ei os homens, como a um rebanho. Como o rebanho santificado,
como o rebanho de Jerusalém nas suas solenidades, assim as cidades desertas se
encherão de famílias; e saberão que eu sou o Senhor” (Ez 36.28,34,36-38).
Após a derrota de seus inimigos, o país estará em
segurança total:“Israel, pois, habitará só e seguro, na terra da fonte de Jacó,
na terra de cereal e de mosto; e os seus céus gotejarão orvalho. Bem-aventurado
és tu, ó Israel! Quem é como tu, um povo salvo pelo Senhor, o escudo do teu
socorro e a espada da tua alteza? Pelo que os teus inimigos te serão sujeitos,
e tu pisarás sobre as suas alturas” (Dt 33.28,29).
3. Jesus Julgará as Nações
1) A reconciliação de Israel com Jesus e a convocação das
nações. O Pr. Armando Chaves Cohen diz que haverá uma “preciosa
reconciliação de Jesus com os seus irmãos judeus (Rm11.1,15,25,26). [...] Essa
reconciliação será semelhante à de José, filho de Jacó, com seus irmãos(Gn
45.1-15)”. Já reconciliado com Israel, após a Grande Tribulação e a terrível
Batalha do Armagedom, Jesus reunirá às nações para entrar com elas em juízo.
Diz o profeta Joel: “congregarei todas as nações e as farei
descer ao vale de Josafá; e ali com elas entrarei em juízo, por causa do meu
povo e da minha herança, Israel, a quem eles espalharam entre as nações,
repartindo a minha terra. [...] movam-se as nações e subam ao vale de Josafá;
porque ali me assentarei, para julgar todas as nações em redor. [....]
Multidões, multidões no vale da Decisão! Porque o dia do Senhor está perto, no
vale da Decisão” ( Jl 3.2,12,14).
Nesse texto, vemos a convocação compulsória de Cristo às
nações que existirem naquela época, “nações vivas”, na pessoa de seus
representantes oficiais, a comparecerem ao “vale de Josafá” para serem julgadas
por Ele.
2) Quem será julgado. Todas as nações,
especialmente as que se levantaram contra Israel, lideradas pelo Anticristo (Zc
12.3b). “Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém; e
a cidade será tomada...” (Zc 14.2).
Esse julgamento ocorrerá depois que o Anticristo for vencido;
Jesus vai assentar-se no seu trono de glória, no lugar chamado “Vale de Josafá”
(11 3.12,14); serão julgadas todas as nações (Mt 24.32). As pessoas
individualmente só serão julgadas no Juízo Final (1 Co 4.5); as nações serão
julgadas coletivamente. Diz o Pr. Eurico Bergstén que “possivelmente virão à
presença de Jesus as autoridades constituídas de cadã nação [...j no julgamento
das nações não se tratará de pecados individuais, mas do modo de tratar os
menores irmãos de Jesus (Mt 25.40,45 — grifo nosso).
Isso se refere, certamente, aos judeus, que são os irmãos de
Jesus segundo a carne (Rm 9.5; Jo 1,11),6 Não há detalhes na Bíblia sobre a
sentença que será dada sobre as nações. Segundo Bergstén, “Parece que decretará
bênção ou maldição sobre as nações” . Pr. Antonio Gilberto diz que “certamente
as nações comparecerão mediante seus representantes.
O propósito desse juízo será determinar quais as nações que
terão parte no Milênio. Algumas nações serão poupadas e ingressarão no reino
com o Filho de Deus. Outras serão desarraigadas e desaparecerão como nações. O
mapa do mundo sofrerá, pois, muitas alterações. Após ojulgamento, “os que
restarem das nações” (Zc 14.16) ingressarão no reino milenar na Terra”
3) Como será o Julgamento das Nações — Separação
dos bodes das ovelhas. Jesus será o Juiz que congregará as nações 01 3.2). Ele
profetizou: “E, quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos os santos
anjos, com ele, então, se assentará no trono da sua glória; e todas as nações
serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos
bodes as ovelhas. E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda” (Mt
25.31-33 - grifo nosso).
Quem são “os bodes” e quem são “as ovelhas”? Jesus
esclarece. As ovelhas ficarão à sua direita: “Então, dirá o Rei aos que
estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o Reino
que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e destes-me
de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me;
esava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostets
ver-me” (Mt 25.34-36). As ovelhas são “os justos”, que fizeram todo esse bem a
Jesus, não diretamente a Ele, mas a seus servos na terra, especialmente ao
remanescente fiel de Israel.
As “ovelhas” ou os justos ficarão sem entender: “Então, os
justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome e te demos de
comer? Ou com sede e te demos de beber? E, quando te vimos estrangeiro e te
hospedamos? Ou nu e te vestimos? E, quando te vimos enfermo ou na prisão e
fomos ver-te? E, respondendo o Rei [Jesus], lhes dirá: Em verdade vos digo que,
quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (Mt
25.37-40 — grifo nosso). Os intérpretes em geral entendem que esses “pequeninos
irmãos” de Jesus são os judeus. As ovelhas, ou “os justos” são as nações amigas
de Israel que, ao longo da História, têm estado ao seu lado até o final dos
tempos.
Essas nações são abençoadas por Deus (Gn 12.3a). O Brasil
não parece estar se inclinando para ser “ovelha”, pois seus governos recentes e
sua diplomacia tendenciosa preferem apoiar países hostis a Israel, como o Irã,
e até extremistas islâmicos que desejam “varrer Israel do mapa”. Na Grande
Tribulação, certamente a situação do nosso país não será nada desejável.
Quem são “os bodes”, que ficarão “à sua esquerda”? Da mesma
forma, Jesus esclarece: “Então, dirá também aos que estiverem à sua esquerda:
Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;
porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de
beber; sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e
estando enfermo e na prisão, não me visitastes” (Mt 25.41-43).
Analogamente, como no caso anterior, das “ovelhas”, o texto
dá a entender que essa condenação aos “bodes”, que estarão “à esquerda”, se
refere às nações inimigas de Israel ou que, como o nosso país, que, não sendo
propriamente inimiga, não simpatiza com o Estado de Israel, mas simpatiza com
seus adversários, os palestinos e os terroristas que lançam mísseis contra o pais
judeu, e têm seus propósitos declarados de eliminar Israel, “empurrando-o para
o mar”.
III - PREPARAÇÃO PARA O MILÊNIO
1. Satanás Será Preso por Mil Anos
Segundo o Pr. Ciro Zibordi, “os derrotados da Batalha do
Armagedom irão para três lugares diferentes. O Anticristo e o Falso profeta
serão lançados no Inferno, o Lago de Fogo. Os seus seguidores irão para o
Hades, onde aguardarão o Juízo Final. E Satanás será preso no abismo por mil
anos (Ap 20.1-3)”, Com a derrota fragorosa da trindade satânica, Jesus terá
preparado as condições e o ambiente espiritual e moral para o estabelecimento
do Milênio.
Satanás será preso por um anjo poderoso do qual não poderá
escapar com todo o seu poder infernal: “E vi descer do céu um anjo que tinha a
chave do abismo e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga
serpente, que é o diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos. E lançou-o no
abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que mais não engane as
nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um
pouco de tempo” (Ap 20.1-3).
2. Quem Entrará no Milênio com Cristo
Os povos chamados de “ovelhas” entrarão no Milênio para
reinar com Cristo (Mt 25.34). Os povos considerados “bodes” serão lançados no
inferno (Mt 25.41,46). Eles reinarão com Cristo por mil anos, literalmente.
Entrarão no Milênio os mortos pelos exércitos do Anticristo,
que não usaram o número 666, que não adoraram a Besta: “E vi tronos; e
assentaram-se sobre eles aqueles a quem foi dado o poder de julgar. E vi as
almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus e pela palavra de
Deus, e que não adoraram a besta nem a sua imagem, e não receberam o sinal na
testa nem na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos” (Ap 20.4),
Os ímpios só ressuscitarão para serem julgados, no Juízo Final, após os mil
anos (Ap 20.5).
Viva vencendo com a convicção de que Ele virá!!!
Abraços.
Seu irmão menor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário