O que parecia impensável durante séculos hoje pode ser visto na Igreja Unida do Canadá. Fundada em 1925, a denominação é conhecida por suas tendências liberais. Mas o que parecer ser o “ponto alto” desse liberalismo é a polêmica envolvendo a pastora Gretta Vosper.
Ela lidera a Igreja Unida em West Hill, no Canadá desde 1997. Militante do ateísmo, lançou em 2008 o livro “With or Without God: Why the Way We Live Is More Important Than What We Believe” [Com ou sem Deus, por que a maneira como vivemos é mais importante do que aquilo que acreditamos].
Agora está enfrentando um processo que pode resultar em sua destituição do cargo de líder espiritual. Os dirigentes da Igreja Unida do Canadá alegam que ela não pode permanecer no cargo, pois quando fez os votos de ordenação em 1993, declarou crer em “Deus: Pai, Filho e Espírito Santo”.
Como nos últimos anos ela “mudou de ideia”, passou a afirmar publicamente “não acredito em um deus. Usar essa palavra me atrapalha quando quero compartilhar o desejo compartilhar”. Greta ensina que a Bíblia é “mitologia”, e nega que Jesus é o Filho de Deus.
Surpreendentemente, ela tem recebido apoio dos cerca de 70 fiéis de sua igreja. Suas prédicas geralmente centram-se em ensinar “atos de compaixão e justiça”, além de “promover um ambiente onde as pessoas podem se unir e trabalhar juntas, convivendo umas com as outras”.
Aos 57 anos, ela conta que se tornou ateia em 2001. Mesmo depois de anunciar isso publicamente viveu em relativa paz com sua congregação até 2008. Porém, quando ela acabou com a oração coletiva do “pai nosso” aos domingos, 100 dos 150 membros decidiram sair.
Ela fundou o Centro Canadense de Cristianismo Progressista, e pretende espalhar a mensagem ateísta entre os cristãos.
No início deste ano, Vosper escreveu uma carta aberta afirmando que a crença em Deus pode obrigar as pessoas a cometerem o mal, citando como exemplo o massacre na redação da revista Charlie Hebdo, na França.
Com informações de Christian News
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