05 dezembro 2015

A VERDADE SOBRE MARIA - 08


As IMAGENS DE MARIA  E O SEGUNDO MANDAMENTO

“Não  farás  para  ti  imagem  de  escultura,  nem  alguma semelhança  do  que  há  em  cima  nos  céus,  nem  em  baixo  na erra,  nem  nas  águas  debaixo  da  terra.  Não  re  encurvarás  a elas nem as servirás” (Êxodo 20.4-5).
“Não farás para ti” – Entende-se a posse do objeto quando destinado ao  culto, à homenagem,  à  prece,  à  veneração.    Deus  não  condena  as  obras  de  arte,  escultura  ou  pintura  de  valor histórico e cultural.    
              
“Nem  alguma  semelhança  do  que  há  em  cima  nos  céus”  –  Não  encontramos  diferenças relevantes de tradução nas versões consultadas.  A proibição não alcança apenas as imagens dos  deuses,  mas  diz  respeito,  também,  ao  que  existe  nos  céus:  A  Trindade  (Pai,  Filho, Espírito  Santo),  os  anjos  e  os  salvos  em  Cristo.  Logo,  estátuas    de  Jesus,  dos  santos apóstolos,  de  Maria,  e  de  quantos,  pelo  nosso  julgamento,  estejam  no  céu,  não  devem  ser objeto de culto.

“Não  te  encurvarás  a  elas”  -    Deus  proíbe  qualquer  atitude  de  reverência  ou  respeito,  tais como  inclinar  respeitosamente  o  corpo  ou  ajoelhar-se  diante  das  imagens;  prostrar-se  com  o rosto  no  chão;  tocá-las;  beijá-las;  levantar  os  braços  em  atitude  de  adoração;    tirar  o  chapéu; ficar  em    diante  delas  em  estado  contemplativo.  Enfim,  Deus  proíbe  fazer  qualquer  gesto com o corpo que expresse admiração, contemplação, fé, devoção, homenagem, reverência.

“Não  as  servirás”  -    Não  servi-las  com  flores,  velas,  cânticos,    coroas,  festas,  procissões, lágrimas,  alegria,  rezas,  vigílias,  doações,  homenagens,  devoção,  sacrifícios,  incenso.  Não lhes devotar   fé, confiança, zelo, amor, cuidados. Não alimentar expectativas de receber delas amparo,  curas  e    proteção.  Não  colocá-las  em  lugar  de  destaque,  em  redoma    ou  em  lugares altos.

A Igreja de Roma reconhece a proibição, mas decide por  não acatá-la, como adiante:  “O mandamento divino incluía a proibição de toda representação de Deus por mão do homem.

O  Deuteronômio  explica:  “Uma  vez  que  nenhuma  forma  vistes  no  dia  em  que  o  Senhor  vos falou  no  Horebe,  do  meio  do  fogo,  não  vos  pervertais,  fazendo  para  vós  uma  imagem esculpida  em  forma  de  ídolo...”(Dt  4.15-16)...  No  entanto,  desde  o  Antigo  Testamento,  Deus ordenou  ou  permitiu  a  instituição  de  imagens  que  conduziriam  simbolicamente  à  salvação  por meio  do  Verbo  encarnado,  como  são  a  serpente de  bronze,  a  Arca  da  Aliança  e  os querubins.

Foi  fundamentando-se  no  mistério  do  Verbo  encarnado  que  o  sétimo  Concílio  ecumênico,  em Nicéia  (em  787),  justificou,  contra  os  iconoclastas,  o  culto  dos  ícones  :  os  de  Cristo,  mas também os da Mãe de Deus, dos anjos e de todos os santos. Ao se encarnar, o Filho de Deus inaugurou  uma  nova  “economia  ”das  imagens. O  culto  cristão  das  imagens  não  é  contrário  ao primeiro  mandamento,  que  proíbe  os  ídolos.    De  fato,  “a  honra  prestada  a  uma  imagem  se dirige ao modelo original, e quem venera uma imagem venera a pessoa que nela está  pintada.  A  honra  prestada  às  santas  imagens  é  uma    veneração  respeitosa”,  e  não  uma adoração,  que    compete  a  Deus.  O  culto  às  imagens  sagradas  está  fundamentado  no mistério  da  encarnação  do  Verbo  de  Deus.  Não  contraria  o  primeiro  mandamento”  (C.I.C.  p.560-562, # 2129-2132, 2141).

Analisando as explicações acima
a)  “O  mandamento  divino  INCLUÍA  a  representação  de  toda  representação  de  Deus por mãos do homem”.

O  mandamento  divino  incluía?  Não,  o  mandamento  inclui,  está  vigente.  A  cruz  não  aboliu  as Dez  Palavras.  As  leis  cerimoniais  sim,  foram  abolidas.  O  Decálogo  é,  no  varejo,  o  que  Jesus disse no atacado: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de  todo  o  teu  pensamento”,  e  “Amarás  o  teu  próximo  como  a  ti  mesmo”  (Mateus  22.35-40;
Deuteronômio  6.5;  10.12;  30.6;  Levítico  19.18).  Num  coração  cheio  do  amor  de  Deus  e  do amor  a  Deus  não  há  espaço  para  a  adoração  de  pessoas  ou  de  coisas.    Em  Mateus  5.17, Jesus  afirma:  "Não  cuideis  que  vim  destruir  a  lei  ou  os  profetas;  não  vim  ab-rogar,  mas  cumprir"  (ARC)  ou:  "Não  pensem  que  eu  vim  acabar  com  a  Lei  de  Moisés  e  os ensinamentos  dos  profetas.  Não  vim  acabar  com  eles,  mas  para  dar  o  seu  sentido  completo."
(BLH).  A  seguir  Jesus  exemplifica  o  novo  sentido  à  lei:  se  pensar  em  matar,  já  pecou  e descumpriu a lei; se pensar em adulterar, já pecou. 
b)“No entanto, Deus ordenou...a serpente de bronze, a Arca da Aliança, os querubins"...                                                                                                     
A  Arca  da  Aliança  e  os  querubins  passaram.    Eles  faziam  parte  de  cerimônias  e  símbolos instituídos  por  Deus,  de  acordo  com  sua  infinita  sabedoria  e  soberana  vontade,    para  melhor conduzir o povo em sua fé. Agora, vindo Cristo,  temos “um maior e mais perfeito tabernáculo, não  feito  por  mãos,  isto  é,  não  desta  criação,  nem  por  sangue  de  bodes  e  bezerros,  mas  por seu próprio sangue...” (Hebreus 9.11).

A  serpente  de  bronze    -  Este    símbolo  tão  zelosamente  defendido  pela  Igreja  de  Roma    foi um  remédio  específico  para  um  mal  específico  numa  situação  especial    (Números  21.7-9).
Agora,  já  não  precisamos  de  figuras    para  nossos  males  físicos  e    espirituais.  Como  disse João Ferreira de Almeida, “o poder vivificante da serpente de metal prefigura a morte sacrificial de Jesus Cristo, levantado que foi na cruz para dar vida a todos que para Ele olharem com fé”.

O  próprio  Jesus  assim  se  manifestou:  “E,  como Moisés  levantou  a  serpente  no  deserto,  assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo aquele que nele crê não pereça,mas  tenha  a  vida  eterna”  (João  3.14-15).  Deus  não  recomendou  o  culto,  a  homenagem  ou  a veneração  à  serpente.  Por  isso,    o  rei  Ezequias,  temente  e  reto  aos  olhos  do  Senhor, destruiu-a  ao perceber que o povo   lhe prestava culto (2 Reis 18.4). Ademais,   não se  vê em Atos  dos  Apóstolos  qualquer  indício  de  uso  de  figuras,  ícones  ou  imagens  destinados  a facilitar a compreensão e conduzir os fiéis à salvação.

Com  relação  a  símbolos  e  cerimônias  do  Antigo  Testamento,  devemos  considerar  que  em Cristo  estamos  sob  a  égide  de  uma  Nova  Aliança  ou  Novo  Testamento  firmada  em  Seu sangue  (1  Coríntios  11.25).  Logo,  “dizendo  novo  concerto,  envelheceu  o  primeiro.  Ora,  o  que foi  tornado  velho  e  se  envelhece  perto  está  de  acabar”    (Hebreus  8.13).  Devemos  observar que  a  idéia  de  fazer  imagens  e  querubins  foi  de  Deus,  e  não  de  Moisés.  Com  relação  a  nós, Deus  proíbe  terminantemente  o  uso  de  imagens.  É  Deus  que  nos  proíbe,  que  nos  condena.

Os querubins estavam  no propiciatório -  espécie de lâmina retangular de ouro -  sobre a Arca da Aliança que era guardada  no lugar santíssimo do Tabernáculo (Êxodo 25.17-22). O acesso a  esse  lugar,  só  uma  vez  por  ano,    era  restrito  ao  Sumo  Sacerdot(Êxodo  25.17-22;  40.13; Hebreus  9.7).  Ao  povo  não  era  permitido  ver  os  querubins  ou  adorá-los.    Aos  fiéis  não  foi permitido reproduzir as  imagens da serpente e dos querubins para serem veneradas.

c)  “...  o  sétimo  Concílio  ecumênico,  em  Nicéia  (em  787), justificou...  o culto  dos ícones :  os  de  Cristo,  mas  também  os  da  Mãe  de  Deus,  dos  anjos  e  de  todos  os  santos.  O culto  cristão  das  imagens  não  é  contrário  ao  primeiro  mandamento,  que  proíbe  os ídolos.  De  fato,  “a  honra  prestada  a  uma  imagem  se  dirige  ao  modelo  original,  e  quem venera uma imagem venera a pessoa que nela está pintada. A honra prestada
às santas imagens é uma  “veneração respeitosa”, e não uma adoração, que só Não contraria o primeiro mandamento”.
Ora,  se  o  mandamento  proíbe  o  culto  aos  ídolos,  então  o  culto  aos    ídolos  é    proibido.
Desculpem-me  os  leitores  pelo  óbvio.    Portanto,  o  culto  às  imagens  contraria  o  mandamento.

Se  contraria,  é  pecado  cultuá-las.  O  Concílio  de  Nicéia  justificou,  mas  são  justificativas  de  homens.  A  Palavra  é  o  padrão.  A  tradição  deverá  ajustar-se  à  Palavra.  A  honra  ao  modelo original via imagem  parte de uma premissa falsa, porque  as imagens não são em sua grande maioria  cópias  fiéis  dos  originais,  exemplos  de  Jesus,  Maria,  José  e  dos  santos  apóstolos.

Seus  traços  físicos  não  foram  revelados  nem  por  fotografias  nem  por  pinturas.  Jeremias  foi direto: “Suas imagens são mentira” (Jr 10.14).
d)  “A  honra  prestada  às  santas  imagens  é  uma  “veneração  respeitosa”,  e  não  uma adoração, que só compete a Deus”.
Venerar:  “Tributar  grande  respeito  a;  render  culto  a,  reverenciar”;  Culto:  “Adoração  ou homenagem  à  divindade  em  qualquer  de  suas  formas,  e  em  qualquer  religião”.  Adorar:“Render culto a (divindade); reverenciar, venerar, idolatrar” (Dicionário Aurélio). Como se vê, é muito tênue a linha entre honrar, venerar, adorar e prestar culto.   Vejamos o que Deus afirma: “Eu  sou  o  Senhor.  Este  é  o  meu  nome.  A  minha  glória  a  outrem  não  a  darei,  nem  a  minha honra  às  imagens  de  escultura”  (Isaías  42.8).  Na  Bíblia  Linguagem  de  Hoje:  Eu  sou  o  Deus Eterno:  este  é  o meu  nome,  e  não  permito que  as  imagens  recebam  o  louvor  que  somente  eu mereço." Na Bíblia Ecumênica, católica: “Eu sou o Senhor, este é o meu nome: eu não darei a outrem  a  minha  glória,  nem  consentirei  que  se  tribute  aos  ídolos  o  louvor  que    a  mim pertence".                                                             
Dizer que o culto a Maria e à sua imagem esculpida é apenas uma veneração, não condiz com a realidade. Há um descompasso enorme entre o discurso e a prática. Não pode ser negado o que  é  público  e  notório.  Maria  é  realmente  adorada  como  Rainha  dos  Céus,  Senhora, Padroeira, Protetora, Mãe dos Vivos, Mãe da Igreja, Mãe de Deus, etc. E isso constitui pecado.
Jesus disse e está escrito em Mateus 4.10: “Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás”.


E  o  primeiro  mandamento  diz:  “Não  terás  outros  deuses  diante  de  mim”    (Êxodo  20.3).  Maria foi  constituída  a  PROTETORA  do  Brasil  e,  especificamente,  de  muitas  cidades  brasileiras (Nossa Senhora de Aparecida, Nossa Senhora de Santana, Nossa Senhora do Ó, etc). Parece até  que,  para  os  romanistas,  a  evangelização  via  Maria  se  torna  mais  fácil  do  que  pregando Cristo ressuscitado. Não foi essa a via utilizada pelos apóstolos nas primeiras pregações. Eles não  endeusavam  os  santos,  mas  apresentavam  Jesus,  o  Santo  dos  santos,  como  o  único caminho.

Façamos  de  conta  que  o  culto  a  Maria  e  à  sua  imagem  esculpida  é  apenas  uma  respeitosa admiração.    Ora,  essa  veneração  se  manifesta  de  vários  modos,  por  exemplo:  as  imagens  de Maria  são  tocadas,  beijadas,  coroadas;    levadas  em  procissão;  diante  delas  os  fiéis  se ajoelham,  choram  e  fazem  pedidos;    imagens  da  santa,  cópias  ou  originais,  percorrem  os estados  brasileiros  para  serem  homenageadas;  são  levantadas  pelos  sacerdotes  no  altar  e  os fiéis acenam para elas; são colocadas em redomas nas praças ou em grutas; em muitas casas as  imagens  são  iluminadas  continuamente;  muitos  carregam  a  imagem  em  pulseiras,  colares, fitas,  ou    guardam-nas  no  ambiente  de  trabalho;  ao  passar  pela  imagem,  muitos  inclinam  o  corpo  ou  tiram  o  chapéu,  etc.    Pergunta-se  o  seguinte:  se  essas  práticas  não  constituem  adoração  e  idolatria,  o  que  mais  deveria  ser  feito,  qual  prática  deveria  ser  adicionada  às  já existentes,  o  que  os  fiéis  romanistas  deveriam  fazer  além  de  tudo  que  fazem  para  então  se configurar  uma adoração e uma idolatria?  O que mais deveriam fazer?     
      
Outras referências  (Os destaques são meus)

 “Não  fareis  para  vós  ídolos,  nem  para  vós  levantareis  imagem  de  escultura  nem  estátua,  nem poreis  figura  de  pedra  na  vossa  terra  para  inclinar-vos  diante  dela.  Eu  sou  o  Senhor  vosso Deus” (Levítico 26.1).
“No dia em que o Senhor vosso Deus falou convosco em Horebe, do meio do fogo, não vistes figura  nenhuma.  Portanto,  guardai  com  diligência  as  vossas  almas,  para  que  não  vos corrompais,  fazendo  um  ídolo,  UMA  IMAGEM  DE  QUALQUER  TIPO,  FIGURA  DE  HOMEM OU DE MULHER...” (Deuteronômio 4.15-16).  
“As  imagens  de  escultura  de  seus  deuses  queimarás  no  fogo.  Não  cobiçarás  a  prata  nem  o ouro  que  haja  nelas,  nem  os  tomarás  para  ti,  para  que  não  sejas  iludido,  pois  É ABOMINAÇÃO AO SENHOR, TEU DEUS” (Deuteronômio 7.25). 
“As suas imagens de fundição são vento e nada” (Isaías 41.29b).
“Eu  sou  o  SENHOR;  este  é  o  meu  nome!  A  minha  glória    a  outrem  não  a  darei,  nem  o  meu louvor às imagens de escultura” (Isaías 42.8).
“Todo  homem  se  embruteceu  e  não  tem  ciência; envergonha-se  todo fundidor  da  sua  imagem de escultura, porque sua imagem fundida é mentira, e não há espírito nela” (Jeremias 10.14).
“Arrancarei  do  meio  de  ti  as  tuas  imagens  de  escultura  e  as  tuas  estátuas;  e  tu  não  te inclinarás mais diante da OBRA DAS TUAS MÃOS” (Miquéias 5.13).
“Também  está  cheia  de  ídolos  a  sua  terra;  inclinaram-se  perante  a  OBRA  DAS  SUAS  MÃOS, diante daquilo que fabricaram os seus dedos” (Isaías 2.8).
“Nada  sabem  os  que  conduzem  em  procissão  as  suas  imagens  de  escultura,  feitas  de madeira, e rogam a um deus que não pode salvar” (Isaías 45.20).
“Mas  o  nosso  Deus  está  nos  céus  e  faz  tudo  o  que  lhe  apraz.  Os  ídolos  deles  são  prata  e ouro,  OBRA  DAS  MÃOS  DOS  HOMENS.  Têm  boca,  mas  não  falam;  têm  olhos,  mas  não vêem;  têm  ouvidos,  mas  não  ouvem;  nariz  têm,  mas  não  cheiram.  Têm  mãos,  mas  não apalpam;  têm  pés,  mas  não  andam;  nem  som  algum  sai  da  sua  garganta.  Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem e todos os que neles confiam” (Salmos 115.3-8).                
“Eles  trocam  a  verdade  de  Deus  pela  mentira  e  ADORAM  E  SERVEM  O  QUE  DEUS  CRIOU, em vez de adorarem e servirem o próprio Criador, que deve ser louvado  para sempre. Amém” (Romanos 1.25).   Anjos e espíritos humanos são criaturas de Deus.
“Filhinhos, guardai-vos dos ídolos” (1 João 5.21). A proibição divina abrange:

a)  Qualquer  coisa  (estátua,  imagem,  ídolo,  presépio)  produzida  por  mãos  humanas  para  ser   objeto de veneração, adoração, culto ou louvor.
b)  Imagens  de  toda  a    criação  de  Deus  (anjos,  pessoas,    espíritos  humanos,  cores  celestes, animais) com o mesmo objetivo.
c) Imagens de qualquer uma das três Pessoas da Trindade. 
Estão,  portanto,  em  desacordo  com  o  Segundo  Mandamento  cultos  de  louvor,  adoração, homenagem  ou  veneração  prestados  às  imagens  representativas  de  pessoas  falecidas, qualquer que tenha sido o grau de santidade que tenham alcançado na vida terrena.

OS ARGUMENTOS CONTRÁRIOS
A  seguir,  analisemos  alguns  dos  argumentos  dos  que  defendem  o  culto  a  Maria  e    os  títulos  a ela atribuídos.

1)  “Todas  as  gerações  me  chamarão  bem-aventuradas”  (Lucas  1.48).  Esta  declaração  é apresentada como justificativa ao culto a ela prestado.
Contestação  –  Segundo  o  Dicionário  Aurélio,  “bem-aventurado”  quer  dizer  muito  feliz.  É também a situação  “daquele que, depois da morte, desfruta da felicidade , os  mansos,  os  que  têm  fome  e  sede  de  justiça,  os  misericordiosos,  os  puros  de  coração,  os pacificadores, e os que sofrem perseguição por causa da justiça  (Mateus 5.3-10). Em Salmos 112.1,  lemos:  “Bem-aventurado  o  homem  que  tema  ao  Senhor,  em  seus  mandamentos  tem grande  prazer”.  Em  Apocalipse  20.6:  “Bem-aventurado  e  santo  aquele  que  tem  parte  na primeira ressurreição”.  Jesus disse: “bem-aventurado és tu, Simão Barjonas [Pedro], pois não foi  carne  e  sangue  quem  to  revelou,  mas  meu  Pai  que  está  nos  céus”  (Mateus  16.17).  Outras referências:  Salmos  1.1;  2.12;  32.1;  106.3;  119.1;  146.5;  Mateus  24.46;  Apocalipse  22.7.

Como  se  vê,  bem-aventurados  somos  todos  nós  que  seguimos  a  Jesus.    Todavia,  tal felicidade  não  nos  confere  o  direito  de  sermos  adorados  ou  cultuados,  quer  em  vida,  quer  na morte.    A  bem-aventurança  que  asseguramos  em  vida,  pela  aceitação  do  senhorio  de  Jesus, se  estende  por  toda  a  eternidade.  O  fato  de  a  santa  Maria  haver  sido  chamada  de  bem-aventurada  não  significa  uma  doutrina,  mandamento  ou  ensino  para  lhe  prestarmos  culto.

Note-se  que  Isabel,  sua  prima,  declarou  que  Maria  era  “bendita  entre  as  mulheres”  (Lucas 1.48), e não “bendita acima das mulheres”.

2)  “Fazei tudo o que ele vos disser” (João 2.5). Esta palavra de Maria tem sido muito usada pelos  romanistas  para  justificar  a  crença  da  intermediação  entre  Maria  e  Jesus.  A  partir  daí, ensinam que o Filho jamais negará um pedido de sua mãe.

Contestação  –  Não  vejo  aí  nenhum  motivo  para  colocar  Maria  na  posição  de  mediadora  a quem  Jesus  atenderá  sempre.  Se  a  declaração  fosse  de  Jesus,  ordenando  que  os  serviçais obedecessem  à  sua  mãe,  até  que  poderíamos  refletir  melhor.  Mas  não  foi  assim.    Maria, vendo  que  Jesus  estava  disposto  a  operar  o  milagre  da  transformação  da  água  em  vinho, disse  aos  empregados    que  seguissem  à  risca  suas  instruções.  Só  isso  e  nada  mais  do  que isso.  Se o desejo é espiritualizar a fala de Maria e trazê-la para os dias atuais, nada melhor do que  obedecermos  a  vontade  de  Jesus,  que  disse:  “Ao  Senhor  teu  Deus  adorarás,  e  só  a  ele servirás”. (Mateus 4.10). Logo, por este mandamento, Maria está excluída de qualquer espécie de adoração e culto.  Portanto, atendendo a Maria, façamos o que Jesus ordenou.  

Observemos  também  que  a  santa  Maria,  ao  transferir  o  problema  para  Jesus,  mostrou-se incapacitada  de  operar qualquer  milagre.  A “Mãe  de  Deus”  não teria  poderes  para transformar água em vinho? Naquela época ela ainda não era mãe de Deus?  Só passou a sê-lo após sua morte?
3) Maria é a nossa mãe espiritual, porque Jesus a entregou aos cuidados de João.
Contestação  –  Jesus,  já  prestes  a  falecer,  disse  à  sua  mãe:    Mulher,  eis  aí  o  teu  filho”.  E  ao  discípulo  a  quem  amava,  disse:  “Eis  aí  tua  mãe”.  “E  desde  aquela  hora  o  discípulo  a  recebeu em  sua  casa”  (João  19.26-27).  Em  resumo,  Jesus  entregou  sua mãe  aos  cuidados  do querido discípulo João.  Jesus deu exemplo de amor filial, lembrando-se de sua mãe num momento de grande  agonia.  A  intenção  dele  não  foi  elevar  sua  mãe  à  posição  de  mãe  espiritual  da humanidade.    Desejou  apenas  que  ela  não  ficasse  desamparada  na  sua  velhice.  Se  agiu assim,    havia  motivos  para  que  o  amparo  de  sua  mãe  não  ficasse  confiado  apenas  aos  seus  irmãos mais jovens (Mateus 13.55-56).

4) Maria é mãe de Deus porque Jesus é Deus e ela é mãe de Jesus
Contestação  –  Se  válido  esse  raciocínio,  poderíamos  afirmar  que  Deus  é  filho  de  criação  ou filho  adotivo  de  José.    Ou  José  seria  padrasto  de  Deus?    Maria  foi  um  instrumento  usado  por Deus, na consecução do Seu plano de salvação para o homem. Nessa concepção, ela foi mãe do  Jesus  homem,  mas  nunca  o  foi  do  Verbo  Eterno,  do  Deus  Filho.    Como  Pessoa  da Trindade, Jesus sempre existiu. Veja. “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o  Verbo  era  Deus.  E  o  Verbo  se  fez  carne,  e  habitou  entre  nós”  (João  1.1,14).    “Porque  Deus amou o mundo de tal maneira que enviou o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê  não  pereça,  mas  tenha  a  vida  eterna”  (João  3.16).  “Porque  Deus  ENVIOU  seu  Filho  ao mundo,  não  para  que  condenasse  o  mundo,  mas  para  que  o  mundo  fosse  salvo  por  ele” (João  3.17).  Esses  versículos  falam  da  divindade  de  Jesus  e,  claro,  da  Sua  eternidade.    O Verbo que  é  Deus  não se  originou  em  Maria,  mas  em  Maria  se fez  carne.  A  criatura  não  pode ser  mãe  do  Criador,  do  Senhor  e  Juiz  dos  vivos  e  dos  mortos.  O  finito  não  pode  gerar  o infinito. Aquela que foi criada não pode gerar o incriado.
5) Maria, na qualidade de mãe de Jesus, é co-redentora Contestação  –  A  palavra  de  Deus  não  eleva  Maria  à  condição  de  igualdade  com  o  nosso Salvador.    O  Redentor  é  Jesus,e  como  tal  Ele  foi  esperado:  E  virá  um  redentor  a  Sião  e  aos que  se  desviarem  da  transgressão  em  Jacó,  diz  o  Senhor”    (Isaías  59.20).Não  se  lê  que paralelamente  viria  uma  Redentora  ou  uma  ajudante-do-Redentor  ou  uma  co-Redentora.    A santa Maria não recebeu a mesma missão de Jesus, tal como definido em Lucas 4.18 e Isaías 61.1-2.  Ademais,  Maria  não  poderia  ser  salvadora  e  ao  mesmo  tempo  precisar  de  salvação.
Leiam  mais  uma  vez:  “Disse,  então,  Maria:  A  minha  alma  engrandece  ao  Senhor,  e  o  meu espírito se alegra em Deus, MEU SALVADOR, porque atentou na humildade de sua SERVA...”
(Lucas  1.46-48,  com  realce  de  minha  parte).    Já  o  nosso  Salvador  Jesus  Cristo  nunca  se dirigiu  ao  Pai  declarando-se  necessitado  de  salvação.  Quando  a  santa  Maria  fez  esta  oração, com  plena  convicção  e  segurança,  ela  igualou-se  a  todos  os  homens  e mulheres  herdeiros  da natureza  pecaminosa  originada  na  desobediência  de  Adão  e  Eva.  Nivelou-se  a  todos  os mortais.  Jesus  não  pensava  diferente.  Quando  alguém  lhe  disse  que  sua  mãe  e  seus  irmãos “estão    fora  e  querem  falar-te”,    Ele  respondeu:  “Quem  é  minha  mãe  e  quem  são  meus irmãos?    E,  estendendo  a  mão  para  os  discípulos,  disse:  Aqui  estão  minha  mãe  e  meus irmãos.  Pois  todo  aquele  que  fizer  a  vontade  de  meu  Pai  que  está  nos  céus,  esse  é  meu  41, irmão,  irmã  e  mãe”  (Mateus  12.47-50).  Em  Lucas  8.21,  a  resposta  de  Jesus  está  assim: “Minha  mãe  e  meus  irmãos  são  aqueles  que  ouvem  a  palavra  de  Deus  e  a  executam”  (veja também  Marcos  3.35).  Somente  são  membros  da  família  de  Deus  os  que  ouvem  e  obedecem a  Palavra  de  Deus.  Jesus  ressaltou  aqui  a  necessidade  de    obediente,  necessidade  esta  a que estavam sujeitos, também, sua mãe e seus irmãos. “Quando recebeu o recado do lado de fora,  Jesus  respondeu  de  uma  maneira  que  não  desprestigia,  nem  por  um  momento,  a santidade  das  relações  familiares.  Ele  asseverou  que  os  laços  que  unem  espiritualmente  a família  de  Deus  são  mais  seguros  e  mais  preciosos,pois  se  baseiam  na  obediência  à  vontade divina”  (O  Novo  Comentário  da  Bíblia,  1990,  Edições  Vida  Nova).  A  Trindade    é  soberana, auto-suficiente,  onipresente,  onisciente,  onipotente,  imutável  e  eterna  Não  precisa,  portanto, do  auxílio  de  santos  falecidos  para  executar  seu  plano  de  redenção.    Na  história  contada  por Jesus,  conforme  Lucas  16.19-31,  os  santos  Lázaro  e  Abraão  não  se  sentiram  em  condições   de  prestarem  qualquer  assistência  aos  irmãos  do  rico,  que  estava  em  tormentos.  Abraão  não acenou  nem  com    a  hipótese  interceder  por  eles,  mas  indicou  o  caminho  mais  seguro:  ouvir  a         Palavra de Deus.  Ouvir e obedecer.  Obedecer e permanecer.

6)  Veneramos  a  imagem  de  Maria  como  alguém  que  venera  os  retratos  de  familiares falecidos.

Contestação  –  Esse  argumento  é  um  dos  mais  ingênuos.  Ninguém  em  sã  consciência  adota os  seguintes  procedimentos  com  relação  às  fotografias  de  seus  familiares  falecidos:  não  as carrega  em  procissão;  não  canta  louvores  diante  delas;  não  se  ajoelha  aos  seus  pés,nem  na sua  presença faz  inclinação  com  o  corpo  em  sinal  de  reverência; não  faz  qualquer  pedido  esses  mortos,  salvo  se  numa  sessão  espírita;  não  usa  essas  fotos  como  amuletos,  para alcançar  algum  benefício  espiritual  ou  material.  Por  isso,  o  uso  que  fazemos  dos  retratos  de entes  queridos  é  completamente  diferente  do  uso  que  os  católicos  fazem  das  imagens  dos santos. 

7) "Entrando o anjo disse-lhe: ‘Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo" (Lucas 1.28).
Diz  a  Tradição:  “Eis  aqui,  proclamado  pelo  próprio  anjo  Gabriel  o  privilégio  extraordinário  da Imaculada  Conceição  de  Maria  e  sua  santidade  perene.  Quando  a  Igreja  chama  Maria  de "Imaculada  Conceição"  quer  dizer  que  a  mesma,  desde  o  momento  de  sua  concepção  foi isenta  -  por  graça  divina  -  do  pecado  original.  Se  Maria  Santíssima  tivesse  sido  gerada  com  o pecado  herdado de Adão ou tivesse qualquer pecado pessoal, o Arcanjo Gabriel teria mentido chamando-a  de  "cheia  de  graça".  Pois,  onde  existe  esta  "graça  transbordante"  não  pode coexistir o pecado” (Extraído de um site de apologética católica).
Contestação  -    Somente  nas  traduções  católicas  romanas  lê-se  “Salve,  cheia  de  graça”,  para  Lucas  1.28.    A  interpretação  mais  correta  é    “Salve,  muito  favorecida”  ou  “Salve  agraciada”.
Maria  “achou  graça  diante  de  Deus”  (Lucas  1.30).  É  bom  lembrar  que  a  graça  de  Deus  se derrama  sobre  todos  os  santos  –  os  salvos  em  Cristo  -    de  forma  abundante:  “Deus  é poderoso  para  tornar  abundante  em  vós  toda  graça...”  (2  Coríntios  9.8),  porque  “a  graça  foi dada  a  cada  um  de  nós  segundo  a  medida  do  dom  de  Cristo”  (Efésios  4.7).  “Porém,  onde abundou o pecado, a graça transbordou” (Romanos 5.20).
A santa Maria não possui graça em si mesma. A graça foi trazida por Jesus (Jo 1.17; Rm 3.24; Tt 2.11). Ela é digna do nosso respeito, sim, mas somente o Filho é digno da nossa adoração. 
Maria  não  entendeu  que  a  saudação  do  anjo  a  colocaria  na  situação  de  IMACULADA,  como pensam  os  romanistas.  Por  isso,  na  sua  humildade  ela  clamou  por  salvação,  assim:  “A  minha
alma  engrandece  ao  Senhor,  e  o  meu  espírito  se  alegra  em  Deus,  MEU  SALVADOR,  porque atentou  na  humildade  de  sua  serva;  pois  eis  que,  desde  agora,  todas  as  gerações  me chamarão bem-aventurada” [feliz] (Lucas 1.46-48).
8  –  Por  que  os  católicos  cultuam  Maria  e  os  Santos,  quando  está  escrito  que  Jesus  é  o único Mediador?

Diz  a  Tradição:    “Realmente,  São  Paulo  afirma  em  sua  primeira  epístola  a  Timóteo  (2.5),  que "há  um  só  Deus  e  há  um  só  mediador  entre  Deus  e  os  homens  que  é  Jesus  Cristo".  Essa afirmação não exclui que possa haver outros mediadores secundários, pois o próprio Apóstolo dos  Gentios  é  o  primeiro  a  pedir  a  intercessão  de  outros  junto  a  Deus.  Assim,  diz  aos romanos:  "Rogo-vos,  pois,  irmãos,  por  Nosso  Senhor  Jesus  Cristo,  e  pelo  amor  do  Espírito Santo, que me ajudeis com as vossas orações por mim a Deus" (Rm 15.30).
Contestação  –  Se  a  Palavra  diz  que  só  há  um  Mediador  é  porque  só  há  um  Mediador.  A afirmação exclui a possibilidade de haver outros mediadores.  Os exemplos citados se referem a  vivos  intercedendo  por  vivos,  e  não  vivos  pedindo  a  intercessão  de  pessoas  falecidas.  Este procedimento mais se apropria ao espiritismo.

9  -  “Com  relação  à  expressão  "Filho  primogênito",  cumpre  ressaltar,  diz  a  Tradição,    que entre  os   orientais  (até  mesmo  hoje  em  dia  em  vários  países)  o  primeiro  filho  nascido  de  um matrimônio tinha uma ascendência moral sobre todos os outros irmãos e irmãs que viessem a nascer.  Assim  se  ressaltava  que  era  o  primogênito,  ainda  que  ele  viesse  a  ser  o  filho único.  Por  isso  vê-se  aparecer  freqüentemente  nas  Sagradas  Escrituras  a  expressão "primogênito": "todo o primogênito do sexo masculino será meu" (Ex 34, 19-20); "Resgatarás o primogênito  dos  teus  filhos:  e  não  aparecerás  na  minha  presença  com  as  mãos  vazias"  (Num
18,  15).  A  expressão  "filho  primogênito"  em  São  Lucas  é  entendida  assim,  e  o  foi  pela Tradição  oral  durante  quase  um  milênio  e  meio,  até  surgir   Lutero,  que  "descobriu"  esse detalhe para tentar "provar" que Maria não permaneceu virgem”.
Contestação  -  A  questão  do  filho  primogênito.  O  dicionário  Aurélio  diz.  “Primogênito:  Que  ou aquele  que  foi  gerado  antes  dos  outros.  Que  ou  o  que  é  o  filho  mais  velho”.  Vejamos  os exemplos  bíblicos:  (a)  Gn  27.19:  “Jacó  disse:  eu  sou  Esaú,  teu  primogênito”.  A  palavra  aqui está  no  sentido  próprio,  como  aquele  que  nasceu  em  primeiro  lugar,  o  primeiro  dentre  outros.
(b)  Êx  22.29:  “O  primogênito  de  teus  filhos  me  darás”.    Ou  seja:  o  primeiro  dos  filhos  (veja  Ex.34.20);  (c)  Nm  3.40:  “Conta  todo  primogênito  varão  dos  filhos  de  Israel”;  (d)  1  Rs  16.34:  “Em seus  dias,  Hiel,  o  betelita,  edificou  a  Jericó;  morrendo  Abirão,  seu  primogênito,  a  fundou:  e, morrendo  Segupe,  seu  último,  pôs    as  suas  portas”.  Segupe  foi  o  filho  mais  novo  de  Hiel,  e Abirão, o primogênito, ou seja, o primeiro. (e) Rm 8.29: ... “o primogênito entre muitos irmãos”.
Não  se  pode  aludir,  então,  que  a  Bíblia  quando  fala  em  PRIMOGÊNITO  está  falando  de  filho único.    O  primogênito  pode  ser  o  único,  se  não  vierem  outros,  mas  no  caso  de  Maria,  não  foi assim.  A  Bíblia  registra  que  Jesus  teve  outros  irmãos.  Logo,  acertadamente  o  evangelista Lucas registrou: “E deu à luz o seu filho PRIMOGÊNITO...”. Quando este evangelho foi escrito (60-63 d.C.) Maria já havia dado à luz outros filhos  (Mt 13.55-56).
10 -   "Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher revestida de sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas" (Ap 12.1),Extraímos os seguintes comentários de uma página de apologética católica: 
 “No  Apocalipse,  João  contempla  nesta  visão  três  verdades:  a  Assunção  de  Nossa  Senhora, sua  glorificação,  sua  maternidade  espiritual.  O  Apocalipse  descreve  que  esta  mulher  "estava grávida  e  (...)  deu  à  luz  um  Filho,  um  menino,  aquele  que  deve  reger  todas  as  nações..."  (Ap.12.2,5). Qual mulher, que de fato, esteve grávida de Jesus senão a Santíssima Virgem? (cf. Is. 7.14 ). Outros contestam, dizendo que esta mulher é símbolo da Igreja nascente. Mas, a Igreja nunca  esteve  "grávida"  de  Jesus  Cristo!  Antes,  foi  Cristo  que  gerou  a  Igreja,  foi  ele  que  a estabeleceu  e  a  sustenta.  E  para  provar  que  esta  mulher  é  exclusivamente  Nossa  Senhora, em outro lugar está escrito: "O Dragão vendo que fora precipitado na terra, perseguiu a Mulher que  dera  à  luz  o  Menino"  (Ap  12.13  ).  A  Igreja  teria  dado  à  luz  a  um  Menino?  Evidente  que não!  Portanto  esta  mulher  refulgente  é  unicamente,  Nossa  Senhora,  pois  foi  ela  unicamente que  gerou  "o  menino"  prometido  (cf.  Is  9.5).  Diz  ainda  a  Sagrada  Escritura  que:  "(o  Dragão),deteve-se  diante  da  Mulher  que  estava  para  dar  à  luz  (...)  para  lhe  devorar  o  Filho  (...)  A Mulher  fugiu  para  o  deserto,  onde  (...)  foi  sustentada  por  mil  duzentos  e  sessenta  dias"  (AP.12.4,  6).  De  fato,  o  demônio  maquinou  contra  a  vida  de  Jesus  desde  seu  nascimento,  na pessoa  do  perseguidor Herodes.  Maria fugiu  então  com  o filho  para  o  deserto (Egito).  Lá ficou por  aproximadamente  mil  e  duzentos  e  sessenta  dias  (três  anos  e  meio).  Ou  seja,  do  ano  7 AC,  ano  do  nascimento  de  Jesus,  conforme  atualmente  se  acredita,  até  março-abril  do  ano  4 AC,  ano  da  morte  de  Herodes.  Perfazendo  os  três  anos  e  meio  de  exílio,  nos  quais  foi sustentada pela Providência...”

Contestação  –  Vejamos  o  que  diz  a  palavra  oficial  da  Igreja  Católica,  contrapondo-se  ao  que acima foi dito:

Continuaremos amanhã...

Abraços.

Viva vencendo só com o  que a biblia  diz!!!

Seu irmão menor.

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