As IMAGENS DE MARIA E O SEGUNDO MANDAMENTO
“Não farás
para ti imagem
de escultura, nem
alguma semelhança do que
há em cima
nos céus, nem
em baixo na erra, nem
nas águas debaixo
da terra. Não
re encurvarás a elas nem as servirás”
(Êxodo 20.4-5).
“Não farás para ti” –
Entende-se a posse do objeto quando destinado ao culto, à homenagem, à
prece, à veneração.
Deus não condena
as obras de
arte, escultura ou
pintura de valor histórico e cultural.
“Nem alguma
semelhança do que há em
cima nos céus”
– Não encontramos
diferenças relevantes de tradução nas versões consultadas. A proibição não alcança apenas as imagens dos deuses,
mas diz respeito,
também, ao que
existe nos céus:
A Trindade (Pai,
Filho, Espírito Santo), os
anjos e os
salvos em Cristo.
Logo, estátuas de
Jesus, dos santos apóstolos, de
Maria, e de
quantos, pelo nosso
julgamento, estejam no
céu, não devem
ser objeto de culto.
“Não te
encurvarás a elas”
- Deus proíbe
qualquer atitude de
reverência ou respeito,
tais como inclinar respeitosamente o
corpo ou ajoelhar-se
diante das imagens;
prostrar-se com o rosto no
chão; tocá-las; beijá-las;
levantar os braços
em atitude de
adoração; tirar o
chapéu; ficar em pé diante delas
em estado contemplativo. Enfim,
Deus proíbe fazer
qualquer gesto com o corpo que
expresse admiração, contemplação, fé, devoção, homenagem, reverência.
“Não as
servirás” - Não
servi-las com flores,
velas, cânticos, coroas,
festas, procissões, lágrimas, alegria,
rezas, vigílias, doações,
homenagens, devoção, sacrifícios,
incenso. Não lhes devotar fé, confiança, zelo, amor, cuidados. Não
alimentar expectativas de receber delas amparo,
curas e proteção.
Não colocá-las em
lugar de destaque,
em redoma ou
em lugares altos.
A Igreja de Roma reconhece
a proibição, mas decide por não
acatá-la, como adiante: “O mandamento divino
incluía a proibição de toda representação de Deus por mão do homem.
O Deuteronômio
explica: “Uma vez
que nenhuma forma
vistes no dia
em que o
Senhor vos falou no
Horebe, do meio
do fogo, não
vos pervertais, fazendo
para vós uma
imagem esculpida em forma
de ídolo...”(Dt 4.15-16)...
No entanto, desde
o Antigo Testamento,
Deus ordenou ou permitiu
a instituição de
imagens que conduziriam
simbolicamente à salvação
por meio do Verbo
encarnado, como são
a serpente de bronze,
a Arca da
Aliança e os querubins.
Foi fundamentando-se no
mistério do Verbo
encarnado que o
sétimo Concílio ecumênico,
em Nicéia (em 787),
justificou, contra os
iconoclastas, o culto
dos ícones :
os de Cristo,
mas também os da Mãe de Deus,
dos anjos e de todos os santos. Ao se encarnar, o Filho de Deus inaugurou uma
nova “economia ”das
imagens. O culto cristão
das imagens não
é contrário ao primeiro mandamento,
que proíbe os
ídolos. De fato,
“a honra prestada
a uma imagem
se dirige ao modelo original, e quem venera uma imagem venera a pessoa
que nela está pintada. A
honra prestada às
santas imagens é
uma “ veneração
respeitosa”, e não
uma adoração, que só
compete a Deus.
O culto às
imagens sagradas está
fundamentado no mistério da
encarnação do Verbo
de Deus. Não
contraria o primeiro
mandamento” (C.I.C. p.560-562, # 2129-2132, 2141).
Analisando
as explicações acima
a) “O
mandamento divino INCLUÍA
a representação de
toda representação de
Deus por mãos do homem”.
O mandamento
divino incluía? Não, o mandamento
inclui, está vigente.
A cruz não
aboliu as Dez Palavras.
As leis cerimoniais
sim, foram abolidas.
O Decálogo é,
no varejo, o
que Jesus disse no atacado: “Amarás
o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo
o teu pensamento”,
e “Amarás o
teu próximo como
a ti mesmo”
(Mateus 22.35-40;
Deuteronômio 6.5;
10.12; 30.6; Levítico
19.18). Num coração
cheio do amor
de Deus e do amor a
Deus não há
espaço para a
adoração de pessoas
ou de coisas.
Em Mateus 5.17, Jesus
afirma: "Não cuideis
que vim destruir
a lei ou
os profetas; não
vim ab-rogar, mas cumprir" (ARC)
ou: "Não pensem
que eu vim
acabar com a
Lei de Moisés
e os ensinamentos dos
profetas. Não vim
acabar com eles,
mas para dar
o seu sentido
completo."
(BLH). A
seguir Jesus exemplifica
o novo sentido
à lei: se
pensar em matar,
já pecou e descumpriu a lei; se pensar em adulterar,
já pecou.
b)“No entanto, Deus ordenou...a serpente de bronze, a Arca da Aliança, os querubins"...
A Arca
da Aliança e
os querubins passaram.
Eles faziam parte
de cerimônias e
símbolos instituídos por Deus,
de acordo com
sua infinita sabedoria
e soberana vontade,
para melhor conduzir o povo em sua fé.
Agora, vindo Cristo, temos “um maior e
mais perfeito tabernáculo, não
feito por mãos,
isto é, não
desta criação, nem
por sangue de
bodes e bezerros,
mas por seu próprio sangue...”
(Hebreus 9.11).
A serpente
de bronze -
Este símbolo tão
zelosamente defendido pela
Igreja de Roma
foi um remédio específico
para um mal
específico numa situação
especial (Números 21.7-9).
Agora, já
não precisamos de
figuras para nossos
males físicos e
espirituais. Como disse João Ferreira de Almeida,
“o poder vivificante da serpente de metal prefigura a morte sacrificial de
Jesus Cristo, levantado que foi na cruz para dar vida a todos que para Ele
olharem com fé”.
O próprio
Jesus assim se
manifestou: “E, como Moisés
levantou a serpente
no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja
levantado, para que todo aquele que nele crê não pereça,mas tenha
a vida eterna”
(João 3.14-15). Deus
não recomendou o
culto, a homenagem
ou a veneração à
serpente. Por isso,
o rei Ezequias,
temente e reto
aos olhos do
Senhor, destruiu-a ao perceber
que o povo lhe prestava culto (2 Reis
18.4). Ademais, não se vê em Atos
dos Apóstolos qualquer
indício de uso
de figuras, ícones
ou imagens destinados
a facilitar a compreensão e conduzir os fiéis à salvação.
Com relação
a símbolos e
cerimônias do Antigo
Testamento, devemos considerar
que em Cristo estamos
sob a égide
de uma Nova
Aliança ou Novo
Testamento firmada em Seu
sangue (1 Coríntios
11.25). Logo, “dizendo
novo concerto, envelheceu
o primeiro. Ora,
o que foi tornado
velho e se
envelhece perto está
de acabar” (Hebreus
8.13). Devemos observar que a
idéia de fazer
imagens e querubins
foi de Deus,
e não de
Moisés. Com relação
a nós, Deus proíbe
terminantemente o uso de imagens.
É Deus que
nos proíbe, que
nos condena.
Os querubins estavam no propiciatório - espécie de lâmina retangular de ouro - sobre a Arca da Aliança que era guardada no lugar santíssimo do Tabernáculo (Êxodo
25.17-22). O acesso a esse lugar,
só uma vez
por ano, era
restrito ao Sumo
Sacerdot(Êxodo 25.17-22;
40.13; Hebreus 9.7).
Ao povo não
era permitido ver
os querubins ou
adorá-los. Aos fiéis
não foi permitido reproduzir
as imagens da serpente e dos querubins
para serem veneradas.
c) “...
o sétimo Concílio
ecumênico, em Nicéia
(em 787), justificou... o culto
dos ícones : os de
Cristo, mas também
os da Mãe
de Deus, dos
anjos e de
todos os santos.
O culto cristão das
imagens não é
contrário ao primeiro
mandamento, que proíbe
os ídolos. De fato,
“a honra prestada
a uma imagem
se dirige ao
modelo original, e quem
venera uma imagem venera a pessoa que nela está pintada. A honra prestada
às santas imagens é
uma “veneração respeitosa”, e não uma
adoração, que só Não contraria o primeiro mandamento”.
Ora, se o mandamento
proíbe o culto
aos ídolos, então
o culto aos
ídolos é proibido.
Desculpem-me os
leitores pelo óbvio.
Portanto, o culto
às imagens contraria
o mandamento.
Se contraria,
é pecado cultuá-las.
O Concílio de Nicéia justificou,
mas são justificativas de homens. A
Palavra é o
padrão. A tradição
deverá ajustar-se à
Palavra. A honra
ao modelo original via
imagem parte de uma premissa falsa,
porque as imagens não são em sua grande maioria cópias
fiéis dos originais,
exemplos de Jesus,
Maria, José e
dos santos apóstolos.
Seus traços
físicos não foram
revelados nem por
fotografias nem por
pinturas. Jeremias foi direto: “Suas imagens são mentira” (Jr
10.14).
d) “A
honra prestada às
santas imagens é
uma “veneração
respeitosa”, e não
uma adoração, que só compete a Deus”.
Venerar: “Tributar
grande respeito a;
render culto a,
reverenciar”; Culto: “Adoração
ou homenagem à divindade
em qualquer de suas
formas, e em
qualquer religião”. Adorar:“Render culto a
(divindade); reverenciar, venerar, idolatrar” (Dicionário Aurélio). Como se vê,
é muito tênue a linha entre honrar, venerar, adorar e prestar culto. Vejamos o que Deus afirma: “Eu sou o
Senhor. Este é
o meu nome.
A minha glória
a outrem não
a darei, nem a minha honra
às imagens de
escultura” (Isaías 42.8).
Na Bíblia Linguagem
de Hoje: Eu
sou o Deus Eterno: este
é o meu nome,
e não permito que
as imagens recebam
o louvor que
somente eu mereço." Na
Bíblia Ecumênica, católica: “Eu sou o Senhor, este é o meu nome: eu não darei a outrem a
minha glória, nem
consentirei que se
tribute aos ídolos
o louvor que
só a mim pertence".
Dizer que o culto a Maria
e à sua imagem esculpida é apenas uma veneração, não condiz com a realidade. Há
um descompasso enorme entre o discurso e a prática. Não pode ser negado o que é público e
notório. Maria é
realmente adorada como
Rainha dos Céus,
Senhora, Padroeira, Protetora, Mãe dos Vivos, Mãe da Igreja, Mãe de
Deus, etc. E isso constitui pecado.
Jesus disse e está escrito
em Mateus 4.10: “Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás”.
E o
primeiro mandamento diz:
“Não terás outros
deuses diante de
mim” (Êxodo 20.3).
Maria foi constituída a
PROTETORA do Brasil
e, especificamente, de
muitas cidades brasileiras (Nossa Senhora de Aparecida, Nossa
Senhora de Santana, Nossa Senhora do Ó, etc). Parece até que,
para os romanistas,
a evangelização via
Maria se torna
mais fácil do
que pregando Cristo ressuscitado.
Não foi essa a via utilizada pelos apóstolos nas primeiras pregações. Eles não endeusavam
os santos, mas
apresentavam Jesus, o
Santo dos santos,
como o único caminho.
Façamos de
conta que o
culto a Maria
e à sua
imagem esculpida é
apenas uma respeitosa admiração. Ora,
essa veneração se
manifesta de vários
modos, por exemplo:
as imagens de Maria
são tocadas, beijadas,
coroadas; levadas em
procissão; diante delas
os fiéis se ajoelham,
choram e fazem
pedidos; imagens da
santa, cópias ou
originais, percorrem os estados brasileiros
para serem homenageadas;
são levantadas pelos
sacerdotes no altar
e os fiéis acenam para elas; são
colocadas em redomas nas praças ou em grutas; em muitas casas as imagens
são iluminadas continuamente; muitos
carregam a imagem
em pulseiras, colares, fitas, ou
guardam-nas no ambiente
de trabalho; ao
passar pela imagem,
muitos inclinam o corpo ou
tiram o chapéu,
etc. Pergunta-se o
seguinte: se essas
práticas não constituem adoração e
idolatria, o que
mais deveria ser
feito, qual prática
deveria ser adicionada
às já existentes, o
que os fiéis
romanistas deveriam fazer
além de tudo
que fazem para
então se configurar uma adoração e uma idolatria? O que mais deveriam fazer?
Outras referências (Os destaques são meus)
“Não
fareis para vós
ídolos, nem para
vós levantareis imagem
de escultura nem
estátua, nem poreis figura
de pedra na
vossa terra para
inclinar-vos diante dela.
Eu sou o
Senhor vosso Deus” (Levítico
26.1).
“No dia em que o Senhor
vosso Deus falou convosco em Horebe, do meio do fogo, não vistes figura nenhuma.
Portanto, guardai com
diligência as vossas
almas, para que
não vos corrompais, fazendo
um ídolo, UMA
IMAGEM DE QUALQUER
TIPO, FIGURA DE
HOMEM OU DE MULHER...” (Deuteronômio 4.15-16).
“As imagens
de escultura de
seus deuses queimarás
no fogo. Não
cobiçarás a prata
nem o ouro que
haja nelas, nem
os tomarás para
ti, para que
não sejas iludido,
pois É ABOMINAÇÃO AO SENHOR, TEU
DEUS” (Deuteronômio 7.25).
“As suas imagens de
fundição são vento e nada” (Isaías 41.29b).
“Eu sou
o SENHOR; este
é o meu
nome! A minha
glória a outrem
não a darei,
nem o meu louvor às imagens de escultura” (Isaías
42.8).
“Todo homem
se embruteceu e não tem
ciência; envergonha-se todo
fundidor da sua
imagem de escultura, porque sua imagem fundida é mentira, e não há
espírito nela” (Jeremias 10.14).
“Arrancarei do
meio de ti as tuas
imagens de escultura
e as tuas
estátuas; e tu
não te inclinarás mais diante da
OBRA DAS TUAS MÃOS” (Miquéias 5.13).
“Também está
cheia de ídolos
a sua terra;
inclinaram-se perante a
OBRA DAS SUAS
MÃOS, diante daquilo que fabricaram os seus dedos” (Isaías 2.8).
“Nada sabem
os que conduzem
em procissão as
suas imagens de
escultura, feitas de madeira, e rogam a um deus que não pode
salvar” (Isaías 45.20).
“Mas o
nosso Deus está
nos céus e
faz tudo o que lhe
apraz. Os ídolos
deles são prata
e ouro, OBRA DAS
MÃOS DOS HOMENS.
Têm boca, mas
não falam; têm
olhos, mas não vêem;
têm ouvidos, mas
não ouvem; nariz
têm, mas não
cheiram. Têm mãos,
mas não apalpam; têm
pés, mas não
andam; nem som
algum sai da
sua garganta. Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem
e todos os que neles confiam” (Salmos 115.3-8).
“Eles trocam
a verdade de
Deus pela mentira
e ADORAM E
SERVEM O QUE
DEUS CRIOU, em vez de adorarem e
servirem o próprio Criador, que deve ser louvado para sempre. Amém” (Romanos 1.25). Anjos e espíritos humanos são criaturas de
Deus.
“Filhinhos, guardai-vos
dos ídolos” (1 João 5.21). A proibição divina abrange:
a) Qualquer
coisa (estátua, imagem,
ídolo, presépio) produzida
por mãos humanas
para ser objeto de veneração, adoração, culto ou
louvor.
b) Imagens
de toda a
criação de Deus
(anjos, pessoas, espíritos
humanos, cores
celestes, animais) com o mesmo objetivo.
c) Imagens de qualquer uma
das três Pessoas da Trindade.
Estão, portanto,
em desacordo com o Segundo
Mandamento cultos de
louvor, adoração, homenagem ou
veneração prestados às
imagens representativas de
pessoas falecidas, qualquer que tenha sido o
grau de santidade que tenham alcançado na vida terrena.
OS
ARGUMENTOS CONTRÁRIOS
A seguir,
analisemos alguns dos
argumentos dos que
defendem o culto
a Maria e
os títulos a ela atribuídos.
1) “Todas
as gerações me
chamarão bem-aventuradas” (Lucas
1.48). Esta declaração
é apresentada como justificativa ao culto a ela prestado.
Contestação –
Segundo o Dicionário
Aurélio, “bem-aventurado” quer
dizer muito feliz.
É também a situação “daquele que,
depois da morte, desfruta da felicidade , os mansos,
os que têm
fome e sede
de justiça, os
misericordiosos, os puros
de coração, os pacificadores, e os que sofrem perseguição
por causa da justiça (Mateus 5.3-10). Em
Salmos 112.1, lemos: “Bem-aventurado o
homem que tema
ao Senhor, em
seus mandamentos tem grande
prazer”. Em Apocalipse
20.6: “Bem-aventurado e
santo aquele que
tem parte na primeira ressurreição”. Jesus disse: “bem-aventurado és tu, Simão
Barjonas [Pedro], pois não foi
carne e sangue
quem to revelou,
mas meu Pai
que está nos
céus” (Mateus 16.17).
Outras referências: Salmos 1.1;
2.12; 32.1; 106.3;
119.1; 146.5; Mateus
24.46; Apocalipse 22.7.
Como se
vê, bem-aventurados somos
todos nós que
seguimos a Jesus.
Todavia, tal felicidade não
nos confere o
direito de sermos
adorados ou cultuados,
quer em vida,
quer na morte. A
bem-aventurança que asseguramos
em vida, pela
aceitação do senhorio
de Jesus, se estende
por toda a
eternidade. O fato
de a santa
Maria haver sido
chamada de bem-aventurada não
significa uma doutrina,
mandamento ou ensino
para lhe prestarmos
culto.
Note-se que
Isabel, sua prima,
declarou que Maria
era “bendita entre
as mulheres” (Lucas 1.48), e não “bendita acima das
mulheres”.
2) “Fazei tudo o que ele vos disser” (João 2.5).
Esta palavra de Maria tem sido muito usada pelos romanistas
para justificar a
crença da intermediação
entre Maria e
Jesus. A partir
daí, ensinam que o Filho jamais negará um pedido de sua mãe.
Contestação –
Não vejo aí
nenhum motivo para
colocar Maria na
posição de mediadora
a quem Jesus atenderá
sempre. Se a
declaração fosse de
Jesus, ordenando que
os serviçais obedecessem à
sua mãe, até
que poderíamos refletir
melhor. Mas não
foi assim. Maria, vendo que
Jesus estava disposto
a operar o
milagre da transformação
da água em
vinho, disse aos empregados
que seguissem à
risca suas instruções.
Só isso e
nada mais do que
isso. Se o desejo é espiritualizar a
fala de Maria e trazê-la para os dias atuais, nada melhor do que obedecermos
a vontade de
Jesus, que disse:
“Ao Senhor teu
Deus adorarás, e
só a ele servirás”. (Mateus 4.10). Logo, por este
mandamento, Maria está excluída de qualquer espécie de adoração e culto. Portanto, atendendo a Maria, façamos o que
Jesus ordenou.
Observemos também
que a santa
Maria, ao transferir
o problema para
Jesus, mostrou-se incapacitada de
operar qualquer milagre. A “Mãe
de Deus” não teria
poderes para transformar água em vinho? Naquela
época ela ainda não era mãe de Deus? Só
passou a sê-lo após sua morte?
3) Maria é a nossa mãe
espiritual, porque Jesus a entregou aos cuidados de João.
Contestação –
Jesus, já prestes
a falecer, disse
à sua mãe:
Mulher, eis aí
o teu filho”.
E ao discípulo
a quem amava,
disse: “Eis aí
tua mãe”. “E
desde aquela hora
o discípulo a
recebeu em sua casa”
(João 19.26-27). Em
resumo, Jesus entregou
sua mãe aos cuidados
do querido discípulo João. Jesus
deu exemplo de amor filial, lembrando-se de sua mãe num momento de grande agonia.
A intenção dele
não foi elevar
sua mãe à
posição de mãe
espiritual da humanidade. Desejou
apenas que ela
não ficasse desamparada
na sua velhice.
Se agiu assim, havia
motivos para que o amparo
de sua mãe
não ficasse confiado
apenas aos seus irmãos
mais jovens (Mateus 13.55-56).
4)
Maria é mãe de Deus porque Jesus é Deus e ela é mãe de Jesus
Contestação –
Se válido esse
raciocínio, poderíamos afirmar
que Deus é
filho de criação
ou filho adotivo de
José. Ou José
seria padrasto de
Deus? Maria foi
um instrumento usado
por Deus, na consecução do Seu
plano de salvação para o homem. Nessa concepção, ela foi mãe do Jesus
homem, mas nunca
o foi do
Verbo Eterno, do
Deus Filho. Como
Pessoa da Trindade, Jesus sempre
existiu. Veja. “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo
era Deus. E
o Verbo se
fez carne, e habitou entre
nós” (João 1.1,14).
“Porque Deus amou o mundo de tal
maneira que enviou o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não
pereça, mas tenha
a vida eterna”
(João 3.16). “Porque
Deus ENVIOU seu
Filho ao mundo, não
para que condenasse
o mundo, mas
para que o
mundo fosse salvo
por ele” (João 3.17).
Esses versículos falam
da divindade de
Jesus e, claro,
da Sua eternidade.
O Verbo que é Deus
não se originou em
Maria, mas em
Maria se fez carne.
A criatura não
pode ser mãe
do Criador, do
Senhor e Juiz
dos vivos e dos mortos.
O finito não
pode gerar o infinito. Aquela que foi criada não pode
gerar o incriado.
5) Maria, na qualidade de
mãe de Jesus, é co-redentora Contestação
– A palavra
de Deus não
eleva Maria à
condição de igualdade
com o nosso Salvador. O
Redentor é Jesus,e
como tal Ele
foi esperado: E
virá um redentor
a Sião e aos que se
desviarem da transgressão
em Jacó, diz
o Senhor” (Isaías
59.20).Não se lê que
paralelamente viria uma
Redentora ou uma
ajudante-do-Redentor ou uma
co-Redentora. A santa Maria não
recebeu a mesma missão de Jesus, tal como definido em Lucas 4.18 e Isaías 61.1-2. Ademais,
Maria não poderia
ser salvadora e
ao mesmo tempo
precisar de salvação.
Leiam mais
uma vez: “Disse,
então, Maria: A
minha alma engrandece
ao Senhor, e
o meu espírito se alegra em Deus,
MEU SALVADOR, porque atentou na humildade de sua SERVA...”
(Lucas 1.46-48,
com realce de
minha parte). Já
o nosso Salvador
Jesus Cristo nunca
se dirigiu ao Pai
declarando-se necessitado de
salvação. Quando a
santa Maria fez
esta oração, com plena
convicção e segurança,
ela igualou-se a
todos os homens
e mulheres herdeiros da natureza
pecaminosa originada na
desobediência de Adão
e Eva. Nivelou-se
a todos os mortais.
Jesus não pensava
diferente. Quando alguém
lhe disse que
sua mãe e
seus irmãos “estão lá
fora e querem
falar-te”, Ele respondeu:
“Quem é minha
mãe e quem
são meus irmãos? E,
estendendo a mão
para os discípulos,
disse: Aqui estão
minha mãe e meus
irmãos. Pois todo
aquele que fizer
a vontade de
meu Pai que
está nos céus,
esse é meu 41,
irmão, irmã e
mãe” (Mateus 12.47-50).
Em Lucas 8.21,
a resposta de
Jesus está assim: “Minha
mãe e meus
irmãos são aqueles
que ouvem a
palavra de Deus
e a executam”
(veja também Marcos 3.35).
Somente são membros
da família de
Deus os que
ouvem e obedecem a
Palavra de Deus.
Jesus ressaltou aqui
a necessidade de
fé obediente, necessidade
esta a que estavam sujeitos,
também, sua mãe e seus irmãos. “Quando recebeu o recado do lado de fora, Jesus
respondeu de uma
maneira que não
desprestigia, nem por
um momento, a santidade
das relações familiares.
Ele asseverou que
os laços que
unem espiritualmente a família
de Deus são
mais seguros e mais preciosos,pois se
baseiam na obediência
à vontade divina” (O
Novo Comentário da
Bíblia, 1990, Edições
Vida Nova). A
Trindade é soberana, auto-suficiente, onipresente,
onisciente, onipotente, imutável
e eterna Não
precisa, portanto, do auxílio
de santos falecidos
para executar seu
plano de redenção.
Na história contada
por Jesus, conforme Lucas
16.19-31, os santos
Lázaro e Abraão
não se sentiram
em condições de prestarem qualquer
assistência aos irmãos
do rico, que
estava em tormentos.
Abraão não acenou nem
com a hipótese
interceder por eles,
mas indicou o
caminho mais seguro:
ouvir a Palavra de Deus. Ouvir e obedecer. Obedecer e permanecer.
6) Veneramos
a imagem de
Maria como alguém
que venera os
retratos de familiares falecidos.
Contestação –
Esse argumento é um dos
mais ingênuos. Ninguém
em sã consciência
adota os seguintes procedimentos
com relação às
fotografias de seus
familiares falecidos: não as carrega em
procissão; não canta
louvores diante delas;
não se ajoelha
aos seus pés,nem
na sua presença faz inclinação
com o corpo
em sinal de
reverência; não faz qualquer
pedido a esses mortos,
salvo se numa
sessão espírita; não
usa essas fotos
como amuletos, para alcançar
algum benefício espiritual
ou material. Por
isso, o uso
que fazemos dos
retratos de entes queridos
é completamente diferente
do uso que
os católicos fazem
das imagens dos santos.
7) "Entrando o anjo
disse-lhe: ‘Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo" (Lucas 1.28).
Diz a
Tradição: “Eis aqui,
proclamado pelo próprio
anjo Gabriel o
privilégio extraordinário da Imaculada
Conceição de Maria
e sua santidade
perene. Quando a
Igreja chama Maria
de "Imaculada
Conceição" quer dizer
que a mesma,
desde o momento
de sua concepção
foi isenta - por
graça divina -
do pecado original.
Se Maria Santíssima
tivesse sido gerada
com o pecado herdado de Adão ou tivesse qualquer pecado
pessoal, o Arcanjo Gabriel teria mentido chamando-a de
"cheia de graça".
Pois, onde existe
esta "graça transbordante" não
pode coexistir o pecado” (Extraído de um site de apologética católica).
Contestação -
Somente nas traduções
católicas romanas lê-se
“Salve, cheia de
graça”, para Lucas
1.28. A interpretação
mais correta é
“Salve, muito favorecida”
ou “Salve agraciada”.
Maria “achou
graça diante de
Deus” (Lucas 1.30).
É bom lembrar
que a graça
de Deus se derrama
sobre todos os
santos – os
salvos em Cristo
- de forma
abundante: “Deus é poderoso para
tornar abundante em
vós toda graça...”
(2 Coríntios 9.8),
porque “a graça
foi dada a cada
um de nós
segundo a medida
do dom de
Cristo” (Efésios 4.7).
“Porém, onde abundou o pecado, a
graça transbordou” (Romanos 5.20).
A santa Maria não possui
graça em si mesma. A graça foi trazida por Jesus (Jo 1.17; Rm 3.24; Tt 2.11). Ela é digna do
nosso respeito, sim, mas somente o Filho é digno da nossa adoração.
Maria não
entendeu que a
saudação do anjo
a colocaria na
situação de IMACULADA,
como pensam os romanistas.
Por isso, na
sua humildade ela
clamou por salvação,
assim: “A minha
alma engrandece
ao Senhor, e o meu
espírito se alegra
em Deus, MEU
SALVADOR, porque atentou na
humildade de sua
serva; pois eis
que, desde agora,
todas as gerações
me chamarão bem-aventurada” [feliz] (Lucas 1.46-48).
8 –
Por que os
católicos cultuam Maria
e os Santos,
quando está escrito
que Jesus é o único
Mediador?
Diz a
Tradição: “Realmente, São Paulo
afirma em sua
primeira epístola a
Timóteo (2.5), que "há
um só Deus
e há um
só mediador entre
Deus e os
homens que é
Jesus Cristo". Essa afirmação não exclui que possa haver
outros mediadores secundários, pois o próprio Apóstolo dos Gentios
é o primeiro
a pedir a
intercessão de outros
junto a Deus.
Assim, diz aos romanos: "Rogo-vos, pois,
irmãos, por Nosso
Senhor Jesus Cristo,
e pelo amor
do Espírito Santo, que me ajudeis com
as vossas orações por mim a Deus" (Rm 15.30).
Contestação –
Se a Palavra
diz que só
há um Mediador
é porque só
há um Mediador.
A afirmação exclui a possibilidade de haver outros mediadores. Os exemplos citados se referem a vivos
intercedendo por vivos, e
não vivos pedindo
a intercessão de
pessoas falecidas. Este procedimento mais se apropria ao
espiritismo.
9 -
“Com relação à
expressão "Filho primogênito", cumpre
ressaltar, diz a
Tradição, que entre os
orientais (até mesmo hoje
em dia em
vários países) o
primeiro filho nascido
de um matrimônio tinha uma
ascendência moral sobre todos os outros irmãos e irmãs que viessem a nascer. Assim
se ressaltava que
era o primogênito,
ainda que ele
viesse a ser o filho único.
Por isso vê-se
aparecer freqüentemente nas
Sagradas Escrituras a
expressão "primogênito": "todo o primogênito do sexo
masculino será meu" (Ex 34, 19-20); "Resgatarás o primogênito dos
teus filhos: e não aparecerás
na minha presença
com as mãos
vazias" (Num
18, 15).
A expressão "filho
primogênito" em São
Lucas é entendida
assim, e o
foi pela Tradição oral
durante quase um
milênio e meio,
até surgir Lutero,
que "descobriu" esse detalhe para tentar "provar"
que Maria não permaneceu virgem”.
Contestação -
A questão do
filho primogênito. O
dicionário Aurélio diz.
“Primogênito: Que ou aquele
que foi gerado
antes dos outros.
Que ou o
que é o
filho mais velho”.
Vejamos os exemplos bíblicos:
(a) Gn 27.19:
“Jacó disse: eu
sou Esaú, teu
primogênito”. A palavra
aqui está no sentido
próprio, como aquele
que nasceu em
primeiro lugar, o
primeiro dentre outros.
(b) Êx
22.29: “O primogênito
de teus filhos
me darás”. Ou
seja: o primeiro
dos filhos (veja
Ex.34.20); (c) Nm
3.40: “Conta todo
primogênito varão dos
filhos de Israel”;
(d) 1 Rs
16.34: “Em seus dias,
Hiel, o betelita,
edificou a Jericó;
morrendo Abirão, seu
primogênito, a fundou:
e, morrendo Segupe, seu
último, pôs as
suas portas”. Segupe
foi o filho
mais novo de
Hiel, e Abirão, o primogênito, ou
seja, o primeiro. (e) Rm 8.29: ... “o primogênito entre muitos irmãos”.
Não se pode aludir,
então, que a
Bíblia quando fala
em PRIMOGÊNITO está
falando de filho único. O
primogênito pode ser o único,
se não vierem
outros, mas no
caso de Maria,
não foi assim. A
Bíblia registra que
Jesus teve outros irmãos.
Logo, acertadamente o
evangelista Lucas registrou: “E deu à luz o seu filho PRIMOGÊNITO...”.
Quando este evangelho foi escrito (60-63 d.C.) Maria já havia dado à luz outros
filhos (Mt 13.55-56).
10 - "Apareceu em seguida um grande sinal no
céu: uma Mulher revestida de sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma
coroa de doze estrelas" (Ap 12.1),Extraímos os seguintes comentários de
uma página de apologética católica:
“No
Apocalipse, João contempla
nesta visão três
verdades: a Assunção
de Nossa Senhora, sua
glorificação, sua maternidade
espiritual. O Apocalipse
descreve que esta
mulher "estava grávida e
(...) deu à
luz um Filho,
um menino, aquele
que deve reger
todas as nações..." (Ap.12.2,5). Qual mulher, que de fato, esteve
grávida de Jesus senão a Santíssima Virgem? (cf. Is. 7.14 ). Outros contestam,
dizendo que esta mulher é símbolo da Igreja nascente. Mas, a Igreja nunca esteve
"grávida" de Jesus
Cristo! Antes, foi
Cristo que gerou a
Igreja, foi ele
que a estabeleceu e
a sustenta. E para provar
que esta mulher
é exclusivamente Nossa
Senhora, em outro lugar está escrito: "O Dragão vendo que fora
precipitado na terra, perseguiu a Mulher que
dera à luz
o Menino" (Ap
12.13 ). A
Igreja teria dado
à luz a um Menino?
Evidente que não! Portanto
esta mulher refulgente
é unicamente, Nossa
Senhora, pois foi
ela unicamente que gerou
"o menino" prometido
(cf. Is 9.5).
Diz ainda a
Sagrada Escritura que:
"(o Dragão),deteve-se diante
da Mulher que
estava para dar
à luz (...)
para lhe devorar
o Filho (...)
A Mulher fugiu para
o deserto, onde
(...) foi sustentada
por mil duzentos
e sessenta dias"
(AP.12.4, 6). De
fato, o demônio
maquinou contra a
vida de Jesus
desde seu nascimento,
na pessoa do perseguidor Herodes. Maria fugiu
então com o filho
para o deserto (Egito). Lá ficou por
aproximadamente mil e
duzentos e sessenta
dias (três anos
e meio). Ou
seja, do ano 7 AC, ano
do nascimento de
Jesus, conforme atualmente
se acredita, até
março-abril do ano 4 AC, ano
da morte de
Herodes. Perfazendo os
três anos e
meio de exílio,
nos quais foi sustentada pela Providência...”
Contestação –
Vejamos o que
diz a palavra
oficial da Igreja
Católica, contrapondo-se ao que
acima foi dito:
Continuaremos amanhã...
Abraços.
Viva vencendo só com o que a biblia diz!!!
Seu irmão menor.
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