
Uma das partes mais memoráveis de Agostinho em sua famosa obra Confissões,
é a sua dolorosa lembrança de um evento que ocorreu 25 anos antes dele
estar escrevendo aquelas palavras.
Agostinho descreve o estado de seu coração quando ele tinha 16
anos: “Eu não me importava com nada além da ideia de amar e de ser amado.
. . . amor e luxúria juntos”, ele continua, “ferviam dentro de mim. Na minha
juventude, tudo dentro de mim foi sendo varrido sobre o precipício de apetites
do meu corpo e mergulhei na banheira onde meu pecado era massageado. Eu estava.
. . chafurdando nas ondas do mar da minha fornicação. . . . Os brados da
luxúria cresceram bem acima da minha cabeça e não havia ninguém para
arrancá-los, certamente não o meu pai "(II.2).
Agora, apesar de seus anos de adolescência cheios de luxúria, ele
concentra a maior parte de sua atenção sobre um ato que muitos poderiam
julgar como simplesmente um “pecado inocente” - O furto em uma árvore
frutífera. Mas observe cuidadosamente porque Agostinho, olhando para trás, vê a
malignidade do pecado em roubar estas peras:
"Havia uma árvore de peras perto da nossa vinha, carregada de frutos que
de fato não eram muito atraentes nem para olhar nem ao paladar.
Tarde da noite, um bando de garotos que se achavam espertos, inclusive
eu, invadíamos a propriedade para apanhar os frutos e levá-los para longe, onde
nossas diversões continuavam até tarde na noite, como era nosso hábito
pernicioso. Nós levávamos uma enorme quantidade de peras, não para comê-las nós
mesmos, mas simplesmente para jogá-las aos porcos.
Algumas vezes comemos algumas peras, mas o nosso verdadeiro prazer
consistia em fazer algo que era proibido. . . .
Não foram as peras que a minha alma infeliz desejava. Eu tinha muitas em
minha casa, e na verdade melhor do que aquelas, e eu só desejava as peras para
que eu pudesse roubar e pela emoção. Muitas vezes eu peguei as peras e não
apreciei nada do gosto da fruta, o que provei nelas foi o gosto do meu próprio
pecado, que eu apreciava e deseja satisfazer...
O que nos agradava era o riso e a galhofa... os proprietários ficavam
furiosos e ninguém suspeitava de nós... Por que junto com aquela turma tudo era
diversão e eu não sentia a culpa do ato como devia? Talvez seja porque não é
fácil rir quando estamos sozinhos... tenho certeza de que se estivesse só, como
muitas vezes estive, nunca teria feito a mesma coisa... pois para mim sozinho
não teria sido divertido e eu não teria certamente feito assim.” - Agostinho,
Confissões , Penguin Classics, trans. RS Pine-Coffin (New York: Penguin, 1961), II.4, 6, 9.
Veja esse antigo poema:
Isso é um fato
Na companhia de tolos
nós relaxamos em
aterros ordinários,
apreciamos comida ruim,
bebida barata,
conhecemos homens e
mulheres do
inferno.
Na companhia de tolos
jogamos os dias fora como
guardanapos de papel.
nós relaxamos em
aterros ordinários,
apreciamos comida ruim,
bebida barata,
conhecemos homens e
mulheres do
inferno.
Na companhia de tolos
jogamos os dias fora como
guardanapos de papel.
Com essa companhia
nossa música é alta e nosso
riso
falso.
nossa música é alta e nosso
riso
falso.
Não temos nada a perder
além de nós mesmos.
além de nós mesmos.
Junte-se a nós,
nós somos agora
quase que
todo o
mundo.
nós somos agora
quase que
todo o
mundo.
Deus nos
abençoe.
abençoe.
Charles Bukowski
COMENTÁRIO DE WÁLDSON
Não existe pecado
inocente. Mesmo quem não tem Jesus sabe quando erra. Muito mais nós que temos o
Espirito Santo.
Tanto para cristãos quanto
para não cristãos o pecado se torna tão constante que "parece" nem
ser mais pecado...é ato de vida.
O fato das pessoas
acharem que podem viver fazendo brincadeirinhas 'além dos limites,mas sem
maldade' com os amigos mais próximos é o que leva as pessoas, principalmente os servos de Deus a viverem no pecado e não se darem conta de disso.
Como pode uma pessoa
não mais sentir que pecou? Ora, pelo simples fato de ter repetidas vezes,
praticado o tal 'pecado inocente'. Sua consciência ao invés de sentir repulsa,
passa a 'aderir' o que está sendo feio. Eu a chamaria de uma mente 'que foi
estuprada'.
Quando Paulo disse
que "... o pecado não terá domínio sobre vós", queria com isso dizer
que, agora, salvos e conhecedores da Verdade de Cristo Jesus, não haveria mais
razão para que os novos crentes voltassem ás práticas antigas.
Mas, infelizmente,
isso vem acontecendo com tanta frequencia que uma boa porcentagem dos crentes
em Jesus, já não sentem seus pecados 'inocentes'.
Uma brincadeira, uma
fala, um toque, uma piada, uma frase, praticados com má intençao, já é pecado.
Agora imagine que, quando isso gera prazer, onde é que isso vai parar?
Tornar-se-á numa 'bola de neve'.
Veja que os pecados
cometidos por alguns crentes, não são diversos, ou seja, ele não está cometendo
'novos pecados' todos os dias. Mas sim, está todos os dias, repetindo os
mesmos, como se não fossem algo mal.
Acordemos para essa
dura realidade. A vingança de Deus contra o pecado e contra o pecador haverá de
vir. E com Ele não haverá misericórdia e 'nem acordos'.
Sejamos "santos
em toda a nossa maneira de viver(comportamento)".
Abraços.
Viva vencendo as
brincadeiras que, parecem inocentes, mas são carregadas de pecado que viciam!!!
Seu irmão menor.
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