TEXTO ÁUREO
"Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque
isto é agradável ao Senhor."(Cl. 3.20)
VERDADE PRÁTICA
Honrar pai e mãe vai além da simples obediência; implica
amar e respeitar de forma elevada, demonstrando espírito de consideração.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo 20.12; Ef 6.1-3; Marcos 7.10-13
INTRODUÇÃO
O quinto mandamento. “Honra a teu pai e a tua mãe” (Êx
20.12). Honrar é respeitar e obedecer, por amor, à autoridade dos pais, e com
eles cooperar em tudo. É o primeiro mandamento contendo uma promessa de Deus:
“Para que se prolonguem os teus dias”.
Tal como o versículo 8, este é um mandamento categórico
formulado positivamente. O mesmo princípio sob outra forma pode ser encontrado
em 21.15,17: “Quem ferir/amaldiçoar seu pai ou sua mãe, será morto”.
“Este é chamado” o primeiro mandamento com promessa” (Ef
6.2), e assim o é, no sentido mais estrito da palavra, embora o versículo 6,
onde Deus demonstra “o amor da aliança” aos que O amem e obedeçam, também seja
virtualmente uma promessa. A promessa divina, contudo, é mais clara aqui,
produzindo seus resultados na sociedade. Os que constroem uma sociedade na qual
a velhice ocupa lugar de honra podem esperar confiantemente desfrutar do mesmo
lugar algum dia. Tal doutrina não é muito popular em nossos dias, quando a
juventude é adorada, e a velhice temida ou desprezada.
O resultado é a loucura que leva homens e mulheres a lutarem
por permanecer eternamente jovens, e acabar descobrindo ser isso impossível. Este
mandamento é parte da atitude geral para com a Velhice em Israel (como símbolo
e, idealmente, personificação da sabedoria prática da vida), elogiada em todo o
Velho Testamento (Lv 19.32), e encontrada em muitos outros povos antigos,
notavelmente entre os chineses. Não se pode precisar se o mandamento está
relacionado à ideia de que sendo a vida sagrada e dom de Deus, os doadores
humanos da vida devem ser tratados com respeito: talvez um israelita não
analisasse o mandamento deste modo. Para que se prolonguem os teus dias.
Às vezes, indivíduos supersensíveis questionam a validade de
uma promessa ligada a um mandamento. O hebraico, entretanto, não implica
necessariamente em que a bênção prometida seja nosso motivo para obedecer o
mandamento, ao passo que assegura definitivamente qual seja o resultado de tal
obediência. Outros questionam a natureza material da promessa. Em dias do Velho
Testamento, todavia, as promessas divinas eram normalmente formuladas em termos
materiais, compreensíveis para aqueles que, por assim dizer, ainda estavam no
jardim-de-infância de Deus.
Para aqueles que, até àquela altura, não tinham conhecimento
definido de uma vida futura, “dias prolongados” significavam possibilidade de
continuada comunhão com Deus, e eram por isso muito importantes. Por outro
lado, alguns consideram esta promessa como um seguro de propriedade da terra
que Deus lhes daria: isto, por sua vez, traria glória a Deus, por demonstrar
Sua fidelidade às Suas promessas. Nós, com revelação mais completa, podemos “espiritualizar”
tal promessa sem esvaziá-la de seu conteúdo. Este mandamento é o ponto em que a
atenção é desviada do relacionamento para com Deus e se concentra no
relacionamento com a comunidade que Ele criou.
Assim, o conteúdo total dos dez mandamentos pode ser
resumido em duas “palavras”, não uma apenas: amor a Deus e amor ao nosso
próximo (Dt 6.5; Lv 19.18). Mais uma vez, não há contradição: a realidade de
nosso amor declarado a Deus é demonstrada pela realidade de nosso amor expresso
para com nossos semelhantes (Jr 22.16). (R. Alan Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução
e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 151-152).].
Estudamos sobre o papel de cada membro da família, onde cada
um ocupa o seu lugar e exerce seus direitos e deveres, onde o pai é pai, mãe é
mãe, filho é filho, Deus é Deus e ministério é ministério. Na lição desta
semana, porém o destaque é para o papel dos filhos na família. O relacionamento
de pais e filhos é muito importante. A
Bíblia é o manual por excelência da família (Cl 3.18-21). Se seus princípios e
ensinos forem obedecidos, a família e principalmente os filhos, terá paz e
felicidade.
Há muito tempo, o relacionamento entre pais e filhos têm
sido um dos dramas da sociedade. Mas nunca, na história, houve tanta
possibilidade de mudanças. Muitos debates, literaturas e palestras por vários
canais de informação, têm sido disponibilizados para que aconteça uma
transformação nos lares, no entanto, a cada dia que passa, mais notícias
negativas e estarrecedoras têm chegado até nós. Filhos que não valorizam e se
rebelam contra a figura paterna e materna, e por isso vivem uma vida fora do
alcance das bênçãos de Deus. Escrevendo uma história medíocre de sua própria
vida. Mas há princípios nas Escrituras que se forem resgatados, veremos
mudanças em todo contexto da sociedade. Vamos começar:
Um dos maiores desafios da família hodierna é tentar
preservar a si mesma como principal instituição da sociedade em todos os seus
aspectos. O sistema educacional, a promiscuidade que se apresenta de forma
marcante e explicita, usando os meios de comunicação de massa e a promulgação
de leis que contrariam a estrutura da família tem deixado a família muito
vulneráveis nestes últimos tempos. Grande parte desse drama que o mundo
enfrenta hoje é oriunda de lares desajustados, lares onde os padrões e os
valores morais e espirituais se esvaíram.
O pior é que estes desajustes familiares vêm aumentando gradativamente.
Já dizia o profeta Miqueias: “Os filhos desprezam os pais, as filhas se
levantam contra as mães...” (Mq 7.6).
Infelizmente a mídia e os meios de comunicações em massa tem
sido mais um instrumento do diabo para destruir as famílias, do que
necessariamente um instrumento de Deus para construir.
Quanto aos dramas existentes nos seios familiares, são mais
por conta da perda dos valores morais, éticos e espirituais. A geração atual
está em quase sua totalidade alienados desses valores e princípios.
O que se pode esperar dessa geração? O que uma geração de
pais corrompidos pode transmitir à geração de filhos também já
corrompidos? A tendência é que as coisas
daqui pra frente só tende a piorar.
Para nós, pais cristãos, o único escape para se “livrar”
dessa geração corrupta, é instruir nossos filhos nos caminhos do Senhor. É
transmitir e ensinar aos nossos filhos os princípios e valores morais e
espirituais, bem como cuidando para que os relacionamentos entre nós, pais e
filhos, sejam construtivos. E, as melhores maneiras de os pais ensinarem seus
filhos é pelo exemplo e investindo tempo com eles. A criança é observadora e
está sempre atenta ao comportamento dos adultos, os quais ensinam muito mais
com suas atitudes do que por meio de suas palavras.
O amor e a dedicação que os pais demonstram aos filhos
perdurarão neles por toda a vida. Muitos
pais acham que basta gerarem filhos e tão somente marcarem sua presença em
casa, colocando comida na mesa. Entretanto, se ele não cumpre seu papel como
referencial para os filhos e nem exerce sua liderança no seio da família, é
como se estivesse ausente, de maneira a não imprimir nos filhos um padrão de
formação e comportamento social. Os pais
devem entender que algumas vezes as crianças fazem escolhas erradas, mesmo
depois de haverem sido ensinadas acerca da verdade. Quando isto acontecer, os
pais não devem desistir nem desanimar, mas continuar a ensinar os filhos a
serem bons exemplos, a jejuar e orar por eles.
DEVERES DOS FILHOS
Os deveres dos filhos passam pela obediência, pela honra,
pela proteção aos pais, principalmente quando estes chegam à idade mais
avançada. Neste contexto de ajuda aos pais, o filho tem o dever de diminuir os
sacrifícios dos pais na sua própria educação e criação, nem que seja por
gratidão. Os filhos também devem ser estudiosos, trabalhadores, respeitadores,
humildes e disciplinados. O filho inteligente não espera sofrer consequências
para saber que não obedeceu aos seus pais, aos quais, possivelmente, estavam
certos.
Deus ordenou aos filhos obedecer aos pais e honra-los. Mas,
onde os filhos aprendem a honrar? Dos pais que devem ser honráveis. Portanto,
os pais devem mostrar amor e respeito um pelo outro, bem como pelos seus
filhos, tanto em ações como em palavras (Dt 11.18). Além de cumprir com todas
suas tarefas e responsabilidades, os filhos devem também partilhar com os pais
a responsabilidade de construir um lar feliz, obedecendo aos mandamentos do
Senhor e cooperando com outros membros da família.
Os filhos devem aceitar a educação que lhes forem dadas,
entendendo que os pais sabem o que é melhor para eles. Entretanto, os pais
devem tratar seus filhos com respeito e amor que merecem. Não devendo irritá-lo
sem motivo, mas ao contrário, incentivá-los para que possam aprender a viver
uma vida boa e agradável.
Obedecer aos pais
Os filhos precisam obedecer aos pais e nunca desprezá-los
para não atrair maldição para suas vidas. É preciso obedecer de forma
espontânea e consciente e não esperar coação ou força, mas seguir o exemplo que
Jesus deixou pela obediência a José e Maria (Lc 2.51) e ao Pai celestial em
tudo (Jo 6.38; Fp 2.5-8). Muitos filhos não sabem por que sofrem, mas é fácil
descobrir: quebraram mandamentos bíblicos e perderam o privilégio de ser
abençoados. A Palavra de Deus diz: “Vós, filhos, sede obedientes aos vossos
pais no Senhor, porque isto é justo” (Ef 6.1; cf. Rm 1.30b; 2 Tm 3.1-5). Da
mesma forma, os pais, através da disciplina e com recursos para convencer os
filhos, devem guiar através do ensino e correção, pois os pais foram colocados
no lugar de Deus diante os filhos menores, com a responsabilidade de
orientá-los no caminho do Senhor.
A Bíblia diz que é um grande mal o filho ser rebelde e não
obedecer à voz do pai nem da mãe. No Antigo Testamento, os filhos rebeldes eram
punidos com pena de morte (Dt 21.18-21). No entanto é importante que os pais
aprendam a dialogar com os filhos, não esquecendo que os tempos são outros. Os
filhos de hoje, estão acostumados a dialogar nos ambientes escolares, então é
preciso que, com uma boa conversa, possamos educar inteligentemente os nossos
filhos. Pois autoritarismo não faz bem a ninguém.
Obedecer não é uma opção dos filhos é uma ordem de Deus (Êx
20.12; Lv 19.1-3; Dt 5.16; 21.18-21; Ef 6.1-3; Cl 3.20). É dever essencial dos
filhos obedecer aos pais "no Senhor". Não à moda dos pais, mas
segundo o ensino do Senhor nas Escrituras. (Ef 6.23 e Cl 3.20). Muitos filhos
hoje sofrem por ter quebrado esse preceito divino (Êx 20.12). Muitos filhos já
confidenciaram que poderiam ter evitado muitas experiências amargas na vida se
tivesse obedecido a seus pais. Muita gravidez indesejada, más companhias teriam
sido evitadas, se tivesse atentado para a palavra de Deus. A má sementeira da
desobediência e rebeldia dos filhos trará logo mais a sua colheita de males
(Dt 27.16; Lv 20.9; Êx 21.17; Pv 20.20; 24.20; 30.17; Mt 15.3-9; Gl 6.7).
O próprio Deus pôs sobre os pais a responsabilidade pelas
vidas confiadas aos seus cuidados, ordenou que durante os primeiros anos de
vida estejam os pais com total domínio sobre seus filhos. E aquele que rejeitar
a licita autoridade de seus pais, rejeita a autoridade de Deus. O quinto
mandamento exige que os filhos não somente tributem respeito, submissão e
obediência a seus pais, mas também lhes proporcionem amor e ternura, aliviem os
seus cuidados, zelem de seu nome, e os socorram e consolem na velhice.
Honrar os pais
O primeiro mandamento com promessa é honrar pai e mãe.
Paulo, em Efésios 6.1-3, esclarece que quem assim procede irá muito bem e terá
vida longa na terra. Isso significa receber longevidade e vida feliz. Honrar é
respeitar como autoridade, amar como pessoa, valorizar como conselheiro,
estimar como tutor, reconhecer como cabeça e submeter-se como chefes dignos.
A honra aos pais enaltece e dignifica o filho. Todos os
jovens, ao procurar um casamento deveriam analisar como o pretendente trata os
seus pais.
A tradução da palavra honra vem do termo grego “timão”, que
significa “valorizar”, “estimar”, ou seja, honrar através do respeito
apropriado. Portanto, honrar os pais significa amá-los, respeitá-los e
obedecer-lhes. As Escrituras ordenam aos filhos: “Sede obedientes a vossos pais
no Senhor, porque isto é justo” (Ef 6.1).
A honra devida aos pais, que o Senhor ordenou na lei (Ex
20.12), foi devidamente confirmada por Jesus: “Honra a teu pai e tua mãe...”
(Mt 19.19). Honra é acima de tudo consideração, e isto é o que os pais esperam
dos filhos (Lc 15.18-19). Não é difícil conseguir este respeito e essa honra,
quando se ensina aos filhos com amor. Muitas vezes acontece haver falta dessa
honra e desse respeito, porque também faltou disciplina na infância. Paulo
recomenda duas maneiras ideais para conseguir dos filhos essa honra e respeito:
a) “Vós, pais não provoqueis à ira a vossos filhos” (Ef 6.4). O respeito dos
filhos não é conseguido por abuso de autoridade, nem por maus tratos a eles por
parte dos pais; b) “Criai-os na doutrina e na admoestação do Senhor” (Ef 6.4).
Os pais que conseguem manter relação espiritual sincera com Deus aprendem a
aplicar a necessária disciplina amorosa aos seus próprios filhos.
Não desamparar os pais
Mesmo após o casamento, os filhos não devem desprezar os
seus pais. A responsabilidade dos filhos é cuidar dos pais e assisti-los bem
até que o Senhor os recolha, mesmo estando geograficamente separados. Maldito o
filho que desprezar seu pai ou sua mãe (Dt 27.16). Os pais querem carinho dos filhos,
visitas, abraços e beijos de respeito. No entanto, alguns filhos pensam em
livrar-se deles, internando-os em asilos. Nenhum filho deve passar muitos dias
sem ter contato com seus pais, porque o maior presente que os pais esperam
receber é a presença dos filhos.
Quem não obedece aos pais não será feliz. Nada dá certo para
um filho desobediente que não ouve os pais, que não aceita conselhos e anda
pela sua própria cabeça desprezando a voz da experiência e do direito. Os pais
querem o melhor para os filhos. Quando alguém fala mal de um filho, os pais se
levantam como leões para defendê-lo. Cuidado, filhos! Há também no Brasil, uma
lei chamada Estatuto do Idoso, que é tão rigorosa contra os filhos que
desamparam seus pais na velhice que pode levar à cadeia o infrator.
Vivemos em um tempo em que nossa geração é rebelde e
paganizada. Milhões de jovens acham grande coisa em ser desobediente aos pais e
é por isto que esta geração perversa será destruída diante do Todo-Poderoso (2
Tm 3.1-2; Dt 24.16; Ez 18.4,18-23). Rebeldia nunca foi sinônimo de hombridade,
mas de covardia e insubordinação. Deus jamais abençoará um filho rebelde, pois
Ele ensina que devemos ser obedientes. Pelo caminho da obediência receberemos
todas as bênçãos advindas de sua Palavra e ainda alcançaremos a longevidade.
Absalão, filho de Davi, mostra-nos a realidade do pecado na vida daqueles que
insistem em desobedecer a Deus e a seus pais. Este moço, certamente seria
abençoado por Deus e teria seu lugar no reino.
Entretanto, decidiu usurpar o que não lhe pertencia,
desonrou seu pai e recebeu como recompensa uma morte desprezível (2 Sm 18.15).
Observe atentamente isso:
1. Cuidado. O sentido de deixar
pai e mãe quando se casa (Gn 2.24) é a construção de um novo lar, e não o
abandono dos pais. Deus é justo e retribuirá tudo o que o filho fizer com o pai
e com a mãe. Quem age dessa forma está semeando para o seu próprio futuro, pois
colherá isso na velhice. Há inúmeros exemplos no Antigo Testamento da responsabilidade
do filho em cuidar do sustento dos pais (Gn 47.12; Js 2.13,18; 6.23; 1Sm 22.3).
O Senhor Jesus citou e viveu este mandamento (Mt 15.4, 5; 19.19; Mc 7.10-12; Lc
2.51). [Comentário: Honrar pai e mãe é muito abrangente e envolve cuidar dos pais,
principalmente na velhice: "Ouve a teu pai, que te gerou, e não desprezes
a tua mãe, quando vier a envelhecer” (Pv 23.22). O termo "filho meu",
frequentemente empregado em Provérbios, em geral se aponta para o
aconselhamento de um mestre a seus discípulos, mas aqui ambos são mencionados,
pai e mãe, referindo-se, portanto, aos pais naturais. O quinto mandamento vai
além do sustento dos pais na velhice. É dever dos filhos proteger os pais, a
sanção da lei é dura contra os que descumprem o quinto mandamento: "O que
ferir a seu pai ou a sua mãe certamente morrerá... E quem amaldiçoar a seu pai
ou a sua mãe certamente morrerá" (Êx 21.15, 17). O v. 15 fala sobre
violência fisica, e o v. 17, que é reiterado mais adiante de forma expandida
(Lv 20.9), vai além do desprezo e do abandono. Amaldiçoar aqui significa
depreciar e repudiar a autoridade dos pais. Além da agressão e do menosprezo em
relação aos progenitores, a lei estabelecia a pena capital para o filho
desobediente, o rebelde contumaz (Dt 21.18-21). Qualquer atitude de desonra era
um grave insulto, e a punição da lei era a mesma para ambos os casos: agressão
física e moral, violência e desrespeito. Por isso, a lei impõe respeito e honra
aos pais (Êx 20.12; Dt 5.16). Desonrar a pai e mãe é desonrar a Deus. (Esequias
Soares. Os Dez Mandamentos). Valores Divinos para uma Sociedade em Constante
Mudança. Editora CPAD. pag. 63.]
2. Oferta Corbã. O termo
"corbã", korban, é aramaico e significa literalmente
"sacrifício", mas o contexto aqui é algo muito triste. Trata-se de um
artifício para fugir "legalmente" do compromisso de sustentar pai e
mãe na velhice. O filho podia ser absolvido dessa responsabilidade se fizesse
uma promessa de doação em dinheiro destinada ao Templo (Mc 7.11,12). Era uma
desculpa para não ajudar os pais, pois se consagrava a Deus tudo o que possuía.
Assim, ele dizia aos pais que não podia oferecer ajuda nem fazer nada por eles
porque tudo já estava comprometido diante de Deus. [Comentário: Corbã (a
transliteração do hebraico é “Qorban”) é uma palavra hebraica que significa
“Sacrifício”, “oferta”, “oblação”. Literalmente, descreve aquilo que é levado
para junto do altar (do verbo qarab). Matthew henry explica o seguinte: “E
fácil deduzir que é dever dos filhos, se os pais são pobres, ajudá-los,
conforme a sua capacidade; e se os filhos que maldizem os seus pais merecem a
morte, muito mais a merecem aqueles que não os sustentam. Se alguém estivesse
de acordo com todos os pontos da tradição dos anciãos, eles descobririam um
expediente pelo qual ele poderia ser liberado dessa obrigação (v. 11). Se os
pais estivessem em necessidade, e o filho tivesse os recursos necessários para
ajudá-los, mas não tivesse a intenção de fazer isso, ele poderia jurar pelo
Corbã, ou seja, pelo “ouro do templo”, e pela “oferta que está sobre o altar”,
e assim os seus pais não seriam beneficiados por ele; esse filho não os
ajudaria. E, se eles lhe pedissem qualquer coisa, bastava que ele lhes
respondesse isso, e seria suficiente. Como se pela obrigação desse juramento
iníquo alguém pudesse se liberar da obrigação imposta pela santa lei de Deus.
Observe a interpretação do Dr. Hammond: Um antigo cânone dos rabinos diz que os
juramentos devem acontecer com referência a coisas ordenadas pela lei, e também
a coisas indiferentes, para que, se alguém fizer um juramento (ou um voto) que
não possa ser ratificado sem infringir um mandamento, o juramento seja
ratificado, e o mandamento violado. Esta opinião está de acordo com a
interpretação do Dr. Whitby. Os papistas ensinam uma doutrina como essa,
isentando os filhos de qualquer obrigação para com os seus pais, por meio dos
seus juramentos (ou votos) monásticos, e da sua admissão à religião, como eles
os chamam. O Senhor Jesus conclui: “E muitas coisas fazeis semelhantes a
estas”. Onde os homens irão parar, quando tiverem feito com que a Palavra de
Deus dê lugar às suas tradições? Esses que avidamente impunham tais cerimônias,
no início somente menosprezavam os mandamentos de Deus em comparação com as
suas tradições; mas, posteriormente, anulavam os mandamentos de Deus, se estes
entrassem em conflito com as suas tradições. Tudo isso, na verdade, Isaías tinha
profetizado; aquilo que ele dizia sobre os hipócritas na sua época, aplicava-se
também aos escribas e fariseus (v. 6). Observe que quando vemos a iniquidade
dos tempos atuais, e reclamamos dela, se dissermos que os dias passados foram
melhores do que estes, estaremos mostrando que não investigamos esse assunto
mais a fundo (Ec 7.10). O pior dos hipócritas e malfeitores já teve os seus
predecessores”. HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS
A JOÃO Edição completa. Editora CPAD. pag. 441.]
3. Ensino de Jesus. Deus não
exige esse tipo de oferta de ninguém em sua Palavra, por isso o Senhor Jesus
foi contundente com as autoridades religiosas de Israel. Essa doutrina dos
fariseus era uma afronta a Deus e à sua Palavra (Mc 7.13). Eles violavam a lei
sob um manto de santidade, exibindo uma religiosidade externa e falsa. Ninguém
precisa sacrificar a família pela causa do evangelho. Quem cuida do pai e da
mãe já está fazendo a obra de Deus; o cuidado da família deve ser prioritário,
só depois é que vem a Igreja (1 Tm 5.8). Esse é o pensamento cristão, que
muitas vezes, infelizmente, é invertido entre nós. [Comentário: A Bíblia de
Estudo Aplicação Pessoal (CPAD), traz o seguinte: “Mc 7.13. O voto Corbã
colocava efetivamente a tradição acima da Palavra de Deus. Ser capaz de se
isentar de um dos mandamentos de Deus, adotando um voto humano, significava que
os fariseus estavam invalidando a Palavra de Deus. Jesus acrescentou que os
fariseus faziam muitas e muitas coisas como essa. E esse era apenas um exemplo
da premeditada mesquinhez desses líderes religiosos que se colocavam acima de
todas as pessoas, mas que, de fato, destruíam as leis que tinham tanto orgulho
de parecer obedecer. Nesse exemplo, Jesus deixou claro a esses líderes
religiosos hipócritas que a lei de Deus, e não a tradição oral, deveria ser a
verdadeira autoridade na vida das pessoas”. Comentário do Novo Testamento
Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 234.]
COMPREENSÃO DOS FILHOS
Os filhos precisam compreender que a responsabilidade dos
pais é muito mais do que ser amigos. A função dos pais é diferenciada (proteção,
provisão, disciplina).
Os pais precisam muitas vezes corrigir e ensinar o caminho
certo para que seus filhos não sofram mais tarde. Mas não se pode negar que
muitos pais exageraram, com a superproteção, que não contribui em nada na
formação das crianças. O excesso de zelo pode acarretar problemas futuros. A
intromissão exagerada pode começar na vida dos filhos pelo namoro, depois na
vida profissional e há casos que os pais decidem até o futuro de seus filhos.
Deus uniu os membros da família. Ele quer pais e filhos
vivendo juntos, andando juntos, trabalhando juntos, alegrando-se juntos,
sofrendo juntos, adorando juntos. Infelizmente, em muitos casos, essa
convivência limita-se somente à proximidade física.
Alguns autores apontam certa inversão de papeis na relação
entre pais e filhos nos dias de hoje. Ou seja, os filhos passaram a ser os que
decidem o que se faz e o que não se faz na família. Alguém já disse que somos a
primeira geração de pais que obedecem a seus filhos! Há algum tempo atrás saiu
uma reportagem na revista VEJA intitulada: “Eles é que mandam”. Essa reportagem
trata do novo modelo de educação de filhos, em que os pais não têm mais
controle sobre os filhos, principalmente os adolescentes. Por essa razão, eles
estão cada vez mais cedo tendo contato com o alcoolismo, droga e iniciação da
vida sexual. A reportagem aponta para o problema deste descontrole que reside
na culpa dos pais, em não saber dizer o velho, bom e sonoro “não”. A
psicanalista infantil Anna Lise Scapatticci afirma que os pais comumente viram
refém do filho, a criança vira um pequeno ditador. Há uma inversão de papeis na
família, consequência do despreparo dos pais em impor sua autoridade.
Aceitar os conselhos dos pais
Todos os pais querem o melhor para os seus filhos.
Dificilmente eles lhes dão maus conselhos. Às vezes, os filhos não compreendem
seus pais porque vivem focados nos seus desejos e não enxergam os perigos que
estão diante deles. Por mais que os filhos sejam inteligentes, a maturidade e a
experiência dos pais muitas vezes falam mais alto. O filho pródigo, por
exemplo, não ouvindo os conselhos de seu pai enfrentou muitas dificuldades e
teve de voltar “com uma mão na frente e outra atrás” (Lc 15.20-21).
Nossos pais devem ser ouvidos em todas as situações de nossa
vida (Pv 1.8). O livro de provérbios trata de um manancial de sabedoria, cujo
os discursos iniciam orientando uma boa audição aos filhos (Pv 6.20-23; 10.1-2;
13.1; 15.20). Sansão mostrou ter grande força, e pouca audição, pois não ouviu
os conselhos de seus pais (Jz 14.3, Pv 5.1).
Nossos pais são responsáveis diante de Deus por ajudarem-nos
a nos conduzirmos ao longo de nossa existência.
A história de Jó não aponta apenas para sua fidelidade a Deus, mas sua
preocupação com a vida espiritual dos filhos (Jó 1.5). Os pais sábios como Jô
tem ciência da responsabilidade de cria-los para uma vida segundo a vontade de
Deus. A salvação dos filhos deve ser o maior interesse dos pais e deve está
acima de questões da vida secular, profissional, social e ministerial (Pv 22.6;
At 16.31).
Aceitar a correção dos pais
O tolo despreza a correção de seu pai (Pv 15.5). Os pais
ficaram responsáveis em criar seus filhos na doutrina e admoestação do Senhor
(Ef 6.4b). O filho sábio ouve a correção do pai (Pv 13.1). A disciplina gera
sabedoria, mas o filho entregue a si mesmo envergonha sua mãe (Pv 29.15). É
preciso, aliás, aprender com os pais que não podemos fazer somente o que
queremos na vida, mas o que é agradável a Deus.
Os que vivem sem correção são bastardos e não filhos (Hb
12.8). Os pais do passado corrigiam os filhos e eles os respeitavam (Hb 12.9).
O que retém a vara odeia seu filho, mas o que o ama, a seu tempo o disciplina
(Pv 13.24). Se um filho recebe disciplina é para seu próprio bem, não fique
magoado!
No processo de construir o caráter do filho, os pais têm de
se valer de autoridade que não se confunde com autoritarismo nem tampouco
rigidez excessiva. Alguns pais, para impor autoridade, acabam provocando a ira
dos filhos (Cl 3.21). Pior é quando alguns pais tentam orgulhosamente
justificar tais atitudes dizendo que isso expressa personalidade, determinação,
autonomia. Por influência dos meios de comunicação de massa, alguns pais
acreditam que é antiquado dizer “não” aos filhos. São os ditos pais modernos
que tudo permitem sem se darem conta de que estão alimentando suas próprias
frustrações.
Mas a Bíblia nos orienta, dizendo: “A vara e a repreensão
dão sabedoria, mas o rapaz entregue a si mesmo envergonha a sua mãe” (Pv
29.15). Disciplinar a criança não é primeiramente castigá-la por algum
motivo, mas ensinar-lhe algo metódica e gradualmente; inclusive a cuidar da
sua formação e conservação de bons hábitos. Amar os filhos sem discipliná-los é
sentimentalismo Por outro lado,
disciplinar os filhos sem amá-los de verdade é tirania, prepotência e
ignorância.
Aceitar os ensinos dos pais
A Bíblia dá direito e responsabilidade aos pais quanto a
ensinar e disciplinar os filhos. Diz o Senhor: “E estas palavras que hoje te
ordeno estarão no teu coração; e as intimarás aos teus filhos e delas falarás
assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te” (Dt 6.6-7).
Ensina o menino no caminho em que deve andar e, até quando envelhecer, não se
desviará dele (Pv 22.6). O filho inteligente ouve o ensino dos pais, mas o tolo
o despreza.
Os filhos não podem lembrar-se dos pais somente nos dias
especiais de aniversários e datas comemorativas, pois somos filhos o ano
inteiro. Muitos filhos só dão valor aos pais depois que eles partem desta vida.
Quando não os mais têm no dia das mães; nem nos dias dos pais, então se
recordam com tristeza pela consciência pesada por não terem feito mais por eles
nem acatado seus ensinos amáveis e benfeitores.
Toda criança necessita de conhecimento secular para
desenvolver suas habilidades críticas, ter maior possibilidade de se tornar
bem-sucedida esse tornar uma cidadã
civilizada e consciente de seus direitos e deveres.
No entanto, o ensino bíblico é fundamental para que ela
possa construir sua vida sobre o alicerce sólido da Palavra de Deus, e tê-la
como parâmetro de conduta para si. É um perigo enorme para a sociedade humana
deixar os filhos sem instrução bíblica, pois satanás tenta corromper os
corações de nossos filhos. A TV, com seus programas profanos, indecentes e
imorais é outro meio utilizado por satanás para corromper nossos filhos. É por
isso que a Bíblia diz: “Instrui ao menino no caminho em que deve andar, e até
quando envelhecer não se desviará dele” (Pv 22.6). No lar precisa também haver autoridade, amor
a Deus, amor entre os cônjuges, e entre os pais e os filhos. Se no lar existirem instrução da Palavra de
Deus e autoridade dos pais, haverá poucas pessoas para perturbarem a sociedade
e se perderem no inferno.
Os pais são os principais agentes educadores da criança, se
forem negligentes, estarão comprometendo o futuro de sua descendência. Educar
uma criança não é uma atividade fácil, todavia, extremamente recompensadora. É
uma grande responsabilidade concedida por Deus aos pais, contudo, se Ele nos
confiou isso, sabe que possuímos a capacidade de cumpri-la plenamente. Os pais
têm a obrigação de preparar os filhos para enfrentarem a vida sozinha, por isso,
precisam aproveitar bem o tempo de convivência entre eles.
CONSCIÊNCIA DOS FILHOS
É necessário aos filhos saberem o que os pais representam,
assim eles não serão tratados de qualquer maneira nem ridicularizados pelos
próprios filhos. É necessário também aos filhos saberem que os pais são
responsáveis pela existência deles; desde cedo lhes ensinaram as primeiras
letras, deram o leite e trocaram as fraldas; não os deixaram abandonados e,
muitas vezes, deixaram de se alimentar para matar a fome deles; deixaram de
comprar algo para si para investir neles; e, no frio, não só entregaram seu
próprio cobertor para agasalhá-los como usaram de seu corpo para aquecê-los.
Os pais têm uma oportunidade única, seguidos da igreja, de
ensinarem e educarem os filhos. O prévio requisito da parte de Deus para os
pais é pôr as palavras dEle no coração dos filhos (Dt 11.18-19). O versículo
19 confirma isso. Os pais cristãos precisam não apenas conhecer a Palavra de
Deus, tendo-a na mente, mas também necessitam guardá-la no coração com
amor.
Portanto, o ensino
dos pais à criança deve ser de coração para coração, e não simplesmente de
cabeça para cabeça, como se a Palavra de Deus fosse uma matéria secular
(português ou matemática) que aprendemos e depois esquecemos.
O amor à criança precisa ser dosado com firmeza de atitudes
para que haja equilíbrio na formação de uma personalidade cristã ideal.
Psicólogos e pedagogos modernos e distanciados da Palavra de Deus estão
propagando que basta cuidar da criança com amor e esquecer-se da correção e
disciplina. Eles acham que sabem educar mais do que Deus e afirmam que a
correção da criança pelos pais prejudica o desenvolvimento da sua
personalidade. A Bíblia ensina diferente (Pv 29.15,17). Amor sem disciplina é
sentimentalismo aliado à ignorância e não amor real, pois quem ama
sinceramente não despreza a disciplina.
Os filhos não podem amaldiçoar os pais.
Os filhos são herança do Senhor (Sl 127.3). Como uma herança
divina pode fazer maldade, castigar, maltratar ou amaldiçoar os pais? Há uma
geração que amaldiçoa seus pais e que não bendiz suas mães (Pv 30.11). O que a
seu pai ou a sua mãe amaldiçoa terá sua lâmpada apagada e ficará em densas
trevas (Pv 20.20). Não murmure contra seus pais, não faça xingamentos nem diga
palavras ofensivas; trate-os com carinho e amor como Deus ordena.
Infelizmente na cultura dos dias hodiernos, alguns
princípios, valores e padrões têm sido esquecidos e desprezados. A casa do
sacerdote Eli (1 Sm 2.27-36), por exemplo, faz parte do universo de famílias
que se extinguiram em razão do desprezo dos seus filhos aos deveres que eles
tinham que cumprir na relação com o pai. Sua história, embora triste, serve de
advertência, chamando-nos a observar algumas orientações que não podem ser ignoradas,
sob pena de colocarmos a nossa família em risco e vermos todo um projeto se
desmoronar de repente.
Os filhos não podem erguer-se em ódio ou amaldiçoar aos seus
pais sob circunstância alguma, porque o mandamento já declarou que fazendo
isto, os filhos se tornam amaldiçoados e perdem a vida (suas lâmpadas ou
energias são apagadas) como as dos ímpios. Quando temos um conflito entre
seguir a Deus e seguir a nossos pais que não querem servir ao Senhor, temos que
escolher o Senhor, nem que tenhamos que abandonar nossa família. Entretanto,
esta delicada situação deve ser cuidadosamente analisada à luz da Bíblia, a fim
de que não sejamos pegos em pecado contra nossos pais diante de Deus. Muitos
imaginam que têm o direito de serem livres, de fazerem como querem e que são
donos de seus “próprios narizes” depois que alcançam a maior idade, aliás, há
muitos que nem mesmo chegam a “tirar as fraldas” e já se imaginam capazes de
seguirem seus próprios caminhos sem a presença essencial dos de seus pais, mas
este é um engano terrível!
Os filhos não podem zombar dos pais
Chamar os pais de cafonas ou quadrados é falta de respeito,
educação e inteligência, pois eles viveram suas juventudes em outra época e os
costumes mudaram, o mundo evoluiu.
É necessário, portanto, respeitá-los como de outra geração,
cultura diferente e realidade diversa. Evidentemente, os filhos de hoje são
mais esclarecidos e podem compreender melhor esta situação cultural. Os olhos
que zombam do pai ou desprezam a obediência à mãe serão punidos (Pv 30.17).
Ouve teu pai que te gerou e não despreze tua mãe, quando esta envelhecer (Pv
23.22). Cuidado! A velhice chegará também para os jovens, quando, às vezes, só
haverá chance para remorso e não mais para arrependimento e conserto!
Os filhos precisam encontrar em seus pais um exemplo de
vida, que os levem a crescer (Pv 22.6). Os pais devem “crescer” juntamente com
seus filhos. Isto significa compreensão e orientação adequada a cada fase do
crescimento e desenvolvimento. Mas, infelizmente, o que se verifica hoje, em
todo o mundo, e em todos os setores da vida atual é uma revolta geral contra
tudo o que é certo, contra os pais e tudo o que é tradicional.
Estão revoltados contra a lei e a ordem, e culpa as
autoridades por todas as frustrações que sente. Rapazes e moças pegam os
valentes de carros e fazem das vias públicas pistas de corridas, muitas vezes
sob a influência de bebidas alcoólicas ou de drogas. Os pais pouco podem fazer,
pois os pais também são símbolos de autoridade e eles não querem saber de
obedecer a ninguém! Tudo isso é a desobediência aos pais prevista por Paulo
como sinal da próxima vinda de Cristo (2 Tm 3.1).
Os filhos não podem envergonhar os pais
Quantos filhos têm causado vergonha para os pais por
praticarem rebeldia! Às vezes, se entregam às aventuras desta vida, entram por
caminhos de perdição e praticam tudo que os pais não ensinaram. Muitos caem nas
bebidas, cigarros, drogas, prostituições, adultérios, assassinatos, furtos,
roubos, assaltos e outras práticas violentas e criminosas. O filho deve honrar
o pai e a mãe tendo uma conduta que lhes proporcione alegria (Pv 19.26). O
sábio alegra seu pai, mas o insensato é tristeza para sua mãe (Pv 10.1; 17.25).
Grande miséria é para um pai ter um filho insensato (Pv 19.13a).
Muitos filhos são incapazes de reconhecer o esforço dos pais
para criá-los e, por isso, não agradecem o que fizeram ou fazem até hoje por
eles. Alguns acham que é obrigação e esquecem-se de que um dia eles também
serão pais. A maioria só começa a dar valor aos pais quando também se tornam
pais, quando chegam os seus filhos. Fica a lição de Pv 31.28 onde se lê que os
filhos da mulher virtuosa a chamam “bem-aventurada”.
Há no mundo um espírito de rebeldia e desobediência
deliberada, isto acontece por causa do desprezo a Deus e à sua Palavra (Rm
1.28,30). Ela se manifesta através da oposição, teimosia e resistência aos
estabelecidos por Deus (Gn 2.17; 3.6,7), levando o homem a caminhos
tortuosos. Em virtude desse estado de
espírito em que vivemos, a juventude torna-se cada vez mais inquieta (Is
57.20). A maior parte dos crimes é praticada por jovens com menos de 20 anos e
o índice de criminalidade está subindo assustadoramente em toda parte do mundo.
A família, de modo geral, está sendo afetada por esse
espírito que atua nos filhos da desobediência (Ef 2.2) e por isso está
enfrentando grandes reveses. E as consequências não só levam à perdição da
alma, como também desgosto e vergonha para a família que fica lamentando, como
Davi que ficou lamentando a morte de seu filho Absalão. Precisamos usar as
armas espirituais e levar toda desobediência que existe no lar aos pés de
Cristo (2 Co 10.4-5).
Conclusão
Cada filho não deve querer chegar à condição em que chegou o
filho pródigo, o qual só deu valor aos pais depois de perder tudo e sofrer
desprezo, nostalgia e fome. Foi cuidar dos porcos, a maior vergonha para os
judeus, pois não somente o serviço era desagradável, mas para um judeu ortodoxo
era um serviço impuro. Os filhos precisam entender que os seus pais são dádivas
do Senhor. Então, que cada filho valorize intensamente e incondicionalmente a
seus pais.
O quinto mandamento requer honra, reverência e obediência a
serem dadas pelo inferiores aos superiores como por exemplo: filhos aos pais,
alunos aos professores, servos aos senhores e civis aos magistrados. Proíbe
todo desrespeito, desprezo, irreverência e desobediência aos superiores.
O quinto mandamento: “Honra a teu pai e a tua mãe”, pode ser
considerado como um elo de ligação entre os primeiros quatro, que definem os
deveres do homem para com Deus, e os mandamentos restantes, que especificam as
obrigações do homem para com suas concriaturas. Uma vez que os pais servem
quais representantes de Deus, por obedecer ao quinto mandamento, a pessoa está
honrando e obedecendo tanto ao Criador como às criaturas a quem Deus conferiu
autoridade. Este mandamento era o único, dentre os dez, que vinha acompanhado
duma promessa: “A fim de que os teus dias se prolonguem sobre o solo que
Yehowah, teu Deus, te dá.” — Êx 20:12; De 5:16; Ef 6:2, 3.
A conclusão que chego é de que todos os pais e filhos devem
buscar o perdão para os desencontros que já houve em suas vidas e seguirem por
um novo caminho: o caminho da graça, da misericórdia e da bondade de Deus.
Dedique-se em aprender mais sobre como ser um filho que honre de fato, aos seus pais. E faça isso, pensando que a qualquer momento, você poderá ficar sem eles. E depois disso, nada mais poderá ser feito.
Abraços.
Viva vencendo!!!
Seu irmão menor.
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